Em resposta a “especulação sem fundamento”, Lone Star garante que nunca comprou imóveis ao Novo Banco

04-09-2020
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A Lone Star recusa que tenha comprado quaisquer ativos tóxicos do Novo Banco. O fundo americano está proibido, pelos contratos assinados aquando da aquisição do banco, em 2017, de fazer operações com o banco, e assegura que nunca violou essa regra.

Num inédito comunicado às redações – em que não responde diretamente às perguntas enviadas pelo Expresso –, a Lone Star garante, por duas vezes, que ela e as suas subsidiárias “nunca foram parte de quaisquer transações com partes relacionadas”.

“A Lone Star reafirma que nunca foi parte de qualquer tipo de transação de compra dos ativos, incluindo imóveis, do Grupo Novo Banco e rejeita as insinuações que correm no espaço público”, aponta a nota enviada ao Expresso, que considera que as notícias que dão conta do processo de venda de ativos configuram uma “especulação sem fundamento”.

O fundo americano, que detém 75% do Novo Banco através da luxemburguesa Nani Holdings, lembra que, pelos contratos assinados com o Fundo de Resolução, não pode ser parte em operações de compra de ativos com o banco. Se o fizesse, estaria a violar esse contrato.

Aliás, em respostas ao Expresso, o Fundo de Resolução disse que “se porventura viesse a ser detetado, mesmo após a transação, que o adquirente de ativos abrangidos pelo mecanismo de capitalização contingente era uma parte relacionada com a Lone Star, então nesse caso o Fundo de Resolução poderia invocar que teria havido violação do contrato”.

“Como uma entidade regulada a nível governamental (com registos na americana SEC e na britânica FCA), a Lone Star mantém políticas de conformidade abrangentes e controla transações com partes relacionadas e outros potenciais conflitos de interesse”, garante a nota da Lone Star, que acrescenta que, “em relação ao investimento no Novo Banco, a Lone Star cumpre com tais normas”

A ideia é reforçada: “Alguns fundos da Lone Star, que injetaram mil milhões de euros na capitalização do Novo Banco em 2017, comprando 75% do capital do Novo Banco, cumprem com todas as normas e exigências que estão nesses contratos negociados e assinados com o Fundo de Resolução e o Grupo Novo Banco”.

O comunicado da Lone Star - um fundo americano que raramente responde a perguntas dos jornalistas – é enviado na quinta-feira de uma semana em que têm sido questionadas as operações de venda de imóveis do Novo Banco, feitas nos últimos dois anos, em que os compradores foram fundos de grande dimensão, em que é difícil identificar os beneficiários últimos efetivos.

A Procuradoria-Geral da República está neste momento a analisar o pedido do primeiro-ministro para que sejam travados os negócios do Novo Banco até que sejam esclarecidas as condições dos negócios de alienação de ativos. O líder da oposição, Rui Rio, diz que há indícios de crimes nestas transações.

Esta semana, será concluída a auditoria ao Novo Banco, a cargo da Deloitte, que percorreu os atos de gestão no banco e a origem de parte dos ativos problemáticos da instituição, muitos deles ainda no tempo do BES.

A Lone Star recusa que tenha comprado quaisquer ativos tóxicos do Novo Banco. O fundo americano está proibido, pelos contratos assinados aquando da aquisição do banco, em 2017, de fazer operações com o banco, e assegura que nunca violou essa regra.

Num inédito comunicado às redações – em que não responde diretamente às perguntas enviadas pelo Expresso –, a Lone Star garante, por duas vezes, que ela e as suas subsidiárias “nunca foram parte de quaisquer transações com partes relacionadas”.

“A Lone Star reafirma que nunca foi parte de qualquer tipo de transação de compra dos ativos, incluindo imóveis, do Grupo Novo Banco e rejeita as insinuações que correm no espaço público”, aponta a nota enviada ao Expresso, que considera que as notícias que dão conta do processo de venda de ativos configuram uma “especulação sem fundamento”.

O fundo americano, que detém 75% do Novo Banco através da luxemburguesa Nani Holdings, lembra que, pelos contratos assinados com o Fundo de Resolução, não pode ser parte em operações de compra de ativos com o banco. Se o fizesse, estaria a violar esse contrato.

Aliás, em respostas ao Expresso, o Fundo de Resolução disse que “se porventura viesse a ser detetado, mesmo após a transação, que o adquirente de ativos abrangidos pelo mecanismo de capitalização contingente era uma parte relacionada com a Lone Star, então nesse caso o Fundo de Resolução poderia invocar que teria havido violação do contrato”.

“Como uma entidade regulada a nível governamental (com registos na americana SEC e na britânica FCA), a Lone Star mantém políticas de conformidade abrangentes e controla transações com partes relacionadas e outros potenciais conflitos de interesse”, garante a nota da Lone Star, que acrescenta que, “em relação ao investimento no Novo Banco, a Lone Star cumpre com tais normas”

A ideia é reforçada: “Alguns fundos da Lone Star, que injetaram mil milhões de euros na capitalização do Novo Banco em 2017, comprando 75% do capital do Novo Banco, cumprem com todas as normas e exigências que estão nesses contratos negociados e assinados com o Fundo de Resolução e o Grupo Novo Banco”.

O comunicado da Lone Star - um fundo americano que raramente responde a perguntas dos jornalistas – é enviado na quinta-feira de uma semana em que têm sido questionadas as operações de venda de imóveis do Novo Banco, feitas nos últimos dois anos, em que os compradores foram fundos de grande dimensão, em que é difícil identificar os beneficiários últimos efetivos.

A Procuradoria-Geral da República está neste momento a analisar o pedido do primeiro-ministro para que sejam travados os negócios do Novo Banco até que sejam esclarecidas as condições dos negócios de alienação de ativos. O líder da oposição, Rui Rio, diz que há indícios de crimes nestas transações.

Esta semana, será concluída a auditoria ao Novo Banco, a cargo da Deloitte, que percorreu os atos de gestão no banco e a origem de parte dos ativos problemáticos da instituição, muitos deles ainda no tempo do BES.

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