Governo empurra discussão do salário mínimo para o final do ano

04-09-2020
marcar artigo

Para o Governo, o assunto ainda não se coloca e não quer sequer vê-lo discutido nas reuniões com a esquerda parlamentar que se desenrolarão este mês. O aumento do salário mínimo, que PCP, BE e PAN não querem que seja posto em causa apesar da crise, ainda é assunto tabu para o Governo. "Não é uma questão que se coloque agora", respondeu o ministro de Estado e da Economia, Pedro Siza Vieira, em entrevista ao Observador.

Para o ministro, Portugal ainda está "abaixo dos congéneres europeus nessa regra de repartição do rendimento, que faz parte de uma sociedade justa" e defende que "o crescimento dos salários acaba por puxar pelo crescimento dos rendimentos médios" - essa foi, aliás "uma lição da legislatura passada e mesmo dos últimos meses". No entanto, "é uma decisão que não tem que ser tomada agora", refere o ministro de Estado e da Economia. Mais tarde na mesma entrevista referiria que "não sabe" qual "será a melhor solução para a questão do salário mínimo" e que isso "nem sequer" é ainda objeto de discussão. Contudo, a questão coloca-se exatamente por ser um ano extraordinário. Em anos normais, não tem havido dúvidas nem hesitações para o Governo que o aumento é para fazer, uma vez que o objetivo é chegar aos 750 euros em 2023. Tem-se discutido apenas o valor do aumento e nem tem havido acordo, com o Governo a decretar o valor. Tendo em conta a pandemia será uma decisão política a de aumentar (ou não) e não apenas o seu valor.

Apesar de não se comprometer com essa subida, Pedro Siza Vieira insiste na ideia que a austeridade não é o caminho. "Não devemos pensar que combatemos uma crise económica com uma política financeira austeritária", disse.

Este é um tema que a esquerda não quer deixar passar em branco nas conversas para o Orçamento do Estado para 2021 e para o acordo duradouro com que acenou o primeiro-ministro. Numa altura em que vão começar as conversas com a esquerda mais a fundo, o número dois do Governo "não concebe" que possa haver uma crise política por causa do Orçamento para 2021. "Neste contexto tão difícil, mas ao mesmo tempo em que temos estes recursos europeus à nossa disposição, vir a pensar que se cria no Parlamento uma crise política porque os partidos que trabalharam juntos durante cinco anos não têm capacidade para se entender nesta altura. Acho incompreensível. E nem sequer concebo", respondeu.

Para o Governo, o assunto ainda não se coloca e não quer sequer vê-lo discutido nas reuniões com a esquerda parlamentar que se desenrolarão este mês. O aumento do salário mínimo, que PCP, BE e PAN não querem que seja posto em causa apesar da crise, ainda é assunto tabu para o Governo. "Não é uma questão que se coloque agora", respondeu o ministro de Estado e da Economia, Pedro Siza Vieira, em entrevista ao Observador.

Para o ministro, Portugal ainda está "abaixo dos congéneres europeus nessa regra de repartição do rendimento, que faz parte de uma sociedade justa" e defende que "o crescimento dos salários acaba por puxar pelo crescimento dos rendimentos médios" - essa foi, aliás "uma lição da legislatura passada e mesmo dos últimos meses". No entanto, "é uma decisão que não tem que ser tomada agora", refere o ministro de Estado e da Economia. Mais tarde na mesma entrevista referiria que "não sabe" qual "será a melhor solução para a questão do salário mínimo" e que isso "nem sequer" é ainda objeto de discussão. Contudo, a questão coloca-se exatamente por ser um ano extraordinário. Em anos normais, não tem havido dúvidas nem hesitações para o Governo que o aumento é para fazer, uma vez que o objetivo é chegar aos 750 euros em 2023. Tem-se discutido apenas o valor do aumento e nem tem havido acordo, com o Governo a decretar o valor. Tendo em conta a pandemia será uma decisão política a de aumentar (ou não) e não apenas o seu valor.

Apesar de não se comprometer com essa subida, Pedro Siza Vieira insiste na ideia que a austeridade não é o caminho. "Não devemos pensar que combatemos uma crise económica com uma política financeira austeritária", disse.

Este é um tema que a esquerda não quer deixar passar em branco nas conversas para o Orçamento do Estado para 2021 e para o acordo duradouro com que acenou o primeiro-ministro. Numa altura em que vão começar as conversas com a esquerda mais a fundo, o número dois do Governo "não concebe" que possa haver uma crise política por causa do Orçamento para 2021. "Neste contexto tão difícil, mas ao mesmo tempo em que temos estes recursos europeus à nossa disposição, vir a pensar que se cria no Parlamento uma crise política porque os partidos que trabalharam juntos durante cinco anos não têm capacidade para se entender nesta altura. Acho incompreensível. E nem sequer concebo", respondeu.

marcar artigo