“É obrigatório insistir nos objetivos do Pacto Ecológico Europeu”, diz secretária de Estado do Ambiente – O Jornal Económico

24-09-2020
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A secretária de Estado do Ambiente disse esta quarta-feira que um crescimento verde, tal como hoje é entendido, será “muito difícil” atingir, mas haver bem-estar e prosperidade para todos, dentro dos limites do Planeta Terra, é alcançável, bem como uma economia circular.

“Centrada nos princípios que retêm valor dentro do sistema e com a sua distribuição justa”, explicou Inês dos Santos Costa, na Portugal Smart Cities Summit 2020, que decorre até amanhã no Centro de Congressos de Lisboa e que conta com o Jornal Económico como media partner.

“É obrigatório insistir nos objetivos estabelecidos pelo Pacto Ecológico Europeu. Ainda na semana passada a presidente Von der Leyen foi muito clara no seu discurso no Estado da União. Não há volta a dar e a União Europeia precisa de ir mais depressa e fazer melhor”, recordou a governante, reforçando a ideia de que 33% do instrumento de recuperação Next Generation EU será gasto nas metas do Green Deal, um terço financiado através de obrigações verdes (green bonds).

A versatilidade do hidrogénio verde

O hidrogénio cinzento foi posto na gaveta durante o painel que debateu os desafios do uso deste elemento. A descarbonização da economia passa pelo hidrogénio verde e apenas desse interessa falar neste momento, segundo os oradores na cimeira das cidades inteligentes: as energéticas EDP e REN e a fabricante de autocarros CaetanoBus.

Ana Quelhas, diretora de Planeamento Energético da EDP, destacou a competitividade que o hidrogénio verde pode trazer à atividade económica nacional, enumerando aquelas que devem ser prioridades de utilização. “É um vetor energético muito versátil”, sublinhou. Porquê? Pode ser utilizado em processos industriais (produção de calor), mobilidade, produção de eletricidade e edifícios com pilhas de combustível, por exemplo.

No entanto, a responsável da EDP alerta que o foco da utilização do hidrogénio – e para onde os apoios devem ser centralizados – são os processos industriais e os transportes pesados de larga distância, sobretudo os de mercadorias, tendo em conta que beneficiam mais deste tipo de energia, enquanto para outros há alterativas que geram maior eficiência.

Para o diretor de Estudos e Inovação Operacional da REN, o hidrogénio ganhou hoje uma escala e dimensão sem retorno. “É um elemento natural de integração de sistemas elétricos e de gás natural como nunca outro permitiu até à data”, assegurou Pedro Ávila, no mesmo evento.

Segundo o porta-voz da REN, há outro vetor que poderá também ganhar escala: o biometano (gás oriundo do biogás). “Será benéfico ter uma avaliação desse mesmo recurso para integração nas redes de gás natural, ajudando a este caminho da descarbonização. Hoje a rede de gás natural tem mais de 15 mil quilómetros e é um ativo muito importante para o país”, referiu.

O painel contou também com a presença de Paulo Marques, CTO da CaetanoBus, uma vez que a empresa começou recentemente a produzir veículos pesados de passageiros elétricos alimentados por célula de hidrogénio. Ademais, tornou-se na primeira empresa da Europa a usar a tecnologia de pilha de combustível da Toyota.

A secretária de Estado do Ambiente disse esta quarta-feira que um crescimento verde, tal como hoje é entendido, será “muito difícil” atingir, mas haver bem-estar e prosperidade para todos, dentro dos limites do Planeta Terra, é alcançável, bem como uma economia circular.

“Centrada nos princípios que retêm valor dentro do sistema e com a sua distribuição justa”, explicou Inês dos Santos Costa, na Portugal Smart Cities Summit 2020, que decorre até amanhã no Centro de Congressos de Lisboa e que conta com o Jornal Económico como media partner.

“É obrigatório insistir nos objetivos estabelecidos pelo Pacto Ecológico Europeu. Ainda na semana passada a presidente Von der Leyen foi muito clara no seu discurso no Estado da União. Não há volta a dar e a União Europeia precisa de ir mais depressa e fazer melhor”, recordou a governante, reforçando a ideia de que 33% do instrumento de recuperação Next Generation EU será gasto nas metas do Green Deal, um terço financiado através de obrigações verdes (green bonds).

A versatilidade do hidrogénio verde

O hidrogénio cinzento foi posto na gaveta durante o painel que debateu os desafios do uso deste elemento. A descarbonização da economia passa pelo hidrogénio verde e apenas desse interessa falar neste momento, segundo os oradores na cimeira das cidades inteligentes: as energéticas EDP e REN e a fabricante de autocarros CaetanoBus.

Ana Quelhas, diretora de Planeamento Energético da EDP, destacou a competitividade que o hidrogénio verde pode trazer à atividade económica nacional, enumerando aquelas que devem ser prioridades de utilização. “É um vetor energético muito versátil”, sublinhou. Porquê? Pode ser utilizado em processos industriais (produção de calor), mobilidade, produção de eletricidade e edifícios com pilhas de combustível, por exemplo.

No entanto, a responsável da EDP alerta que o foco da utilização do hidrogénio – e para onde os apoios devem ser centralizados – são os processos industriais e os transportes pesados de larga distância, sobretudo os de mercadorias, tendo em conta que beneficiam mais deste tipo de energia, enquanto para outros há alterativas que geram maior eficiência.

Para o diretor de Estudos e Inovação Operacional da REN, o hidrogénio ganhou hoje uma escala e dimensão sem retorno. “É um elemento natural de integração de sistemas elétricos e de gás natural como nunca outro permitiu até à data”, assegurou Pedro Ávila, no mesmo evento.

Segundo o porta-voz da REN, há outro vetor que poderá também ganhar escala: o biometano (gás oriundo do biogás). “Será benéfico ter uma avaliação desse mesmo recurso para integração nas redes de gás natural, ajudando a este caminho da descarbonização. Hoje a rede de gás natural tem mais de 15 mil quilómetros e é um ativo muito importante para o país”, referiu.

O painel contou também com a presença de Paulo Marques, CTO da CaetanoBus, uma vez que a empresa começou recentemente a produzir veículos pesados de passageiros elétricos alimentados por célula de hidrogénio. Ademais, tornou-se na primeira empresa da Europa a usar a tecnologia de pilha de combustível da Toyota.

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