Embaixador português em Moscovo chamado a Lisboa

04-07-2020
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O ministro dos Negócios Estrangeiros revelou esta terça-feira que o embaixador português na capital russa foi chamado a Lisboa para consultas.

Em entrevista à RTP, Augusto Santos Silva negou que Portugal se tenha excluído da ação conjunta de expulsar diplomatas russos e lembrou que o país é membro da NATO, tendo apoiado a proposta do secretário-geral da Aliança Atlântica, Jens Stoltenberg, que anunciou esta terça-feira a intenção de expulsar sete diplomatas da missão da Rússia junto daquela organização.

Já na entrevista feita pela SIC Notícias, o ministro dos Negócios Estrangeiros sublinhou que “a expulsão de diplomatas russos é a reação mais dura que se pode tomar” e que Portugal tomou uma decisão que “não prejudica em nada a solidariedade para com o Reino Unido e a NATO”. No entanto, considera que o país preserva um elemento substantivo “essencial” que passa pela capacidade de falar com “toda a gente do mundo como uma nação global”.

À semelhança do que afirmou esta terça-feira em entrevista à Lusa, o ministro dos Negócios Estrangeiros explicou à RTP que Portugal “usa da prudência” no plano bilateral de forma a “defender os interesses nacionais”. Questionado sobre que interesses são esses, Augusto Santos Silva limitou-se a afirmar que este é um assunto em que o país é soberano, lembrando a “lógica de não confrontação que caracteriza há muito” a política externa portuguesa.

À SIC Notícias, Augusto Santos Silva garantiu que os aliados europeus sabem desta lógica: “Os nossos aliados sabem que temos uma atitude não confrontacional, que apostamos no diálogo diplomático e que não queremos começar pelos extremos, que é a reação mais dura. Eles sabem, acima de tudo, que esta atitude os ajuda. Respeitamo-nos a todos - nós respeitamos as decisões que eles tomam e eles respeitam a posição que tomamos”. Afirmou ainda que há países que “entendem que uma das reações passa por expulsar dezenas de diplomatas; outros que pensam que passa por expulsar um ou dois; outros que pensam que passa por chamar para consulta o embaixador. Portugal respeita todas estas formas de reação, tal como os outros países respeitam a nossa decisão de agir com cautela e prudência”.

E se Portugal decidir expulsar diplomatas, como será feita a escolha? Augusto Santos Silva explicou que não pode divulgar informações que estão em segredo de Estado mas, em abstrato, um dos critérios habituais passa por identificar nas pessoas acreditadas como diplomatas as que estão mais ligadas aos serviços de informação do que à diplomacia. À questão sobre a existência de espiões russos em Portugal, recusou-se a responder.

E será possível Portugal alterar a posição que tomou? “É um elemento dinâmico que temos de ir acompanhando. Revejo-me inteiramente na posição da NATO e teremos uma reunião de concertação para vermos como é que isto evolui. Esperemos que haja razoabilidade do lado da Federação russa, porque é desse lado que as explicações têm de vir”, adiantou.

São já mais de 20 os países que expulsaram diplomatas russos do seu território, em solidariedade para com o Reino Unido no caso do envenenamento do ex-espião russo Sergei Skripal. Destes, 16 pertencem à União Europeia.

O ministro dos Negócios Estrangeiros revelou esta terça-feira que o embaixador português na capital russa foi chamado a Lisboa para consultas.

Em entrevista à RTP, Augusto Santos Silva negou que Portugal se tenha excluído da ação conjunta de expulsar diplomatas russos e lembrou que o país é membro da NATO, tendo apoiado a proposta do secretário-geral da Aliança Atlântica, Jens Stoltenberg, que anunciou esta terça-feira a intenção de expulsar sete diplomatas da missão da Rússia junto daquela organização.

Já na entrevista feita pela SIC Notícias, o ministro dos Negócios Estrangeiros sublinhou que “a expulsão de diplomatas russos é a reação mais dura que se pode tomar” e que Portugal tomou uma decisão que “não prejudica em nada a solidariedade para com o Reino Unido e a NATO”. No entanto, considera que o país preserva um elemento substantivo “essencial” que passa pela capacidade de falar com “toda a gente do mundo como uma nação global”.

À semelhança do que afirmou esta terça-feira em entrevista à Lusa, o ministro dos Negócios Estrangeiros explicou à RTP que Portugal “usa da prudência” no plano bilateral de forma a “defender os interesses nacionais”. Questionado sobre que interesses são esses, Augusto Santos Silva limitou-se a afirmar que este é um assunto em que o país é soberano, lembrando a “lógica de não confrontação que caracteriza há muito” a política externa portuguesa.

À SIC Notícias, Augusto Santos Silva garantiu que os aliados europeus sabem desta lógica: “Os nossos aliados sabem que temos uma atitude não confrontacional, que apostamos no diálogo diplomático e que não queremos começar pelos extremos, que é a reação mais dura. Eles sabem, acima de tudo, que esta atitude os ajuda. Respeitamo-nos a todos - nós respeitamos as decisões que eles tomam e eles respeitam a posição que tomamos”. Afirmou ainda que há países que “entendem que uma das reações passa por expulsar dezenas de diplomatas; outros que pensam que passa por expulsar um ou dois; outros que pensam que passa por chamar para consulta o embaixador. Portugal respeita todas estas formas de reação, tal como os outros países respeitam a nossa decisão de agir com cautela e prudência”.

E se Portugal decidir expulsar diplomatas, como será feita a escolha? Augusto Santos Silva explicou que não pode divulgar informações que estão em segredo de Estado mas, em abstrato, um dos critérios habituais passa por identificar nas pessoas acreditadas como diplomatas as que estão mais ligadas aos serviços de informação do que à diplomacia. À questão sobre a existência de espiões russos em Portugal, recusou-se a responder.

E será possível Portugal alterar a posição que tomou? “É um elemento dinâmico que temos de ir acompanhando. Revejo-me inteiramente na posição da NATO e teremos uma reunião de concertação para vermos como é que isto evolui. Esperemos que haja razoabilidade do lado da Federação russa, porque é desse lado que as explicações têm de vir”, adiantou.

São já mais de 20 os países que expulsaram diplomatas russos do seu território, em solidariedade para com o Reino Unido no caso do envenenamento do ex-espião russo Sergei Skripal. Destes, 16 pertencem à União Europeia.

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