Câmara Corporativa: Tiro o chapéu à secção laranja do DN: o Povo Livre não faria melhor!

21-06-2020
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Campos e Cunha na conferência do DN (ontem): a “virtude dormitória” como amostra da irrelevância de um produtoA manchete de hoje do Diário de Notícias é uma obra extraordinária: “Sócrates pede a ajuda que sempre recusou”, com o primeiro-ministro colocado lado a lado com o ex-líder da JSD. Ainda na primeira página, uma referência à sondagem da Universidade Católica (para o DN), enfatizando que o PSD está “à frente”, mas omitindo que desceu nas intenções de voto e que o PS subiu sete (7) pontos.Quanto à “análise” da sondagem, o destaque não vai para as intenções de voto, mas para uma questão lateral sobre a “culpa” pelo pedido de ajuda. O DN diz que os “portugueses culpam socialistas”. Analisados os dados, a conclusão a tirar bem pode ser outra: nem todos os potenciais votantes do PSD e do CDS atribuem responsabilidades ao Governo. E que significa “responsabilidade”: aquele a quem cabe fazer o pedido ou aquele que obrigou a que o pedido fosse feito? O DN não diz.Mas seria escandaloso não haver um texto dedicado às intenções de voto. Como remover esta dificuldade? Nada mais simples para o DN. Faz-se uma peça desvalorizando os resultados da sondagem: “Antes do pedido: PS subia e PSD precisava do CDS”. Nem uma vez o DN diz que o PSD desce nas intenções de voto.Neste quadro, o “artigo” de André Macedo é a caricatura perfeita do estado a que chegou o Diário de Notícias. Um “jornal de referência” que se tornou absolutamente irrelevante: um buraco negro que tortura (e não raras vezes tritura) as notícias, a que ninguém liga e que já ninguém cita.


Campos e Cunha na conferência do DN (ontem): a “virtude dormitória” como amostra da irrelevância de um produtoA manchete de hoje do Diário de Notícias é uma obra extraordinária: “Sócrates pede a ajuda que sempre recusou”, com o primeiro-ministro colocado lado a lado com o ex-líder da JSD. Ainda na primeira página, uma referência à sondagem da Universidade Católica (para o DN), enfatizando que o PSD está “à frente”, mas omitindo que desceu nas intenções de voto e que o PS subiu sete (7) pontos.Quanto à “análise” da sondagem, o destaque não vai para as intenções de voto, mas para uma questão lateral sobre a “culpa” pelo pedido de ajuda. O DN diz que os “portugueses culpam socialistas”. Analisados os dados, a conclusão a tirar bem pode ser outra: nem todos os potenciais votantes do PSD e do CDS atribuem responsabilidades ao Governo. E que significa “responsabilidade”: aquele a quem cabe fazer o pedido ou aquele que obrigou a que o pedido fosse feito? O DN não diz.Mas seria escandaloso não haver um texto dedicado às intenções de voto. Como remover esta dificuldade? Nada mais simples para o DN. Faz-se uma peça desvalorizando os resultados da sondagem: “Antes do pedido: PS subia e PSD precisava do CDS”. Nem uma vez o DN diz que o PSD desce nas intenções de voto.Neste quadro, o “artigo” de André Macedo é a caricatura perfeita do estado a que chegou o Diário de Notícias. Um “jornal de referência” que se tornou absolutamente irrelevante: um buraco negro que tortura (e não raras vezes tritura) as notícias, a que ninguém liga e que já ninguém cita.

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