“Vidas não têm prazo de validade”. O que já se sabe sobre o plano preliminar de vacinação da DGS? – O Jornal Económico

27-11-2020
marcar artigo

Se a proposta preliminar da comissão de especialistas nomeada pela Direcção-Geral da Saúde (DGS) for aprovada, Portugal deverá ter um plano de vacinação oficial nas próximas semanas.

Para já, o que se sabe é que as pessoas entre os 50 e os 75 anos com doenças graves, como insuficiência cardíaca, respiratória e renal, os funcionários e utentes de lares de idosos sem limite de idade, os profissionais de saúde envolvidos na prestação direta de cuidados e 45 mil elementos das forças de segurança deverão ser os primeiros a ser vacinados contra a Covid-19 em Portugal. Serão cerca de 250 mil pessoas em cada um destes grupos, portanto, um total que rondará 750 mil, na primeira fase do processo de vacinação.

O plano preliminar da DGS para a vacinação, avançado pelo “Público” e o “Expresso“, esta sexta-feira, deixa as pessoas com mais de 75 anos para o fim do grupo de prioridades para a vacinação contra o novo coronavírus.

O Governo já veio a público garantir que a estratégia “ainda não foi discutida com o Ministério da Saúde nem validada politicamente” e que as “informações vindas a público estão incluídas num documento meramente técnico e são parcelares e desatualizadas”. A proposta preliminar vai ainda ser discutida com a task force nomeada esta semana, coordenada pelo ex-secretário de Estado da Saúde Francisco Ramos, e que está encarregada de delinear todo o plano da vacinação contra a Covid-19, nomeadamente as questões logísticas, como o armazenamento, a distribuição e os locais de vacinação, bem como a estratégia de vacinação, de segurança e de comunicação com a população.

Em reação, o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, considerou ser “uma ideia tonta” a proposta para que os mais idosos não seja prioritários na vacinação contra a CCovid-19, sublinhando que ainda “não há plano nenhum aprovado”.

“Não há decisão nenhuma, muito menos há uma decisão que seja uma decisão tonta”, afirmou o chefe de Estado, em declarações à agência Lusa, à entrada para um almoço com empresários da restauração, em Évora.

Marcelo Rebelo de Sousa disse que tem acompanhado com o primeiro-ministro os trabalhos preparatórios do plano de vacinação para a covid-19 e vincou que o documento, “antes de ser aprovado, tem de ser submetido ao Governo” e, depois, “o primeiro-ministro dará conhecimento ao Presidente da República”.

Por sua vez, António Costa descartou, esta manhã, a ideia de deixar os idosos fora do acesso prioritário à vacina alegando que “há critérios técnicos que nunca poderão ser aceites pelos responsáveis políticos”.

“Não é admissível desistir de proteger a vida em função da idade. As vidas não têm prazo de validade”, declarou o primeiro-ministro, esta sexta-feira, à “TSF”, numa mensagem também partilhada na sua conta oficial de Twitter, depois de questionado sobre a possibilidade de todos os maiores de 75 anos sem comorbilidades ficarem de fora do acesso prioritário à vacina contra o novo coronavírus.

Há critérios técnicos que nunca poderão ser aceites pelos responsáveis políticos. Não é admissível desistir de proteger a vida em função da idade. As vidas não têm prazo de validade. — António Costa (@antoniocostapm) November 27, 2020

Em seguida, o secretário de Estado da Saúde afirma que as “faixas mais vulneráveis sempre foram uma prioridade para este Governo” e que “não seria agora que a idade seria um limite para a vacinação” contra a Covid-19. Lacerda Sales, ressalvou que este trata-se de uma proposta preliminar e que ainda não foi aprovada pelo Governo.

O governante sustenta que Portugal fechou contratos com a AstraZeneca, Pfizer, Johnson&Johnson e a Sanofi, estabelecendo a entrega de 16 milhões de doses, um valor que sobe quando se adiciona as doses dos contratos que apenas estão aprovados e não encerrados.

No mesmo dia, a ministra da Presidência, Mariana Vieira da Silva, afirmou que o documento técnico “já está desactualizado” e que o processo de elaboração do plano vai continuar “nos próximos dias”.

Estas questões ainda vão ser definidas pela task force que tem um mês, até à antevéspera de natal, para apresentar o plano de vacinação, de acordo com o despacho conjunto (ministérios da Defesa, da Administração Interna e da Saúde) que foi publicado esta quinta-feira em Diário da República. No seu núcleo duro, o grupo inclui representantes da DGS, do Infarmed (Autoridade Nacional do Medicamento), das Forças Armadas e da Protecção Civil, contando ainda com o apoio técnico de outras entidades.

Com um mandato de seis meses, renovável se necessário, o grupo tem 30 dias para entregar os documentos necessários para definir o plano de vacinação, no que diz respeito a toda a logística (armazenamento e distribuição das diferentes vacinas) e à estratégia (identificação dos grupos prioritários, monitorização de resultados e reacções adversas). Terá ainda que definir um plano de comunicação com a população e disponibilizar informação “objectiva, clara e transparente sobre o processo”, especifica-se no despacho.

