Costa admite erros na pandemia, mas põe foco na esperança da vacina e dos fundos europeus

26-12-2020
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O primeiro-ministro endereçou esta sexta-feira a sua tradicional mensagem de Natal aos portugueses com uma mensagem sobre os meses difíceis da pandemia, mas também sobre o futuro do país em 2021. António Costa admite os erros com a gestão do vírus — “certamente não fizemos tudo bem”, confessa –, mas põe a tónica no arranque da vacinação e na receção dos fundos europeus. Este é o “maior desafio das nossas vidas”, classifica nesta mensagem aos portugueses.

“Confrontado com um vírus inesperado e desconhecido, o Governo tem procurado responder da melhor forma, com equilíbrio e bom senso, aprendendo dia a dia a lidar com a novidade e a readaptar-se permanentemente perante o imprevisto“, diz António Costa, admitindo que “certamente não fizemos tudo bem e cometemos erros, porque só não erra quem não faz”.

Feito o mea culpa, o primeiro-ministro põe foco no ano novo que se aproxima. Primeiro, com a vacinação: “Depois de amanhã, tem início o processo de vacinação contra a COVID-19 que, mesmo sendo um processo faseado e prolongado no tempo, nos dá renovada confiança que, graças à ciência, é mesmo possível debelar esta pandemia”, afirma Costa.

Em segundo lugar, com os fundos europeus: “Poderemos contar durante o próximo ano com a solidariedade reforçada da União Europeia, para apoiar o esforço nacional de iniciar uma recuperação sustentada, que nos permita não só superar as dificuldades que atualmente vivemos, mas, sobretudo, enfrentar os problemas estruturais que historicamente limitam o potencial de desenvolvimento do país”.

O primeiro-ministro diz que terá agora, nomeadamente através dos fundos da União Europeia, os “meios” para concretizar a visão estratégica que o Governo tem para o futuro de Portugal. O objetivo é ter um “país mais justo, mais próspero, mais moderno”. Ao todo, Portugal receberá cerca de 58 mil milhões de euros da UE ao longo dos próximos sete anos, dos quais parte é exclusivamente para a recuperação económica pós-crise pandémica.

“Com solidariedade, venceremos a pandemia e recuperaremos da crise económica e social que ela gerou“, garante Costa, concluindo que é para si uma “enorme honra” estar ao “serviço de Portugal” neste tempo “tão duro e exigente”.

“Solidariedade” é a palavra de ordem

A primeira parte da mensagem de Natal é utilizada pelo primeiro-ministro para descrever a situação que o país vive, dando vários elogios à capacidade e “resiliência” dos cidadãos por manterem a coesão, apesar de tudo. E depois mostra “gratidão” a alguns profissionais em específico: funcionários de lares ou da Segurança Social, militares das Forças Armadas ou elementos das Forças de Segurança, professores, cientistas, a setores essenciais da agricultura, na indústria e no comércio, e, claro, aos profissionais de saúde: “Dia e noite dão o seu melhor para tratar quem está doente, tantas vezes com sacrifício de folgas, tempo de descanso e contacto com a sua própria família“, relembra Costa.

Uma das marcas deste discurso é a palavra “solidariedade” que é uma das mais usadas por António Costa na mensagem de Natal aos portugueses: refere as vítimas da Covid-19, os que estão doentes, os que estão em isolamento, os emigrantes que ficaram no estrangeiro, entre outros. “Um abraço fraterno e caloroso a todas as famílias, porque nenhuma se pôde juntar como habitualmente, e na casa de todos nós este Natal teve de ser celebrado de forma diferente“, assinala o primeiro-ministro.

Mas usa a “solidariedade” também para os que “sofrem as graves consequências económicas e sociais desta pandemia”. “Tenho bem consciência da dureza de muitas das medidas que tivemos de tomar ao longo deste ano, limitando liberdades, proibindo atividades ou adiando projetos de vida, para defender a saúde pública, conter a transmissão do vírus, garantir capacidade de resposta dos serviços de saúde, salvar vidas”, diz Costa, dando maior ênfase aos empresários — “a lutar pela sobrevivência das suas empresas” — e os trabalhadores que “perderam ou temem perder o seu emprego e o seu rendimento”.

