Costa. Estado deve pedir devolução de empréstimo em caso de má gestão no NB

24-09-2020
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O primeiro-ministro defendeu esta quarta-feira que o Fundo de Resolução deve pedir a devolução do dinheiro injetado no Novo Banco (NB) caso sejam detetadas falhas de gestão.

"Não tenho a menor das dúvidas que se a auditoria vier a dizer que o banco cometeu falhas de gestão que injustificavam as injeções que foram feitas, o Fundo de Resolução tem toda a legitimidade para agir no sentido da recuperação do dinheiro que desembolsou e que não tinha de desembolsar", apontou António Costa no debate quinzenal na Assembleia da República, numa resposta à deputada do Bloco de Esquerda, Catarina Martins.

"Estou aliás desconfiado que sendo no fim o Fundo de Resolução financiado pelos outros bancos concorrentes que os outros bancos estejam disponíveis para financiar a má gestão do Novo Banco", acrescentou Costa.

A coordenadora do BE lembrou as garantias dada pelo chefe do Governo em anteriores debates quinzenais de que não seriam feitas novas injeções no NB sem ser conhecida a auditoria. "Quando a auditoria for conhecida como é? Se tiver sido mal gerido o Novo Banco, vamos lá buscar o dinheiro?”, questionou Catarina Martins.

"O papel que o Estado tem é emprestar dinheiro ao Fundo de Resolução. Se depois o dinheiro foi mal injetado e se vier a ser verificado na auditoria com certeza que o Fundo de Resolução terá de retirar daí as devidas ilações", concluiu.

"O maior crime de colarinho branco" em Portugal, acusa Rio

Ainda antes de Catarina Martins questionar o primeiro-ministro sobre o Novo Banco, o líder do PSD quis saber o que está o Governo a fazer para controlar o que se passa na gestão do banco, desafiando António Costa a esclarecer se não estão a ser pagos "calotes empolados".

"O senhor ministro das Finanças diz que temos de pagar, ponto final. Não concordo, temos de pagar porquê? Temos de pagar se for devido, se não for devido não temos de pagar", defendeu.

O líder do PSD pediu a António Costa que esclarecesse se "tem a certeza" de que não existem créditos do Novo Banco "vendidos ao desbarato", imóveis vendidos "a preço de favor" (e a quem) e pediu que a Assembleia da República tenha acesso à documentação que detalha as imparidades que justificam as injeções do Fundo de Resolução.

"Imparidades em linguagem bonita da Assembleia da República, para o povo entender, são calotes", afirmou Rio.

Na resposta, o primeiro-ministro apontou que quem supervisiona e quantifica as imparidades do Novo Banco é o Banco Central Europeu e que as contas desta instituição foram auditadas por três entidades.

"Se quer saber e obter essa documentação, é requerer a quem a tem. E quem a tem ou são os auditores ou o Fundo de Resolução", afirmou.

Perante as dúvidas do presidente do PSD, António Costa defendeu que a venda do Novo Banco em 2017 - quando apenas havia um interessado - foi "o melhor acordo possível".

Rui Rio fez também questão de voltar uns anos atrás e referir-se ao Banco Espírito Santo (BES), cuja resolução viria a dar origem ao Novo Banco (o chamado "banco bom", como recordou o líder do PSD), lamentando que a justiça "não tenha tido ainda a capacidade de julgar e muito menos punir quem quer que seja naquele que é o maior crime de colarinho branco em Portugal".

Com Lusa

O primeiro-ministro defendeu esta quarta-feira que o Fundo de Resolução deve pedir a devolução do dinheiro injetado no Novo Banco (NB) caso sejam detetadas falhas de gestão.

"Não tenho a menor das dúvidas que se a auditoria vier a dizer que o banco cometeu falhas de gestão que injustificavam as injeções que foram feitas, o Fundo de Resolução tem toda a legitimidade para agir no sentido da recuperação do dinheiro que desembolsou e que não tinha de desembolsar", apontou António Costa no debate quinzenal na Assembleia da República, numa resposta à deputada do Bloco de Esquerda, Catarina Martins.

"Estou aliás desconfiado que sendo no fim o Fundo de Resolução financiado pelos outros bancos concorrentes que os outros bancos estejam disponíveis para financiar a má gestão do Novo Banco", acrescentou Costa.

A coordenadora do BE lembrou as garantias dada pelo chefe do Governo em anteriores debates quinzenais de que não seriam feitas novas injeções no NB sem ser conhecida a auditoria. "Quando a auditoria for conhecida como é? Se tiver sido mal gerido o Novo Banco, vamos lá buscar o dinheiro?”, questionou Catarina Martins.

"O papel que o Estado tem é emprestar dinheiro ao Fundo de Resolução. Se depois o dinheiro foi mal injetado e se vier a ser verificado na auditoria com certeza que o Fundo de Resolução terá de retirar daí as devidas ilações", concluiu.

"O maior crime de colarinho branco" em Portugal, acusa Rio

Ainda antes de Catarina Martins questionar o primeiro-ministro sobre o Novo Banco, o líder do PSD quis saber o que está o Governo a fazer para controlar o que se passa na gestão do banco, desafiando António Costa a esclarecer se não estão a ser pagos "calotes empolados".

"O senhor ministro das Finanças diz que temos de pagar, ponto final. Não concordo, temos de pagar porquê? Temos de pagar se for devido, se não for devido não temos de pagar", defendeu.

O líder do PSD pediu a António Costa que esclarecesse se "tem a certeza" de que não existem créditos do Novo Banco "vendidos ao desbarato", imóveis vendidos "a preço de favor" (e a quem) e pediu que a Assembleia da República tenha acesso à documentação que detalha as imparidades que justificam as injeções do Fundo de Resolução.

"Imparidades em linguagem bonita da Assembleia da República, para o povo entender, são calotes", afirmou Rio.

Na resposta, o primeiro-ministro apontou que quem supervisiona e quantifica as imparidades do Novo Banco é o Banco Central Europeu e que as contas desta instituição foram auditadas por três entidades.

"Se quer saber e obter essa documentação, é requerer a quem a tem. E quem a tem ou são os auditores ou o Fundo de Resolução", afirmou.

Perante as dúvidas do presidente do PSD, António Costa defendeu que a venda do Novo Banco em 2017 - quando apenas havia um interessado - foi "o melhor acordo possível".

Rui Rio fez também questão de voltar uns anos atrás e referir-se ao Banco Espírito Santo (BES), cuja resolução viria a dar origem ao Novo Banco (o chamado "banco bom", como recordou o líder do PSD), lamentando que a justiça "não tenha tido ainda a capacidade de julgar e muito menos punir quem quer que seja naquele que é o maior crime de colarinho branco em Portugal".

Com Lusa

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