O Tiago Barbosa Ribeiro não tem razão em nenhum dos 6 pontos com que tenta transmitir alguma sistematicidade à não-defesa de José Sócrates – uma tentativa logicamente impossível.
Quando o Tiago afirma: “A principal dificuldade de qualquer defesa contra este tipo de processos de assassinato político — e estou a medir bem as palavras — reside, desde logo, na impossibilidade de alguém de se defender de algo de que não foi acusado”, está a esquecer-se:
da separação natural e conceptual que existe entre a defesa num processo judicial e uma defesa política; de que o facto de um primeiro-ministro basear a sua não-defesa em campanhas negras e poderes ocultos, sem nomear factos, pessoas ou entidades deste Mundo (ou de outro) corresponde a um esforço político de se desculpabilizar a priori de quaisquer factos que eventualmente venham a ser apurados na investigação, de a desacreditar antecipadamente, de se vitimizar no estilo de Fátima Felgueiras ou do autarca de Oeiras;
por último, que aqueles, como o Tiago, infelizmente, que tentam alicerçar tais disparates em roupagens aparentemente lógicas estão a fazer o jogo mais perigoso de todos para a Democracia e o Estado de Direito.
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O Tiago Barbosa Ribeiro não tem razão em nenhum dos 6 pontos com que tenta transmitir alguma sistematicidade à não-defesa de José Sócrates – uma tentativa logicamente impossível.
Quando o Tiago afirma: “A principal dificuldade de qualquer defesa contra este tipo de processos de assassinato político — e estou a medir bem as palavras — reside, desde logo, na impossibilidade de alguém de se defender de algo de que não foi acusado”, está a esquecer-se:
da separação natural e conceptual que existe entre a defesa num processo judicial e uma defesa política; de que o facto de um primeiro-ministro basear a sua não-defesa em campanhas negras e poderes ocultos, sem nomear factos, pessoas ou entidades deste Mundo (ou de outro) corresponde a um esforço político de se desculpabilizar a priori de quaisquer factos que eventualmente venham a ser apurados na investigação, de a desacreditar antecipadamente, de se vitimizar no estilo de Fátima Felgueiras ou do autarca de Oeiras;
por último, que aqueles, como o Tiago, infelizmente, que tentam alicerçar tais disparates em roupagens aparentemente lógicas estão a fazer o jogo mais perigoso de todos para a Democracia e o Estado de Direito.