O primeiro-ministro endereçou esta sexta-feira a sua tradicional mensagem de Natal aos portugueses com uma mensagem sobre os meses difíceis da pandemia, mas também sobre o futuro do país em 2021. António Costa admite os erros com a gestão do vírus — “certamente não fizemos tudo bem”, confessa –, mas põe a tónica no arranque da vacinação e na receção dos fundos europeus. Este é o “maior desafio das nossas vidas”, classifica nesta mensagem aos portugueses.

“Confrontado com um vírus inesperado e desconhecido, o Governo tem procurado responder da melhor forma, com equilíbrio e bom senso, aprendendo dia a dia a lidar com a novidade e a readaptar-se permanentemente perante o imprevisto“, diz António Costa, admitindo que “certamente não fizemos tudo bem e cometemos erros, porque só não erra quem não faz”.

Feito o mea culpa, o primeiro-ministro põe foco no ano novo que se aproxima. Primeiro, com a vacinação: “Depois de amanhã, tem início o processo de vacinação contra a COVID-19 que, mesmo sendo um processo faseado e prolongado no tempo, nos dá renovada confiança que, graças à ciência, é mesmo possível debelar esta pandemia”, afirma Costa.

Em segundo lugar, com os fundos europeus: “Poderemos contar durante o próximo ano com a solidariedade reforçada da União Europeia, para apoiar o esforço nacional de iniciar uma recuperação sustentada, que nos permita não só superar as dificuldades que atualmente vivemos, mas, sobretudo, enfrentar os problemas estruturais que historicamente limitam o potencial de desenvolvimento do país”.

O primeiro-ministro diz que terá agora, nomeadamente através dos fundos da União Europeia, os “meios” para concretizar a visão estratégica que o Governo tem para o futuro de Portugal. O objetivo é ter um “país mais justo, mais próspero, mais moderno”. Ao todo, Portugal receberá cerca de 58 mil milhões de euros da UE ao longo dos próximos sete anos, dos quais parte é exclusivamente para a recuperação económica pós-crise pandémica.

“Com solidariedade, venceremos a pandemia e recuperaremos da crise económica e social que ela gerou“, garante Costa, concluindo que é para si uma “enorme honra” estar ao “serviço de Portugal” neste tempo “tão duro e exigente”.

“Solidariedade” é a palavra de ordem

A primeira parte da mensagem de Natal é utilizada pelo primeiro-ministro para descrever a situação que o país vive, dando vários elogios à capacidade e “resiliência” dos cidadãos por manterem a coesão, apesar de tudo. E depois mostra “gratidão” a alguns profissionais em específico: funcionários de lares ou da Segurança Social, militares das Forças Armadas ou elementos das Forças de Segurança, professores, cientistas, a setores essenciais da agricultura, na indústria e no comércio, e, claro, aos profissionais de saúde: “Dia e noite dão o seu melhor para tratar quem está doente, tantas vezes com sacrifício de folgas, tempo de descanso e contacto com a sua própria família“, relembra Costa.

Uma das marcas deste discurso é a palavra “solidariedade” que é uma das mais usadas por António Costa na mensagem de Natal aos portugueses: refere as vítimas da Covid-19, os que estão doentes, os que estão em isolamento, os emigrantes que ficaram no estrangeiro, entre outros. “Um abraço fraterno e caloroso a todas as famílias, porque nenhuma se pôde juntar como habitualmente, e na casa de todos nós este Natal teve de ser celebrado de forma diferente“, assinala o primeiro-ministro.

Mas usa a “solidariedade” também para os que “sofrem as graves consequências económicas e sociais desta pandemia”. “Tenho bem consciência da dureza de muitas das medidas que tivemos de tomar ao longo deste ano, limitando liberdades, proibindo atividades ou adiando projetos de vida, para defender a saúde pública, conter a transmissão do vírus, garantir capacidade de resposta dos serviços de saúde, salvar vidas”, diz Costa, dando maior ênfase aos empresários — “a lutar pela sobrevivência das suas empresas” — e os trabalhadores que “perderam ou temem perder o seu emprego e o seu rendimento”.

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