Apoios a empresas terão ‘impacto muito significativo’

08-11-2020
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Novos apoios representam financiamento de 1.550 milhões de euros, dos quais 750 milhões em subsídios às pequenas e médias empresas mais afetadas pela pandemia.

As novas medidas de restrição anunciadas pelo Governo no início deste mês trouxeram alertas por parte de responsáveis de vários setores: muitas empresas não aguentam mais restrições e podem não sobreviver. O Governo prometeu ajudar e cumpriu. Assim, o Executivo apresentou a criação de novos apoios às empresas que mais foram afetadas pela pandemia de covid-19. No total, estes novos apoios vão custar 1.550 milhões de euros, segundo revelou o ministro da Economia, Pedro Siza Vieira.

Entre as medidas, destaque para a revisão do apoio à retoma progressiva e a criação do programa Apoiar.pt que é destinado a micro e pequenas empresas dos setores do comércio e dos serviços, e ainda a criação de novas linhas de crédito.

Segundo o ministro da Economia, o Governo vai disponibilizar 750 milhões em subsídios a fundo perdido para as micro e pequenas empresas, que façam parte dos setores mais afetados pela pandemia. As micro empresas receberão 7500 euros e as pequenas até 40.000 euros. No entanto, explicou Siza Vieira, as empresas têm de ter registado uma quebra de pelo menos 25% nos primeiros nove meses deste ano para ter acesso a estes apoios. Além disso, as empresas devem ter capitais próprios positivos no final do ano passado e situação regularizada no Fisco, Segurança Social e banca.

Estes subsídios só podem ser usados para pagar salários. «Os subsídios foram calculados como a média do custo fixo de uma empresa em percentagem da sua faturação com os limites que estão estabelecidos, mas poderão utilizar esses recursos como bem entenderem», esclareceu o ministro da Economia.

O Governo criou ainda uma linha de crédito para empresas de poio a eventos no valor de 50 milhões de euros, em que 20% do valor do crédito será convertido em subsídio a fundo perdido se até ao final do próximo ano houver manutenção dos postos de trabalho. Também as empresas com quebras nas exportações vão contar com uma linha de crédito a fundo perdido e o valor será determinado em função dos postos de trabalho.

Pedro Siza Vieira explicou que os encargos com estas medidas são suportados por fundos europeus, sendo o crédito bancário atribuído pelo sistema financeiro com garantia do Estado. Além disso, uma parte deste crédito pode também ser convertido a fundo perdido. O governante estima ainda que estes apoios possam ser elegíveis para cerca de 100 mil empresas.

A data para o lançamento destes apoios não está definida mas Siza Vieira garantiu que será «tão rápido quanto possível». O programa Apoiar.pt será notificado à Comissão Europeia mas o Governo espera que no início do próximo mês sejam abertos os avisos, o que significa que a primeira tranche pode ser possível ainda este ano.

No comunicado do Conselho de Ministros o Governo diz que este diploma tem como principal objetivo o lançamento de novos instrumentos de apoio à situação de tesouraria das empresas, com destaque para subsídios destinados a micro e pequenas empresas que atuem em setores particularmente afetados pelas medidas excecionais aprovadas no contexto da pandemia da doença covid-19 e ainda apoios diretos a empresas em determinados setores sob a forma de crédito garantido pelo Estado, com possibilidade de conversão parcial em crédito a fundo perdido mediante a manutenção dos postos de trabalho.

Mais endividamento para as empresas

Pedro Siza Vieira não tem dúvidas que o Governo prevê um «impacto muito significativo» nos setores afetados, mas o primeiro-ministro António Costa considera que a dimensão da crise não vai impedir a insolvência de todas as empresas.

«Não acredito que vá conseguir impedir a insolvência de todas as empresas. É impossível numa crise destas dimensões», disse ontem o líder do PS em entrevista à Antena 1.

As medidas anunciadas pelo Governo são consideradas "absolutamente insuficientes" pela Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal (AHRESP). Em comunicado, a associação afirma que "estes novos apoios acolhem o princípio da concessão de verbas a fundo perdido, que há muito vinha sendo reclamado, mas ficam muito aquém das medidas recentemente propostas ao Governo através do Programa de Emergência" pedido pela entidade.

