Costa insiste que Portugal é "seguro" e não entende restrições à entrada de cidadãos nacionais em 17 Estados-membros

21-06-2020
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A polémica das restrições de entrada de cidadãos portugueses em países europeus não esteve em cima da mesa na cimeira da UE, que iniciou esta sexta-feira as negociações sobre o Fundo de Recuperação europeu, mas António Costa não deixou de se manifestar incomodado com a questão. Ainda assim, a preocupação não é muita.

Em conferência de imprensa, o primeiro-ministro defendeu que Portugal é um dos países europeus que realiza mais testes à Covid-19 e que, por isso, não se podem comparar os dados de infeções face a outros países. "Países com um terço ou metade dos testes de Portugal não se podem comparar connosco", disse.

"Como comparamos os dados do ponto de vista internacional por uma questão de transparência, não podemos comparar o número de casos positivos ou negativos, sem ter em conta o número de testes que cada país realiza", defendeu António Costa, acrescentando ainda que não se pode deixar de avaliar a gravidade da situação em função da capacidade de resposta do sistema de Saúde.

Dos 17 países europeus que proibiram ou limitaram a entrada de viajantes portugueses, o chefe do Governo frisou que apenas três países estão numa melhor situação quanto à pandemia face a Portugal: a Estónia, o Chipre e a Letónia.

Questionado sobre se está preocupado com a imagem externa do país, face a estas restrições, Costa respondeu que "não muito", dando como exemplo o voto de confiança dado pela UEFA ao escolher Lisboa para acolher em agosto a fase final da Liga dos Campeões. "Se houve resposta muito clara foi a que esta semana uma entidade como a UEFA deu. Quando teve de escolher um país seguro para realizar a fase final de uma grande prova, como é a Champions, escolheu Portugal", lembrou.

Também questionadoa sobre se havia discriminação por parte de países como a Dinamarca que impediam a entrada de cidadãos portugueses, tanto a presidente da Comissão Europeia, como o presidente do Conselho Europeu contornaram a pergunta.

Se Ursula Von der Leyen se limitou a afirmar que Bruxelas tem "diretrizes muito claras" sobre como os Estados-membros deverão proceder até ao final do mês em relação ao levantamento das fronteiras internas, Charles Michel preferiu apelar à "cooperação" dos países para que seja possível levantar as restrições entre "os próximos dias a uma semana".

Ainda ontem, o gabinete do ministro dos Negócios Estrangeiros português admitia, em declarações ao Expresso, que o Governo poderá responder na mesma moeda aos países que aplicaram restrições à entrada de cidadãos nacionais. Augusto Santos Silva lamentou as decisões de alguns Estados-membros "ao arrepio das decisões tomadas pela União Europeia" e insistindo em "manter restrições às ligações aéreas no interior do espaço europeu", o que poderá obrigar a medidas de "reciprocidade".

A polémica das restrições de entrada de cidadãos portugueses em países europeus não esteve em cima da mesa na cimeira da UE, que iniciou esta sexta-feira as negociações sobre o Fundo de Recuperação europeu, mas António Costa não deixou de se manifestar incomodado com a questão. Ainda assim, a preocupação não é muita.

Em conferência de imprensa, o primeiro-ministro defendeu que Portugal é um dos países europeus que realiza mais testes à Covid-19 e que, por isso, não se podem comparar os dados de infeções face a outros países. "Países com um terço ou metade dos testes de Portugal não se podem comparar connosco", disse.

"Como comparamos os dados do ponto de vista internacional por uma questão de transparência, não podemos comparar o número de casos positivos ou negativos, sem ter em conta o número de testes que cada país realiza", defendeu António Costa, acrescentando ainda que não se pode deixar de avaliar a gravidade da situação em função da capacidade de resposta do sistema de Saúde.

Dos 17 países europeus que proibiram ou limitaram a entrada de viajantes portugueses, o chefe do Governo frisou que apenas três países estão numa melhor situação quanto à pandemia face a Portugal: a Estónia, o Chipre e a Letónia.

Questionado sobre se está preocupado com a imagem externa do país, face a estas restrições, Costa respondeu que "não muito", dando como exemplo o voto de confiança dado pela UEFA ao escolher Lisboa para acolher em agosto a fase final da Liga dos Campeões. "Se houve resposta muito clara foi a que esta semana uma entidade como a UEFA deu. Quando teve de escolher um país seguro para realizar a fase final de uma grande prova, como é a Champions, escolheu Portugal", lembrou.

Também questionadoa sobre se havia discriminação por parte de países como a Dinamarca que impediam a entrada de cidadãos portugueses, tanto a presidente da Comissão Europeia, como o presidente do Conselho Europeu contornaram a pergunta.

Se Ursula Von der Leyen se limitou a afirmar que Bruxelas tem "diretrizes muito claras" sobre como os Estados-membros deverão proceder até ao final do mês em relação ao levantamento das fronteiras internas, Charles Michel preferiu apelar à "cooperação" dos países para que seja possível levantar as restrições entre "os próximos dias a uma semana".

Ainda ontem, o gabinete do ministro dos Negócios Estrangeiros português admitia, em declarações ao Expresso, que o Governo poderá responder na mesma moeda aos países que aplicaram restrições à entrada de cidadãos nacionais. Augusto Santos Silva lamentou as decisões de alguns Estados-membros "ao arrepio das decisões tomadas pela União Europeia" e insistindo em "manter restrições às ligações aéreas no interior do espaço europeu", o que poderá obrigar a medidas de "reciprocidade".

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