Rui Rio defende nova auditoria pública ao Novo Banco e vota a favor da comissão de inquérito do Bloco

14-11-2020
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Rui Rio entende que o Estado só deve transferir mais dinheiro para o Novo Banco depois de uma auditoria independente às contas da instituição financeira.

Em entrevista à SIC Notícias, convidado do programa "Polígrafo/SIC", Rio argumenta que o Governo tem "uma responsabilidade enorme" na gestão de todo o processo. "Não podemos dar mais um tostão ao Novo Banco enquanto não aferirmos a conta-corrente com o Novo Banco. Tenho de saber se aquelas perdas reais fazem sentido", afirmou o social-democrata.

Para Rio, aliás, o Governo deve autorizar uma auditoria de uma instituição pública, "talvez o Tribunal de Contas", devidametne "assessorado" que produza resultados que "inspirem confiança". Catarina Martins, coordenadora do Bloco de Esquerda, já tinha proposto, numa entrevista ao Expresso, uma nova auditoria pública composta por três entidades: Tribunal de Contas, Inspecção-Geral de Finanças e Banco de Portugal. Até ao momento só o Tribunal de Contas assumiu ter competências para fazer essa auditoira, se esta fosse requerida.

Defendendo que a situação o banco é "tão grave, tão grave, tão grave" que é inevitável que o Parlamento venha fazer uma nova comissão de inquérito, o líder do PSD prontificou-se a apoiar a proposta do Bloco de Esquerda nesse sentido.

Além disso, o social-democrata voltou a insistir na necessidade de o Ministério Público investigar o caso "toda esta história", referindo-se às perdas registadas durante a venda de ativos da instituição.

"OE? É um problema que não me diz respeito"

Sobre o próximo Orçamento do Estado e a ameaça de crise política que chegou a pairar à boleia das palavras de António Costa, Rui Rio voltou a dizer que foi o primeiro-ministro quem escolheu os parceiros de negociação, colocando o ónus do PS.

Perante a insistência sobre o que faria se António Costa falhasse uma acordo à esquerda, Rio repetiu que tinha sido o líder socialista a excluir, em entrevista ao Expresso, qualquer negociação com os sociais-democratas.

"[Orçamento] é um problema que não me diz respeito. Se houver uma crise política, a pessoa a quem tem de perguntar isso é ao senhor Presidente da República", sublinhou Rio.

"O CDS está em sérias dificuldades"

Quanto ao futuro político e possíveis alianças políticas, Rio voltou a reforçar a posição que tem assumido desde sempre: só admitirá entender-se com Chega se o partido de André Ventura moderar "a postura, o discurso e os projetos que submete".

"Até agora não vi o Chega a moderar-se em nada, antes a cavalgar", apontou o líder social-democrata que, noutros dois momentos da entrevista ao Polígrafo/SIC voltou a rejeitar coligações autárquicas com o partido de André Ventura e a qualificar a recente afirmação de Ventura ("Se Sá Carneiro estivesse vivo acreditava em mim") como "ridículas".

Já sobre o tradicional parceiro de coligação, o CDS, Rui Rio não deixou de lamentar o estado atual do partido liderado por Francisco Rodrigues dos Santos. "O CDS ainda não desapareceu completamente, mas está em sérias dificuldades. É muito cómodo para o PSD ter um CDS forte... agora a vida é o que é", assentiu.

Ainda assim, Rio não fechou por completo a porta à hipótese de o partido vir a apoiar uma coligação PSD/CDS à Câmara de Lisboa liderada por Paulo Portas. A hipótese tinha sido avançada por Miguel Poiares Maduro no Expresso e, na última edição, dava-se conta de que dificilmente o partido apoiaria uma solução que tivesse Portas como cabeça de lista. Rio limitou-se a dizer que tem imenso respeito pelo antigo líder do CDS.

"Paulo Portas é hoje dos políticos de referência mais bem preparados. Isto não quer dizer que o PSD o vai apoiar para a Câmara de Lisboa. Está tudo em aberto", rematou.

