Augusto Santos Silva faz juras à geringonça e estende tapete para Belém a Marcelo

10-05-2020
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Augusto Santos Silva entende que não há motivo para repensar o xadrez político: apesar do comportamento “exemplar” de Rui Rio enquanto líder da oposição, o PS conta fazer valer a maioria parlamentar de esquerda para aprovar os próximos Orçamentos do Estado.

Em entrevista ao "Jornal de Notícias", o ministro dos Negócios Estrangeiros é claro: “A nossa opção é por um diálogo preferencial à esquerda e há uma maioria de esquerda que funciona bem desde 2015. Não vejo porque não há de funcionar bem agora”.

Perante a insistência, Augusto Santos Silva recorda que o último Orçamento do Estado foi aprovado com a abstenção dos parceiros de esquerda e admite que gostaria de ver o Orçamento suplementar (que será apresentado antes de julho) em “condições mais favoráveis”, o que implica os votos favoráveis da esquerda e/ou do PSD. Mas isso não muda nada, avisa o ministro.

"Nós temos uma maioria parlamentar, que se forma à esquerda e com o PAN, e há uma oposição, liderada pelo PSD e por Rui Rio, que tem sido exemplar no exercício de uma oposição leal, consonante no que implica a unidade nacional. Não há razão para pensar que as coisas vão alterar-se.”

Na mesma entrevista ao "Jornal de Notícias", Augusto Santos Silva estende uma espécie de tapete vermelho a Marcelo Rebelo de Sousa. O socialista acredita que o PS deve concentrar as suas energias na governação do país (e não numas presidenciais eventualmente desgastantes e internamente divisivas) e recorda a boa relação entre António Costa e Marcelo Rebelo de Sousa.

"O PS deve ter uma consciência bem clara de duas coisas. Em primeiro lugar, da importância e da urgência total do esforço de governação neste momento. O PS deve fazer uma avaliação do atual ciclo político e da convivência institucional entre o Governo e o Presidente Marcelo Rebelo de Sousa. Essa avaliação é, consensualmente, de que as coisas correram otimamente bem. As personalidades do Presidente da República e do primeiro-ministro combinaram harmoniosamente, projetando ambas uma força ao país que o país reconhece. O PS há de tomar uma posição sobre as presidenciais a seu tempo. Quando tomar essa posição, julgo que terá consciência destas duas coisas”, argumenta o ministro dos Negócios Estrangeiros.

Sobre o futuro do país, Augusto Santos Silva juntou-se a outras vozes do PS para dizer que uma resposta austeritária à recessão económica que se avizinha seria um erro. “A repetição de uma lógica austeritária teria consequências devastadoras para a economia, mas também para a unidade e para a política democrática na Europa.”

Augusto Santos Silva entende que não há motivo para repensar o xadrez político: apesar do comportamento “exemplar” de Rui Rio enquanto líder da oposição, o PS conta fazer valer a maioria parlamentar de esquerda para aprovar os próximos Orçamentos do Estado.

Em entrevista ao "Jornal de Notícias", o ministro dos Negócios Estrangeiros é claro: “A nossa opção é por um diálogo preferencial à esquerda e há uma maioria de esquerda que funciona bem desde 2015. Não vejo porque não há de funcionar bem agora”.

Perante a insistência, Augusto Santos Silva recorda que o último Orçamento do Estado foi aprovado com a abstenção dos parceiros de esquerda e admite que gostaria de ver o Orçamento suplementar (que será apresentado antes de julho) em “condições mais favoráveis”, o que implica os votos favoráveis da esquerda e/ou do PSD. Mas isso não muda nada, avisa o ministro.

"Nós temos uma maioria parlamentar, que se forma à esquerda e com o PAN, e há uma oposição, liderada pelo PSD e por Rui Rio, que tem sido exemplar no exercício de uma oposição leal, consonante no que implica a unidade nacional. Não há razão para pensar que as coisas vão alterar-se.”

Na mesma entrevista ao "Jornal de Notícias", Augusto Santos Silva estende uma espécie de tapete vermelho a Marcelo Rebelo de Sousa. O socialista acredita que o PS deve concentrar as suas energias na governação do país (e não numas presidenciais eventualmente desgastantes e internamente divisivas) e recorda a boa relação entre António Costa e Marcelo Rebelo de Sousa.

"O PS deve ter uma consciência bem clara de duas coisas. Em primeiro lugar, da importância e da urgência total do esforço de governação neste momento. O PS deve fazer uma avaliação do atual ciclo político e da convivência institucional entre o Governo e o Presidente Marcelo Rebelo de Sousa. Essa avaliação é, consensualmente, de que as coisas correram otimamente bem. As personalidades do Presidente da República e do primeiro-ministro combinaram harmoniosamente, projetando ambas uma força ao país que o país reconhece. O PS há de tomar uma posição sobre as presidenciais a seu tempo. Quando tomar essa posição, julgo que terá consciência destas duas coisas”, argumenta o ministro dos Negócios Estrangeiros.

Sobre o futuro do país, Augusto Santos Silva juntou-se a outras vozes do PS para dizer que uma resposta austeritária à recessão económica que se avizinha seria um erro. “A repetição de uma lógica austeritária teria consequências devastadoras para a economia, mas também para a unidade e para a política democrática na Europa.”

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