Luanda Leaks debatido no Parlamento Europeu na próxima quarta-feira

08-02-2020
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Os eurodeputados vão voltar a olhar e a medir os esforços da União Europeia para travar o branqueamento de capital. Tal como aconteceu com os Panama Papers ou o Lux Leaks, o Parlamento Europeu quer agora discutir o escândalo que envolve Isabel dos Santos e os negócios da filha do ex-Presidente de Angola.

Na agenda da sessão plenária da próxima semana em Estrasburgo está "um ponto de situação sobre a luta da União Europeia contra a lavagem de dinheiro, à luz do Luanda Leaks". Os líderes dos vários grupos parlamentares aceitaram esta quinta-feira incluir o ponto nos trabalhos de quarta-feira ao final da tarde, mas não houve maioria para que do debate saísse uma resolução política.

O Grupo da Esquerda Unitária Europeia - onde se sentam PCP e Bloco de Esquerda - foi um dos que requereu o debate, a pedido do bloquista José Gusmão. Ao Expresso, lembra que "as instituições europeias têm tomado posições sobre offshores, lavagem de dinheiro e evasão fiscal", e que o Luanda Leaks, "é um momento, mais um, para saber se essas posições são para valer ou se as instituições europeias vão voltar a fechar os olhos".

O outro pedido para que houvesse debate - que incluísse também uma resolução política - partiu do Sven Giegold, dos Verdes. "É inconcebível que ao longo de duas décadas, mais de 400 empresas ligadas a Isabel dos Santos possam ter sido criadas em jurisdições secretas, incluindo em Malta, com a ajuda dos suspeitos do costume, da indústria europeia de elisão fiscal", diz o eurodeputado ao Expresso.

Para Giegold, "o Luanda Leaks é outro exemplo a mostrar porque é que a União Europeia deve ser mais ambiciosa na sua luta contra a lavagem de dinheiro". E sugere a criação de "instrumentos mais eficazes" como uma "polícia financeira europeia".

O Parlamento Europeu pode debater, mas não tem poder de decisão nestas matérias. Sobretudo, o que pode fazer é aprovar resoluções e fazer recomendações, que pressionem politicamente os Estados-membros ou a Comissão Europeia a atuar. O debate de quarta-feira, em Estrasburgo, contará com a presença de um comissário e da presidência rotativa da UE, que está atualmente nas mãos da Croácia.

Notícia atualizada às 17h03

Os eurodeputados vão voltar a olhar e a medir os esforços da União Europeia para travar o branqueamento de capital. Tal como aconteceu com os Panama Papers ou o Lux Leaks, o Parlamento Europeu quer agora discutir o escândalo que envolve Isabel dos Santos e os negócios da filha do ex-Presidente de Angola.

Na agenda da sessão plenária da próxima semana em Estrasburgo está "um ponto de situação sobre a luta da União Europeia contra a lavagem de dinheiro, à luz do Luanda Leaks". Os líderes dos vários grupos parlamentares aceitaram esta quinta-feira incluir o ponto nos trabalhos de quarta-feira ao final da tarde, mas não houve maioria para que do debate saísse uma resolução política.

O Grupo da Esquerda Unitária Europeia - onde se sentam PCP e Bloco de Esquerda - foi um dos que requereu o debate, a pedido do bloquista José Gusmão. Ao Expresso, lembra que "as instituições europeias têm tomado posições sobre offshores, lavagem de dinheiro e evasão fiscal", e que o Luanda Leaks, "é um momento, mais um, para saber se essas posições são para valer ou se as instituições europeias vão voltar a fechar os olhos".

O outro pedido para que houvesse debate - que incluísse também uma resolução política - partiu do Sven Giegold, dos Verdes. "É inconcebível que ao longo de duas décadas, mais de 400 empresas ligadas a Isabel dos Santos possam ter sido criadas em jurisdições secretas, incluindo em Malta, com a ajuda dos suspeitos do costume, da indústria europeia de elisão fiscal", diz o eurodeputado ao Expresso.

Para Giegold, "o Luanda Leaks é outro exemplo a mostrar porque é que a União Europeia deve ser mais ambiciosa na sua luta contra a lavagem de dinheiro". E sugere a criação de "instrumentos mais eficazes" como uma "polícia financeira europeia".

O Parlamento Europeu pode debater, mas não tem poder de decisão nestas matérias. Sobretudo, o que pode fazer é aprovar resoluções e fazer recomendações, que pressionem politicamente os Estados-membros ou a Comissão Europeia a atuar. O debate de quarta-feira, em Estrasburgo, contará com a presença de um comissário e da presidência rotativa da UE, que está atualmente nas mãos da Croácia.

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