As reações à morte de Alexandre Soares dos Santos

14-12-2019
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"Visão estratégica vai fazer falta ao país" - Cavaco Silva

O ex-Presidente da República Cavaco Silva afirmou hoje que "a visão estratégica de Alexandre Soares dos Santos fará muita falta" e que, com a sua morte, se "perde uma das vozes mais conscientes das fragilidades e capacidades" de Portugal.

"Com a morte de Alexandre Soares dos Santos, Portugal perde a sua ímpar capacidade de liderança empresarial, mas perde simultaneamente uma das vozes mais conscientes das fragilidades e das capacidades do país, sempre acutilante e desassombrado na sua análise. A sua visão estratégica fará muita falta", afirma Aníbal Cavaco Silva, numa declaração escrita enviada à Lusa.

Para o ex-Presidente da República, "Soares dos Santos soube dar um impulso extraordinário ao grupo empresarial da sua família, mas manteve em cada momento a vontade de contribuir para o bem comum, a igualdade de oportunidades, a justiça social e o progresso do nosso país".

"A Fundação Francisco Manuel dos Santos, fruto da sua reflexão sobre as nossas necessidades coletivas, aquilo que somos e os passos que devemos dar para sermos melhores, é um testemunho vivo da sua generosidade e da sua liderança", acrescenta Cavaco Silva, apresentando "sentidas condolências" à família do empresário e "a todos os colaboradores do grupo empresarial".

APED destaca "contributo decisivo para modernização" no país

A Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição (APED) destacou hoje que Alexandre Soares dos Santos, que morreu na sexta-feira, aos 84 anos, teve "um contributo decisivo para a modernização do setor" e da "atividade empresarial" nacional.

Para a APED, Soares dos Santos deixou um "legado que vai além das empresas".

"Personalidade incontornável na distribuição em Portugal, teve um contributo decisivo para a modernização não só do setor, mas também da atividade empresarial no nosso país", assinala a APED, numa nota de imprensa a propósito da morte de Alexandre Soares dos Santos.

A associação recorda ainda o empresário como um "cidadão socialmente empenhado", que deixa "um legado que vai além das empresas, como provam as diversas iniciativas que lançou para mobilizar a sociedade civil".

"A APED presta, assim, homenagem a uma figura de relevo, independente e frontal, com um percurso empresarial e de cidadania estimulante que serve de exemplo para todos em Portugal", acrescenta, manifestando "pesar pelo falecimento de Alexandre Soares dos Santos" e apresentando "as mais sentidas condolências à sua família".

"Soares dos Santos construiu um império" - Francisco Louça

A reação de Francisco Louçã à morte de Alexandre Soares dos Santos.

AIP destaca "acutilância e coragem" do "grande empresário"

A Associação Industrial Portuguesa (AIP) lamentou hoje a morte do "grande empresário" Alexandre Soares dos Santos, numa nota à imprensa em que destaca a "forma acutilante e corajosa" das suas intervenções na reflexão e discussão pública.

Soares dos Santos "é uma das maiores referências do empresariado português e um dos maiores investidores e empregadores da economia nacional", lê-se na nota.

"Além de ter constituído o maior grupo empresarial português, distinguiu-se pela forma acutilante e corajosa como intervinha na reflexão e discussão da política económica e social do país", acrescenta o texto, assinado pelo presidente da AIP, José Eduardo Carvalho.

A associação de empresários portugueses manifesta "profundo pesar" pela perda e endereça condolências à família do antigo presidente da Jerónimo Martins.

"Perdemos um grande empresários, que deu emprego a muita gente" - José Gomes Ferreira

UGT destaca mérito do empresário Soares dos Santos

O Secretário-geral da UGT, Carlos Silva, considerou este sábado "lamentável" a morte, na sexta-feira, do empresário Alexandre Soares dos Santos, enaltecendo o seu mérito empresarial e a relação de proximidade com os seus trabalhadores.

"É lamentável, mas é a vida, é mesmo assim!", disse à Lusa o secretário-geral da UGT, referindo-se à morte, aos 84 anos em Lisboa, do antigo presidente da Jerónimo Martins (JM).

