Mário Centeno sobre o défice: “não há milagres nem habilidades” – O Jornal Económico

27-11-2019
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Mário Centeno considera que o défice em 2016 é uma conquista do país e não só do governo, depois de ter sido conhecido esta sexta-feira que o défice orçamental foi de 2,1% do PIB. O ministro das Finanças sublinhou que não foram necessárias medidas extraordinárias para diminuir o défice, em declarações aos jornalistas no ministério das Finanças.

“Os dados hoje conhecidos devem merecer o reconhecimento de todos. Este é um resultado do país não apenas do Estado”, disse o ministro. “Não há milagres nem habilidades, há um trabalho muito, muito intenso de toda a Administração Pública neste resultado”. Mário Centeno lembrou que “a economia portuguesa está a crescer mais de 2%” e que foram devolvidos, ao longo do ano passado, mais 891,5 milhões de euros em reembolsos fiscais.

“A despesa pública foi executada com extremo rigor”, sublinhou o responsável pela pasta das Finanças, em conferência de imprensa. “A nossa economia tem hoje alicerces mais sólidos para o crescimento económico”, frisou, acrescentando que os 500 milhões de euros de transferências europeias explicam o impacto no défice. Mário Centeno adiantou ainda que é necessário fazer uma “avaliação” ao impacto do investimento nas contas públicas.

“Sabemos hoje que o défice em 2016 foi de 2,06% do PIB. Este é o valor mais baixo da nossa história recente, da nossa história democrática”, afirmou o ministro. “As receitas geradas pelo Estado foram mais do que suficientes para financiar as suas despesas primárias, que excluem os juros da dívida”. O ministro das Finanças elogiou ainda a “política com respeito pela Constituição” e o crescimento da economia portuguesa, acima da média europeia.

O valor do défice público no ano passado deverá permitir ao país sair do procedimento por défice excessivo pela primeira vez desde 2009. O relatório do Instituto Nacional de Estatísticas (INE) refere que vai enviar “ao Eurostat, até ao final do mês corrente, a primeira notificação de 2017 relativa ao Procedimento dos Défices Excessivos”.

Este passo abre caminho para Bruxelas confirmar, em abril, que Portugal saiu do procedimento por défices excessivos pela primeira vez em oito anos. Para Portugal sair do procedimento e livrar-se da possibilidade de multas ou outras penalizações, falta agora a Comissão Europeia avaliar se o Governo vai conseguir implementar as medidas apropriadas para manter o défice abaixo do nível dos 3%, o que deverá acontecer em abril.

“Apesar de tudo, o resultado que hoje conhecemos não é um fim em si mesmo. É o resultado de uma estratégia que iremos prosseguir para diminuir os custos de financiamento”, acrescentou ainda Mário Centeno, que acredita que a diminuição do défice vai aumentar a confiança dos investidores no país.

“Com os resultados de hoje, asseguramos aos investidores que a República portuguesa cumpre os compromissos”, disse, numa altura em os juros da dívida pública nacional negociam no mercado secundário com uma taxa de juro nos 4,15%.

[Notícia atualizada às 13h40]

Mário Centeno considera que o défice em 2016 é uma conquista do país e não só do governo, depois de ter sido conhecido esta sexta-feira que o défice orçamental foi de 2,1% do PIB. O ministro das Finanças sublinhou que não foram necessárias medidas extraordinárias para diminuir o défice, em declarações aos jornalistas no ministério das Finanças.

“Os dados hoje conhecidos devem merecer o reconhecimento de todos. Este é um resultado do país não apenas do Estado”, disse o ministro. “Não há milagres nem habilidades, há um trabalho muito, muito intenso de toda a Administração Pública neste resultado”. Mário Centeno lembrou que “a economia portuguesa está a crescer mais de 2%” e que foram devolvidos, ao longo do ano passado, mais 891,5 milhões de euros em reembolsos fiscais.

“A despesa pública foi executada com extremo rigor”, sublinhou o responsável pela pasta das Finanças, em conferência de imprensa. “A nossa economia tem hoje alicerces mais sólidos para o crescimento económico”, frisou, acrescentando que os 500 milhões de euros de transferências europeias explicam o impacto no défice. Mário Centeno adiantou ainda que é necessário fazer uma “avaliação” ao impacto do investimento nas contas públicas.

“Sabemos hoje que o défice em 2016 foi de 2,06% do PIB. Este é o valor mais baixo da nossa história recente, da nossa história democrática”, afirmou o ministro. “As receitas geradas pelo Estado foram mais do que suficientes para financiar as suas despesas primárias, que excluem os juros da dívida”. O ministro das Finanças elogiou ainda a “política com respeito pela Constituição” e o crescimento da economia portuguesa, acima da média europeia.

O valor do défice público no ano passado deverá permitir ao país sair do procedimento por défice excessivo pela primeira vez desde 2009. O relatório do Instituto Nacional de Estatísticas (INE) refere que vai enviar “ao Eurostat, até ao final do mês corrente, a primeira notificação de 2017 relativa ao Procedimento dos Défices Excessivos”.

Este passo abre caminho para Bruxelas confirmar, em abril, que Portugal saiu do procedimento por défices excessivos pela primeira vez em oito anos. Para Portugal sair do procedimento e livrar-se da possibilidade de multas ou outras penalizações, falta agora a Comissão Europeia avaliar se o Governo vai conseguir implementar as medidas apropriadas para manter o défice abaixo do nível dos 3%, o que deverá acontecer em abril.

“Apesar de tudo, o resultado que hoje conhecemos não é um fim em si mesmo. É o resultado de uma estratégia que iremos prosseguir para diminuir os custos de financiamento”, acrescentou ainda Mário Centeno, que acredita que a diminuição do défice vai aumentar a confiança dos investidores no país.

“Com os resultados de hoje, asseguramos aos investidores que a República portuguesa cumpre os compromissos”, disse, numa altura em os juros da dívida pública nacional negociam no mercado secundário com uma taxa de juro nos 4,15%.

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