Marques Mendes: “António Costa está com medo da sombra e psicologicamente frágil”

10-01-2020
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“Cada eleição vale por si e nenhuma se substitui às demais ou altera o mandato da Assembleia da República ora eleita”, afirmou António Costa na tomada de posse, neste sábado. Um “momento” que segundo Luís Marques Mendes “passou despercebido” nas análises feitas aos discursos proferidos no Palácio da Ajuda, em Lisboa.

Ora aquela frase, para o comentador do “Jornal da Noite” da SIC, é da maior importância, pois destapa o “estado de espírito”, do primeiro-ministro, que no entender de Luís Marques Mendes sente “medo”. E em três cenários, adiantou: “Medo” de um “mau resultado” nas eleições autárquicas, no outono de 2021; “Medo” da forma como decorrerá o segundo mandato de Marcelo Rebelo de Sousa, que, sendo o caso, será reeleito em janeiro de 2021; e “medo” de possíveis eleições legislativas antecipadas.

“António Costa está com medo da sombra e psicologicamente frágil”, sublinhou Marques Mendes, no seu comentário na SIC, neste domingo, acrescentando tal “fragilidade psicológica pode dar fragilidade política”.

O comentador prevê que neste mandato “as coisas não vão correr bem” a Costa. Para Luís Marques Mendes, alguns aspetos que rodeiam este Executivo, como o facto de haver “ministros muito desgastados”, “faz lembrar o terceiro Governo de Cavaco Silva (1991-1995)”. Mendes vaticina mesmo já uma remodelação, em 2021, e nela entrarão seguramente Mário Centeno e Augusto Santos Silva (Centeno poderá até querer sair antes, diz o comentador). Na ocasião, também na Ciência, Saúde e Educação haverá troca de ministros.

Marcelo "mais exigente para o futuro"

Relativamente aos discursos proferidos neste sábado, por Marcelo Rebelo de Sousa e António Costa, o comentador dominical da SIC salientou que foram “bem diferentes” entre si.

Em Marcelo, Marques Mendes viu um discurso “diferente do habitual”. Uma análise que o comentador fez em três tempos: o Presidente da República foi “justo na análise do passado” [do Governo de Costa]; “Distante na análise do presente”, remetendo as opções tomadas para a “responsabilidade do primeiro-ministro”; e, sobre o que Costa tem pela frente, “mais exigente do que o habitual, para memória futura”.

Centrando-se depois na intervenção do primeiro-ministro, Marques Mendes disse que ela teve “muita substância”. No entanto, tendo recordado os quatro objetivos estratégicos assumidos no programa do Governo [alterações climáticas, demografia, desigualdades e sociedade digital ], Mendes salientou que houve aspetos omissos, sobre os quais Costa não disse “nem uma palavra”.

São três as questões cruciais às quais “faltam” respostas, na opinião de Marques Mendes: crescimento económico, competitividade fiscal e investimento público. Neste último ponto, a sua "falta está a matar o Estado Social, especialmente o Serviço Nacional de Saúde”.

Das palavras de Costa no Palácio da Ajuda, Marques Mendes salientou ainda os “anúncios bons” - o aumento do salário mínimo e o fecho antecipado das centrais termoelétricas do Pego e de Sines - e um “anúncio completamente demagógico”. É o caso, afirmou, da promessa de Conselhos de Ministros descentralizados. “É show off, apenas a pensar nas eleições autárquicas”, disse Marques Mendes.

Olhar a sucessão de Costa

Como se não bastasse a governação do país, Marques Mendes entende que os problemas de António Costa serão, a partir de 2021, agravados com disputas internas no Largo do Rato. “Na segunda metade deste mandato, vamos ter a sucessão de António Costa na liderança do PS e isso cria desgaste”.

Interpelado por Clara de Sousa a indicar os nomes que estarão nessa corrida, o comentador do “Jornal da Noite” da SIC não hesitou: “Provavelmente, o sucessor, Pedro Nuno Santos”. Mas “do outro lado”, afiançou Luís Marques Mendes, estará uma de três pessoas: Fernando Medina, Ana Catarina Mendes e Francisco Assis.

