“Querem que a gente mantenha a distância mas não conseguimos”

05-07-2020
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Mais um dia que começa na Linha de Sintra. Passam os primeiros comboios: não vão cheios, mas já levam os lugares sentados quase todos ocupados e há mais gente do que quando fizemos o trajeto, há duas semanas. Na Amadora, Teresa Gomes e Sandra Pereira esperam o segundo comboio da manhã para o Oriente, com o relógio da estação a bater nas 6h29. Garantem que vão cada vez mais apertadas. “Querem que a gente mantenha a distância, mas não conseguimos”, diz Teresa, que admite que não é assim com todos os comboios, mas nos que têm de apanhar de manhã falta espaço para as recomendações que tanto se ouvem em tempo de pandemia. Trabalha num centro de dia nas Galinheiras e tem pelo menos uma hora de viagem pela frente: primeiro, o comboio; depois, metro até ao Campo Grande e autocarro. O pior é o comboio, diz. Eurico espera o comboio para o Rossio: tem feito o percurso dia sim, dia não, uma vez que a empresa onde trabalha tem o pessoal escalado em dias alternados para reduzir a concentração. Opta por ir de pé no comboio e não tem sentido dificuldades, mas acha que os autocarros estão agora melhores. “Cheguei a ouvir que era para deixar entrar mais pessoas, e agora entram meia dúzia e não deixam entrar mais. Está a haver mais cuidado”.

O comboio para o Oriente chega à hora marcada e já não há lugares sentados. “Se vamos esperar pelo seguinte, perdemos o autocarro e chegamos tarde ao trabalho”, justifica Teresa. Os minutos contados sobrepõem-se ao receio do vírus. Sandra abre passagem e aponta o corredor, o único sítio com espaço, já que as entradas ficam logo cheias. “É isto”, diz.

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Mais um dia que começa na Linha de Sintra. Passam os primeiros comboios: não vão cheios, mas já levam os lugares sentados quase todos ocupados e há mais gente do que quando fizemos o trajeto, há duas semanas. Na Amadora, Teresa Gomes e Sandra Pereira esperam o segundo comboio da manhã para o Oriente, com o relógio da estação a bater nas 6h29. Garantem que vão cada vez mais apertadas. “Querem que a gente mantenha a distância, mas não conseguimos”, diz Teresa, que admite que não é assim com todos os comboios, mas nos que têm de apanhar de manhã falta espaço para as recomendações que tanto se ouvem em tempo de pandemia. Trabalha num centro de dia nas Galinheiras e tem pelo menos uma hora de viagem pela frente: primeiro, o comboio; depois, metro até ao Campo Grande e autocarro. O pior é o comboio, diz. Eurico espera o comboio para o Rossio: tem feito o percurso dia sim, dia não, uma vez que a empresa onde trabalha tem o pessoal escalado em dias alternados para reduzir a concentração. Opta por ir de pé no comboio e não tem sentido dificuldades, mas acha que os autocarros estão agora melhores. “Cheguei a ouvir que era para deixar entrar mais pessoas, e agora entram meia dúzia e não deixam entrar mais. Está a haver mais cuidado”.

O comboio para o Oriente chega à hora marcada e já não há lugares sentados. “Se vamos esperar pelo seguinte, perdemos o autocarro e chegamos tarde ao trabalho”, justifica Teresa. Os minutos contados sobrepõem-se ao receio do vírus. Sandra abre passagem e aponta o corredor, o único sítio com espaço, já que as entradas ficam logo cheias. “É isto”, diz.

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