Responsabilidade individual

14-11-2019
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Escreve o Tiago Barbosa Ribeiro:

O João Miranda sugere que os portugueses comprem acções da Galp para partilharem os lucros resultantes da sua actividade monopolista. Acabar com ela, aparentemente, não é opção. Mas para os portugueses que já endividaram 129% do rendimento disponível tenho uma alternativa ainda melhor à opção, digamos assim, do investimento bolsista: o investimento em barris de petróleo.

Este comentário do Tiago é revelador. Neste post eu defendi que as pessoas numa sociedade capitalista têm opções. Claro que optar por comprar acções da GALP implica duas coisas: poupança e capacidade de antecipação. A poupança consegue-se através do trabalho e da abdicação de conforto e status. A capacidade de antecipação consegue-se através do cultivo da inteligência, do estudo, da consulta de informação relevante e de hábitos de trabalho e decisão rigorosos. Acho por isso interessante que o Tiago tenha optado por, numa discussão pública, ter vindo com a desculpa do endividamento dos portugueses. O endividamento resulta das opções de alguns portugueses, mas não de todos. Os portugueses que optaram por se endividar fizeram as suas escolhas e tiraram delas o respectivo proveito. O endividamento é agora uma responsabilidade pessoal de quem se endividou. Endividaram-se e não se preveniram para uma possível alteração da conjuntura económica? O que é que aqueles que não se endividaram têm com isso?

Escreve o Tiago Barbosa Ribeiro:

O João Miranda sugere que os portugueses comprem acções da Galp para partilharem os lucros resultantes da sua actividade monopolista. Acabar com ela, aparentemente, não é opção. Mas para os portugueses que já endividaram 129% do rendimento disponível tenho uma alternativa ainda melhor à opção, digamos assim, do investimento bolsista: o investimento em barris de petróleo.

Este comentário do Tiago é revelador. Neste post eu defendi que as pessoas numa sociedade capitalista têm opções. Claro que optar por comprar acções da GALP implica duas coisas: poupança e capacidade de antecipação. A poupança consegue-se através do trabalho e da abdicação de conforto e status. A capacidade de antecipação consegue-se através do cultivo da inteligência, do estudo, da consulta de informação relevante e de hábitos de trabalho e decisão rigorosos. Acho por isso interessante que o Tiago tenha optado por, numa discussão pública, ter vindo com a desculpa do endividamento dos portugueses. O endividamento resulta das opções de alguns portugueses, mas não de todos. Os portugueses que optaram por se endividar fizeram as suas escolhas e tiraram delas o respectivo proveito. O endividamento é agora uma responsabilidade pessoal de quem se endividou. Endividaram-se e não se preveniram para uma possível alteração da conjuntura económica? O que é que aqueles que não se endividaram têm com isso?

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