Aposta ganha. Dizer o contrário seria burrice.

02-09-2020
marcar artigo

Que Rui Vitória nunca foi consensual na Luz é um facto
indesmentível... Que a sua capacidade técnica e tática é muitas vezes, justa ou
injustamente, desvalorizada, preferindo muitos adeptos valorizar antes a tranquilidade
que o treinador passa, a capacidade de criar um balneário com bom ambiente onde
todos remem para o mesmo lado, parece-me inegável também.

Tal como é inegável que, independentemente do que
acontecer ainda até final da época, há erros óbvios na formação do plantel e do
11 em tantos momentos, erros esses que nos custaram aliás a saída precoce nas
duas taças nacionais, uma participação desastrosa nas competições europeias, e um
campeonato nacional que em Janeiro parecia absolutamente impossível de ser
conquistado.

Mas a verdade é que Rui Vitória, com mais ou menos erros,
mais ou menos percalços, vai superando muitos dos momentos críticos da época, e
tem este ano a possibilidade de fazer o seu Tri-Campeonato ao serviço do
Benfica, em anos de inversão de política e em que as armas ao dispor do
treinador passaram a ser menos do que as que outros tiveram antes de si. Esse mérito
ninguém lhe tira!

Mesmo que, lá está, continue a fazer confusão a tanta
gente como é que Rui Vitória caiu na armadilha dos Guarda-redes por exemplo
deixando que o menino belga nos custasse tantos dissabores, como é que não viu
mais cedo que Felipe Augusto nunca seria solução para coisa nenhuma, ou como é
que não percebeu bem antes de até João Carvalho ter sido experimentado, que
Zivkovic tinha lugar de caras no melhor Benfica.

A verdade no entanto é que Rui Vitória vai alterando o
péssimo com o fantástico. São poucos os treinadores capazes de superar a perda
de jogadores importantes com a facilidade com que o Benfica faz (Krovinovic foi
o último exemplo disso), tal como poucos são aqueles capazes de alterar o
sistema de jogo com o comboio em andamento sem grandes oscilações de forma.

Inevitável também comparar o momento do Benfica com o dos
rivais, e perceber que um dos fatores críticos de sucesso no Benfica atual é a
tranquilidade que emana do seu treinador, o balneário de gente amiga e unida
cujo espírito se percebe ao longe e que tem feito tantas vezes a diferença na definição daqueles que
ganham e daqueles que perdem, e isso também, inevitavelmente, é resultado da
equipa que lidera o futebol do Benfica e da qual Rui Vitória faz parte.

E tudo isto, repito, em épocas de vacas magras. Era inevitável
que em época de vacas magras a nossa época europeia fosse desastrosa? Se calhar
era, mas também aí aconteceu o que era expetável acontecer, e o maior culpado
não é Rui Vitória. Duvido de facto que seja possível esperar muito mais numa
Liga dos Campeões de um Benfica a vender constantemente os melhores jogadores, tão
virado para a formação, e a iniciar competições europeias contra equipas com
calo logo no mês de Setembro com dois ou três miúdos no 11 que ainda mal sabem
o caminho do autocarro para o balneário.

O que também é verdade no entanto é que essa  tal equipa de “baixo custo” chega a esta
altura na frente do campeonato (o grande objetivo da época), e à frente de
equipas com mais internacionais, mais dispendiosas, e que este ano
apostaram realmente as fichas todas para que ao fim de 5 anos o vencedor final
do campeonato fosse outro.

E a acontecer esse Penta Campeonato que tanto se deseja o
grande herói não pode ser outro que não seja Rui Vitória, treinador que já fez por merecer o seu lugar no Benfica na próxima época independentemente do que ainda acontecer este ano.

Ao mesmo tempo, e admitindo que de facto eu sou um dos
que não acreditava há três anos atrás com a drástica mudança de política
desportiva que se anunciou, ser possível que estivéssemos hoje a falar de um
possível Penta Campeonato, a verdade é que é nessa corrida que estamos e Luís Filipe
Vieira tem ganho a sua aposta, mesmo com tantas vozes contra, das quais eu tantas
vezes faço parte.

Veremos até onde esta política desportiva pode ser
esticada sem que o Benfica perca competitividade, o seu ADN de vitória e o seu
lugar nos grandes palcos, mas mais importante do que fazer futurologia é
avaliar o presente e, no futebol, mais do que qualquer teoria o que manda ainda são os resultados. E a aposta tem sido ganha. Dizer o contrário seria burrice.

