Um Parlamento quarentão, ainda masculino e com 40% de caras novas

02-06-2020
marcar artigo

Veja também Mapa eleitoral continua cor de rosa e Parlamento ficou mais colorido

Parlamento dos pequenitos. Recorde de partidos na AR

Geringonça 2.0, hecatombes ou a revolução dos pequenos Com a quase totalidade dos votos contabilizados, faltando apenas eleger os quatro deputados representantes dos emigrantes, a primeira conclusão das legislativas de domingo é que esta vai ser uma legislatura com muitas caras novas. No total, há 94 estreantes na Assembleia da República, o correspondente a quase 41% dos assentos parlamentares, contra 132 repetentes. Excluindo, por ora, os três partidos que entram pela primeira vez no Parlamento, o destaque vai para o PSD que se renovou quase por completo, com mais novos deputados (44) do que repetentes (33). O PAN, que passou de um para quatro deputados, também tem três caras novas. O PS tem apenas 35 estreantes para 71 repetentes e a CDU três para nove. Já o Bloco de Esquerda tem seis novos deputados e 13 repetentes. O CDS é o único partido que não tem uma única cara nova, todos os cinco deputados já estiveram antes na Assembleia da República. PAN é o partido mais feminino Esta legislatura tem uma maioria de homens, com 139 deputados para apenas 87 mulheres. Ainda assim, houve mais mulheres eleitas este ano em comparação com as últimas legislativas, em 2015. Na altura apenas 75 conseguiram lugar na Assembleia da República de um total de 230.

Entre os partidos com mandatos, o PS tem 40 mulheres e 66 homens e o PSD tem apenas marginalmente mais de metade do número de mulheres do que homens, com 26 para 51. A bancada parlamentar do Bloco é quase paritária, com nove mulheres e dez homens, mas a CDU não fica muito atrás, com sete homens e cinco mulheres. Em 2015 o PS tinha eleito menos sete mulheres, o Bloco menos cinco. A CDU tinha eleito mais duas do que agora, embora a queda possa explicar-se também pela diminuição geral de deputados eleitos. Já o PSD e o CDS, que concorreram coligados em 2015, tinham eleito 27 mulheres, mais três apenas do PSD pela Madeira, uma vez que a coligação não concorreu nas ilhas. Situação inversa vive-se agora no CDS, que tem mais deputadas (3) do que deputados (2), mas o destaque vai mesmo para o PAN, onde o deputado repetente André Silva se verá agora em minoria na sua bancada, uma vez que as três deputadas estreantes que o vão ajudar a formar um grupo parlamentar são mulheres. Entre os partidos que entraram pela primeira vez no Parlamento, com apenas um deputado cada, a Iniciativa Liberal e o Chega estão representados por homens e o Livre por uma mulher. Olhando pela perspetiva dos círculos eleitorais, nenhum tem mais mulheres do que homens, mas Setúbal e Viana do Castelo têm o mesmo número.

Aos 20 anos, Leonor tomou a luta contra a abstenção em mãos. A Renascença foi com ela às urnas

Veja também Mapa eleitoral continua cor de rosa e Parlamento ficou mais colorido

Parlamento dos pequenitos. Recorde de partidos na AR

Geringonça 2.0, hecatombes ou a revolução dos pequenos Com a quase totalidade dos votos contabilizados, faltando apenas eleger os quatro deputados representantes dos emigrantes, a primeira conclusão das legislativas de domingo é que esta vai ser uma legislatura com muitas caras novas. No total, há 94 estreantes na Assembleia da República, o correspondente a quase 41% dos assentos parlamentares, contra 132 repetentes. Excluindo, por ora, os três partidos que entram pela primeira vez no Parlamento, o destaque vai para o PSD que se renovou quase por completo, com mais novos deputados (44) do que repetentes (33). O PAN, que passou de um para quatro deputados, também tem três caras novas. O PS tem apenas 35 estreantes para 71 repetentes e a CDU três para nove. Já o Bloco de Esquerda tem seis novos deputados e 13 repetentes. O CDS é o único partido que não tem uma única cara nova, todos os cinco deputados já estiveram antes na Assembleia da República. PAN é o partido mais feminino Esta legislatura tem uma maioria de homens, com 139 deputados para apenas 87 mulheres. Ainda assim, houve mais mulheres eleitas este ano em comparação com as últimas legislativas, em 2015. Na altura apenas 75 conseguiram lugar na Assembleia da República de um total de 230.

Entre os partidos com mandatos, o PS tem 40 mulheres e 66 homens e o PSD tem apenas marginalmente mais de metade do número de mulheres do que homens, com 26 para 51. A bancada parlamentar do Bloco é quase paritária, com nove mulheres e dez homens, mas a CDU não fica muito atrás, com sete homens e cinco mulheres. Em 2015 o PS tinha eleito menos sete mulheres, o Bloco menos cinco. A CDU tinha eleito mais duas do que agora, embora a queda possa explicar-se também pela diminuição geral de deputados eleitos. Já o PSD e o CDS, que concorreram coligados em 2015, tinham eleito 27 mulheres, mais três apenas do PSD pela Madeira, uma vez que a coligação não concorreu nas ilhas. Situação inversa vive-se agora no CDS, que tem mais deputadas (3) do que deputados (2), mas o destaque vai mesmo para o PAN, onde o deputado repetente André Silva se verá agora em minoria na sua bancada, uma vez que as três deputadas estreantes que o vão ajudar a formar um grupo parlamentar são mulheres. Entre os partidos que entraram pela primeira vez no Parlamento, com apenas um deputado cada, a Iniciativa Liberal e o Chega estão representados por homens e o Livre por uma mulher. Olhando pela perspetiva dos círculos eleitorais, nenhum tem mais mulheres do que homens, mas Setúbal e Viana do Castelo têm o mesmo número.

Aos 20 anos, Leonor tomou a luta contra a abstenção em mãos. A Renascença foi com ela às urnas

marcar artigo