Ressalvando não ter uma relação próxima com o empresário, Carlos Silva disse reconhecer, no entanto, o mérito profissional de Soares dos Santos:

"Foi um empresário que criou muitos postos de trabalho e uma relação de proximidade com aqueles a quem dava emprego", disse, destacando ainda o facto de a sua morte ter ocorrido já depois de o empresário ter deixado a sua família à frente do seu projeto empresarial. Arménio Carlos, secretário-geral da CGTP, também em declarações à Lusa, apresentou condolência à família do empresário, mas escusou-se a mais comentários.

António Saraiva destaca "obra notável"

"Perdeu-se um grande líder empresarial" - Pedro Siza Vieira

O ministro Adjunto e da Economia considera que a morte do empresário Alexandre Soares dos Santos representa a perda de um grande líder empresarial.

Em comunicado, Pedro Siza Vieira lembra o contributo para o desenvolvimento da economia, mas também para o estudo e conhecimento da sociedade portuguesa, através da Fundação que gere o portal - Pordata.

O ministro fala num homem multifacetado e com um percurso incontornável na história moderna, cuja obra e memória serão sempre recordadas.

"Marcelo evoca "personalidade singular"

"O Presidente da República evoca a personalidade singular de Alexandre Soares dos Santos e o seu relevante papel na vida económica, social e cultural portuguesa, e, pessoalmente consternado, apresenta à Família muito sentidas condolências.", lê-se na nota divulgada na página da Presidência da República.

Um "guerreiro" criador de riqueza e emprego - CIP

O presidente da CIP - Confederação Empresarial de Portugal, António Saraiva, lamentou hoje a morte do empresário Alexandre Soares dos Santos, descrevendo-o como um "guerreiro" e criador de riqueza e de emprego no país.

António Saraiva disse à Lusa que o falecimento do empresário é "uma grande perda para o país, embora já fosse esperado, devido à doença prolongada".

Alexandre Soares dos Santos, antigo presidente da Jerónimo Martins (JM), morreu na sexta-feira, aos 84 anos."Foi um grande criador de riqueza e de emprego, defensor da iniciativa privada e dos empresários", salientou António Saraiva.

Para o presidente da CIP, Alexandre Soares dos Santos "toda a vida pautou as suas atitudes por rigor e exigência na vida privada e empresarial, que fizeram com que a empresa familiar que liderava se transformasse num grande grupo que hoje é a Jerónimo Martins, com preocupações sociais, e obra social e cultural vasta".

Recorda-o ainda como "um homem acutilante, assertivo e por vezes polémico, mas interessado pelo seu país, e que nos deixa mais pobres".

O percurso de Alexandre Soares dos Santos

Elísio Alexandre Soares dos Santos nasceu no Porto em 1934, começando a carreira profissional em 1957 na Unilever e depois, até 1967, foi diretor de marketing da Unilever Brasil, entrando no ano seguinte para o conselho de administração da JM como administrador-delegado, cargo que acumulou com o de representante da JM na 'joint-venture' com a Unilever.

Em fevereiro de 1996 passou para a presidência do conselho de administração da JM, cargo que ocupou até abril de 2003, quando passou a presidente não executivo ('chairman'), até 18 de dezembro de 2013.

A sua liderança empresarial ficou marcada pela transformação de um negócio familiar, iniciado com uma loja no Chiado, em Lisboa, em 1792, num dos maiores grupos de distribuição em Portugal, êxito que contribuiu para ser considerado um dos homens mais ricos do país.

O crescimento e a internacionalização do grupo levaram-no para a Polónia e Colômbia, depois de uma primeira experiência problemática no Brasil.

Além da obra empresarial, Soares dos Santos deixou também presença no panorama sociopolítico, designadamente através da Fundação Francisco Manuel dos Santos, e dos juízos críticos que fazia com frequência sobre a conjuntura político-económica e os seus protagonistas.

A Fundação, criada em 2009, gere o portal "Pordata", Base de Dados do Portugal Contemporâneo, e uma coleção de livros de ensaio sobre temas da atualidade, além de organizar debates sobre temas da atualidade.

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, condecorou-o, em abril de 2017, com a Grã-Cruz da Ordem do Mérito Empresarial.

