40 mil empresas não renovaram o pedido de lay off em maio

03-06-2020
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Governo revelou aos partidos que quase um terço das empresas que esteve em lay off em maio não renovou o regime em abril. Mas os dados não permitem perceber quantas voltaram à atividade e quantas encerraram.

| foto ANTÓNIO COTRIM/LUSA | foto ANTÓNIO COTRIM/LUSA

Das "cerca de 115 mil" empresas que estiveram em lay off simplificado em abril, 40 mil não renovaram o pedido de lay off para maio. O número foi divulgado ao início da tarde desta terça-feira por João Cotrim Figueiredo, deputado e líder da Iniciativa Liberal, depois de reunir com o Governo, que está a ouvir os partidos com assento parlamentar no âmbito da preparação do Programa de Estabilização Económica e Social e do orçamento suplementar.

Ao que o DN apurou, este número já foi avançado ontem pelo executivo aos partidos que estiveram em São Bento. Mas o número deixa uma incógnita quanto ao fator que levou estas empresas a deixa de recorrer ao lay off - ou a retoma da atividade, ou o encerramento. De acordo com Cotrim Figueiredo os dados disponíveis não permitem identificar exatamente as razões desta diferença entre os meses de abril e maio, mas elas resultam também de um "retorno significativo dessas empresas à atividade".

Resumindo o encontro - em que, além do primeiro-ministro, estão também presentes o ministro das Finanças, Mário Centeno, o ministro da Economia, Siza Vieira, e a ministra da Presidência, Mariana Vieira da Silva - Cotrim Figueiredo referiu que "há consciência de que estamos perante uma crise profunda e grave". 2A duração da crise vai depender da nossa resposta. É fundamental que se aproveite esta oportunidade e esta situação em que as pessoas estão mais abertas a mudar", sublinhou o líder da IL, defendendo a "flexibilização dos contratos de trabalho para que as pesssoas possam trabalhar quando quiserem, como quiserem", a reforma do sistema de justiça ou o "reforço dos direitos dos contribuintes face às autoridades".

CDS quer apoios a fundo perdido

Antes da IL, foi CDS que reuniu com o Executivo, defendendo que as as linhas de crédito disponibilizadas pelo Estado sejam concedidas parcialmente a fundo perdido, para evitar um maior endividamento das empresas. "É fundamental aumentar o valor das linhas de crédito com uma percentagem significativa a fundo perdido", defendeu Francisco Rodrigues dos Santos, que falava após o final de uma reunião com o Executivo, que esta terça-feira continua a ouvir os partidos no âmbito da preparação do Programa de Estabilização Económica e Social e do orçamento suplementar.

Muito embora não avance o sentido de voto dos centristas quanto ao orçamento suplementar que está a ser preparado pelo Governo - "um partido institucional como o CDS não se pronuncia se aprovará ou não um orçamento retificativo antes de o conhecer" - , o líder do CDS deixou algumas linhas vermelhas em relação ao documento que o Executivo vai apresentar na Assembleia da República: tem de haver incentivos fiscais às empresas e não pode haver aumento de impostos. O CDS defende a "eliminação dos pagamentos por conta", um mecanismo de acerto de contas que permita às empresas descontar nos impostos valores em dívida pelo Estado, o ajuste das tabelas de retenção na fonte do IRS e a extensão do lay off simplificado até final do ano, e com o alargamento deste regime a todos os sócios-gerentes de empresas, sem exceção.

Francisco Rodrigues dos Santos não clarificou se a proposta do CDS prevê alguma alteração quanto ao corte de um terço nos salários, sublinhando apenas que o CDS defende que o "pagamento seja efetuado diretamente pela Segurança Social e que o Estado seja tão bom pagador como é cobrador". Até agora, o CDS tinha defendido a extensão do regime simplificado, mas até ao final do mês de setembro.

O líder centrista disse ainda que o Governo não deu garantias de que avançará com alguma das medidas sugeridas.