Novos apoios representam financiamento de 1.550 milhões de euros, dos quais 750 milhões em subsídios às pequenas e médias empresas mais afetadas pela pandemia.

As novas medidas de restrição anunciadas pelo Governo no início deste mês trouxeram alertas por parte de responsáveis de vários setores: muitas empresas não aguentam mais restrições e podem não sobreviver. O Governo prometeu ajudar e cumpriu. Assim, o Executivo apresentou a criação de novos apoios às empresas que mais foram afetadas pela pandemia de covid-19. No total, estes novos apoios vão custar 1.550 milhões de euros, segundo revelou o ministro da Economia, Pedro Siza Vieira.

Entre as medidas, destaque para a revisão do apoio à retoma progressiva e a criação do programa Apoiar.pt que é destinado a micro e pequenas empresas dos setores do comércio e dos serviços, e ainda a criação de novas linhas de crédito.

Segundo o ministro da Economia, o Governo vai disponibilizar 750 milhões em subsídios a fundo perdido para as micro e pequenas empresas, que façam parte dos setores mais afetados pela pandemia. As micro empresas receberão 7500 euros e as pequenas até 40.000 euros. No entanto, explicou Siza Vieira, as empresas têm de ter registado uma quebra de pelo menos 25% nos primeiros nove meses deste ano para ter acesso a estes apoios. Além disso, as empresas devem ter capitais próprios positivos no final do ano passado e situação regularizada no Fisco, Segurança Social e banca.

Estes subsídios só podem ser usados para pagar salários. «Os subsídios foram calculados como a média do custo fixo de uma empresa em percentagem da sua faturação com os limites que estão estabelecidos, mas poderão utilizar esses recursos como bem entenderem», esclareceu o ministro da Economia.

O Governo criou ainda uma linha de crédito para empresas de poio a eventos no valor de 50 milhões de euros, em que 20% do valor do crédito será convertido em subsídio a fundo perdido se até ao final do próximo ano houver manutenção dos postos de trabalho. Também as empresas com quebras nas exportações vão contar com uma linha de crédito a fundo perdido e o valor será determinado em função dos postos de trabalho.

Pedro Siza Vieira explicou que os encargos com estas medidas são suportados por fundos europeus, sendo o crédito bancário atribuído pelo sistema financeiro com garantia do Estado. Além disso, uma parte deste crédito pode também ser convertido a fundo perdido. O governante estima ainda que estes apoios possam ser elegíveis para cerca de 100 mil empresas.

A data para o lançamento destes apoios não está definida mas Siza Vieira garantiu que será «tão rápido quanto possível». O programa Apoiar.pt será notificado à Comissão Europeia mas o Governo espera que no início do próximo mês sejam abertos os avisos, o que significa que a primeira tranche pode ser possível ainda este ano.

No comunicado do Conselho de Ministros o Governo diz que este diploma tem como principal objetivo o lançamento de novos instrumentos de apoio à situação de tesouraria das empresas, com destaque para subsídios destinados a micro e pequenas empresas que atuem em setores particularmente afetados pelas medidas excecionais aprovadas no contexto da pandemia da doença covid-19 e ainda apoios diretos a empresas em determinados setores sob a forma de crédito garantido pelo Estado, com possibilidade de conversão parcial em crédito a fundo perdido mediante a manutenção dos postos de trabalho.

Mais endividamento para as empresas

Pedro Siza Vieira não tem dúvidas que o Governo prevê um «impacto muito significativo» nos setores afetados, mas o primeiro-ministro António Costa considera que a dimensão da crise não vai impedir a insolvência de todas as empresas.

«Não acredito que vá conseguir impedir a insolvência de todas as empresas. É impossível numa crise destas dimensões», disse ontem o líder do PS em entrevista à Antena 1.

As medidas anunciadas pelo Governo são consideradas "absolutamente insuficientes" pela Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal (AHRESP). Em comunicado, a associação afirma que "estes novos apoios acolhem o princípio da concessão de verbas a fundo perdido, que há muito vinha sendo reclamado, mas ficam muito aquém das medidas recentemente propostas ao Governo através do Programa de Emergência" pedido pela entidade.

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