Câmara Corporativa: Reflexão para a Quaresma de 2013 ÉTICA NAS FINANÇAS — uma questão de Justiça e Paz

21-06-2020
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Documento conjunto da Comissão Nacional Justiça e Paz e das Comissões Diocesanas Justiça e Paz do Algarve, Aveiro, Beja, Braga, Bragança-Miranda, Coimbra, Leiria-Fátima, Portalegre-Castelo Branco, Porto, Setúbal e Viseu¹, de que se reproduz uma passagem, mas que merece ser lido na íntegra: ‘6. As principais características da evolução recente das condições de vida da população portuguesa são acompanhadas persistentemente por taxas negativas de crescimento do PIB, que permitem falar numa «espiral recessiva». Em todo este processo sobressai uma falta incompreensível de políticas que fomentem o crescimento económico que seja criador de emprego e promova uma justa distribuição do rendimento e da riqueza. Portugal é, de momento, o país mais desigual da União Europeia. O alargamento do prazo de amortização da dívida junto das entidades representadas pela Troika e o abaixamento dos respectivos juros também são factores que poderão permitir honrar os compromissos do âmbito do programa de ajustamento com menos sacrifícios para o povo. Algo neste sentido acaba de ser conseguido. Devemos saudar a iniciativa e o resultado, e, ao mesmo tempo, reconhecer que não basta. 7. Perante o flagrante insucesso do modelo de política seguido em 2012, a insistência de idêntico modelo, nalguns aspectos agravado, em 2013, pode ser eticamente inaceitável. O povo, as pessoas e as famílias não podem servir de objecto de experiências de política económica de sucesso altamente duvidoso. Ao denunciá-lo, as CJP afastam-se da cumplicidade do silêncio.’_________¹ A Comissão Diocesana Justiça e Paz de Lisboa não subscreve o documento?


Documento conjunto da Comissão Nacional Justiça e Paz e das Comissões Diocesanas Justiça e Paz do Algarve, Aveiro, Beja, Braga, Bragança-Miranda, Coimbra, Leiria-Fátima, Portalegre-Castelo Branco, Porto, Setúbal e Viseu¹, de que se reproduz uma passagem, mas que merece ser lido na íntegra: ‘6. As principais características da evolução recente das condições de vida da população portuguesa são acompanhadas persistentemente por taxas negativas de crescimento do PIB, que permitem falar numa «espiral recessiva». Em todo este processo sobressai uma falta incompreensível de políticas que fomentem o crescimento económico que seja criador de emprego e promova uma justa distribuição do rendimento e da riqueza. Portugal é, de momento, o país mais desigual da União Europeia. O alargamento do prazo de amortização da dívida junto das entidades representadas pela Troika e o abaixamento dos respectivos juros também são factores que poderão permitir honrar os compromissos do âmbito do programa de ajustamento com menos sacrifícios para o povo. Algo neste sentido acaba de ser conseguido. Devemos saudar a iniciativa e o resultado, e, ao mesmo tempo, reconhecer que não basta. 7. Perante o flagrante insucesso do modelo de política seguido em 2012, a insistência de idêntico modelo, nalguns aspectos agravado, em 2013, pode ser eticamente inaceitável. O povo, as pessoas e as famílias não podem servir de objecto de experiências de política económica de sucesso altamente duvidoso. Ao denunciá-lo, as CJP afastam-se da cumplicidade do silêncio.’_________¹ A Comissão Diocesana Justiça e Paz de Lisboa não subscreve o documento?

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