Orçamento do Estado. Com BE a esticar a corda e PCP em silêncio, Governo e PS garantem: “há margem para aproximações”

10-10-2020
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Com o Bloco de Esquerda a ameaçar partir a corda e o PCP sem abrir o jogo, coube esta tarde ao PS vir acalmar o tom das conversas sobre o Orçamento do Estado. Fosse para garantir que ainda há margem para “aproximações” à esquerda ou para assegurar que não existe nenhum “impasse” e que os partidos até estão a conversar em registo “amigável”.

Por um lado, os avisos vão saindo do Governo, que está esta quinta-feira reunido para aprovar o Orçamento do Estado. A meio da discussão, a ministra de Estado e da Presidência, Mariana Vieira da Silva, falou para dizer que a reunião entre os ministros ainda vai continuar e para avisar que "uma negociação" implica que nenhuma posição "fique completamente garantida". Um recado para o BE?

Aos jornalistas, Vieira da Silva acrescentou que há "condições para fazer um caminho de aproximação entre as várias posições", e não para aceitar na totalidade o caminho do outro lado.

Quase ao mesmo tempo, e a horas de o Governo aprovar a sua proposta de Orçamento em Conselho de Ministros, o socialista João Paulo Correia foi o responsável por, no Parlamento, passar a mensagem do PS. Em primeiro lugar, para garantir que há “avanços” reais nas negociações: deverá avançar a criação de uma nova prestação social (embora o Bloco de Esquerda garanta que a medida está por fechar), o aumento do salário mínimo nacional (que, para a esquerda, não é suficiente) ou um aumento extraordinário das pensões.

Apesar das críticas que a esquerda faz aos “avanços”, que considera curtos, o PS mostra-se otimista: esses avanços serão a prova de que as conversas decorrem “com sucesso” e que não há risco de “impasse”. Mais: para os socialistas, o debate com o primeiro-ministro desta quarta-feira, em que António Costa disse ter “esperança” na aprovação do documento e até declarou ter “entusiasmo” por negociar com o PCP, mostrou que “o tom é mais amigável”. Com um recado para os ex-parceiros: “Este Orçamento não deve ser desperdiçado”.

Uma versão bem diferente da que conta a esquerda. Esta terça-feira, em véspera de aprovação do documento e a quatro dias da sua apresentação no Parlamento, o Bloco fez questão de deixar avisos, garantindo que sem mais negociação não terá motivos para viabilizar o Orçamento e dramatizando a situação até ao limite. O PCP continua sem explicar como está, na sua ótica, o andamento das negociações, prometendo que só fará “prognósticos” no “fim do jogo” - mas Costa garantia no debate parlamentar que entre os dois ainda há “caminho para andar”.

Com o Bloco de Esquerda a ameaçar partir a corda e o PCP sem abrir o jogo, coube esta tarde ao PS vir acalmar o tom das conversas sobre o Orçamento do Estado. Fosse para garantir que ainda há margem para “aproximações” à esquerda ou para assegurar que não existe nenhum “impasse” e que os partidos até estão a conversar em registo “amigável”.

Por um lado, os avisos vão saindo do Governo, que está esta quinta-feira reunido para aprovar o Orçamento do Estado. A meio da discussão, a ministra de Estado e da Presidência, Mariana Vieira da Silva, falou para dizer que a reunião entre os ministros ainda vai continuar e para avisar que "uma negociação" implica que nenhuma posição "fique completamente garantida". Um recado para o BE?

Aos jornalistas, Vieira da Silva acrescentou que há "condições para fazer um caminho de aproximação entre as várias posições", e não para aceitar na totalidade o caminho do outro lado.

Quase ao mesmo tempo, e a horas de o Governo aprovar a sua proposta de Orçamento em Conselho de Ministros, o socialista João Paulo Correia foi o responsável por, no Parlamento, passar a mensagem do PS. Em primeiro lugar, para garantir que há “avanços” reais nas negociações: deverá avançar a criação de uma nova prestação social (embora o Bloco de Esquerda garanta que a medida está por fechar), o aumento do salário mínimo nacional (que, para a esquerda, não é suficiente) ou um aumento extraordinário das pensões.

Apesar das críticas que a esquerda faz aos “avanços”, que considera curtos, o PS mostra-se otimista: esses avanços serão a prova de que as conversas decorrem “com sucesso” e que não há risco de “impasse”. Mais: para os socialistas, o debate com o primeiro-ministro desta quarta-feira, em que António Costa disse ter “esperança” na aprovação do documento e até declarou ter “entusiasmo” por negociar com o PCP, mostrou que “o tom é mais amigável”. Com um recado para os ex-parceiros: “Este Orçamento não deve ser desperdiçado”.

Uma versão bem diferente da que conta a esquerda. Esta terça-feira, em véspera de aprovação do documento e a quatro dias da sua apresentação no Parlamento, o Bloco fez questão de deixar avisos, garantindo que sem mais negociação não terá motivos para viabilizar o Orçamento e dramatizando a situação até ao limite. O PCP continua sem explicar como está, na sua ótica, o andamento das negociações, prometendo que só fará “prognósticos” no “fim do jogo” - mas Costa garantia no debate parlamentar que entre os dois ainda há “caminho para andar”.

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