Se tiver nível fico até ao fim. Se não foram estas o sentido das palavras foi este. O Presidente do Governo, regressado de Bruxelas, no aeroporto, falou, segundo o jornalista do DN/TSF, quase 30' e passou a pente fino desde as questões internacionais até às da paróquia. E a propósito do debate sobre o Orçamento da Região, segundo consegui captar, disse que ficaria até ao final dos trabalhados, mas com uma ressalva: se tiver nível!Ora bem, que entenderá o Senhor Presidente por debate com nível na Assembleia? E quem é que, no Governo, costuma baixar o nível se, eventualmente, é a esse que o Presidente se está a referir? Quem?Comparecer na Assembleia é um dever porque dela depende. É a Assembleia o Primeiro Órgão da Região e não o Governo. É um dever e uma obrigação o Presidente do Governo sentar-se na Assembleia nos dias 9, 10 e 11 e ouvir e debater, sobretudo com a Oposição e mesmo com este castrador Regimento, as grandes questões do Plano e do Orçamento. Negar esta concepção da participação é negar a própria Democracia. O Presidente do Governo tem de perceber que a Oposição tem de ser aquilo que o Governo não quer que seja. Daí o debate sério e empenhado, frontal e sem subterfúgios. Outra coisa é esperar que o debate decorra dentro das regras da boa educação. Mas mesmo aí, as atitudes ficam com quem as pratica.
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Se tiver nível fico até ao fim. Se não foram estas o sentido das palavras foi este. O Presidente do Governo, regressado de Bruxelas, no aeroporto, falou, segundo o jornalista do DN/TSF, quase 30' e passou a pente fino desde as questões internacionais até às da paróquia. E a propósito do debate sobre o Orçamento da Região, segundo consegui captar, disse que ficaria até ao final dos trabalhados, mas com uma ressalva: se tiver nível!Ora bem, que entenderá o Senhor Presidente por debate com nível na Assembleia? E quem é que, no Governo, costuma baixar o nível se, eventualmente, é a esse que o Presidente se está a referir? Quem?Comparecer na Assembleia é um dever porque dela depende. É a Assembleia o Primeiro Órgão da Região e não o Governo. É um dever e uma obrigação o Presidente do Governo sentar-se na Assembleia nos dias 9, 10 e 11 e ouvir e debater, sobretudo com a Oposição e mesmo com este castrador Regimento, as grandes questões do Plano e do Orçamento. Negar esta concepção da participação é negar a própria Democracia. O Presidente do Governo tem de perceber que a Oposição tem de ser aquilo que o Governo não quer que seja. Daí o debate sério e empenhado, frontal e sem subterfúgios. Outra coisa é esperar que o debate decorra dentro das regras da boa educação. Mas mesmo aí, as atitudes ficam com quem as pratica.