Pratinho de Couratos

24-06-2020
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Os
portugueses, nos últimos dias, têm vivido com alguma ansiedade as incertezas da
situação política e do seu próprio futuro (tl;dr)

Não há cultura sem dinheiro, quanto mais dinheiro,
mais cultura há, por isso, nos povos áridos, desertos de Artifício e Literatura,
nos povos com gajos que apenas escrevem cenas, o filão mignon, os mastros intelectuais, bacharelam-se nas escolas de
futebol. O sistema pivotante (ou axial lusíada) é, sem sombra (ou sol) de
dúvida, o filho de Dona Dolores, sintetizador desta praia, na interlocução com
o jogador do Atlético de Madrid, Koke. Este chutou-lhe: “Maricón!” Cristiano
Ronaldo num rasgo de génio bicicletou: “Maricón, sí, pero lleno de pasta,
cabrón!” (20/11/2016). O árbitro Vítor Correia (falecido em 2006) já anunciado
esta Idade de Oiro: “Ó meu amigo, eu desde que vi um porco a andar de
bicicleta no circo, já não me admiro de nada neste país.” [1]

O esférico
no campo dos novos agentes de produção artística: Bruno de Carvalho: «És um
labrego, trolha e aldrabão! Já não te consigo aturar! Vai mandar no G15 e
aproveita e vai... Idiota, aldrabão... Adoras ser o Presidente do benfica b... Agora
faz mais um comunicado...» As afirmações de Bruno de Carvalho surgem depois de
um comunicado do SC Braga em que os minhotos abordam o pagamento de uma dívida
por parte do Sporting relativa à transferência de Rodrigo Battaglia. Os
‘guerreiros’ afirmam que o valor transferido não é o correto.” (27/03/2018).
António Salvador, presidente do Braga: “E eu até vou citar uma coisa que, dum
escritor, um romancista irlandês, que em 1925 ganhou o prémio Nobel da Paz ehh
da Literatura, Bernard Shaw, ele dizia: Nunca lutes com um porco, porque, em
primeiro lugar, ficas sujo e, em segundo, o porco gosta que lutes com ele.”
(31/03/2018). Nuno Saraiva, diretor de comunicação do Sporting: “Por mais que
Salvador cite George Bernard Shaw, porque lhe disseram que lhe dava um ar polido
e culto, a ele o que se aplica mesmo muito bem, é o provérbio popular: Quem
nasceu para lagartixa nunca chega a jacaré.” (01/04/2018).

De todo o
plantel, Bruno de Carvalho é aquele que tem melhor balneário: “Mas qual timing?
Eu não tenho timing, ele são 4 da manhã e não durmo com olho aberto, graças a
Deus, quando durmo, estão os três fechados, mas muitas vezes são 4 da manhã
‘tou a trabalhar, 5 da manhã, 6 da manhã, estou a trabalhar.” (05/02/2018). Bruno
de Carvalho: “Não comprem mais jornais, não vejam televisão portuguesa sem ser
a Sporting TV, e os comentadores abandonem de imediato aquela vergonha de
cartilheiros e paineleiros.” (17/02/2018). Infelizmente, os comentadores vendem
o leão ao tostão e esfarrapam desculpas para não cumprir as ordens do seu líder,
o dinheiro é mais pesado que a camisola. Rui Pina (TVI): “Sou eu que decido os
programas em que participo ou não ahhhh e eu não sou, não sou funcionário do
clube, percebo, em função do clube, isso é outra coisa, é outro patamar, não
sou funcionário do clube. Eu só passo recibos verdes. A minha consciência é a
minha liberdade.” Manuel Fernandes (SIC): “Vai ser unicamente uma decisão
minha. Eu, naturalmente que vou ouvir o presidente do Sporting. Vou ver as
razões dele:” Augusto Inácio (RTP): “Que isto seja claro, não sou comentador do
Sporting. Eu sou um comentador desportivo, sou um comentador independente, sou
um comentador livre.” [2] 