Rui Rio entende que o Estado só deve transferir mais dinheiro para o Novo Banco depois de uma auditoria independente às contas da instituição financeira.

Em entrevista à SIC Notícias, convidado do programa "Polígrafo/SIC", Rio argumenta que o Governo tem "uma responsabilidade enorme" na gestão de todo o processo. "Não podemos dar mais um tostão ao Novo Banco enquanto não aferirmos a conta-corrente com o Novo Banco. Tenho de saber se aquelas perdas reais fazem sentido", afirmou o social-democrata.

Para Rio, aliás, o Governo deve autorizar uma auditoria de uma instituição pública, "talvez o Tribunal de Contas", devidametne "assessorado" que produza resultados que "inspirem confiança". Catarina Martins, coordenadora do Bloco de Esquerda, já tinha proposto, numa entrevista ao Expresso, uma nova auditoria pública composta por três entidades: Tribunal de Contas, Inspecção-Geral de Finanças e Banco de Portugal. Até ao momento só o Tribunal de Contas assumiu ter competências para fazer essa auditoira, se esta fosse requerida.

Defendendo que a situação o banco é "tão grave, tão grave, tão grave" que é inevitável que o Parlamento venha fazer uma nova comissão de inquérito, o líder do PSD prontificou-se a apoiar a proposta do Bloco de Esquerda nesse sentido.

Além disso, o social-democrata voltou a insistir na necessidade de o Ministério Público investigar o caso "toda esta história", referindo-se às perdas registadas durante a venda de ativos da instituição.

"OE? É um problema que não me diz respeito"

Sobre o próximo Orçamento do Estado e a ameaça de crise política que chegou a pairar à boleia das palavras de António Costa, Rui Rio voltou a dizer que foi o primeiro-ministro quem escolheu os parceiros de negociação, colocando o ónus do PS.

Perante a insistência sobre o que faria se António Costa falhasse uma acordo à esquerda, Rio repetiu que tinha sido o líder socialista a excluir, em entrevista ao Expresso, qualquer negociação com os sociais-democratas.

"[Orçamento] é um problema que não me diz respeito. Se houver uma crise política, a pessoa a quem tem de perguntar isso é ao senhor Presidente da República", sublinhou Rio.

"O CDS está em sérias dificuldades"

Quanto ao futuro político e possíveis alianças políticas, Rio voltou a reforçar a posição que tem assumido desde sempre: só admitirá entender-se com Chega se o partido de André Ventura moderar "a postura, o discurso e os projetos que submete".

"Até agora não vi o Chega a moderar-se em nada, antes a cavalgar", apontou o líder social-democrata que, noutros dois momentos da entrevista ao Polígrafo/SIC voltou a rejeitar coligações autárquicas com o partido de André Ventura e a qualificar a recente afirmação de Ventura ("Se Sá Carneiro estivesse vivo acreditava em mim") como "ridículas".

Já sobre o tradicional parceiro de coligação, o CDS, Rui Rio não deixou de lamentar o estado atual do partido liderado por Francisco Rodrigues dos Santos. "O CDS ainda não desapareceu completamente, mas está em sérias dificuldades. É muito cómodo para o PSD ter um CDS forte... agora a vida é o que é", assentiu.

Ainda assim, Rio não fechou por completo a porta à hipótese de o partido vir a apoiar uma coligação PSD/CDS à Câmara de Lisboa liderada por Paulo Portas. A hipótese tinha sido avançada por Miguel Poiares Maduro no Expresso e, na última edição, dava-se conta de que dificilmente o partido apoiaria uma solução que tivesse Portas como cabeça de lista. Rio limitou-se a dizer que tem imenso respeito pelo antigo líder do CDS.

"Paulo Portas é hoje dos políticos de referência mais bem preparados. Isto não quer dizer que o PSD o vai apoiar para a Câmara de Lisboa. Está tudo em aberto", rematou.

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