“Cada eleição vale por si e nenhuma se substitui às demais ou altera o mandato da Assembleia da República ora eleita”, afirmou António Costa na tomada de posse, neste sábado. Um “momento” que segundo Luís Marques Mendes “passou despercebido” nas análises feitas aos discursos proferidos no Palácio da Ajuda, em Lisboa.

Ora aquela frase, para o comentador do “Jornal da Noite” da SIC, é da maior importância, pois destapa o “estado de espírito”, do primeiro-ministro, que no entender de Luís Marques Mendes sente “medo”. E em três cenários, adiantou: “Medo” de um “mau resultado” nas eleições autárquicas, no outono de 2021; “Medo” da forma como decorrerá o segundo mandato de Marcelo Rebelo de Sousa, que, sendo o caso, será reeleito em janeiro de 2021; e “medo” de possíveis eleições legislativas antecipadas.

“António Costa está com medo da sombra e psicologicamente frágil”, sublinhou Marques Mendes, no seu comentário na SIC, neste domingo, acrescentando tal “fragilidade psicológica pode dar fragilidade política”.

O comentador prevê que neste mandato “as coisas não vão correr bem” a Costa. Para Luís Marques Mendes, alguns aspetos que rodeiam este Executivo, como o facto de haver “ministros muito desgastados”, “faz lembrar o terceiro Governo de Cavaco Silva (1991-1995)”. Mendes vaticina mesmo já uma remodelação, em 2021, e nela entrarão seguramente Mário Centeno e Augusto Santos Silva (Centeno poderá até querer sair antes, diz o comentador). Na ocasião, também na Ciência, Saúde e Educação haverá troca de ministros.

Marcelo "mais exigente para o futuro"

Relativamente aos discursos proferidos neste sábado, por Marcelo Rebelo de Sousa e António Costa, o comentador dominical da SIC salientou que foram “bem diferentes” entre si.

Em Marcelo, Marques Mendes viu um discurso “diferente do habitual”. Uma análise que o comentador fez em três tempos: o Presidente da República foi “justo na análise do passado” [do Governo de Costa]; “Distante na análise do presente”, remetendo as opções tomadas para a “responsabilidade do primeiro-ministro”; e, sobre o que Costa tem pela frente, “mais exigente do que o habitual, para memória futura”.

Centrando-se depois na intervenção do primeiro-ministro, Marques Mendes disse que ela teve “muita substância”. No entanto, tendo recordado os quatro objetivos estratégicos assumidos no programa do Governo [alterações climáticas, demografia, desigualdades e sociedade digital ], Mendes salientou que houve aspetos omissos, sobre os quais Costa não disse “nem uma palavra”.

São três as questões cruciais às quais “faltam” respostas, na opinião de Marques Mendes: crescimento económico, competitividade fiscal e investimento público. Neste último ponto, a sua "falta está a matar o Estado Social, especialmente o Serviço Nacional de Saúde”.

Das palavras de Costa no Palácio da Ajuda, Marques Mendes salientou ainda os “anúncios bons” - o aumento do salário mínimo e o fecho antecipado das centrais termoelétricas do Pego e de Sines - e um “anúncio completamente demagógico”. É o caso, afirmou, da promessa de Conselhos de Ministros descentralizados. “É show off, apenas a pensar nas eleições autárquicas”, disse Marques Mendes.

Olhar a sucessão de Costa

Como se não bastasse a governação do país, Marques Mendes entende que os problemas de António Costa serão, a partir de 2021, agravados com disputas internas no Largo do Rato. “Na segunda metade deste mandato, vamos ter a sucessão de António Costa na liderança do PS e isso cria desgaste”.

Interpelado por Clara de Sousa a indicar os nomes que estarão nessa corrida, o comentador do “Jornal da Noite” da SIC não hesitou: “Provavelmente, o sucessor, Pedro Nuno Santos”. Mas “do outro lado”, afiançou Luís Marques Mendes, estará uma de três pessoas: Fernando Medina, Ana Catarina Mendes e Francisco Assis.

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