1984.
Dezembro. Quarta-feira, 5, “culminando duas semanas de conversações entre o PS
e o PSD, o gabinete do primeiro-ministro anunciou para esta noite uma
comunicação de Mário Soares ao país, a qual será transmitida às 20h30 pela
televisão. O mesmo gabinete recusou comentar o conteúdo desta comunicação,
decidida despois de no último fim de semana o socialista Almeida Santos e o
social-democrata Rui Machete terem elaborado um documento síntese das
exigências apresentadas pelos dois partidos, o qual, segundo declarações dos
dois negociadores, seria «positivo». Alguns aspetos daquele documento
ofereceriam no entanto, segundo afirmou Machete, aspeto «duvidoso» pelo que a
sua aprovação ficaria dependente de um encontro entre Mário Soares e Mota
Pinto, previsto para hoje após o regresso do vice-primeiro-ministro e ministro
da Defesa de uma reunião da NATO, que decorreu em Bruxelas. A marcação da
comunicação ao país de Mário Soares foi, contudo, feita antes da chegada a
Lisboa do presidente do PSD e do encontro deste com o líder do PS. (…) esta
antecipação deve-se ao facto de Mário Soares dar o acordo com o PSD como facto
assente, independentemente do encontro que terá com Mota Pinto. Neste sentido,
aponta-se para um discurso «moderado e estabilizador» de Mário Soares, antecipando
a continuidade da coligação e eventualmente referindo algumas das medidas
acordadas com o PSD e a implementar no próximo ano.”   

Quarta-feira,
5, RTP 1, 20h30, Mário Soares: “Os portugueses, nos últimos dias, têm vivido
com alguma ansiedade as incertezas da situação política e do seu próprio
futuro. Como primeiro-ministro, estou aqui para dar resposta à opinião pública,
indo ao encontro das questões imediatas mas também de algumas preocupações de
fundo. É esse o meu dever de principal responsável pelo governo. Por força das
circunstâncias, tenho sido obrigado a falar muito de crise. Importa,
agora, conseguida uma certa recuperação financeira externa, introduzir um fator
ponderado de confiança. Os portugueses têm de saber que as dificuldades de
Portugal não são insuperáveis: têm solução. Se houver estabilidade política,
paz social e se puder contar-se com a vontade e a capacidade de trabalho do
maior número. A atuação do governo é aí importante mas não pode considerar-se
suficiente. Num sistema aberto, pluralista e participado, o impulso decisivo de
renovação tem de vir dos cidadãos e dos múltiplos organismos e associações em
que se inserem. É na vontade no bom senso dos portugueses que deve residir a
principal razão de esperança. A crise portuguesa tem causas nacionais
próprias, que vêm de longe. Mas tem, também, uma dimensão internacional, que
não pode ser subestimada. Portugal viveu cinco séculos fora das suas
fronteiras naturais e, em grande parte, de riquezas alheias.
Terminado o ciclo imperial, terá agora de se habituar a viver dos seus próprios
recursos, materiais e humanos. E só deles. É uma transformação abissal, que
deve ser compreendida por todos. Depois, com a liberdade, veio a explosão
reivindicativa, como se tudo fosse possível imediatamente, e vierem as chamadas
«conquistas revolucionárias», algumas delas inspiradas por uma falsa mitologia,
que o povo rejeitou nas urnas. A economia desregulou-se. Perdeu a aparência de racionalidade
que meio século de ditadura artificialmente lhe conferira e que a crise
internacional, alterando a partir de 1973 os pressupostos em que assentava, em
qualquer caso lhe retiraria.

O mundo hoje
está em profundíssima e acelerada transformação. Não são só os sucessivos
choques do petróleo, os aumentos do dólar e das taxas de juros, que afetam as
sociedades mais desenvolvidas e obrigam a dramáticas reconversões industriais.
É a dívida externa dos países menos desenvolvidos, com os juros a crescer todos
os anos em progressão explosiva. O desemprego aumenta, e conta-se por milhões,
mesmo nos países mais ricos. A inflação chega a atingir taxas de 4000 % ao ano
e mais. Os próprios valores se alteram, bem como as conceções ou referências
ideológicas. O Estado, providencia e as sociedades de consumo, baseadas na
crença de um progresso ilimitado, são mitos que pertencem ao passado.
É cada vez mais difícil encontrar recursos suficientes, que cheguem para pagar
as exigências, sempre crescentes, da segurança social, da saúde pública, do
ensino, das novas realidades ecológicas. Por outro lado, o fosso entre países
ricos e países pobres alarga-se todos os anos. Sob os nossos olhos, a batalha
das novas tecnologias, que se prossegue no espaço, a revolução da informática,
as novas técnicas audiovisuais, modificam os dados da realidade e continuam a
ficar definitivamente à margem dos países que não saibam inserir-se nessa
dinâmica de transformação. Tudo isto se repercute em Portugal, que não é mais
um país isolado do resto do mundo. Insere-se num determinado espaço económico e
geopolítico de que não pode fazer abstração. Pelo contrário, deve saber tirar
vantagem da sua posição estratégica, do prestígio internacional que readquiriu com
o 25 de Abril e dos trunfos que ainda lhe confere uma experiência histórica
riquíssima de contactos com povos de diferentes raças, culturas e regiões. (…).
Em relação aos países europeus mais avançados somos um país com atrasos sérios,
que urge remover. Mas não somos um país do Terceiro Mundo nem sequer, em termos
mundiais, um país pobre. As dificuldades por que estamos a passar, embora não
sejam simples, são superáveis. Umas, são conjunturais e têm sobretudo a ver com
condicionalismos externos de que podemos defender-nos mas não, em absoluto,
evitar. Outras, estruturais, residem em vícios, erros e atrasos, que vêm de
longe, e que nos obrigam agora a reformas no sentido da modernização, que não
podem ser adiadas. Com o 25 de Abril criou-se a ilusão de que era possível,
imediatamente, redistribuir melhor a riqueza, sem afetar a produção, e melhorar
as condições de vida dos portugueses, sem criar riqueza. Não era. (…). Mas as
classes com menor poder reivindicativo, os reformados, os menos apetrechados
profissionalmente, que vivem ao redor das grandes cidades em condições
infra-humanas, foram e são os mais sacrificados. Por outro lado, a fatura da
demagogia, do eleitoralismo e da inconsciência, quanto aos gastos públicos
improdutivos e as benesses distribuídas, é muito grande e estamos, principalmente
agora, a pagá-la.  

