Raize quer que bancos atribuam empréstimos bonificados através da sua plataforma

20-04-2020
marcar artigo

A Raize, fintech portuguesa que gere uma bolsa de empréstimos dirigida a pequenas e médias empresas (PME), enviou ao Governo uma proposta para que os bancos atribuam empréstimos bonificados a micro e pequenas empresas através da sua plataforma.

Segundo a Raize, o mecanismo de pool-financing (financiamento agrupado) permitirá “acabar com a papelada” e “fazer chegar o dinheiro às empresas ainda este mês”.

Numa carta aberta dirigida esta quinta-feira ao ministro de Estado e da Economia, Pedro Siza Vieira, a empresa propõe que os bancos financiem as pequenas e médias empresas em grupo. “O risco de cada financiamento fica assim disperso por todos os bancos”, explicam em comunicado enviado ao Expresso os fundadores da empresa José Maria Rego, Afonso Fuzeta Eça e António Silva Marques. “Em teoria, até daria para reduzir o montante de garantia do Estado.”

De que forma? Em primeiro lugar, cada banco que participa na linha de crédito Covid-19 (dirigida a micro, pequenas e médias empresas) e cada empresa beneficiária criariam uma conta na Raize. O registo dos bancos na plataforma demora apenas “um par de horas” e o das empresas beneficiárias “dois minutos”.

Posteriormente, os bancos e a SPGM, entidade coordenadora do Sistema Português de Garantia Mútua, avaliariam e aprovariam os financiamentos, sinalizando à Raize quais as empresas selecionadas, formalizando as garantias diretamente com os bancos e cobrindo os créditos normalmente.

Só depois a fintech disponibilizaria “imediatamente os fundos à empresa, onde todos os bancos entram com uma participação, ou seja, um montante mais reduzido que dispensa a formalização física”. A Raize ficaria então com a gestão dos contratos celebrados, incluindo a gestão dos fundos e cobrança das prestações.

De acordo com a fintech portuguesa, isto permitiria não só dispersar o risco pelos vários bancos como também agilizar o processo.

“Através da tecnologia da Raize, conseguimos ultrapassar os problemas de formalização das operações recorrendo a um mecanismo de pool-financing dos créditos COVID-19. Cada banco financiaria apenas uma parte de cada crédito reduzindo assim os requisitos de formalização das operações. Este é um modelo que a Raize já utiliza com alguns bancos nacionais para financiar micro e pequenas empresas, portanto estaríamos a utilizar um modelo já existente”, dizem os sócios da empresa.

“Atendendo à situação que vivemos, esta pode ser uma das formas mais inovadoras e seguras de fazer chegar o dinheiro rapidamente às micro e pequenas empresas”, lê-se no comunicado, que cita o exemplo dos Estados Unidos e de outros países europeus, onde isso já acontece.

A Raize recorda ainda ao ministro da Economia que sugeriu em março ao Governo a disponibilização de uma linha de garantia aos investidores, para ajudar a financiar as micro e pequenas empresas. Por outras palavras, trata-se de reproduzir o efeito das linhas de crédito (no valor de 3.000 milhões de euros) lançadas pelo Executivo no apoio à crise. “À data de hoje, ainda não obtivemos resposta da vossa parte, mas mantemos a nossa disponibilidade para implementar esta iniciativa”, rematam.

Recorde-se que, como o Expresso noticiou há uma semana, a fintech portuguesa já está a renegociar empréstimos a sociedades em dificuldades financeiras devido à crise gerada pela pandemia de covid-19. Os investidores, em contrapartida, terão de esperar mais tempo pelo reembolso do dinheiro que emprestaram.

Sendo uma plataforma que gere empréstimos a pequenas e médias empresas (incluindo em sectores como restauração, turismo ou comércio), o impacto no negócio é expectável. Havendo incumprimentos ou adiamento do pagamento dos juros e capital, a fintech não está imune ao risco de a desconfiança alastrar aos investidores.

