Sá Fernandes: “Havia forças políticas muito interessadas em acabar com o Livre e com a Joacine”

05-06-2020
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Ricardo Sá Fernandes, membro do Conselho de Jurisdição do Livre, admite que chegou a pensar em desvincular-se do partido na sequência do processo que levou à retirada da confiança política a Joacine Katar Moreira. “Ponderei, mas acho que não é muito o meu género. Neste momento, a minha posição é a de apoiar o Livre a reerguer-se das cinzas e apoiar a deputada Joacine”, afirmou Sá Fernandes em entrevista ao Observador.

O advogado – que se manifestou disponível para dar o seu contributo na resolução do diferendo entre a deputada e o partido – disse esperar que ambos consigam ter sucesso no futuro. “O Livre é útil à democracia portuguesa e a Joacine Katar Moreira pode fazer um bom mandato enquanto deputada independente”, acrescenta.

Admitindo que o processo foi “traumatizante” e que fez tudo o que esteve ao seu alcance para evitar o desenlace final, Sá Fernandes considera que o rompimento com Joacine foi um ato de “grande imaturidade política” ainda que reconheça que a deputada também cometeu erros, mas foi “vítima de bullying mediático absolutamente inusitado.”

“O partido devia ter tido outra capacidade de reflexão, de encaixe, de maturidade para a poder também defender, porque aquilo que aconteceu foi um massacre. Havia forças políticas muito interessadas em acabar com o Livre e com a Joacine, não vamos ter ilusões”, afirmou perentório.

Durante o IX Congresso do Livre, no passado dia 18 de janeiro, o membro do Conselho de Jurisdição já dizia acreditar que estavam em causa apenas diferendos em matéria de “procedimentos, de culturas e de formas de trabalhar”, não estando em causa “divergências políticas” entre o partido e a deputada.

Confrontado pelo Observador sobre o sistema das primárias, o advogado defendeu que é “uma matriz” do Livre que deve continuar, ainda que possa ser melhorado. “O sistema tem insuficiências e tem que ser bem avaliado. Mas não vamos com equívocos. O problema da Joacine não teve nada a ver com as primárias, porque a Joacine foi escolhida por primárias, mas também com o apoio da direção”.

Questionado sobre as Presidenciais, Sá Fernandes revelou que irá apoiar Ana Gomes caso avance para a corrida a Belém, seja qual for a decisão do Livre. “É uma mulher corajosa, de bons princípios e séria. Não tenho a mais pequena dúvida de que seria bom que a esquerda se unisse em volta da sua candidatura”, sustentou.

Por último, o advogado disse que apesar de ser a favor da eutanásia, espera que o Presidente da República possa vetar a lei sobre a morte assistida, lamentando a pressa do processo e que nenhum dos partidos tenha incluído o tema nos seus programas políticos. “Fazer uma grande reflexão sobre isto era uma solução de princípio justa e eu, que defendo o princípio, sinto-me dececionado pela forma apressada como este processo está a ser conduzido e espero que o Presidente da República de facto vete”, concluiu.

Ricardo Sá Fernandes, membro do Conselho de Jurisdição do Livre, admite que chegou a pensar em desvincular-se do partido na sequência do processo que levou à retirada da confiança política a Joacine Katar Moreira. “Ponderei, mas acho que não é muito o meu género. Neste momento, a minha posição é a de apoiar o Livre a reerguer-se das cinzas e apoiar a deputada Joacine”, afirmou Sá Fernandes em entrevista ao Observador.

O advogado – que se manifestou disponível para dar o seu contributo na resolução do diferendo entre a deputada e o partido – disse esperar que ambos consigam ter sucesso no futuro. “O Livre é útil à democracia portuguesa e a Joacine Katar Moreira pode fazer um bom mandato enquanto deputada independente”, acrescenta.

Admitindo que o processo foi “traumatizante” e que fez tudo o que esteve ao seu alcance para evitar o desenlace final, Sá Fernandes considera que o rompimento com Joacine foi um ato de “grande imaturidade política” ainda que reconheça que a deputada também cometeu erros, mas foi “vítima de bullying mediático absolutamente inusitado.”

“O partido devia ter tido outra capacidade de reflexão, de encaixe, de maturidade para a poder também defender, porque aquilo que aconteceu foi um massacre. Havia forças políticas muito interessadas em acabar com o Livre e com a Joacine, não vamos ter ilusões”, afirmou perentório.

Durante o IX Congresso do Livre, no passado dia 18 de janeiro, o membro do Conselho de Jurisdição já dizia acreditar que estavam em causa apenas diferendos em matéria de “procedimentos, de culturas e de formas de trabalhar”, não estando em causa “divergências políticas” entre o partido e a deputada.

Confrontado pelo Observador sobre o sistema das primárias, o advogado defendeu que é “uma matriz” do Livre que deve continuar, ainda que possa ser melhorado. “O sistema tem insuficiências e tem que ser bem avaliado. Mas não vamos com equívocos. O problema da Joacine não teve nada a ver com as primárias, porque a Joacine foi escolhida por primárias, mas também com o apoio da direção”.

Questionado sobre as Presidenciais, Sá Fernandes revelou que irá apoiar Ana Gomes caso avance para a corrida a Belém, seja qual for a decisão do Livre. “É uma mulher corajosa, de bons princípios e séria. Não tenho a mais pequena dúvida de que seria bom que a esquerda se unisse em volta da sua candidatura”, sustentou.

Por último, o advogado disse que apesar de ser a favor da eutanásia, espera que o Presidente da República possa vetar a lei sobre a morte assistida, lamentando a pressa do processo e que nenhum dos partidos tenha incluído o tema nos seus programas políticos. “Fazer uma grande reflexão sobre isto era uma solução de princípio justa e eu, que defendo o princípio, sinto-me dececionado pela forma apressada como este processo está a ser conduzido e espero que o Presidente da República de facto vete”, concluiu.

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