Concelhias rosa vão a votos: Porto renhido, Matosinhos a uma só voz

11-01-2020
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Depois de quase duas décadas, a desavinda família socialista vai a votos unida a uma só voz na concelhia de Matosinhos. A pacificadora é Luísa Salgueiro, a primeira mulher a presidir à Câmara local e, a partir de amanhã, a liderar a Comissão Política concelhia do PS, a campeã do país com mais de 5.500 militantes.

A autarca eleita a 1 de outubro tendo por adversários dois ex-militantes socialistas de longa data, Narciso Miranda e António Parada, apresenta-se a eleições sob o lema “Honrar o passado, Construir o Futuro”, em lista única, após o atual líder da estrutura local, Ernesto Páscoa, ter decidido não se recandidatar, fragilizado da guerra autárquica por ter negado o apoio à candidata escolhida por Manuel Pizarro, com a bênção de António Costa.

“Conseguimos uma coisa inédita, porque pela primeira vez há alinhamento e sintonia no seio da família socialista para apresentação de uma lista única na concelhia e de listas únicas nas secções de residência”, adianta Luísa Salgueiro. Numa altura em o PS voltou à governação da cidade, a autarca fez questão de calcorrear as freguesias do concelho para ouvir as bases e reforçar a coesão do partido, defendendo o início de um novo ciclo político rosa a nível local, “mais forte e aberto a todos os que reveem nos ideias de justiça social, igualdade de oportunidades e de implementação de políticas públicas que corrijam desigualdades”.

Duelo no Porto entre costistas e socráticos

Na concelhia do Porto, o delfim de Manuel Pizarro, Tiago Barbosa Ribeiro e atual líder da estrutura, concorre contra Renato Sampaio, líder da Distrital e do aparelho do PS/Porto na era Sócrates, de quem é amigo pessoal e presença de primeira fila na apresentação dos livros do ex-Primeiro Ministro.

A reconquista autárquica do Porto, depois da derrota de Manuel Pizarro em outubro à Câmara do Porto, a quinta consecutiva dos socialistas desde 2001, é a motivação primeira para a candidatura do deputado Renato Sampaio à concelhia local, que na sua moção estratégica às eleições de amanhã apontou como meta “retomar o caminho das vitórias” em 2021. Desagradado com a “perda de identidade do PS” na cidade do Porto, Renato Sampaio avança para combater o papel subalterno do partido na Invicta, propondo-se encontrar um projeto alternativo à gestão da direita na Câmara do Porto.

Além de se afirmar crítico da estratégia prosseguido pelo PS local no passado, numa alusão à aliança com o movimento independente de Rui Moreira após as eleições de 2013, Sampaio, militante de cartão há mais de 30 anos, candidata-se ainda para unir as bases e respeitar os militantes e órgãos concelhios, o que em sua opinião não tem sucedido sob a liderança do atual responsável concelhio e colega de bancada. Entre os apoiantes da sua lista, conta com nomes de peso como Alberto Martins, ex-líder parlamentar, do deputado Pedro Bacelar Vasconcelos e ainda o antigo autarca Fernando Gomes.

Tiago Barbosa Ribeiro, militante socialista desde 2004, estranha a deriva da narrativa autárquica do adversário, lembrando que há quatro anos, não só foi favorável ao pacto com Rui Moreira, como foi seu mandatário. Para o atual líder da concelhia do PS/Porto, as eleições de amanhã vão “condicionar mais de uma década de soluções autárquicas para a cidade”, depois de o PS ter sido arredado da governação do Porto em 2001 por Fernando Gomes. Na apresentação da sua moção estratégica, Barbosa Ribeiro defendeu a abertura do partido à sociedade civil e ao diálogo interpartidário com a esquerda para derrotar “o bloco de direita que governa o Porto”.

O candidato que tem por mandatário o nº 2 do Governo, Augusto Santos Silva, acusa Sampaio de agrupar na sua candidatura “os camaradas que levaram à derrota do PS há quase 20 anos, através de uma luta de egos e personalidades”. A fuga ao debate que antecedeu as eleições para a concelhia é outras das criticas de Tiago Barbosa Ribeiro a Renato Sampaio, atitude que encara como um sinal “de cobardia política”.

Além de rebater as queixas de falta de diálogo com as bases feita pelo concorrente, Barbosa Ribeiro propõe-se afirmar o partido como “principal força da oposição autárquica” e continuar a bater-se, como no último mandato, pela descentralização.

Com o lema 'Pelo Porto', o recandidato à concelhia conta com o apoio expresso de várias personalidades da sociedade civil, entre as quais se contam Isabel Pires de Lima, ex-ministra da Cultura e da ex-vereadora da Cultura responsável pela 'Porto 2001' Manuela de Melo.

Na concelhia de Vila do Conde, o histórico socialista Mário de Almeida, deixa a concelhia desgastado pela vitória da independente Elisa Ferraz, a quem retirou à última da hora o apoio, apresentando-se como candidato único Abel Maia. Pacíficas são ainda as eleições concelhias em Vila Nova de Gaia, Valongo, Trofa, Penafiel, Paredes, Paços de Ferreira, Marco de Canaveses, Gondomar, Felgueiras e Baião, enquanto na Maia há três candidatos na corrida ao lugar e dois em Amarante.

