“Em 15 dias aprovámos o pagamento de €334 milhões às empresas, dos quais já pagámos €71 milhões"

11-12-2020
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O que as empresas e o Governo estão a fazer para combater os efeitos da pandemia, o que as empresas têm de começar a fazer já para conseguir recuperar e quais as perspectivas para 2021 foram alguns dos temas a debate no encontro ‘Recuperar a nossa Economia” que decorreu esta tarde no ministério da Economia, em Lisboa. Promovido pela Associação das Empresas Familiares (AEF), em parceria com o Expresso, contou com a presença de Pedro Siza Vieira, ministro de Estado, da Economia e da Transição Digital; de Peter Villax, presidente da AEF; de Luís Magalhães, responsável da área fiscal da consultora KPMG; Isabel Furtado, presidente da COTEC, Daniel Traça, reitor da Nova School of Business e ainda Alexandra Abreu Loureiro, da consultora Brunswick. Estas são as principais conclusões, mas um trabalho mais extenso será publicado na edição impressa de 18 de dezembro.

Apoios do Governo estão em marcha

Os efeitos da pandemia de covid-19 têm sido dramáticos para as empresas, principalmente nas dos sectores ligados à hotelaria, restauração, viagens, turismo ou espectáculos, mas o Governo garante que tem estado a ser célere na criação e entrega de apoios.

“Estamos a pagar aos sectores mais afectados 20% da quebra de facturação registada nestes nove meses, ou seja, pela primeira vez estamos a fazer pagamentos não para apoiar projetos de investimento, mas para apoiar a tesouraria das empresas a fundo perdido. Aliás, vamos alargar estes programa. Entre o anúncio do lançamento deste medida e a abertura das candidaturas passaram 15 dias e nesse período aprovámos 35 mil candidaturas no valor de €334 milhões, dos quais já pagámos €71 milhões”, conta Pedro Siza Vieira.

Além disso, estão também em preparação para entregar aos sectores os fundos do pacote de recuperação e resiliência, mas o ministro recorda que estes não são fundos comunitários como os anuais e que têm regras mais apertadas. “Por exemplo, 37% tem de ir para o combate às alterações climáticas e 20% para a transição digital”, diz.

Luís Magalhães nota, contudo, que é preciso ter atenção ao fim dos apoios que estão fora do pacote de resiliência, como esse apoio de 20% às empresas ou as moratórias. De acordo com o responsável da KPMG, a maior parte das medidas que o Governo português tomou foram de diferimento de impostos ou de pagamentos e também as moratórias. E, neste momento, “Portugal tem um valor de moratórias brutal que pode ser preocupante se não estivermos preparados para quando terminarem”.

O ‘boom’ do pós-covid

O que as empresas e o Governo estão a fazer para combater os efeitos da pandemia, o que as empresas têm de começar a fazer já para conseguir recuperar e quais as perspectivas para 2021 foram alguns dos temas a debate no encontro ‘Recuperar a nossa Economia” que decorreu esta tarde no ministério da Economia, em Lisboa. Promovido pela Associação das Empresas Familiares (AEF), em parceria com o Expresso, contou com a presença de Pedro Siza Vieira, ministro de Estado, da Economia e da Transição Digital; de Peter Villax, presidente da AEF; de Luís Magalhães, responsável da área fiscal da consultora KPMG; Isabel Furtado, presidente da COTEC, Daniel Traça, reitor da Nova School of Business e ainda Alexandra Abreu Loureiro, da consultora Brunswick. Estas são as principais conclusões, mas um trabalho mais extenso será publicado na edição impressa de 18 de dezembro.

Apoios do Governo estão em marcha

Os efeitos da pandemia de covid-19 têm sido dramáticos para as empresas, principalmente nas dos sectores ligados à hotelaria, restauração, viagens, turismo ou espectáculos, mas o Governo garante que tem estado a ser célere na criação e entrega de apoios.

“Estamos a pagar aos sectores mais afectados 20% da quebra de facturação registada nestes nove meses, ou seja, pela primeira vez estamos a fazer pagamentos não para apoiar projetos de investimento, mas para apoiar a tesouraria das empresas a fundo perdido. Aliás, vamos alargar estes programa. Entre o anúncio do lançamento deste medida e a abertura das candidaturas passaram 15 dias e nesse período aprovámos 35 mil candidaturas no valor de €334 milhões, dos quais já pagámos €71 milhões”, conta Pedro Siza Vieira.

Além disso, estão também em preparação para entregar aos sectores os fundos do pacote de recuperação e resiliência, mas o ministro recorda que estes não são fundos comunitários como os anuais e que têm regras mais apertadas. “Por exemplo, 37% tem de ir para o combate às alterações climáticas e 20% para a transição digital”, diz.

Luís Magalhães nota, contudo, que é preciso ter atenção ao fim dos apoios que estão fora do pacote de resiliência, como esse apoio de 20% às empresas ou as moratórias. De acordo com o responsável da KPMG, a maior parte das medidas que o Governo português tomou foram de diferimento de impostos ou de pagamentos e também as moratórias. E, neste momento, “Portugal tem um valor de moratórias brutal que pode ser preocupante se não estivermos preparados para quando terminarem”.

O ‘boom’ do pós-covid

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