Costa diz que barragens do Tâmega são estratégicas para fecho de centrais a carvão

01-02-2020
marcar artigo

O primeiro-ministro, António Costa, afirmou esta terça-feira, em Ribeira de Pena, que o Sistema Eletroprodutor do Tâmega é “estratégico” para permitir o encerramento das duas centrais a carvão ainda em funcionamento, a do Pego em 2021 e Sines em 2023.

Para o ano encerraremos a central de carvão do Pego, mas só em 2023 encerraremos a de Sines, porque só em 2023 poderemos contar para a segurança do abastecimento energético do país com o pleno funcionamento do sistema que aqui está a ser construído”, disse o chefe do Governo.

António Costa falava em Ribeira de Pena, distrito de Vila Real, após uma visita à barragem de Daivões e à subestação de Gouvães, inseridas no Sistema Eletroprodutor do Tâmega, um dos maiores complexos hidroelétricos que está a ser construído em Portugal.

O primeiro-ministro admitiu ter vivido uma “manhã feliz” nesta visita a Ribeira de Pena, onde diz que existirá “grande bateria natural”.

E salientou: “Porque a reserva que aqui constituímos é a reserva que pode satisfazer as nossas necessidades energéticas naqueles dias em que não há sol, vento e em que possamos ter menor caudal de água disponível”.

Para Costa, esta é uma “reserva estratégica” também para a desativação, ainda nesta legislatura, “das duas centrais a carvão que estão a ser utilizadas. “Fizemos depender precisamente o encerramento da última dessas centrais da conclusão e da plena entrada em funcionamento deste sistema”, frisou.

Nas três barragens que estão a ser construídas no Alto Tâmega, Daivões e Gouvães irá ser produzido “6% do consumo nacional”.

A sua capacidade de armazenamento vai assegurar a estabilidade e segurança do consumo que nos permite cumprir com segurança esta meta de encerrarmos, nos próximos três anos, as duas centrais a carvão de que ainda dependemos”, salientou.

Costa considerou “impressionante” ver o que está a acontecer naquele território e “verificar como se pode transformar e aproveitar a nossa natureza para produzir algo que é absolutamente essencial para o dia-a-dia e para o desenvolvimento económico, a energia”, salientou.

O primeiro-ministro lembrou que Portugal tem “uma meta muito ambiciosa” e frisou que foi o “primeiro país do mundo a assumir, logo em 2016, o compromisso da neutralidade carbónica em 2050 e a aprovar, no ano passado, um roteiro integrado para alcançar este objetivo”.

“É também um país que tem uma grande necessidade. É um dos países que mais afetado poderá ser pelas alterações climáticas: erosão costeira, pela seca e pelo elevado risco de incêndio florestal”, destacou.

E, para Costa, se o país quer alcançar a “meta de ter uma redução de 50% das emissões em 2030, ainda tem que fazer um percurso de 36% relativamente à situação atual”.

“Para que isso aconteça é fundamental trabalharmos na área da energia e a meta que temos também é ambiciosa. Hoje já temos 54, 55% da nossa eletricidade fonte em energias renováveis, mas temos que chegar a 2030 com 80%“, salientou.

Barragens do Tâmega são “bateria” que compensa intermitência das renováveis, diz ministro

O ministro do Ambiente e da Ação Climática afirmou também que as barragens do Tâmega representam “uma bateria” que permite compensar a intermitência das fontes renováveis.

“Para termos, em 2030, 80% da eletricidade que consumimos tendo como fonte uma fonte renovável, é absolutamente necessário nós termos um bateria que permita compensar exatamente aquilo que é a intermitência dessas fontes renováveis”, afirmou João Pedro Matos Fernandes, após uma visita ao Sistema Eletroprodutor do Tâmega (SET).

O SET, que inclui as barragens de Daivões, de Gouvães e do Alto Tâmega é um dos maiores projetos hidroelétricos na Europa nos últimos 25 anos, contemplando um investimento de 1.500 milhões de euros.

Durante muito tempo acreditou-se que essas baterias teriam de ser de origem fóssil, tinha que ser o carvão, o gás, pois não é verdade”, afirmou Matos Fernandes,

O ministro frisou que “essas baterias podem ser feitas afinal com o capital natural que Portugal tem e, por isso, a relevância deste conjunto de albufeiras”.

A comitiva que incluiu o primeiro-ministro português, António Costa, e o presidente da Iberdrola, Ignacio Galán, visitou os trabalhos de execução daquela a que chamam a “gigabateria do Tâmega”, e que, segundo a elétrica espanhola, é “um dos maiores armazenamentos de energia da Europa”.

Esta infraestrutura renovável terá capacidade de armazenamento suficiente para fornecer energia limpa a “dois milhões de casas portuguesas” durante um dia inteiro, o que, de acordo com Ignacio Galán, “contribuirá para os objetivos de redução de emissões fixados pelo Governo português”.

Os três aproveitamentos hidroelétricos que integram a “gigabateria do Tâmega”(Gouvães, Daivões e Alto Tâmega), totalizam uma potência de 1.158 megawats (MW).

A tecnologia de bombagem hidroelétrica que será usada no empreendimento “será fundamental”, como explicou a Iberdrola, “para garantir a estabilidade do sistema elétrico perante a intermitência das outras fontes de energia renováveis, como eólica ou a solar fotovoltaica, que são chamadas a desempenhar um papel fundamental na transição energética que levará à descarbonização da economia”.

De acordo com a empresa, os trabalhos, que começaram em 2014, já estão concluídos em dois terços. A Iberdrola estima a sua conclusão em 2023, sendo que o aproveitamento de Gouvães e Daivões entrará em operação já em finais de 2021.

