Ester Monteiro, 24 anos

30-09-2020
marcar artigo

PELAS mãos de Ester Monteiro nasceram, entre novembro de 2017 e janeiro de deste ano, 400 bustos em barro, que retratam as gentes que fazem “O Rosto do Porto”. Este é, na verdade, o mais recente projeto da escultora e antiga estudante da Faculdade de Belas Artes da U.Porto (FBAUP), do qual resultou a instalação artística patente, desde o passado dia 13 de janeiro, no piso superior da Livraria Lello, como forma de assinalar os 112 anos da histórica livraria portuense.

Licenciada em Artes Plásticas – Escultura pela FBAUP, a jovem artista começou a expor em nome próprio logo que concluiu o curso, em 2012, destacando-se “ES.PE.CU.LA.ÇÃO”, em Palacete Pinto Leite (2015) ou “Contra.Conto”, no espaço CACE (2015). Com apenas 24 anos, já recebeu uma Menção Honrosa na Bienal de Coruche (2015), com a instalação Espigar, e recebeu o Prémio Melhor Obra em Exposição em Foz’Arte 2017, com a obra Agonia. Estreou-se com uma exposição individual em 2016, com It’s all about the mesh, no restaurante Duas de Letra, na baixa portuense.

“Um Punhado de Gente” é o mais recente desafio de Ester Monteiro. Para tal, aliou o seu talento a uma preocupação de cariz social e criou um projeto único de intervenção pública. Os bustos que cria são do tamanho de um punho e modelados, em tempo real, na presença do retratado. A essência do projeto está precisamente no contacto direto com o modelo. Desde trabalho, iniciado há dois anos, resultou a concretização de Um Punhado de Gente Aldoar (2016) e Um Punhado de Gente Coruche (2017), para além de uma colaboração com Retrató MEXE, no âmbito do Encontro Internacional de Arte e Comunidade (2017).

Foi também deste trabalho que nasceu o desafio de moldar O Rosto do Porto , a convite do Bairro dos Livros. Para dar vida aos 400 bustos que agora “pintam” as prateleiras da “livraria mais bonita do mundo, Ester dedicou três meses e 300 horas a modelar barro. Entre os que aceitaram passar “pelas mãos” da escultora incluem-se a atleta e antiga campeã olímpica Fernanda Ribeiro, os músicos Manel Cruz e Capicua, o escritor Richard Zimler, o cineasta João Botelho, para além de várias figuras ligadas à U.Porto, casos do Reitor, Sebastião Feyo de Azevedo, dos arquitetos e antigos professores da Faculdade de Arquitectura, Álvaro Siza e Eduardo Souto Moura, ou dos cientistas Manuel Sobrinho Simões e Alexandre Quintanilha.

Naturalidade?

Porto.

Idade?

24 anos.

De que mais gosta na Universidade do Porto?

Do projeto Universidade Júnior da Universidade do Porto.

De que menos gosta na Universidade do Porto?

A falta de jardins, como o da FBAUP, nas restantes instituições da Universidade do Porto. Parece-me fundamental.

Uma ideia para melhorar a Universidade do Porto?

Interdisciplina. Mais cruzamento de informações, aulas e espaços, entre os diferentes cursos.

Como prefere passar os tempos livres?

Ao ar livre, com amigos a conversar.

Um livro preferido?

Há mais que um, mas O som e Fúria de William Faulkner e os Passos em Volta de Herberto Hélder são incontornáveis.

Um disco/músico preferido?

Impossível de nomear, são tantos e tão diversos. Mas uma boa Bossa Nova acompanha muito bem qualquer circunstancia.

Um prato preferido?

Bacalhau assado com broa de milho, hmm.

Um filme preferido?

Magnólia, Paul Thomas Anderson.

Uma viagem de sonho?

Uma longa viagem pelo continente Africano.

Um objetivo de vida?

Ser feliz. Estar bem comigo mesma todos os dias se possível.

Uma inspiração? (pessoa, livro, situação…)

As mulheres da minha vida, mãe, tia e avó.

O projeto da sua vida…

É continuar a trabalhar na minha área, no meio artístico. Renovar-me, adaptar-me mantendo sempre a curiosidade de descobrir o que vem a seguir. Se possível levar a obra ao público e tocar nas pessoas. Poder proporcionar um momento de inspiração e/ou reflexão no outro.

Se a Universidade do Porto fosse um busto, como seria?

Provavelmente um busto com características formais clássicas, como de um Platão ou Sócrates, longas barbas e olhar altivo fixo no horizonte. No entanto feito num material contemporâneo, como uma resina de cor por exemplo, para acentuar a sua renovação ao longo dos tempos.

