PSD, BE e PCP travam projeto do Metro de Lisboa. Governo dispara contra perdas de "centenas de milhões de euros"

08-02-2020
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O projeto de construção da linha circular do Metro de Lisboa vai ser suspenso, na sequência da aprovação de duas propostas de alteração ao Orçamento do Estado de 2020 do PAN e do PCP. A iniciativa obteve os votos favoráveis do PSD, BE, PCP e Chega, os votos contra do PS e a abstenção do CDS e da Iniciativa Liberal.

"O Governo procede, durante o ano de 2020, à suspensão do projeto de construção da Linha Circular do Metropolitano de Lisboa", estabelece o número 1 da proposta apresentada pelo PAN, também replicada pela bancada do PCP. A iniciativa define ainda que "durante o ano 2020" o Governo realiza, "através do Metropolitano de Lisboa, um estudo técnico e de viabilidade económica, que permita uma avaliação comparativa entre a extensão até Alcântara e a Linha Circular".

O executivo terá ainda de fazer, segundo a proposta, "os estudos técnicos e económicos necessários com vista à sua expansão prioritária para o Concelho de Loures" e "uma avaliação global custo-benefício, abrangendo as várias soluções alternativas para a extensão da rede para a zona ocidental de Lisboa".

As iniciativas dos partidos referem também que o Governo procede "à urgente contratação dos trabalhadores necessários à manutenção e ao normal funcionamento do Metropolitano de Lisboa, tendo em conta as diversas áreas onde se verifica carência de pessoal".

Ainda no mesmo documento ficou aprovado que o executivo terá de realizar obras nas estações que necessitam de intervenção, sobretudo devido às infiltrações, no Metropolitano de Lisboa.

Governo dispara sobre o PSD

A suspensão das obras, através de uma introdução no Orçamento do Estado de uma norma que torna definitiva uma suspensão que até agora era apenas uma recomendação, levou o PS a puxar o assunto para o plenário da Assembleia da República na manhã desta quarta-feira. Para os socialistas, esta aprovação é de uma total “irresponsabilidade” não entende que “se venha a a travar uma obra destas”. “Não estão a travar a linha circular, estão a travar um investimento público. Não nos vamos esquecer disto”, disse Carlos Pereira, lamentando que existam partidos que querem transformar a expansão do metro de Lisboa numa "nova novela do aeroporto".

"Depois de um apagão de investimentos públicos quando a direita governou o país há uma ofensiva para travar o investimento público através de uma coligação negativa", acrescentou.

O Governo virou-se também para o PSD. Duarte Cordeiro, secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares, carregou nas tintas ao apelar ao “bom senso” dos sociais-democratas. Diz Cordeiro que esta suspensão vai levar a “pagamentos de fortes indemnizações e colocam o Governo e esta obra em risco de perder fundos comunitários". "Perdermos centenas de milhões de euros de fundos comunitários”, reforçou. Falando sempre para o PSD, disse que a suspensão decidida acabará por ser por três anos e, também por isso, põe em causa as obras além de desrespeitar o que ficou decidido pelas áreas metropolitanas.

“Ainda vai a tempo” para mudar de posição, disse sempre para a bancada do PSD. Não teria resposta positiva. A norma foi chamada a votação e voltaria a ser aprovada.

O PCP, que fez aprovar a sua proposta, pede que “se cancele esta aberração da linha circular” e que se dê “prioridade para Loures e Alcântara”. Para a bloquista Isabel Pires, esta decisão faz sentido uma vez que esta “não é uma expansão do metro, pelo contrário, fecha a linha e a rede”.

O resultado desta votação já foi considerada uma coligação negativa, mas é, pelo contrário, uma coligação positiva, defendeu o deputado do PSD, Carlos Silva. "Não é só a esquerda que consegue coligações positivas", ironizou. Carlos Silva insistiu que a solução apresentada para o Metro de Lisboa não responde às necessidades dos cidadãos, convertendo-se numa "espécie de carrossel para turistas" na baixa de Lisboa. "O PS insiste teimosamente numa solução que não serve Lisboa", reforçou justificando o voto a favor das propostas do PCP e do PAN.

Este assunto já tinha sido alvo de discussão na Assembleia da República num projeto de resolução sobre o tema, em que o PS se absteve. Contudo, apesar de ter sido aprovado tinha apenas a força de recomendação, com esta aprovação, passa a definitivo. O Governo levou o assunto ao plenário do Parlamento para ser de novo votado, na esperança que o PSD mude de posição. Não mudou.

