Não haverá repatriamentos eficazes e rápidos

04-09-2020
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Augusto Santos Silva deixa aviso

O Ministro dos Negócios Estrangeiros avisou, esta semana, de que não haverá operações de repatriamento com a dimensão e rapidez do início da pandemia. “Não podemos voltar a repetir o confinamento”. Desde o início da pandemia foram foram repatriados de países e territórios de todos os continentes 5.700 portugueses.

“Estamos a pedir aos portugueses que façam férias cá dentro, estamos a sugerir que evitem viagens não essenciais ao estrangeiro e estamos a avisar que, se forem agora para destinos exóticos ou com ligações fracas a Portugal, não contem com uma operação de repatriamento com a dimensão e a rapidez com que foram organizadas em março e em abril”, disse Augusto Santos Silva.

O Ministro criticou a descoordenação entre os Estados-membros da União Europeia (UE), que estão a aplicar “medidas de restrição organizadas nacionalmente”, mas frisou que não tem “nenhum problema com avisos aos viajantes”, de que são exemplos os apelos aos portugueses que referiu.

Augusto Santos Silva relembrou que a EU - em reunião dos ministros dos Estados-membros que pertencem ao espaço Schengen - emitiu uma orientação geral que previa que, até ao fim de junho, fossem respostas as condições de liberdade de circulação, orientação que “vários Estados membros não têm cumprido”. No entanto, o responsável pelos negócios estrangeiros considera “contrário à lógica europeia que haja medidas de restrição organizadas nacionalmente”, algumas “sem qualquer fundamento técnico”, e que, no caso das quarentenas ou interdição de voos, “induzem em erro as pessoas. Se eu obrigar alguém que vem num avião […] a estar 15 dias confinado, não estou a resolver o problema da pandemia. Se esse alguém tiver vindo infetado no avião e se no avião não tiver sido usada máscara ou outras medidas de segurança, essa pessoa […] pode ter contaminado o avião inteiro”, disse Augusto Santos Silva, citado pela Lusa.

O Ministro acredita que “as medidas eficazes são as medidas de proteção sanitária e as regras de segurança”. A lógica das quarentenas e da interdição de voos “rapidamente deriva para o isolamento e o nacionalismo, para a estigmatização de natureza nacional, ética ou outra”.

Augusto Santos Silva deixa aviso

O Ministro dos Negócios Estrangeiros avisou, esta semana, de que não haverá operações de repatriamento com a dimensão e rapidez do início da pandemia. “Não podemos voltar a repetir o confinamento”. Desde o início da pandemia foram foram repatriados de países e territórios de todos os continentes 5.700 portugueses.

“Estamos a pedir aos portugueses que façam férias cá dentro, estamos a sugerir que evitem viagens não essenciais ao estrangeiro e estamos a avisar que, se forem agora para destinos exóticos ou com ligações fracas a Portugal, não contem com uma operação de repatriamento com a dimensão e a rapidez com que foram organizadas em março e em abril”, disse Augusto Santos Silva.

O Ministro criticou a descoordenação entre os Estados-membros da União Europeia (UE), que estão a aplicar “medidas de restrição organizadas nacionalmente”, mas frisou que não tem “nenhum problema com avisos aos viajantes”, de que são exemplos os apelos aos portugueses que referiu.

Augusto Santos Silva relembrou que a EU - em reunião dos ministros dos Estados-membros que pertencem ao espaço Schengen - emitiu uma orientação geral que previa que, até ao fim de junho, fossem respostas as condições de liberdade de circulação, orientação que “vários Estados membros não têm cumprido”. No entanto, o responsável pelos negócios estrangeiros considera “contrário à lógica europeia que haja medidas de restrição organizadas nacionalmente”, algumas “sem qualquer fundamento técnico”, e que, no caso das quarentenas ou interdição de voos, “induzem em erro as pessoas. Se eu obrigar alguém que vem num avião […] a estar 15 dias confinado, não estou a resolver o problema da pandemia. Se esse alguém tiver vindo infetado no avião e se no avião não tiver sido usada máscara ou outras medidas de segurança, essa pessoa […] pode ter contaminado o avião inteiro”, disse Augusto Santos Silva, citado pela Lusa.

O Ministro acredita que “as medidas eficazes são as medidas de proteção sanitária e as regras de segurança”. A lógica das quarentenas e da interdição de voos “rapidamente deriva para o isolamento e o nacionalismo, para a estigmatização de natureza nacional, ética ou outra”.

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