Com Lusa

"Visão estratégica vai fazer falta ao país" - Cavaco Silva

O ex-Presidente da República Cavaco Silva afirmou hoje que "a visão estratégica de Alexandre Soares dos Santos fará muita falta" e que, com a sua morte, se "perde uma das vozes mais conscientes das fragilidades e capacidades" de Portugal.

"Com a morte de Alexandre Soares dos Santos, Portugal perde a sua ímpar capacidade de liderança empresarial, mas perde simultaneamente uma das vozes mais conscientes das fragilidades e das capacidades do país, sempre acutilante e desassombrado na sua análise. A sua visão estratégica fará muita falta", afirma Aníbal Cavaco Silva, numa declaração escrita enviada à Lusa.

Para o ex-Presidente da República, "Soares dos Santos soube dar um impulso extraordinário ao grupo empresarial da sua família, mas manteve em cada momento a vontade de contribuir para o bem comum, a igualdade de oportunidades, a justiça social e o progresso do nosso país".

"A Fundação Francisco Manuel dos Santos, fruto da sua reflexão sobre as nossas necessidades coletivas, aquilo que somos e os passos que devemos dar para sermos melhores, é um testemunho vivo da sua generosidade e da sua liderança", acrescenta Cavaco Silva, apresentando "sentidas condolências" à família do empresário e "a todos os colaboradores do grupo empresarial".

APED destaca "contributo decisivo para modernização" no país

A Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição (APED) destacou hoje que Alexandre Soares dos Santos, que morreu na sexta-feira, aos 84 anos, teve "um contributo decisivo para a modernização do setor" e da "atividade empresarial" nacional.

Para a APED, Soares dos Santos deixou um "legado que vai além das empresas".

"Personalidade incontornável na distribuição em Portugal, teve um contributo decisivo para a modernização não só do setor, mas também da atividade empresarial no nosso país", assinala a APED, numa nota de imprensa a propósito da morte de Alexandre Soares dos Santos.

A associação recorda ainda o empresário como um "cidadão socialmente empenhado", que deixa "um legado que vai além das empresas, como provam as diversas iniciativas que lançou para mobilizar a sociedade civil".

"A APED presta, assim, homenagem a uma figura de relevo, independente e frontal, com um percurso empresarial e de cidadania estimulante que serve de exemplo para todos em Portugal", acrescenta, manifestando "pesar pelo falecimento de Alexandre Soares dos Santos" e apresentando "as mais sentidas condolências à sua família".

"Soares dos Santos construiu um império" - Francisco Louça

A reação de Francisco Louçã à morte de Alexandre Soares dos Santos.

AIP destaca "acutilância e coragem" do "grande empresário"

A Associação Industrial Portuguesa (AIP) lamentou hoje a morte do "grande empresário" Alexandre Soares dos Santos, numa nota à imprensa em que destaca a "forma acutilante e corajosa" das suas intervenções na reflexão e discussão pública.

Soares dos Santos "é uma das maiores referências do empresariado português e um dos maiores investidores e empregadores da economia nacional", lê-se na nota.

"Além de ter constituído o maior grupo empresarial português, distinguiu-se pela forma acutilante e corajosa como intervinha na reflexão e discussão da política económica e social do país", acrescenta o texto, assinado pelo presidente da AIP, José Eduardo Carvalho.

A associação de empresários portugueses manifesta "profundo pesar" pela perda e endereça condolências à família do antigo presidente da Jerónimo Martins.

"Perdemos um grande empresários, que deu emprego a muita gente" - José Gomes Ferreira

UGT destaca mérito do empresário Soares dos Santos

O Secretário-geral da UGT, Carlos Silva, considerou este sábado "lamentável" a morte, na sexta-feira, do empresário Alexandre Soares dos Santos, enaltecendo o seu mérito empresarial e a relação de proximidade com os seus trabalhadores.

"É lamentável, mas é a vida, é mesmo assim!", disse à Lusa o secretário-geral da UGT, referindo-se à morte, aos 84 anos em Lisboa, do antigo presidente da Jerónimo Martins (JM).

