Partidos realinham estratégias para crise

20-03-2020
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Tréguas à direita e à esquerda. O tempo é de união e a guerrilha está suspensa. A pandemia do novo coronavírus provocou, sobretudo à direita, um reajustamento da estratégia política: PSD e CDS estão agora menos empenhados em fazer uma oposição musculada e mais disponíveis para apoiar os socialistas. Rui Rio e Francisco Rodrigues dos Santos apreciaram a decisão de António Costa de ouvir os partidos, manifestaram vontade de ajudar em toda a linha, incluindo para aprovar um possível Orçamento retificativo, e até apresentaram contributos para o combate ao surto. Mas mantêm-se vigilantes. São nos períodos de emergência como este que se faz a prova de algodão: o Governo tem de provar que é capaz de proteger o país ou não tem condições para continuar em funções. No final, feito o balanço, todos terão de prestar contas — a começar por António Costa.

O tiro de partida foi dado por Paulo Mota Pinto, na convenção organizada pelo Movimento Europa e Liberdade (MEL), na Culturgest, em Lisboa. “Os portugueses não aceitarão álibis nem manobras de diversão”, sugeriu o presidente da Mesa de Congresso do PSD. Ontem, em entrevista ao “Público”, Telmo Correia, líder parlamentar do CDS, completou: “Mais uma vez com este Governo há dificuldade na gestão de uma crise.” Isto porque há dois aspetos que a direita não esquece: o Governo socialista nunca levou a sério as críticas feitas ao modelo económico definido por Mário Centeno; pior, tentaram sempre esvaziar os reparos que sociais-democratas e democratas-cristãos foram fazendo à gestão do Serviço Nacional de Saúde (SNS) e à falta de investimento no sector.

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Tréguas à direita e à esquerda. O tempo é de união e a guerrilha está suspensa. A pandemia do novo coronavírus provocou, sobretudo à direita, um reajustamento da estratégia política: PSD e CDS estão agora menos empenhados em fazer uma oposição musculada e mais disponíveis para apoiar os socialistas. Rui Rio e Francisco Rodrigues dos Santos apreciaram a decisão de António Costa de ouvir os partidos, manifestaram vontade de ajudar em toda a linha, incluindo para aprovar um possível Orçamento retificativo, e até apresentaram contributos para o combate ao surto. Mas mantêm-se vigilantes. São nos períodos de emergência como este que se faz a prova de algodão: o Governo tem de provar que é capaz de proteger o país ou não tem condições para continuar em funções. No final, feito o balanço, todos terão de prestar contas — a começar por António Costa.

O tiro de partida foi dado por Paulo Mota Pinto, na convenção organizada pelo Movimento Europa e Liberdade (MEL), na Culturgest, em Lisboa. “Os portugueses não aceitarão álibis nem manobras de diversão”, sugeriu o presidente da Mesa de Congresso do PSD. Ontem, em entrevista ao “Público”, Telmo Correia, líder parlamentar do CDS, completou: “Mais uma vez com este Governo há dificuldade na gestão de uma crise.” Isto porque há dois aspetos que a direita não esquece: o Governo socialista nunca levou a sério as críticas feitas ao modelo económico definido por Mário Centeno; pior, tentaram sempre esvaziar os reparos que sociais-democratas e democratas-cristãos foram fazendo à gestão do Serviço Nacional de Saúde (SNS) e à falta de investimento no sector.

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