Governo revelou aos partidos que quase um terço das empresas que esteve em lay off em maio não renovou o regime em abril. Mas os dados não permitem perceber quantas voltaram à atividade e quantas encerraram.

| foto ANTÓNIO COTRIM/LUSA | foto ANTÓNIO COTRIM/LUSA

Das "cerca de 115 mil" empresas que estiveram em lay off simplificado em abril, 40 mil não renovaram o pedido de lay off para maio. O número foi divulgado ao início da tarde desta terça-feira por João Cotrim Figueiredo, deputado e líder da Iniciativa Liberal, depois de reunir com o Governo, que está a ouvir os partidos com assento parlamentar no âmbito da preparação do Programa de Estabilização Económica e Social e do orçamento suplementar.

Ao que o DN apurou, este número já foi avançado ontem pelo executivo aos partidos que estiveram em São Bento. Mas o número deixa uma incógnita quanto ao fator que levou estas empresas a deixa de recorrer ao lay off - ou a retoma da atividade, ou o encerramento. De acordo com Cotrim Figueiredo os dados disponíveis não permitem identificar exatamente as razões desta diferença entre os meses de abril e maio, mas elas resultam também de um "retorno significativo dessas empresas à atividade".

Resumindo o encontro - em que, além do primeiro-ministro, estão também presentes o ministro das Finanças, Mário Centeno, o ministro da Economia, Siza Vieira, e a ministra da Presidência, Mariana Vieira da Silva - Cotrim Figueiredo referiu que "há consciência de que estamos perante uma crise profunda e grave". 2A duração da crise vai depender da nossa resposta. É fundamental que se aproveite esta oportunidade e esta situação em que as pessoas estão mais abertas a mudar", sublinhou o líder da IL, defendendo a "flexibilização dos contratos de trabalho para que as pesssoas possam trabalhar quando quiserem, como quiserem", a reforma do sistema de justiça ou o "reforço dos direitos dos contribuintes face às autoridades".

CDS quer apoios a fundo perdido

Antes da IL, foi CDS que reuniu com o Executivo, defendendo que as as linhas de crédito disponibilizadas pelo Estado sejam concedidas parcialmente a fundo perdido, para evitar um maior endividamento das empresas. "É fundamental aumentar o valor das linhas de crédito com uma percentagem significativa a fundo perdido", defendeu Francisco Rodrigues dos Santos, que falava após o final de uma reunião com o Executivo, que esta terça-feira continua a ouvir os partidos no âmbito da preparação do Programa de Estabilização Económica e Social e do orçamento suplementar.

Muito embora não avance o sentido de voto dos centristas quanto ao orçamento suplementar que está a ser preparado pelo Governo - "um partido institucional como o CDS não se pronuncia se aprovará ou não um orçamento retificativo antes de o conhecer" - , o líder do CDS deixou algumas linhas vermelhas em relação ao documento que o Executivo vai apresentar na Assembleia da República: tem de haver incentivos fiscais às empresas e não pode haver aumento de impostos. O CDS defende a "eliminação dos pagamentos por conta", um mecanismo de acerto de contas que permita às empresas descontar nos impostos valores em dívida pelo Estado, o ajuste das tabelas de retenção na fonte do IRS e a extensão do lay off simplificado até final do ano, e com o alargamento deste regime a todos os sócios-gerentes de empresas, sem exceção.

Francisco Rodrigues dos Santos não clarificou se a proposta do CDS prevê alguma alteração quanto ao corte de um terço nos salários, sublinhando apenas que o CDS defende que o "pagamento seja efetuado diretamente pela Segurança Social e que o Estado seja tão bom pagador como é cobrador". Até agora, o CDS tinha defendido a extensão do regime simplificado, mas até ao final do mês de setembro.

O líder centrista disse ainda que o Governo não deu garantias de que avançará com alguma das medidas sugeridas.

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