PELAS mãos de Ester Monteiro nasceram, entre novembro de 2017 e janeiro de deste ano, 400 bustos em barro, que retratam as gentes que fazem “O Rosto do Porto”. Este é, na verdade, o mais recente projeto da escultora e antiga estudante da Faculdade de Belas Artes da U.Porto (FBAUP), do qual resultou a instalação artística patente, desde o passado dia 13 de janeiro, no piso superior da Livraria Lello, como forma de assinalar os 112 anos da histórica livraria portuense.

Licenciada em Artes Plásticas – Escultura pela FBAUP, a jovem artista começou a expor em nome próprio logo que concluiu o curso, em 2012, destacando-se “ES.PE.CU.LA.ÇÃO”, em Palacete Pinto Leite (2015) ou “Contra.Conto”, no espaço CACE (2015). Com apenas 24 anos, já recebeu uma Menção Honrosa na Bienal de Coruche (2015), com a instalação Espigar, e recebeu o Prémio Melhor Obra em Exposição em Foz’Arte 2017, com a obra Agonia. Estreou-se com uma exposição individual em 2016, com It’s all about the mesh, no restaurante Duas de Letra, na baixa portuense.

“Um Punhado de Gente” é o mais recente desafio de Ester Monteiro. Para tal, aliou o seu talento a uma preocupação de cariz social e criou um projeto único de intervenção pública. Os bustos que cria são do tamanho de um punho e modelados, em tempo real, na presença do retratado. A essência do projeto está precisamente no contacto direto com o modelo. Desde trabalho, iniciado há dois anos, resultou a concretização de Um Punhado de Gente Aldoar (2016) e Um Punhado de Gente Coruche (2017), para além de uma colaboração com Retrató MEXE, no âmbito do Encontro Internacional de Arte e Comunidade (2017).

Foi também deste trabalho que nasceu o desafio de moldar O Rosto do Porto , a convite do Bairro dos Livros. Para dar vida aos 400 bustos que agora “pintam” as prateleiras da “livraria mais bonita do mundo, Ester dedicou três meses e 300 horas a modelar barro. Entre os que aceitaram passar “pelas mãos” da escultora incluem-se a atleta e antiga campeã olímpica Fernanda Ribeiro, os músicos Manel Cruz e Capicua, o escritor Richard Zimler, o cineasta João Botelho, para além de várias figuras ligadas à U.Porto, casos do Reitor, Sebastião Feyo de Azevedo, dos arquitetos e antigos professores da Faculdade de Arquitectura, Álvaro Siza e Eduardo Souto Moura, ou dos cientistas Manuel Sobrinho Simões e Alexandre Quintanilha.

Naturalidade?

Porto.

Idade?

24 anos.

De que mais gosta na Universidade do Porto?

Do projeto Universidade Júnior da Universidade do Porto.

De que menos gosta na Universidade do Porto?

A falta de jardins, como o da FBAUP, nas restantes instituições da Universidade do Porto. Parece-me fundamental.

Uma ideia para melhorar a Universidade do Porto?

Interdisciplina. Mais cruzamento de informações, aulas e espaços, entre os diferentes cursos.

Como prefere passar os tempos livres?

Ao ar livre, com amigos a conversar.

Um livro preferido?

Há mais que um, mas O som e Fúria de William Faulkner e os Passos em Volta de Herberto Hélder são incontornáveis.

Um disco/músico preferido?

Impossível de nomear, são tantos e tão diversos. Mas uma boa Bossa Nova acompanha muito bem qualquer circunstancia.

Um prato preferido?

Bacalhau assado com broa de milho, hmm.

Um filme preferido?

Magnólia, Paul Thomas Anderson.

Uma viagem de sonho?

Uma longa viagem pelo continente Africano.

Um objetivo de vida?

Ser feliz. Estar bem comigo mesma todos os dias se possível.

Uma inspiração? (pessoa, livro, situação…)

As mulheres da minha vida, mãe, tia e avó.

O projeto da sua vida…

É continuar a trabalhar na minha área, no meio artístico. Renovar-me, adaptar-me mantendo sempre a curiosidade de descobrir o que vem a seguir. Se possível levar a obra ao público e tocar nas pessoas. Poder proporcionar um momento de inspiração e/ou reflexão no outro.

Se a Universidade do Porto fosse um busto, como seria?

Provavelmente um busto com características formais clássicas, como de um Platão ou Sócrates, longas barbas e olhar altivo fixo no horizonte. No entanto feito num material contemporâneo, como uma resina de cor por exemplo, para acentuar a sua renovação ao longo dos tempos.

marcar artigo