Câmara Corporativa

21-06-2020
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1. Cavaco decidiu voltar a levar à cena o espectáculo montado e apresentado na tomada de posse.

2. De tanto apregoar a verdade, Cavaco esqueceu-se de a praticar: “Nessas audiências, todos os partidos políticos, sem excepção, expressaram a opinião de que, no actual quadro parlamentar, não é possível gerar uma outra solução de governo com condições para resolver os problemas do País.

Os partidos reafirmaram, aliás, a posição que haviam tomado quando os ouvi em Outubro de 2009, na sequência das eleições desse ano. Em consequência, todos defenderam a dissolução da Assembleia da República e a realização de eleições legislativas.”Como o Presidente da República se recordará se fizer um esforço, o PS propôs conversações a todos os partidos representados no parlamento para a formação do governo em 2009, mas eles recusaram liminarmente.

3. A posição de mestre-escola que assumiu na sua declaração — pretendendo dizer aos partidos o que devem ou não fazer — revela que Cavaco sabe que em política o efeito de boomerang é devastador.

4. Não tendo mexido uma palha para evitar a crise política, Cavaco quer agora que o Governo de gestão assuma compromissos externos que a Assembleia da República recusou há dias — provavelmente em condições mais gravosas pela passagem do tempo.


1. Cavaco decidiu voltar a levar à cena o espectáculo montado e apresentado na tomada de posse.

2. De tanto apregoar a verdade, Cavaco esqueceu-se de a praticar: “Nessas audiências, todos os partidos políticos, sem excepção, expressaram a opinião de que, no actual quadro parlamentar, não é possível gerar uma outra solução de governo com condições para resolver os problemas do País.

Os partidos reafirmaram, aliás, a posição que haviam tomado quando os ouvi em Outubro de 2009, na sequência das eleições desse ano. Em consequência, todos defenderam a dissolução da Assembleia da República e a realização de eleições legislativas.”Como o Presidente da República se recordará se fizer um esforço, o PS propôs conversações a todos os partidos representados no parlamento para a formação do governo em 2009, mas eles recusaram liminarmente.

3. A posição de mestre-escola que assumiu na sua declaração — pretendendo dizer aos partidos o que devem ou não fazer — revela que Cavaco sabe que em política o efeito de boomerang é devastador.

4. Não tendo mexido uma palha para evitar a crise política, Cavaco quer agora que o Governo de gestão assuma compromissos externos que a Assembleia da República recusou há dias — provavelmente em condições mais gravosas pela passagem do tempo.

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