Costa garante prioridade aos salários. Patrões e UGT pedem estabilidade

13-12-2019
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Aumento de salários, legislação laboral e administração pública. Foram estes os temas mais focados nos encontros mantidos, esta quinta-feira, por António Costa com todos os parceiros sociais. O primeiro ministro indigitado reconheceu a necessidade de promover "aumentos de rendimentos" na próxima Legislatura e até o patrões dos patrões, António Saraiva, admitiu que "o salário mínimo será seguramente aumentado em bases razoáveis, como aconteceu nos últimos quatro anos".

O foco colocado na política de rendimentos (através de aumentos salariais e alterações no IRS) parecem reunir o consenso geral da Concertação Social. Mas, apenas em termos de princípio. A margem reivindicativa é ainda grande, com a UGT a pedir uma subida do salário mínimo para os 660 euros e a CGTP a exigir 850 euros. António Saraiva, da CIP, não se compromete com valores. Diz apenas que o tecto dos aumentos tem de ser "razoável".

Os encontros com os parceiros sociais serviram para Costa estabelecer o ranking das medidas a tomar. "A prioridade não está na legislação do trabalho, está na política de rendimentos", disse António Costa, no final dos encontros, Isto, depois de ter ouvido UGT e CGTP a estabelecerem os seus cadernos de encargos.

Lucinda Dâmaso, presidente da UGT, pôs em cima da mesa a questão do aumento dos salários, mas também as carreiras da administração pública. No encontro mais breve com o primeiro ministro indigitado, a sindicalista da UGT fez questão de mostrar a "disponibilidade" daquela central sindical para "colaborar com o Governo" e discutir com ele "na sede própria que é a concertação social" o caderno reivindicativo que tem para apresentar.

Aménio Carlos, da CGTP foi mais longe. Apresentou a António Costa "três grandes preocupações" que passam pelo "combate à precaridade", pela "revisão das normas gravosas da legislação laboral" e pelo reforço dos salários e do investimento nos serviços públicos. A lista de problemas apresentados no Largo do Rato foi vasto e, garante o sindicalista, o primeiro ministro indigitado "ficou a olhar para nós". "Ele estava numa posição em que não podia avançar muito, mas não houve contraponto", disse Arménio Carlos aos jornalistas.

A CGTP pede pressa. Diz que é preciso que se passe "da surpresa à realidade" e deixou votos de que o próximo Governo tenha "abertura, humildade, força e capacidade para tomar medidas" no sentido da defesa "dos trabalhadores e do povo". Se não o conseguir fazer, o aviso fica feito: "a estabilidade está nas mãos do Governo" e ela será quebrada se o próximo Executivo de Costa "promover desiquílibrios nas relações de trabalho e aumentar a desigualdade".

O patrão da indústria, António Saraiva, também deixou avisos a António Costa. Mas, naturalmente, em sentido diferente. "Não podemos só olhar para os equilíbrios ou desequilíbrios à esquerda. Este Governo saberá encontrar equilíbrios à direita" e governar com "uma geometria variável", disse Saraiva. A reunião com os patrões decorreu "num clima positivo", afirmou.

Aumento de salários, legislação laboral e administração pública. Foram estes os temas mais focados nos encontros mantidos, esta quinta-feira, por António Costa com todos os parceiros sociais. O primeiro ministro indigitado reconheceu a necessidade de promover "aumentos de rendimentos" na próxima Legislatura e até o patrões dos patrões, António Saraiva, admitiu que "o salário mínimo será seguramente aumentado em bases razoáveis, como aconteceu nos últimos quatro anos".

O foco colocado na política de rendimentos (através de aumentos salariais e alterações no IRS) parecem reunir o consenso geral da Concertação Social. Mas, apenas em termos de princípio. A margem reivindicativa é ainda grande, com a UGT a pedir uma subida do salário mínimo para os 660 euros e a CGTP a exigir 850 euros. António Saraiva, da CIP, não se compromete com valores. Diz apenas que o tecto dos aumentos tem de ser "razoável".

Os encontros com os parceiros sociais serviram para Costa estabelecer o ranking das medidas a tomar. "A prioridade não está na legislação do trabalho, está na política de rendimentos", disse António Costa, no final dos encontros, Isto, depois de ter ouvido UGT e CGTP a estabelecerem os seus cadernos de encargos.

Lucinda Dâmaso, presidente da UGT, pôs em cima da mesa a questão do aumento dos salários, mas também as carreiras da administração pública. No encontro mais breve com o primeiro ministro indigitado, a sindicalista da UGT fez questão de mostrar a "disponibilidade" daquela central sindical para "colaborar com o Governo" e discutir com ele "na sede própria que é a concertação social" o caderno reivindicativo que tem para apresentar.

Aménio Carlos, da CGTP foi mais longe. Apresentou a António Costa "três grandes preocupações" que passam pelo "combate à precaridade", pela "revisão das normas gravosas da legislação laboral" e pelo reforço dos salários e do investimento nos serviços públicos. A lista de problemas apresentados no Largo do Rato foi vasto e, garante o sindicalista, o primeiro ministro indigitado "ficou a olhar para nós". "Ele estava numa posição em que não podia avançar muito, mas não houve contraponto", disse Arménio Carlos aos jornalistas.

A CGTP pede pressa. Diz que é preciso que se passe "da surpresa à realidade" e deixou votos de que o próximo Governo tenha "abertura, humildade, força e capacidade para tomar medidas" no sentido da defesa "dos trabalhadores e do povo". Se não o conseguir fazer, o aviso fica feito: "a estabilidade está nas mãos do Governo" e ela será quebrada se o próximo Executivo de Costa "promover desiquílibrios nas relações de trabalho e aumentar a desigualdade".

O patrão da indústria, António Saraiva, também deixou avisos a António Costa. Mas, naturalmente, em sentido diferente. "Não podemos só olhar para os equilíbrios ou desequilíbrios à esquerda. Este Governo saberá encontrar equilíbrios à direita" e governar com "uma geometria variável", disse Saraiva. A reunião com os patrões decorreu "num clima positivo", afirmou.

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