António Costa assume coordenação direta da resposta do governo ao coronavírus

05-03-2020
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A coordenação interministerial na questão do coronavírus está a ser exercida diretamente pelo primeiro-ministro. Costa visitou esta segunda-feira o Centro de Contacto do SNS24

A ministra da Saúde, Marta Temido, e o PM, António Costa, na inauguração da unidade de saúde de Ramaldehá dias. © Pedro Correia/Global Imagens

A coordenação interministerial da ação do Governo face ao coronavírus, que esta segunda-feira chegou a Portugal com dois casos confirmados no Porto, está a ser exercida diretamente pelo primeiro-ministro, revelou fonte do governo ao DN.

Não havendo propriamente um gabinete de crise, António Costa coordena a ação dos vários ministros nesta questão. Para dar conta do seu envolvimento direto decidiu ir esta tarde - que não tinha agenda pública - ao centro de contacto da Saúde 24, em Lisboa. Este é o serviço telefónico (808 24 24 24) e digital do SNS para o qual é aconselhado contacto imediato por quem sente os sintomas principais da doença.

No Governo não há um gabinete de crise mas a coordenação geral, que está a ser feita diretamente pelo primeiro-ministro, envolve não só a ministra da Saúde mas diversos outros ministros: Economia (por causa dos impactos nas empresas), Administração Interna (por causa do controlo de fronteiras), Ciência e Ensino Superior (por causa das universidades). Praticamente todo o governo está envolvido na operação.

No quadro dessa coordenação geral, António Costa anunciou esta segunda-feira de manhã que ao longo do dia o ministro da Economia, Pedro Siza Vieira, reuniria com associações empresariais para fazer uma avaliação "em concreto" do impacto económico do coronavíris-19, que teve origem na China, nomeadamente na área industria.

"Calma e serenidade"

Hoje, o ministro da Economia "está a reunir com as associações empresariais para detetar, em concreto, quebras em algumas cadeias de fornecimento, designadamente na área industrial, para componentes com origem na China", onde a doença parou fábricas e "está interrompido o fluxo de fornecimento de peças", disse o primeiro-ministro, à margem da apresentação do novo programa de ação "Justiça + Próxima", em Lisboa.

"Isso obviamente tem consequências", disse o chefe do Governo, em declarações aos jornalistas, admitindo que o executivo irá igualmente "verificar outras" quebras.

Outro passo da ação governamental será uma reunião, a meio da semana, do ministro das Finanças com outros ministros das áreas económicas (Economia, Infraestruturas, etc) para uma "avaliação global" do que está a ser feito "à escala europeia sobre os impactos que [o surto do novo coronavírus] pode ter nessas economias" e ainda que "medidas concretas" se podem adotar.

Falando de manhã já depois de saber dos casos confirmados no Porto, António Costa disse que tem "confiança" no sistema de saúde e "em todos os seus profissionais, que seguramente estarão à altura de enfrentar esta situação"

"É preciso manter a calma e a serenidade. A principal recomendação que faço é que cada pessoa que tenha tido contacto com alguém que esteja contaminado ou que venha a saber que está contaminado esteja particularmente atento aos sintomas que tem e, em caso de sintomas, recorra à linha Saúde24. E a partir daí seguir as instruções que os médicos darão para a forma de encaminhar o tratamento das situações", afirmou.

Costa enfatizou a necessidade de se recorrer à linha Saúde 24, desaconselhando quem tem sintomas a ir a "a correr" para os centros de saúde ou aos hospitais, dado que é aí que se poderá acontecer um contágio mais intenso.

A coordenação interministerial na questão do coronavírus está a ser exercida diretamente pelo primeiro-ministro. Costa visitou esta segunda-feira o Centro de Contacto do SNS24

A ministra da Saúde, Marta Temido, e o PM, António Costa, na inauguração da unidade de saúde de Ramaldehá dias. © Pedro Correia/Global Imagens

A coordenação interministerial da ação do Governo face ao coronavírus, que esta segunda-feira chegou a Portugal com dois casos confirmados no Porto, está a ser exercida diretamente pelo primeiro-ministro, revelou fonte do governo ao DN.

Não havendo propriamente um gabinete de crise, António Costa coordena a ação dos vários ministros nesta questão. Para dar conta do seu envolvimento direto decidiu ir esta tarde - que não tinha agenda pública - ao centro de contacto da Saúde 24, em Lisboa. Este é o serviço telefónico (808 24 24 24) e digital do SNS para o qual é aconselhado contacto imediato por quem sente os sintomas principais da doença.

No Governo não há um gabinete de crise mas a coordenação geral, que está a ser feita diretamente pelo primeiro-ministro, envolve não só a ministra da Saúde mas diversos outros ministros: Economia (por causa dos impactos nas empresas), Administração Interna (por causa do controlo de fronteiras), Ciência e Ensino Superior (por causa das universidades). Praticamente todo o governo está envolvido na operação.

No quadro dessa coordenação geral, António Costa anunciou esta segunda-feira de manhã que ao longo do dia o ministro da Economia, Pedro Siza Vieira, reuniria com associações empresariais para fazer uma avaliação "em concreto" do impacto económico do coronavíris-19, que teve origem na China, nomeadamente na área industria.

"Calma e serenidade"

Hoje, o ministro da Economia "está a reunir com as associações empresariais para detetar, em concreto, quebras em algumas cadeias de fornecimento, designadamente na área industrial, para componentes com origem na China", onde a doença parou fábricas e "está interrompido o fluxo de fornecimento de peças", disse o primeiro-ministro, à margem da apresentação do novo programa de ação "Justiça + Próxima", em Lisboa.

"Isso obviamente tem consequências", disse o chefe do Governo, em declarações aos jornalistas, admitindo que o executivo irá igualmente "verificar outras" quebras.

Outro passo da ação governamental será uma reunião, a meio da semana, do ministro das Finanças com outros ministros das áreas económicas (Economia, Infraestruturas, etc) para uma "avaliação global" do que está a ser feito "à escala europeia sobre os impactos que [o surto do novo coronavírus] pode ter nessas economias" e ainda que "medidas concretas" se podem adotar.

Falando de manhã já depois de saber dos casos confirmados no Porto, António Costa disse que tem "confiança" no sistema de saúde e "em todos os seus profissionais, que seguramente estarão à altura de enfrentar esta situação"

"É preciso manter a calma e a serenidade. A principal recomendação que faço é que cada pessoa que tenha tido contacto com alguém que esteja contaminado ou que venha a saber que está contaminado esteja particularmente atento aos sintomas que tem e, em caso de sintomas, recorra à linha Saúde24. E a partir daí seguir as instruções que os médicos darão para a forma de encaminhar o tratamento das situações", afirmou.

Costa enfatizou a necessidade de se recorrer à linha Saúde 24, desaconselhando quem tem sintomas a ir a "a correr" para os centros de saúde ou aos hospitais, dado que é aí que se poderá acontecer um contágio mais intenso.

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