Que Rui Vitória nunca foi consensual na Luz é um facto
indesmentível... Que a sua capacidade técnica e tática é muitas vezes, justa ou
injustamente, desvalorizada, preferindo muitos adeptos valorizar antes a tranquilidade
que o treinador passa, a capacidade de criar um balneário com bom ambiente onde
todos remem para o mesmo lado, parece-me inegável também.

Tal como é inegável que, independentemente do que
acontecer ainda até final da época, há erros óbvios na formação do plantel e do
11 em tantos momentos, erros esses que nos custaram aliás a saída precoce nas
duas taças nacionais, uma participação desastrosa nas competições europeias, e um
campeonato nacional que em Janeiro parecia absolutamente impossível de ser
conquistado.

Mas a verdade é que Rui Vitória, com mais ou menos erros,
mais ou menos percalços, vai superando muitos dos momentos críticos da época, e
tem este ano a possibilidade de fazer o seu Tri-Campeonato ao serviço do
Benfica, em anos de inversão de política e em que as armas ao dispor do
treinador passaram a ser menos do que as que outros tiveram antes de si. Esse mérito
ninguém lhe tira!

Mesmo que, lá está, continue a fazer confusão a tanta
gente como é que Rui Vitória caiu na armadilha dos Guarda-redes por exemplo
deixando que o menino belga nos custasse tantos dissabores, como é que não viu
mais cedo que Felipe Augusto nunca seria solução para coisa nenhuma, ou como é
que não percebeu bem antes de até João Carvalho ter sido experimentado, que
Zivkovic tinha lugar de caras no melhor Benfica.

A verdade no entanto é que Rui Vitória vai alterando o
péssimo com o fantástico. São poucos os treinadores capazes de superar a perda
de jogadores importantes com a facilidade com que o Benfica faz (Krovinovic foi
o último exemplo disso), tal como poucos são aqueles capazes de alterar o
sistema de jogo com o comboio em andamento sem grandes oscilações de forma.

Inevitável também comparar o momento do Benfica com o dos
rivais, e perceber que um dos fatores críticos de sucesso no Benfica atual é a
tranquilidade que emana do seu treinador, o balneário de gente amiga e unida
cujo espírito se percebe ao longe e que tem feito tantas vezes a diferença na definição daqueles que
ganham e daqueles que perdem, e isso também, inevitavelmente, é resultado da
equipa que lidera o futebol do Benfica e da qual Rui Vitória faz parte.

E tudo isto, repito, em épocas de vacas magras. Era inevitável
que em época de vacas magras a nossa época europeia fosse desastrosa? Se calhar
era, mas também aí aconteceu o que era expetável acontecer, e o maior culpado
não é Rui Vitória. Duvido de facto que seja possível esperar muito mais numa
Liga dos Campeões de um Benfica a vender constantemente os melhores jogadores, tão
virado para a formação, e a iniciar competições europeias contra equipas com
calo logo no mês de Setembro com dois ou três miúdos no 11 que ainda mal sabem
o caminho do autocarro para o balneário.

O que também é verdade no entanto é que essa  tal equipa de “baixo custo” chega a esta
altura na frente do campeonato (o grande objetivo da época), e à frente de
equipas com mais internacionais, mais dispendiosas, e que este ano
apostaram realmente as fichas todas para que ao fim de 5 anos o vencedor final
do campeonato fosse outro.

E a acontecer esse Penta Campeonato que tanto se deseja o
grande herói não pode ser outro que não seja Rui Vitória, treinador que já fez por merecer o seu lugar no Benfica na próxima época independentemente do que ainda acontecer este ano.

Ao mesmo tempo, e admitindo que de facto eu sou um dos
que não acreditava há três anos atrás com a drástica mudança de política
desportiva que se anunciou, ser possível que estivéssemos hoje a falar de um
possível Penta Campeonato, a verdade é que é nessa corrida que estamos e Luís Filipe
Vieira tem ganho a sua aposta, mesmo com tantas vozes contra, das quais eu tantas
vezes faço parte.

Veremos até onde esta política desportiva pode ser
esticada sem que o Benfica perca competitividade, o seu ADN de vitória e o seu
lugar nos grandes palcos, mas mais importante do que fazer futurologia é
avaliar o presente e, no futebol, mais do que qualquer teoria o que manda ainda são os resultados. E a aposta tem sido ganha. Dizer o contrário seria burrice.

marcar artigo