O primeiro-ministro, António Costa, afirmou esta terça-feira, em Ribeira de Pena, que o Sistema Eletroprodutor do Tâmega é “estratégico” para permitir o encerramento das duas centrais a carvão ainda em funcionamento, a do Pego em 2021 e Sines em 2023.

Para o ano encerraremos a central de carvão do Pego, mas só em 2023 encerraremos a de Sines, porque só em 2023 poderemos contar para a segurança do abastecimento energético do país com o pleno funcionamento do sistema que aqui está a ser construído”, disse o chefe do Governo.

António Costa falava em Ribeira de Pena, distrito de Vila Real, após uma visita à barragem de Daivões e à subestação de Gouvães, inseridas no Sistema Eletroprodutor do Tâmega, um dos maiores complexos hidroelétricos que está a ser construído em Portugal.

O primeiro-ministro admitiu ter vivido uma “manhã feliz” nesta visita a Ribeira de Pena, onde diz que existirá “grande bateria natural”.

E salientou: “Porque a reserva que aqui constituímos é a reserva que pode satisfazer as nossas necessidades energéticas naqueles dias em que não há sol, vento e em que possamos ter menor caudal de água disponível”.

Para Costa, esta é uma “reserva estratégica” também para a desativação, ainda nesta legislatura, “das duas centrais a carvão que estão a ser utilizadas. “Fizemos depender precisamente o encerramento da última dessas centrais da conclusão e da plena entrada em funcionamento deste sistema”, frisou.

Nas três barragens que estão a ser construídas no Alto Tâmega, Daivões e Gouvães irá ser produzido “6% do consumo nacional”.

A sua capacidade de armazenamento vai assegurar a estabilidade e segurança do consumo que nos permite cumprir com segurança esta meta de encerrarmos, nos próximos três anos, as duas centrais a carvão de que ainda dependemos”, salientou.

Costa considerou “impressionante” ver o que está a acontecer naquele território e “verificar como se pode transformar e aproveitar a nossa natureza para produzir algo que é absolutamente essencial para o dia-a-dia e para o desenvolvimento económico, a energia”, salientou.

O primeiro-ministro lembrou que Portugal tem “uma meta muito ambiciosa” e frisou que foi o “primeiro país do mundo a assumir, logo em 2016, o compromisso da neutralidade carbónica em 2050 e a aprovar, no ano passado, um roteiro integrado para alcançar este objetivo”.

“É também um país que tem uma grande necessidade. É um dos países que mais afetado poderá ser pelas alterações climáticas: erosão costeira, pela seca e pelo elevado risco de incêndio florestal”, destacou.

E, para Costa, se o país quer alcançar a “meta de ter uma redução de 50% das emissões em 2030, ainda tem que fazer um percurso de 36% relativamente à situação atual”.

“Para que isso aconteça é fundamental trabalharmos na área da energia e a meta que temos também é ambiciosa. Hoje já temos 54, 55% da nossa eletricidade fonte em energias renováveis, mas temos que chegar a 2030 com 80%“, salientou.

Barragens do Tâmega são “bateria” que compensa intermitência das renováveis, diz ministro

O ministro do Ambiente e da Ação Climática afirmou também que as barragens do Tâmega representam “uma bateria” que permite compensar a intermitência das fontes renováveis.

“Para termos, em 2030, 80% da eletricidade que consumimos tendo como fonte uma fonte renovável, é absolutamente necessário nós termos um bateria que permita compensar exatamente aquilo que é a intermitência dessas fontes renováveis”, afirmou João Pedro Matos Fernandes, após uma visita ao Sistema Eletroprodutor do Tâmega (SET).

O SET, que inclui as barragens de Daivões, de Gouvães e do Alto Tâmega é um dos maiores projetos hidroelétricos na Europa nos últimos 25 anos, contemplando um investimento de 1.500 milhões de euros.

Durante muito tempo acreditou-se que essas baterias teriam de ser de origem fóssil, tinha que ser o carvão, o gás, pois não é verdade”, afirmou Matos Fernandes,

O ministro frisou que “essas baterias podem ser feitas afinal com o capital natural que Portugal tem e, por isso, a relevância deste conjunto de albufeiras”.

A comitiva que incluiu o primeiro-ministro português, António Costa, e o presidente da Iberdrola, Ignacio Galán, visitou os trabalhos de execução daquela a que chamam a “gigabateria do Tâmega”, e que, segundo a elétrica espanhola, é “um dos maiores armazenamentos de energia da Europa”.

Esta infraestrutura renovável terá capacidade de armazenamento suficiente para fornecer energia limpa a “dois milhões de casas portuguesas” durante um dia inteiro, o que, de acordo com Ignacio Galán, “contribuirá para os objetivos de redução de emissões fixados pelo Governo português”.

Os três aproveitamentos hidroelétricos que integram a “gigabateria do Tâmega”(Gouvães, Daivões e Alto Tâmega), totalizam uma potência de 1.158 megawats (MW).

A tecnologia de bombagem hidroelétrica que será usada no empreendimento “será fundamental”, como explicou a Iberdrola, “para garantir a estabilidade do sistema elétrico perante a intermitência das outras fontes de energia renováveis, como eólica ou a solar fotovoltaica, que são chamadas a desempenhar um papel fundamental na transição energética que levará à descarbonização da economia”.

De acordo com a empresa, os trabalhos, que começaram em 2014, já estão concluídos em dois terços. A Iberdrola estima a sua conclusão em 2023, sendo que o aproveitamento de Gouvães e Daivões entrará em operação já em finais de 2021.

marcar artigo