Sabemos hoje
que para os portugueses terem um horizonte de esperança havemos de ser capazes
de aumentar a produção, de fomentar a todos os níveis a criação de riqueza.
Para isso, importa racionalizar melhor os nossos recursos, disciplinar o
trabalho, modernizar o aparelho produtivo, atrair investimento. Não podemos
também perder – temo-lo dito – a batalha das novas tecnologias. Temos de
saber investir na massa cinzenta dos nossos cientistas. De nos empenhar a
fundo na formação técnico-profissional. Urge criar melhores condições às
universidades, estimular a investigação científica, dotar os laboratórios e
centros de pesquisa, em coordenação estreita com as empresas, públicas e
privadas, e com as necessidades das regiões. Só com o trabalho, com
persistência (o que implica tempo) e com estabilidade – num clima de liberdade,
de concertação social e de tolerância cívica – podemos criar as condições de
base indispensáveis a um futuro melhor para todos. Não há outro caminho.”
  

Terça-feira,
11, “Mário Soares e Mota Pinto assinam esta tarde, na presença das delegações
socialista e social-democrata que conduziram uma longa maratona de negociações,
o texto das cláusulas de desenvolvimento do acordo político parlamentar e de
governo entre PS e PSD. Finalmente! Depois de um ror de avanços e recuos,
jogadas subterrâneas destinadas a amedrontar o parceiro, PS e PSD optaram pelo
inevitável: a assinatura de um acordo que remete para o verão do próximo ano
o enterro de um cadáver chamado Bloco Central. (…). Finalmente, ontem, a
classe política dirigente do PSD sentiu que não podia esticar mais a corda: o
PS começava a dar provas de saturação, mostrava-se disposto a responsabilizar o
PSD perante o país do mal que viesse a acontecer. Mota Pinto que da parte da
manhã ainda mostrava relutância em assinar um acordo que não lhe dava
suficiente espaço de manobra na questão das presidenciais e amarrava o PSD a
calendários e posições de princípio quanto ao perfil do candidato
social-democrata, decidia à tarde, dar luz verde à assinatura do acordo. (…).
Resolvida a questão das presidenciais, ficava de fora um dos sonhos acalentados
pelo PSD durante a maratona de negociações: levar o PS a aceitar uma revisão
antecipada da Constituição. Sonho que alguns dirigentes do PSD defenderam até à
última. Foi, o caso de Ângelo Correia que, ontem, na reunião da Comissão
Permanente, dos sociais-democratas, tudo fez para que a sua linha de
pensamento predominasse: temos que aproveitar a ocasião para obrigar o PS a
antecipar a revisão da Constituição, terá afirmado. Cientes de que «não se
podia exagerar», os pares de Ângelo Correia optaram pelo realismo em detrimento
do sonho. Contrariamente a Ângelo Correia, eles não estão inclinados para a
rutura.”     

