Covid-19. Especialista não garante que confinamento no início de dezembro salve o Natal

14-11-2020
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Com alguns países europeus a optarem de novo pelo confinamento — como a Bélgica, que se juntou à França, Irlanda e País de Gales —, o Governo admite ter de seguir um caminho semelhante, ainda que em moldes diferentes do que aconteceu em março e abril. António Costa já estuda a possibilidade de confinar o país por 15 dias, os primeiros de dezembro, se for preciso uma medida de último recurso para aplanar a curva de contágio, aliviar o SNS e ‘salvar’ o Natal. As hipóteses passam, por exemplo, por fechar sectores específicos, como comércio, mas mantendo abertos os estabelecimentos de ensino.

Ao Expresso, Ricardo Mexia, presidente da Associação Nacional de Médicos de Saúde Pública, ressalva que não é possível antecipar o impacto que um confinamento mais musculado na primeira quinzena de dezembro terá. Tudo depende de duas questões de base: a situação epidemiológica com que se parte para esse confinamento e a intensidade das medidas. “Não é a mesma coisa aplicar medidas com 300 novos casos diários, três mil ou cinco mil. Ninguém sabe com certeza como vamos estar nessa altura. E mesmo com o confinamento duro, como o que foi posto em prática durante o primeiro estado de emergência, há um período em que os casos continuarão a subir. Porque haverá sempre gente a sair de casa e a ir trabalhar.”

Com alguns países europeus a optarem de novo pelo confinamento — como a Bélgica, que se juntou à França, Irlanda e País de Gales —, o Governo admite ter de seguir um caminho semelhante, ainda que em moldes diferentes do que aconteceu em março e abril. António Costa já estuda a possibilidade de confinar o país por 15 dias, os primeiros de dezembro, se for preciso uma medida de último recurso para aplanar a curva de contágio, aliviar o SNS e ‘salvar’ o Natal. As hipóteses passam, por exemplo, por fechar sectores específicos, como comércio, mas mantendo abertos os estabelecimentos de ensino.

Ao Expresso, Ricardo Mexia, presidente da Associação Nacional de Médicos de Saúde Pública, ressalva que não é possível antecipar o impacto que um confinamento mais musculado na primeira quinzena de dezembro terá. Tudo depende de duas questões de base: a situação epidemiológica com que se parte para esse confinamento e a intensidade das medidas. “Não é a mesma coisa aplicar medidas com 300 novos casos diários, três mil ou cinco mil. Ninguém sabe com certeza como vamos estar nessa altura. E mesmo com o confinamento duro, como o que foi posto em prática durante o primeiro estado de emergência, há um período em que os casos continuarão a subir. Porque haverá sempre gente a sair de casa e a ir trabalhar.”

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