PUXAPALAVRA: Equilíbrios espantosos (3)

02-09-2020
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De todos os actos públicos em que o 1º Ministro usou da palavra (o que deixa de fora naturalmente as reuniões e outras cerimónias a que faltou, tão despiciendas como a posse dos novos membros do Conselho de Estado...), o mais politicamente significativo foi, sem sombra de dúvida, o da intervenção televisionada no almoço de natal do Grupo Parlamentar do PS.

Particularmente, a tirada em que elogiou Francisco Assis, Ricardo Rodrigues e Sérgio Sousa Pinto.

Seguindo as palavras do Secretário Geral do PS, as personalidades destes três deputados socialistas trouxeram ao debate político a qualidade que às vezes falta às nossas pachorrentas discussões.

É curioso.

Quem acompanhou de perto a actividade política de Francisco Assis antes de assumir a presidência do grupo parlamentar socialista, poderia ter gostado dele. Batia-se até à exaustão pela sua dama, com firmeza e acutilância, argumentação bem montada, mas nada de comparável aos sucessivos fretes, fintas e tristes faenas a que se tem obrigado nas novas funções.

Ricardo Rodrigues batalhou recentemente, nos tribunais, contra um jornalista do Açoreano Oriental que o acusara de pertencer a um gang, coisa que o Tribunal da Relação deu como provada, ilibando o jornalista e não descortinando nas peças que escreveu quaisquer inverdades difamantes.

Sérgio Sousa Pinto deu que falar, não há muito, devido a uma intervenção endereçada a Belém, sem novidade nem chama.

Não surpreende que José Sócrates se declare persuadido de que as contribuições de Assis, Rodrigues e Pinto fazem furor na cena política. Os quatro anos e tal de maioria absoluta moldaram nele o dirigente que parece levar os slogans a sério e a discussão como ofensa.

De todos os actos públicos em que o 1º Ministro usou da palavra (o que deixa de fora naturalmente as reuniões e outras cerimónias a que faltou, tão despiciendas como a posse dos novos membros do Conselho de Estado...), o mais politicamente significativo foi, sem sombra de dúvida, o da intervenção televisionada no almoço de natal do Grupo Parlamentar do PS.

Particularmente, a tirada em que elogiou Francisco Assis, Ricardo Rodrigues e Sérgio Sousa Pinto.

Seguindo as palavras do Secretário Geral do PS, as personalidades destes três deputados socialistas trouxeram ao debate político a qualidade que às vezes falta às nossas pachorrentas discussões.

É curioso.

Quem acompanhou de perto a actividade política de Francisco Assis antes de assumir a presidência do grupo parlamentar socialista, poderia ter gostado dele. Batia-se até à exaustão pela sua dama, com firmeza e acutilância, argumentação bem montada, mas nada de comparável aos sucessivos fretes, fintas e tristes faenas a que se tem obrigado nas novas funções.

Ricardo Rodrigues batalhou recentemente, nos tribunais, contra um jornalista do Açoreano Oriental que o acusara de pertencer a um gang, coisa que o Tribunal da Relação deu como provada, ilibando o jornalista e não descortinando nas peças que escreveu quaisquer inverdades difamantes.

Sérgio Sousa Pinto deu que falar, não há muito, devido a uma intervenção endereçada a Belém, sem novidade nem chama.

Não surpreende que José Sócrates se declare persuadido de que as contribuições de Assis, Rodrigues e Pinto fazem furor na cena política. Os quatro anos e tal de maioria absoluta moldaram nele o dirigente que parece levar os slogans a sério e a discussão como ofensa.

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