Cimeira europeia sem 'fumo branco' para os cargos de topo

05-11-2019
marcar artigo

Uma longa noite de negociações em Bruxelas, mas que terminou sem 'fumo branco' sobre os nomes que vão ocupar os cargos de topo das instituições europeias.

À cabeça está a presidência da Comissão, mas o Partido Popular Europeu (PPE) e o chamado Grupo de Visegrado - que reúne Hungria, Polónia, República Checa e Eslováquia - travaram até agora a escolha do socialista holandês Frans Timmermans, o nome que emergiu à margem da reunião do G20, em Osaca, como o cenário mais forte para o futuro comunitário.

Para o primeiro-ministro irlandês, Leo Varadkar, o PPE não quer abdicar do lugar mais cobiçado e que detém há já 25 anos.

"É justo dizer que há muita oposição à proposta feita em Osaka. Do ponto de vista do PPE, a grande maioria dos primeiros-ministros não acredita que devamos desistir tão facilmente da presidência da Comissão Europeia", frisou o irlandês, também ele um dos nomes aventados como forte possibilidade para liderar algum dos organismos cujo futuro permanece por definir.

Depois de o presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, suspender a reunião, seguiram-se as reuniões bilaterais. No entanto, há uma forte resistência à ideia defendida por Angela Merkel e Emmanuel Macron e que conta com o apoio de Espanha, Holanda, Bélgica e também de Portugal, tendo o primeiro-ministro António Costa já verbalizado em diversas ocasiões o seu voto.

A chanceler alemã propôs o nome do socialista Frans Timmermans, numa divergência clara da própria família política. Há mesmo quem defenda uma rebelião contra Merkel por abrir mão da presidência da comissão, deixando apenas a liderança do Parlamento e da diplomacia europeia para o PPE.

Contudo, o nome de Timmermans continua em cima da mesa. Um dos supostos rebeldes, o primeiro-ministro búlgaro Boyko Borisov, deixou a cimeira extraordinária para se encontrar com o até agora vice-presidente da Comissão presidida por Jean-Claude Juncker.

Uma reunião que não terá agradado a Viktor Orbán. O primeiro-ministro húngaro, que esteve reunido com Donald Tusk, é um dos maiores críticos à proposta do nome de Timmermans. Em causa está o papel que o holandês teve nos vários choques entre Budapeste e Bruxelas ao longo dos últimos anos.

E assim, por entre reuniões e mais reuniões, não restou outra solução aos jornalistas senão esperar.

Além da presidência do executivo comunitário – o posto que todos querem, e pelo qual estão dispostos a ‘abrir mão’ dos restantes – estão em jogo as presidências do Conselho Europeu, do Banco Central Europeu e de Alto Representante para a Política Externa, assim como a presidência do Parlamento Europeu, já que, embora esta seja decidida pelos eurodeputados, é tradicionalmente também negociada ‘em pacote’, de modo a serem respeitados os necessários equilíbrios (partidários, geográficos, demográficos e de género) na distribuição dos postos.

Perante o impasse nas negociações entre as três grandes políticas famílias europeias – Partido Popular Europeu (PPE), Socialistas Europeus e Liberais –, o Parlamento Europeu decidiu adiar por 24 horas a eleição do seu novo presidente, que estava agendada para terça-feira, primeiro dia da sessão, e passa para quarta-feira, esperando que até lá o Conselho chegue a um compromisso.

Uma longa noite de negociações em Bruxelas, mas que terminou sem 'fumo branco' sobre os nomes que vão ocupar os cargos de topo das instituições europeias.

À cabeça está a presidência da Comissão, mas o Partido Popular Europeu (PPE) e o chamado Grupo de Visegrado - que reúne Hungria, Polónia, República Checa e Eslováquia - travaram até agora a escolha do socialista holandês Frans Timmermans, o nome que emergiu à margem da reunião do G20, em Osaca, como o cenário mais forte para o futuro comunitário.

Para o primeiro-ministro irlandês, Leo Varadkar, o PPE não quer abdicar do lugar mais cobiçado e que detém há já 25 anos.

"É justo dizer que há muita oposição à proposta feita em Osaka. Do ponto de vista do PPE, a grande maioria dos primeiros-ministros não acredita que devamos desistir tão facilmente da presidência da Comissão Europeia", frisou o irlandês, também ele um dos nomes aventados como forte possibilidade para liderar algum dos organismos cujo futuro permanece por definir.

Depois de o presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, suspender a reunião, seguiram-se as reuniões bilaterais. No entanto, há uma forte resistência à ideia defendida por Angela Merkel e Emmanuel Macron e que conta com o apoio de Espanha, Holanda, Bélgica e também de Portugal, tendo o primeiro-ministro António Costa já verbalizado em diversas ocasiões o seu voto.

A chanceler alemã propôs o nome do socialista Frans Timmermans, numa divergência clara da própria família política. Há mesmo quem defenda uma rebelião contra Merkel por abrir mão da presidência da comissão, deixando apenas a liderança do Parlamento e da diplomacia europeia para o PPE.

Contudo, o nome de Timmermans continua em cima da mesa. Um dos supostos rebeldes, o primeiro-ministro búlgaro Boyko Borisov, deixou a cimeira extraordinária para se encontrar com o até agora vice-presidente da Comissão presidida por Jean-Claude Juncker.

Uma reunião que não terá agradado a Viktor Orbán. O primeiro-ministro húngaro, que esteve reunido com Donald Tusk, é um dos maiores críticos à proposta do nome de Timmermans. Em causa está o papel que o holandês teve nos vários choques entre Budapeste e Bruxelas ao longo dos últimos anos.

E assim, por entre reuniões e mais reuniões, não restou outra solução aos jornalistas senão esperar.

Além da presidência do executivo comunitário – o posto que todos querem, e pelo qual estão dispostos a ‘abrir mão’ dos restantes – estão em jogo as presidências do Conselho Europeu, do Banco Central Europeu e de Alto Representante para a Política Externa, assim como a presidência do Parlamento Europeu, já que, embora esta seja decidida pelos eurodeputados, é tradicionalmente também negociada ‘em pacote’, de modo a serem respeitados os necessários equilíbrios (partidários, geográficos, demográficos e de género) na distribuição dos postos.

Perante o impasse nas negociações entre as três grandes políticas famílias europeias – Partido Popular Europeu (PPE), Socialistas Europeus e Liberais –, o Parlamento Europeu decidiu adiar por 24 horas a eleição do seu novo presidente, que estava agendada para terça-feira, primeiro dia da sessão, e passa para quarta-feira, esperando que até lá o Conselho chegue a um compromisso.

marcar artigo