A eurodeputada do PSD Lídia Pereira escreveu no Twitter que a inclusão do primeiro-ministro e do presidente da Câmara de Lisboa na comissão de honra da recandidatura de Luís Filipe Vieira à presidência do Benfica implica uma “desconsideração ética pelos lugares que ocupam”. Mas também criticou Marcelo Rebelo de Sousa, considerando que este “ameaça com um puxão de orelhas (privado) ao primeiro-ministro, não vá o secretário-geral do PS e primeiro-ministro apoiar outra candidatura à Presidência da República”, numa referência à declaração do Chefe de Estado de que abordará esse tema na próxima reunião com António Costa.
(3/5) Entretanto o Presidente da República ameaça com um puxão de orelhas (privado) ao Primeiro-Ministro, não vá o Secretário Geral do PS e PM apoiar outra candidatura à Presidência da República. — Lídia Pereira (@lidiafopereira) September 14, 2020
Numa sucessão de mensagens escritas na manhã desta segunda-feira na rede social, a eurodeputada realça que Luís Filipe Vieira é “um candidato (e presidente em exercício) envolvido em casos de justiça e sobre quem pendem acusações muito graves”. Ainda segundo Lídia Pereira, “com estas ações dos titulares de órgãos públicos, em particular do primeiro-ministro, há uma legitimação dos alegados atos do presidente do clube e desconsideração ética pelos lugares que ocupam”.
Além de António Costa e de Fernando Medina, a comissão de honra da recandidatura de Luís Filipe Vieira inclui outros políticos que não foram identificados nas mensagens da eurodeputada, incluindo o deputado social-democrata Duarte Pacheco e o seu congénere centrista Telmo Correia.
Lídia Pereira realçou que “estes episódios passam-se em Portugal, onde há uns meses foi anunciado um código de conduta para calar o ‘Familygate'”, acrescentando que “entretanto já vamos noutro ‘Gate’ e estas coisas passam sem consequência”.
Segundo a eurodeputada do PSD, “a anestesia parece geral”, recordando os apoios de detentores de cargos políticos à recandidatura de Pinto da Costa à presidência do FC Porto, também sem nomear o dirigente ou o clube. “Semelhante caso há uns meses, a norte do país, também merece repúdio”, escreveu.
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A eurodeputada do PSD Lídia Pereira escreveu no Twitter que a inclusão do primeiro-ministro e do presidente da Câmara de Lisboa na comissão de honra da recandidatura de Luís Filipe Vieira à presidência do Benfica implica uma “desconsideração ética pelos lugares que ocupam”. Mas também criticou Marcelo Rebelo de Sousa, considerando que este “ameaça com um puxão de orelhas (privado) ao primeiro-ministro, não vá o secretário-geral do PS e primeiro-ministro apoiar outra candidatura à Presidência da República”, numa referência à declaração do Chefe de Estado de que abordará esse tema na próxima reunião com António Costa.
(3/5) Entretanto o Presidente da República ameaça com um puxão de orelhas (privado) ao Primeiro-Ministro, não vá o Secretário Geral do PS e PM apoiar outra candidatura à Presidência da República. — Lídia Pereira (@lidiafopereira) September 14, 2020
Numa sucessão de mensagens escritas na manhã desta segunda-feira na rede social, a eurodeputada realça que Luís Filipe Vieira é “um candidato (e presidente em exercício) envolvido em casos de justiça e sobre quem pendem acusações muito graves”. Ainda segundo Lídia Pereira, “com estas ações dos titulares de órgãos públicos, em particular do primeiro-ministro, há uma legitimação dos alegados atos do presidente do clube e desconsideração ética pelos lugares que ocupam”.
Além de António Costa e de Fernando Medina, a comissão de honra da recandidatura de Luís Filipe Vieira inclui outros políticos que não foram identificados nas mensagens da eurodeputada, incluindo o deputado social-democrata Duarte Pacheco e o seu congénere centrista Telmo Correia.
Lídia Pereira realçou que “estes episódios passam-se em Portugal, onde há uns meses foi anunciado um código de conduta para calar o ‘Familygate'”, acrescentando que “entretanto já vamos noutro ‘Gate’ e estas coisas passam sem consequência”.
Segundo a eurodeputada do PSD, “a anestesia parece geral”, recordando os apoios de detentores de cargos políticos à recandidatura de Pinto da Costa à presidência do FC Porto, também sem nomear o dirigente ou o clube. “Semelhante caso há uns meses, a norte do país, também merece repúdio”, escreveu.