O projeto de construção da linha circular do Metro de Lisboa vai ser suspenso, na sequência da aprovação de duas propostas de alteração ao Orçamento do Estado de 2020 do PAN e do PCP. A iniciativa obteve os votos favoráveis do PSD, BE, PCP e Chega, os votos contra do PS e a abstenção do CDS e da Iniciativa Liberal.

"O Governo procede, durante o ano de 2020, à suspensão do projeto de construção da Linha Circular do Metropolitano de Lisboa", estabelece o número 1 da proposta apresentada pelo PAN, também replicada pela bancada do PCP. A iniciativa define ainda que "durante o ano 2020" o Governo realiza, "através do Metropolitano de Lisboa, um estudo técnico e de viabilidade económica, que permita uma avaliação comparativa entre a extensão até Alcântara e a Linha Circular".

O executivo terá ainda de fazer, segundo a proposta, "os estudos técnicos e económicos necessários com vista à sua expansão prioritária para o Concelho de Loures" e "uma avaliação global custo-benefício, abrangendo as várias soluções alternativas para a extensão da rede para a zona ocidental de Lisboa".

As iniciativas dos partidos referem também que o Governo procede "à urgente contratação dos trabalhadores necessários à manutenção e ao normal funcionamento do Metropolitano de Lisboa, tendo em conta as diversas áreas onde se verifica carência de pessoal".

Ainda no mesmo documento ficou aprovado que o executivo terá de realizar obras nas estações que necessitam de intervenção, sobretudo devido às infiltrações, no Metropolitano de Lisboa.

Governo dispara sobre o PSD

A suspensão das obras, através de uma introdução no Orçamento do Estado de uma norma que torna definitiva uma suspensão que até agora era apenas uma recomendação, levou o PS a puxar o assunto para o plenário da Assembleia da República na manhã desta quarta-feira. Para os socialistas, esta aprovação é de uma total “irresponsabilidade” não entende que “se venha a a travar uma obra destas”. “Não estão a travar a linha circular, estão a travar um investimento público. Não nos vamos esquecer disto”, disse Carlos Pereira, lamentando que existam partidos que querem transformar a expansão do metro de Lisboa numa "nova novela do aeroporto".

"Depois de um apagão de investimentos públicos quando a direita governou o país há uma ofensiva para travar o investimento público através de uma coligação negativa", acrescentou.

O Governo virou-se também para o PSD. Duarte Cordeiro, secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares, carregou nas tintas ao apelar ao “bom senso” dos sociais-democratas. Diz Cordeiro que esta suspensão vai levar a “pagamentos de fortes indemnizações e colocam o Governo e esta obra em risco de perder fundos comunitários". "Perdermos centenas de milhões de euros de fundos comunitários”, reforçou. Falando sempre para o PSD, disse que a suspensão decidida acabará por ser por três anos e, também por isso, põe em causa as obras além de desrespeitar o que ficou decidido pelas áreas metropolitanas.

“Ainda vai a tempo” para mudar de posição, disse sempre para a bancada do PSD. Não teria resposta positiva. A norma foi chamada a votação e voltaria a ser aprovada.

O PCP, que fez aprovar a sua proposta, pede que “se cancele esta aberração da linha circular” e que se dê “prioridade para Loures e Alcântara”. Para a bloquista Isabel Pires, esta decisão faz sentido uma vez que esta “não é uma expansão do metro, pelo contrário, fecha a linha e a rede”.

O resultado desta votação já foi considerada uma coligação negativa, mas é, pelo contrário, uma coligação positiva, defendeu o deputado do PSD, Carlos Silva. "Não é só a esquerda que consegue coligações positivas", ironizou. Carlos Silva insistiu que a solução apresentada para o Metro de Lisboa não responde às necessidades dos cidadãos, convertendo-se numa "espécie de carrossel para turistas" na baixa de Lisboa. "O PS insiste teimosamente numa solução que não serve Lisboa", reforçou justificando o voto a favor das propostas do PCP e do PAN.

Este assunto já tinha sido alvo de discussão na Assembleia da República num projeto de resolução sobre o tema, em que o PS se absteve. Contudo, apesar de ter sido aprovado tinha apenas a força de recomendação, com esta aprovação, passa a definitivo. O Governo levou o assunto ao plenário do Parlamento para ser de novo votado, na esperança que o PSD mude de posição. Não mudou.

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