Risco Contínuo

09-12-2019
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João Eduardo Severino, 03.12.08

Nas noites da SIC-Notícias, ali entre as 10 e as 11 como se costuma dizer, a chamada 'princesa' da estação, Ana Lourenço, aparece rodeada de uns comentadores muito compenetrados do seu papel para debaterem os mais diversos temas. Ontem, lá estavam o Ricardo Costa (quando é que ele vai para o Expresso que já farta), o omnipresente Delgado, o Rui Tavares e uma senhora que não deu para ver o seu nome. Discutiam política, os partidos, o PS, o PSD, a força de Manuel Alegre, um novo partido, o passado, o presente, o futuro, ultrapassavam-se uns aos outros, pela direita, pela esquerda, a 'princesa' intervinha e mudava a agulha, mas o disco era sempre o mesmo. Até que, de repente, quando eu já estava a dormitar no sofá, eis que a senhora convidada levantou a voz (deve ter sido por isso que abri os olhos) para Rui Tavares e desancou num contraditório nu e cru. O Tavares tinha dito uma 'blasfémia' no entender da vizinha do lado. O cronista do Público tinha afirmado que em tempos tivemos um partido, o PRD, que roubou imensos votos à esquerda do PS. Foi aí que a comentadora saltou-lhe em cima (salvo seja) e desmentiu, em directo e ao vivo, o colega de função: "Não senhor, estás enganado, não é nada disso! O PRD roubou votos foi ao centro nunca à esquerda...". Nem com a tal 'princesa' conseguimos ter noites interessantes...

João Eduardo Severino, 03.12.08

Nas noites da SIC-Notícias, ali entre as 10 e as 11 como se costuma dizer, a chamada 'princesa' da estação, Ana Lourenço, aparece rodeada de uns comentadores muito compenetrados do seu papel para debaterem os mais diversos temas. Ontem, lá estavam o Ricardo Costa (quando é que ele vai para o Expresso que já farta), o omnipresente Delgado, o Rui Tavares e uma senhora que não deu para ver o seu nome. Discutiam política, os partidos, o PS, o PSD, a força de Manuel Alegre, um novo partido, o passado, o presente, o futuro, ultrapassavam-se uns aos outros, pela direita, pela esquerda, a 'princesa' intervinha e mudava a agulha, mas o disco era sempre o mesmo. Até que, de repente, quando eu já estava a dormitar no sofá, eis que a senhora convidada levantou a voz (deve ter sido por isso que abri os olhos) para Rui Tavares e desancou num contraditório nu e cru. O Tavares tinha dito uma 'blasfémia' no entender da vizinha do lado. O cronista do Público tinha afirmado que em tempos tivemos um partido, o PRD, que roubou imensos votos à esquerda do PS. Foi aí que a comentadora saltou-lhe em cima (salvo seja) e desmentiu, em directo e ao vivo, o colega de função: "Não senhor, estás enganado, não é nada disso! O PRD roubou votos foi ao centro nunca à esquerda...". Nem com a tal 'princesa' conseguimos ter noites interessantes...

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