Do protectorado ao chalupado

03-09-2020
marcar artigo

Ponderei um pouco sobre a escrita de um artigo dedicado a deputados chalupas e, como de costume, decidi ignorar o instinto de sobrevivência que um jornalista tenderia a contemplar em meio dado a salamaleques, optando, mais uma vez, pela designação correcta das coisas: só há predominância de chalupas no parlamento porque as pessoas votam em partidos para formar governo e não em deputados; ora, isso gera terreno fértil para camiões destravados.

Um tweet de Tiago Barbosa Ribeiro (PS) tratou Cavaco Silva por “gangster” e gerou alguma comoção, não tanta como dizer que as mulheres do Bloco são “esganiçadas”, mas alguma, como se insultar o Presidente seja um pouquinho menos lastimoso do que a ignomínia de sugerir alterações à Constituição.

Os eleitores do Porto, inconscientemente, coitados, lá votaram no Tiago, que, ao menos, entre várias verdades sobre “a direita”, também tem explicações para o nascimento do terrorismo do Estado Islâmico, tudo no mesmo dia em que se fala do “gangster”.

“A direita”, como disse, parece ser um alvo para o jovem deputado, pouco dado a delícias do mar:

Ao menos, Tiago pode dizer as coisas que quer. A ex-ministra Canavilhas, coitada, sente que gostava de poder chamar “múmia” ao Presidente mas está impedida de o fazer: minha senhora, por mim, esteja à vontade.

Mas estávamos a falar de chalupas mesmo. Voltemos ao Tiago, que, entretanto, já explicou ter tido um excesso de zelo pelo calor do momento:

Sendo caso único, durante uma discussão particularmente acessa, compreende-se toda e qualquer referência a incêndios:

Pergunto: eleitores do Porto, votaram no Tiago Barbosa Ribeiro ou votaram no PS para o governo? Isto pode, finalmente, resolver o impasse da formação de governo apoiado por chalupas. Senhor chalupa do Porto, seja sua a palavra: votou no Tiago ou votou em Costa para PM?

Adenda: mais aquecimento global momentâneo aqui.

Ponderei um pouco sobre a escrita de um artigo dedicado a deputados chalupas e, como de costume, decidi ignorar o instinto de sobrevivência que um jornalista tenderia a contemplar em meio dado a salamaleques, optando, mais uma vez, pela designação correcta das coisas: só há predominância de chalupas no parlamento porque as pessoas votam em partidos para formar governo e não em deputados; ora, isso gera terreno fértil para camiões destravados.

Um tweet de Tiago Barbosa Ribeiro (PS) tratou Cavaco Silva por “gangster” e gerou alguma comoção, não tanta como dizer que as mulheres do Bloco são “esganiçadas”, mas alguma, como se insultar o Presidente seja um pouquinho menos lastimoso do que a ignomínia de sugerir alterações à Constituição.

Os eleitores do Porto, inconscientemente, coitados, lá votaram no Tiago, que, ao menos, entre várias verdades sobre “a direita”, também tem explicações para o nascimento do terrorismo do Estado Islâmico, tudo no mesmo dia em que se fala do “gangster”.

“A direita”, como disse, parece ser um alvo para o jovem deputado, pouco dado a delícias do mar:

Ao menos, Tiago pode dizer as coisas que quer. A ex-ministra Canavilhas, coitada, sente que gostava de poder chamar “múmia” ao Presidente mas está impedida de o fazer: minha senhora, por mim, esteja à vontade.

Mas estávamos a falar de chalupas mesmo. Voltemos ao Tiago, que, entretanto, já explicou ter tido um excesso de zelo pelo calor do momento:

Sendo caso único, durante uma discussão particularmente acessa, compreende-se toda e qualquer referência a incêndios:

Pergunto: eleitores do Porto, votaram no Tiago Barbosa Ribeiro ou votaram no PS para o governo? Isto pode, finalmente, resolver o impasse da formação de governo apoiado por chalupas. Senhor chalupa do Porto, seja sua a palavra: votou no Tiago ou votou em Costa para PM?

Adenda: mais aquecimento global momentâneo aqui.

marcar artigo