Depois de quase duas décadas, a desavinda família socialista vai a votos unida a uma só voz na concelhia de Matosinhos. A pacificadora é Luísa Salgueiro, a primeira mulher a presidir à Câmara local e, a partir de amanhã, a liderar a Comissão Política concelhia do PS, a campeã do país com mais de 5.500 militantes.

A autarca eleita a 1 de outubro tendo por adversários dois ex-militantes socialistas de longa data, Narciso Miranda e António Parada, apresenta-se a eleições sob o lema “Honrar o passado, Construir o Futuro”, em lista única, após o atual líder da estrutura local, Ernesto Páscoa, ter decidido não se recandidatar, fragilizado da guerra autárquica por ter negado o apoio à candidata escolhida por Manuel Pizarro, com a bênção de António Costa.

“Conseguimos uma coisa inédita, porque pela primeira vez há alinhamento e sintonia no seio da família socialista para apresentação de uma lista única na concelhia e de listas únicas nas secções de residência”, adianta Luísa Salgueiro. Numa altura em o PS voltou à governação da cidade, a autarca fez questão de calcorrear as freguesias do concelho para ouvir as bases e reforçar a coesão do partido, defendendo o início de um novo ciclo político rosa a nível local, “mais forte e aberto a todos os que reveem nos ideias de justiça social, igualdade de oportunidades e de implementação de políticas públicas que corrijam desigualdades”.

Duelo no Porto entre costistas e socráticos

Na concelhia do Porto, o delfim de Manuel Pizarro, Tiago Barbosa Ribeiro e atual líder da estrutura, concorre contra Renato Sampaio, líder da Distrital e do aparelho do PS/Porto na era Sócrates, de quem é amigo pessoal e presença de primeira fila na apresentação dos livros do ex-Primeiro Ministro.

A reconquista autárquica do Porto, depois da derrota de Manuel Pizarro em outubro à Câmara do Porto, a quinta consecutiva dos socialistas desde 2001, é a motivação primeira para a candidatura do deputado Renato Sampaio à concelhia local, que na sua moção estratégica às eleições de amanhã apontou como meta “retomar o caminho das vitórias” em 2021. Desagradado com a “perda de identidade do PS” na cidade do Porto, Renato Sampaio avança para combater o papel subalterno do partido na Invicta, propondo-se encontrar um projeto alternativo à gestão da direita na Câmara do Porto.

Além de se afirmar crítico da estratégia prosseguido pelo PS local no passado, numa alusão à aliança com o movimento independente de Rui Moreira após as eleições de 2013, Sampaio, militante de cartão há mais de 30 anos, candidata-se ainda para unir as bases e respeitar os militantes e órgãos concelhios, o que em sua opinião não tem sucedido sob a liderança do atual responsável concelhio e colega de bancada. Entre os apoiantes da sua lista, conta com nomes de peso como Alberto Martins, ex-líder parlamentar, do deputado Pedro Bacelar Vasconcelos e ainda o antigo autarca Fernando Gomes.

Tiago Barbosa Ribeiro, militante socialista desde 2004, estranha a deriva da narrativa autárquica do adversário, lembrando que há quatro anos, não só foi favorável ao pacto com Rui Moreira, como foi seu mandatário. Para o atual líder da concelhia do PS/Porto, as eleições de amanhã vão “condicionar mais de uma década de soluções autárquicas para a cidade”, depois de o PS ter sido arredado da governação do Porto em 2001 por Fernando Gomes. Na apresentação da sua moção estratégica, Barbosa Ribeiro defendeu a abertura do partido à sociedade civil e ao diálogo interpartidário com a esquerda para derrotar “o bloco de direita que governa o Porto”.

O candidato que tem por mandatário o nº 2 do Governo, Augusto Santos Silva, acusa Sampaio de agrupar na sua candidatura “os camaradas que levaram à derrota do PS há quase 20 anos, através de uma luta de egos e personalidades”. A fuga ao debate que antecedeu as eleições para a concelhia é outras das criticas de Tiago Barbosa Ribeiro a Renato Sampaio, atitude que encara como um sinal “de cobardia política”.

Além de rebater as queixas de falta de diálogo com as bases feita pelo concorrente, Barbosa Ribeiro propõe-se afirmar o partido como “principal força da oposição autárquica” e continuar a bater-se, como no último mandato, pela descentralização.

Com o lema 'Pelo Porto', o recandidato à concelhia conta com o apoio expresso de várias personalidades da sociedade civil, entre as quais se contam Isabel Pires de Lima, ex-ministra da Cultura e da ex-vereadora da Cultura responsável pela 'Porto 2001' Manuela de Melo.

Na concelhia de Vila do Conde, o histórico socialista Mário de Almeida, deixa a concelhia desgastado pela vitória da independente Elisa Ferraz, a quem retirou à última da hora o apoio, apresentando-se como candidato único Abel Maia. Pacíficas são ainda as eleições concelhias em Vila Nova de Gaia, Valongo, Trofa, Penafiel, Paredes, Paços de Ferreira, Marco de Canaveses, Gondomar, Felgueiras e Baião, enquanto na Maia há três candidatos na corrida ao lugar e dois em Amarante.

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