Ressalvando não ter uma relação próxima com o empresário, Carlos Silva disse reconhecer, no entanto, o mérito profissional de Soares dos Santos:

"Foi um empresário que criou muitos postos de trabalho e uma relação de proximidade com aqueles a quem dava emprego", disse, destacando ainda o facto de a sua morte ter ocorrido já depois de o empresário ter deixado a sua família à frente do seu projeto empresarial. Arménio Carlos, secretário-geral da CGTP, também em declarações à Lusa, apresentou condolência à família do empresário, mas escusou-se a mais comentários.

António Saraiva destaca "obra notável"

"Perdeu-se um grande líder empresarial" - Pedro Siza Vieira

O ministro Adjunto e da Economia considera que a morte do empresário Alexandre Soares dos Santos representa a perda de um grande líder empresarial.

Em comunicado, Pedro Siza Vieira lembra o contributo para o desenvolvimento da economia, mas também para o estudo e conhecimento da sociedade portuguesa, através da Fundação que gere o portal - Pordata.

O ministro fala num homem multifacetado e com um percurso incontornável na história moderna, cuja obra e memória serão sempre recordadas.

"Marcelo evoca "personalidade singular"

"O Presidente da República evoca a personalidade singular de Alexandre Soares dos Santos e o seu relevante papel na vida económica, social e cultural portuguesa, e, pessoalmente consternado, apresenta à Família muito sentidas condolências.", lê-se na nota divulgada na página da Presidência da República.

Um "guerreiro" criador de riqueza e emprego - CIP

O presidente da CIP - Confederação Empresarial de Portugal, António Saraiva, lamentou hoje a morte do empresário Alexandre Soares dos Santos, descrevendo-o como um "guerreiro" e criador de riqueza e de emprego no país.

António Saraiva disse à Lusa que o falecimento do empresário é "uma grande perda para o país, embora já fosse esperado, devido à doença prolongada".

Alexandre Soares dos Santos, antigo presidente da Jerónimo Martins (JM), morreu na sexta-feira, aos 84 anos."Foi um grande criador de riqueza e de emprego, defensor da iniciativa privada e dos empresários", salientou António Saraiva.

Para o presidente da CIP, Alexandre Soares dos Santos "toda a vida pautou as suas atitudes por rigor e exigência na vida privada e empresarial, que fizeram com que a empresa familiar que liderava se transformasse num grande grupo que hoje é a Jerónimo Martins, com preocupações sociais, e obra social e cultural vasta".

Recorda-o ainda como "um homem acutilante, assertivo e por vezes polémico, mas interessado pelo seu país, e que nos deixa mais pobres".

O percurso de Alexandre Soares dos Santos

Elísio Alexandre Soares dos Santos nasceu no Porto em 1934, começando a carreira profissional em 1957 na Unilever e depois, até 1967, foi diretor de marketing da Unilever Brasil, entrando no ano seguinte para o conselho de administração da JM como administrador-delegado, cargo que acumulou com o de representante da JM na 'joint-venture' com a Unilever.

Em fevereiro de 1996 passou para a presidência do conselho de administração da JM, cargo que ocupou até abril de 2003, quando passou a presidente não executivo ('chairman'), até 18 de dezembro de 2013.

A sua liderança empresarial ficou marcada pela transformação de um negócio familiar, iniciado com uma loja no Chiado, em Lisboa, em 1792, num dos maiores grupos de distribuição em Portugal, êxito que contribuiu para ser considerado um dos homens mais ricos do país.

O crescimento e a internacionalização do grupo levaram-no para a Polónia e Colômbia, depois de uma primeira experiência problemática no Brasil.

Além da obra empresarial, Soares dos Santos deixou também presença no panorama sociopolítico, designadamente através da Fundação Francisco Manuel dos Santos, e dos juízos críticos que fazia com frequência sobre a conjuntura político-económica e os seus protagonistas.

A Fundação, criada em 2009, gere o portal "Pordata", Base de Dados do Portugal Contemporâneo, e uma coleção de livros de ensaio sobre temas da atualidade, além de organizar debates sobre temas da atualidade.

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, condecorou-o, em abril de 2017, com a Grã-Cruz da Ordem do Mérito Empresarial.

Com Lusa

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