Maria João Marques

15-11-2019
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Raríssimos políticos

On Dezembro 16, 2017 Por Maria João MarquesIn Política, Portugal, PS6 Comentários

O meu texto desta semana no Observador.
‘A TVI fez uma reportagem denunciando más práticas várias na Raríssimas. É uma IPSS com trabalho meritório, e os indícios de desvarios que lá se passaram serão investigados pelo Ministério Público e pela tutela. Mas este caso também nos permitiu ver alguns querubins da nossa política que se envolvem com instituições que recebem dinheiro dos contribuintes. Motivados, claro, apenas pelo mais assolapado amor pelo próximo.
Temos um secretário de estado da Saúde (demitiu-se; aleluia) que achou razoável receber três mil euros mensais, por largos meses, de uma instituição de solidariedade com problemas financeiros. Por trabalho vago de consultoria. Tirando casos muito particulares de trabalho a tempo inteiro, bastante especializado e com alto valor de mercado, que tipo de político considera adequado, num país onde toda a gente está sempre à míngua de fundos, receber um complemento do ordenado de milhares de euros de uma IPSS?
Temos a deputada socialista Sónia Fertuzinhos, mulher do ministro que fornece centenas de milhar de euros anuais à Raríssimas, sendo escolhida pela dita Raríssimas para uma alegre viagem a um país nórdico. (É indiferente se foi a IPSS que pagou a viagem ou se simplesmente escolheu a deputada para beneficiária do presente dos organizadores do evento.) Como é possível um político eleito não ver conflito de interesses?’
O texto completo aqui.

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Raríssimos políticos

On Dezembro 16, 2017 Por Maria João MarquesIn Política, Portugal, PS6 Comentários

O meu texto desta semana no Observador.
‘A TVI fez uma reportagem denunciando más práticas várias na Raríssimas. É uma IPSS com trabalho meritório, e os indícios de desvarios que lá se passaram serão investigados pelo Ministério Público e pela tutela. Mas este caso também nos permitiu ver alguns querubins da nossa política que se envolvem com instituições que recebem dinheiro dos contribuintes. Motivados, claro, apenas pelo mais assolapado amor pelo próximo.
Temos um secretário de estado da Saúde (demitiu-se; aleluia) que achou razoável receber três mil euros mensais, por largos meses, de uma instituição de solidariedade com problemas financeiros. Por trabalho vago de consultoria. Tirando casos muito particulares de trabalho a tempo inteiro, bastante especializado e com alto valor de mercado, que tipo de político considera adequado, num país onde toda a gente está sempre à míngua de fundos, receber um complemento do ordenado de milhares de euros de uma IPSS?
Temos a deputada socialista Sónia Fertuzinhos, mulher do ministro que fornece centenas de milhar de euros anuais à Raríssimas, sendo escolhida pela dita Raríssimas para uma alegre viagem a um país nórdico. (É indiferente se foi a IPSS que pagou a viagem ou se simplesmente escolheu a deputada para beneficiária do presente dos organizadores do evento.) Como é possível um político eleito não ver conflito de interesses?’
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