A Raize, fintech portuguesa que gere uma bolsa de empréstimos dirigida a pequenas e médias empresas (PME), enviou ao Governo uma proposta para que os bancos atribuam empréstimos bonificados a micro e pequenas empresas através da sua plataforma.

Segundo a Raize, o mecanismo de pool-financing (financiamento agrupado) permitirá “acabar com a papelada” e “fazer chegar o dinheiro às empresas ainda este mês”.

Numa carta aberta dirigida esta quinta-feira ao ministro de Estado e da Economia, Pedro Siza Vieira, a empresa propõe que os bancos financiem as pequenas e médias empresas em grupo. “O risco de cada financiamento fica assim disperso por todos os bancos”, explicam em comunicado enviado ao Expresso os fundadores da empresa José Maria Rego, Afonso Fuzeta Eça e António Silva Marques. “Em teoria, até daria para reduzir o montante de garantia do Estado.”

De que forma? Em primeiro lugar, cada banco que participa na linha de crédito Covid-19 (dirigida a micro, pequenas e médias empresas) e cada empresa beneficiária criariam uma conta na Raize. O registo dos bancos na plataforma demora apenas “um par de horas” e o das empresas beneficiárias “dois minutos”.

Posteriormente, os bancos e a SPGM, entidade coordenadora do Sistema Português de Garantia Mútua, avaliariam e aprovariam os financiamentos, sinalizando à Raize quais as empresas selecionadas, formalizando as garantias diretamente com os bancos e cobrindo os créditos normalmente.

Só depois a fintech disponibilizaria “imediatamente os fundos à empresa, onde todos os bancos entram com uma participação, ou seja, um montante mais reduzido que dispensa a formalização física”. A Raize ficaria então com a gestão dos contratos celebrados, incluindo a gestão dos fundos e cobrança das prestações.

De acordo com a fintech portuguesa, isto permitiria não só dispersar o risco pelos vários bancos como também agilizar o processo.

“Através da tecnologia da Raize, conseguimos ultrapassar os problemas de formalização das operações recorrendo a um mecanismo de pool-financing dos créditos COVID-19. Cada banco financiaria apenas uma parte de cada crédito reduzindo assim os requisitos de formalização das operações. Este é um modelo que a Raize já utiliza com alguns bancos nacionais para financiar micro e pequenas empresas, portanto estaríamos a utilizar um modelo já existente”, dizem os sócios da empresa.

“Atendendo à situação que vivemos, esta pode ser uma das formas mais inovadoras e seguras de fazer chegar o dinheiro rapidamente às micro e pequenas empresas”, lê-se no comunicado, que cita o exemplo dos Estados Unidos e de outros países europeus, onde isso já acontece.

A Raize recorda ainda ao ministro da Economia que sugeriu em março ao Governo a disponibilização de uma linha de garantia aos investidores, para ajudar a financiar as micro e pequenas empresas. Por outras palavras, trata-se de reproduzir o efeito das linhas de crédito (no valor de 3.000 milhões de euros) lançadas pelo Executivo no apoio à crise. “À data de hoje, ainda não obtivemos resposta da vossa parte, mas mantemos a nossa disponibilidade para implementar esta iniciativa”, rematam.

Recorde-se que, como o Expresso noticiou há uma semana, a fintech portuguesa já está a renegociar empréstimos a sociedades em dificuldades financeiras devido à crise gerada pela pandemia de covid-19. Os investidores, em contrapartida, terão de esperar mais tempo pelo reembolso do dinheiro que emprestaram.

Sendo uma plataforma que gere empréstimos a pequenas e médias empresas (incluindo em sectores como restauração, turismo ou comércio), o impacto no negócio é expectável. Havendo incumprimentos ou adiamento do pagamento dos juros e capital, a fintech não está imune ao risco de a desconfiança alastrar aos investidores.

marcar artigo