COM QUE ENTÃO...!: VIVEMOS NUMA ERA DE CONFLITOS EM TODAS AS ÁREAS. NAS ORGANIZAÇÕES, TAMBÉM.

22-12-2019
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As instabilidades são normais nos partidos políticos. Receio tenho dos partidos a uma só voz. Eles podem esconder e escondem certamente, tensões muito mais graves do que aquelas que outros apresentam aos olhos de todos. O PS ao nível nacional, ainda há três anos e meio, teve três linhas de pensamento estratégico, debatidas publicamente e verificou-se, no final, que se tornaram importantes no que diz respeito à capacidade de governação do País. Não veio nenhum mal por isso. Os partidos a uma só voz, parecendo que o são, acabam por demonstrar, claramente, que os grupos existem e, subrepticiamente, digladiam-se. Tome-se em consideração o PSD da Madeira onde, porventura entre outras, é público e notório que há grupos em fila no assalto ao poder. Ninguém ignora que entre o Dr. Albuquerque e o Dr. Cunha e Silva existem acentuadas divergências e interesses de poder. Que no meio disto está o Dr. Jardim e que não foi um mero "fait-divers" a questão de mandar o presidente da Câmara do Funchal para Bruxelas. Atrás destas figuras estão "exércitos" prontos para o combate. Estou convicto que poucos duvidarão que assim é. É uma constatação da realidade. Mas isto passa-se no PSD da Madeira que é poder e passa-se no PSD nacional onde é oposição. Quando se trata dos partidos da oposição madeirenses, particularmente no que diz respeito ao PS, coitados, cai o "carmo e a trindade", porque estão desunidos, são sempre os mesmos, não se entendem, enfim, aproveita-se o momento para descarregar e esmagar, potenciando e reforçando o poder de quem lidera esta terra há 33 anos. Não se olha para o importante, para as propostas alternativas, se elas têm ou não credibilidade política, se existem ou não pessoas capazes de substituir os actuais secretários, tudo é esquecido e, facilmente, alguns caiem na ratoeira da facilidade onde apenas vêem o óbvio. O trabalho que é feito na Assembleia, repito, o valor dos projectos apresentados, a defesa de uma linha de pensamento estratégico, as fugas do poder ao debate aos olhos de todos, o condicionamento no uso da palavra, tudo é esquecido ou menorizado e o que é trazido à superfície são as questões internas partidárias. Não deveria ser assim, mas é. Esquecem-se de um aspecto importante que pertence aos manuais da gestão dos recursos humanos, que nos dizem que onde existem pessoas existem conflitos de ideias, de valores, de convicções, de estilos e de padrões. E que isto não pode ser evitado sob pena de anular as ideias e a própria criatividade. Evitar pode significar gerar uma atmosfera falsa e sobretudo de insegurança. Portanto, só resta saber gerir os conflitos, transformando os desacordos em oportunidades visando a melhoria do desempenho.


As instabilidades são normais nos partidos políticos. Receio tenho dos partidos a uma só voz. Eles podem esconder e escondem certamente, tensões muito mais graves do que aquelas que outros apresentam aos olhos de todos. O PS ao nível nacional, ainda há três anos e meio, teve três linhas de pensamento estratégico, debatidas publicamente e verificou-se, no final, que se tornaram importantes no que diz respeito à capacidade de governação do País. Não veio nenhum mal por isso. Os partidos a uma só voz, parecendo que o são, acabam por demonstrar, claramente, que os grupos existem e, subrepticiamente, digladiam-se. Tome-se em consideração o PSD da Madeira onde, porventura entre outras, é público e notório que há grupos em fila no assalto ao poder. Ninguém ignora que entre o Dr. Albuquerque e o Dr. Cunha e Silva existem acentuadas divergências e interesses de poder. Que no meio disto está o Dr. Jardim e que não foi um mero "fait-divers" a questão de mandar o presidente da Câmara do Funchal para Bruxelas. Atrás destas figuras estão "exércitos" prontos para o combate. Estou convicto que poucos duvidarão que assim é. É uma constatação da realidade. Mas isto passa-se no PSD da Madeira que é poder e passa-se no PSD nacional onde é oposição. Quando se trata dos partidos da oposição madeirenses, particularmente no que diz respeito ao PS, coitados, cai o "carmo e a trindade", porque estão desunidos, são sempre os mesmos, não se entendem, enfim, aproveita-se o momento para descarregar e esmagar, potenciando e reforçando o poder de quem lidera esta terra há 33 anos. Não se olha para o importante, para as propostas alternativas, se elas têm ou não credibilidade política, se existem ou não pessoas capazes de substituir os actuais secretários, tudo é esquecido e, facilmente, alguns caiem na ratoeira da facilidade onde apenas vêem o óbvio. O trabalho que é feito na Assembleia, repito, o valor dos projectos apresentados, a defesa de uma linha de pensamento estratégico, as fugas do poder ao debate aos olhos de todos, o condicionamento no uso da palavra, tudo é esquecido ou menorizado e o que é trazido à superfície são as questões internas partidárias. Não deveria ser assim, mas é. Esquecem-se de um aspecto importante que pertence aos manuais da gestão dos recursos humanos, que nos dizem que onde existem pessoas existem conflitos de ideias, de valores, de convicções, de estilos e de padrões. E que isto não pode ser evitado sob pena de anular as ideias e a própria criatividade. Evitar pode significar gerar uma atmosfera falsa e sobretudo de insegurança. Portanto, só resta saber gerir os conflitos, transformando os desacordos em oportunidades visando a melhoria do desempenho.

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