Sociologias: A dança das cadeiras

17-12-2019
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Manuel António Pina 
A acusação do PS à maioria PSD/CDS de que está a colocar "boys" em lugares de topo na Administração Pública ultrapassa os limites do despudor, mesmo não sendo o pudor coisa habitualmente abundante na arenga político-partidária. É certo que Sónia Fertuzinhos, vice-presidente da bancada parlamentar socialista, justifica a indignação do PS com o facto de PSD e CDS terem recentemente feito aprovar uma lei que prevê que os cargos na Administração Pública sejam providos por uma espécie de simulacro de concurso e, antes que a sua própria lei entre em vigor, estarem a apressar-se a meter quantos "boys" podem em tudo o que é Estado (o mais recente bodo foi nas administrações hospitalares e no IEFP e centros regionais da Segurança Social).
Só que aquilo que PSD e CDS agora fazem é o mesmo que antes fez o PS (na altura eram PSD e CDS que se mostravam indignados), quando teve, como PSD e CDS hoje têm, a mesa do Orçamento por sua conta.
A actual fornada de "boys" do PSD e CDS só vem substituir a fornada do PS, sendo que, para os contribuintes pagantes, tanto faz pagar a uns como pagar a outros. Sónia Fertuzinhos não fala, pois, para o país, mas para dentro do seu partido, e a sua indignação deve ser entendida como mera expressão de solidariedade com todos os camaradas que acabaram de ficar sem os lugares que, se Deus e os eleitores quiserem (e normalmente querem), recuperarão mal o PS volte a ser Governo.
http://www.jn.pt/Opiniao/default.aspx?content_id=2169737&opiniao=Manuel%20Ant%F3nio%20Pina


Manuel António Pina 
A acusação do PS à maioria PSD/CDS de que está a colocar "boys" em lugares de topo na Administração Pública ultrapassa os limites do despudor, mesmo não sendo o pudor coisa habitualmente abundante na arenga político-partidária. É certo que Sónia Fertuzinhos, vice-presidente da bancada parlamentar socialista, justifica a indignação do PS com o facto de PSD e CDS terem recentemente feito aprovar uma lei que prevê que os cargos na Administração Pública sejam providos por uma espécie de simulacro de concurso e, antes que a sua própria lei entre em vigor, estarem a apressar-se a meter quantos "boys" podem em tudo o que é Estado (o mais recente bodo foi nas administrações hospitalares e no IEFP e centros regionais da Segurança Social).
Só que aquilo que PSD e CDS agora fazem é o mesmo que antes fez o PS (na altura eram PSD e CDS que se mostravam indignados), quando teve, como PSD e CDS hoje têm, a mesa do Orçamento por sua conta.
A actual fornada de "boys" do PSD e CDS só vem substituir a fornada do PS, sendo que, para os contribuintes pagantes, tanto faz pagar a uns como pagar a outros. Sónia Fertuzinhos não fala, pois, para o país, mas para dentro do seu partido, e a sua indignação deve ser entendida como mera expressão de solidariedade com todos os camaradas que acabaram de ficar sem os lugares que, se Deus e os eleitores quiserem (e normalmente querem), recuperarão mal o PS volte a ser Governo.
http://www.jn.pt/Opiniao/default.aspx?content_id=2169737&opiniao=Manuel%20Ant%F3nio%20Pina

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