Se a proposta preliminar da comissão de especialistas nomeada pela Direcção-Geral da Saúde (DGS) for aprovada, Portugal deverá ter um plano de vacinação oficial nas próximas semanas.

Para já, o que se sabe é que as pessoas entre os 50 e os 75 anos com doenças graves, como insuficiência cardíaca, respiratória e renal, os funcionários e utentes de lares de idosos sem limite de idade, os profissionais de saúde envolvidos na prestação direta de cuidados e 45 mil elementos das forças de segurança deverão ser os primeiros a ser vacinados contra a Covid-19 em Portugal. Serão cerca de 250 mil pessoas em cada um destes grupos, portanto, um total que rondará 750 mil, na primeira fase do processo de vacinação.

O plano preliminar da DGS para a vacinação, avançado pelo “Público” e o “Expresso“, esta sexta-feira, deixa as pessoas com mais de 75 anos para o fim do grupo de prioridades para a vacinação contra o novo coronavírus.

O Governo já veio a público garantir que a estratégia “ainda não foi discutida com o Ministério da Saúde nem validada politicamente” e que as “informações vindas a público estão incluídas num documento meramente técnico e são parcelares e desatualizadas”. A proposta preliminar vai ainda ser discutida com a task force nomeada esta semana, coordenada pelo ex-secretário de Estado da Saúde Francisco Ramos, e que está encarregada de delinear todo o plano da vacinação contra a Covid-19, nomeadamente as questões logísticas, como o armazenamento, a distribuição e os locais de vacinação, bem como a estratégia de vacinação, de segurança e de comunicação com a população.

Em reação, o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, considerou ser “uma ideia tonta” a proposta para que os mais idosos não seja prioritários na vacinação contra a CCovid-19, sublinhando que ainda “não há plano nenhum aprovado”.

“Não há decisão nenhuma, muito menos há uma decisão que seja uma decisão tonta”, afirmou o chefe de Estado, em declarações à agência Lusa, à entrada para um almoço com empresários da restauração, em Évora.

Marcelo Rebelo de Sousa disse que tem acompanhado com o primeiro-ministro os trabalhos preparatórios do plano de vacinação para a covid-19 e vincou que o documento, “antes de ser aprovado, tem de ser submetido ao Governo” e, depois, “o primeiro-ministro dará conhecimento ao Presidente da República”.

Por sua vez, António Costa descartou, esta manhã, a ideia de deixar os idosos fora do acesso prioritário à vacina alegando que “há critérios técnicos que nunca poderão ser aceites pelos responsáveis políticos”.

“Não é admissível desistir de proteger a vida em função da idade. As vidas não têm prazo de validade”, declarou o primeiro-ministro, esta sexta-feira, à “TSF”, numa mensagem também partilhada na sua conta oficial de Twitter, depois de questionado sobre a possibilidade de todos os maiores de 75 anos sem comorbilidades ficarem de fora do acesso prioritário à vacina contra o novo coronavírus.

Há critérios técnicos que nunca poderão ser aceites pelos responsáveis políticos. Não é admissível desistir de proteger a vida em função da idade. As vidas não têm prazo de validade. — António Costa (@antoniocostapm) November 27, 2020

Em seguida, o secretário de Estado da Saúde afirma que as “faixas mais vulneráveis sempre foram uma prioridade para este Governo” e que “não seria agora que a idade seria um limite para a vacinação” contra a Covid-19. Lacerda Sales, ressalvou que este trata-se de uma proposta preliminar e que ainda não foi aprovada pelo Governo.

O governante sustenta que Portugal fechou contratos com a AstraZeneca, Pfizer, Johnson&Johnson e a Sanofi, estabelecendo a entrega de 16 milhões de doses, um valor que sobe quando se adiciona as doses dos contratos que apenas estão aprovados e não encerrados.

No mesmo dia, a ministra da Presidência, Mariana Vieira da Silva, afirmou que o documento técnico “já está desactualizado” e que o processo de elaboração do plano vai continuar “nos próximos dias”.

Estas questões ainda vão ser definidas pela task force que tem um mês, até à antevéspera de natal, para apresentar o plano de vacinação, de acordo com o despacho conjunto (ministérios da Defesa, da Administração Interna e da Saúde) que foi publicado esta quinta-feira em Diário da República. No seu núcleo duro, o grupo inclui representantes da DGS, do Infarmed (Autoridade Nacional do Medicamento), das Forças Armadas e da Protecção Civil, contando ainda com o apoio técnico de outras entidades.

Com um mandato de seis meses, renovável se necessário, o grupo tem 30 dias para entregar os documentos necessários para definir o plano de vacinação, no que diz respeito a toda a logística (armazenamento e distribuição das diferentes vacinas) e à estratégia (identificação dos grupos prioritários, monitorização de resultados e reacções adversas). Terá ainda que definir um plano de comunicação com a população e disponibilizar informação “objectiva, clara e transparente sobre o processo”, especifica-se no despacho.

marcar artigo