Quarta-feira,
5, “a PJ confirmou hoje à ANOP a detenção, em Lisboa, na passada segunda-feira,
de quatro espanhóis acusados de pertencerem ao grupo Edelweiss, que se dedicava
à prostituição infantil [3]. Os cidadãos
espanhóis, detidos na avenida Visconde Valmor, irão ser ouvidos pelo Tribunal
da Relação de Lisboa com vista à sua extradição, pedida entretanto pelas
autoridades policiais espanholas. De acordo com relatos da imprensa espanhola,
nomeadamente os jornais Ya e Diário 16, de Madrid, os quatro detidos pertenciam
ao grupo de extrema-direita Edelweiss, que escondia uma rede de prostituição
infantil masculina. Os jornais indicam que entre os detidos figura o chefe do
grupo, Eduardo González Arenas, de 38 anos, mais conhecido por Eddie, e Carlos de
los Ríos, Rafael Javier Bueno e Antonio Gutiérrez. As investigações da imprensa
espanhola conseguiram apurar que as atividades do grupo, centrado na zona
madrilena de Retiro, era alegadamente dedicada ao montanhismo, mas escondiam
uma rede de prostituição. De acordo com o El País, alguns pais denunciaram
casos de prostituição dos seus filhos, transferidos a pontos tão distantes como
Vigo, ilhas Canárias e Marrocos. Por outro lado, segundo declararam fontes
próximas da investigação, na última residência de González Arenas foram
encontrados ficheiros com dados relativos a crianças e suas famílias.” [4]     

Quinta-feira,
6, “dois reféns do avião das linhas aéreas do Kuwait desviado para Teerão foram
hoje mortos pelos piratas do ar quando tentavam escapar do aparelho, anunciaram
funcionários iranianos. Um outro refém de nacionalidade paquistanesa conseguiu
fugir sem aparentemente ter sido molestado, acrescentaram. Os cinco piratas do
ar, que possuem 98 reféns a bordo do Airbus desviado segunda-feira à noite
quando efetuava um voo entre o Kuwait e a cidade paquistanesa de Carachi, com
escala no Dubai, mataram anteriormente outro refém, aparentemente um diplomata
norte-americano. Este último incidente sangrento no interior do avião ocorreu
depois de uma delegação do Kuwait, dirigida por um funcionário superior dos
Negócios Estrangeiros, ter iniciado negociações com os cinco piratas do ar às
primeiras horas de hoje. A chegada da delegação do Kuwait seguiu-se a uma
exigência feita pelos piratas do ar para um encontro com o primeiro-ministro e
príncipe herdeiro daquele país, xeque Al-Abdullah Al-Sabah. Os piratas do ar
ameaçaram explodir o aparelho ou principiar a executar passageiros britânicos e
norte-americanos se não forem libertados das prisões do Kuwait 14 presos
condenados por atentados bombistas. Com as duas vítimas de hoje eleva-se a três
os reféns mortos pelos cinco piratas do ar. Estes ameaçam ainda matar mais dois
reféns, um cidadão do Kuwait e um diplomata norte-americano. Testemunhas
ouviram a possível vítima do Kuwait a gritar dentro do avião «eu sou muçulmano,
eu sou muçulmano». Os três mortos são um norte-americano abatido terça-feira e
dois cidadãos de Kuwait mortos, hoje, aparentemente durante uma luta a bordo em
que um paquistanês aproveitou para escapar. Os piratas permitiram que os dois
corpos fossem fotografados através das portas do avião. «Não me deixaram entrar
a bordo. Só vi as cabeças e os corpos dos mortos», disse um fotógrafo não
identificado à rádio de Teerão. «Vi dois piratas do ar. Um tinha um revólver na
mão e o outro uma granada. Falavam árabe e inglês», acrescentou.”        

Domingo, 9,“ao
fim de seis dias, terminou o sequestro do avião das linhas aéreas do Kuwait,
que se iniciou no Dubai e terminou na noite de domingo no aeroporto de Teerão.
A entrada de um grupo de agentes das forças de segurança iranianas, disfarçados
de trabalhadores da limpeza, às 20h30 TMG, permitiu que os quatro assaltantes
do avião fossem dominados e libertados os nove reféns que ainda se encontravam
no interior do aparelho. De acordo com a informação oficial iraniana, os
últimos nove reféns que permaneciam a bordo do avião, entre os quais o
comandante, de nacionalidade britânica, saíram ilesos da operação de
salvamento. Pouco antes do início da operação, os sequestradores tinham
libertado sete tripulantes, e tudo parecia indicar que nessa ocasião os
sequestradores iriam levar a cabo as suas ameaças. Os piratas do ar mataram os
diplomatas norte-americanos, Charles Hegna e William Stanford, funcionários da
Agência para o Desenvolvimento Internacional [5].
Os dois cidadãos do Kuwait, que os assaltantes diziam ter assassinado,
encontravam-se afinal no último grupo de reféns libertados. A meio da tarde de
domingo, os sequestradores, após uma longa conversa com as autoridades
iranianas da torre de controlo, leram o seu testamento e cortaram a
comunicação, recusando, ao mesmo tempo, quaisquer alimentos. Na altura,
disseram que estavam a iniciar as suas últimas orações e que iriam fazer
explodir o aparelho, uma vez que o governo do Kuwait tinha recusado as suas
exigências. Uma hora depois, mudaram de ideias e principiam as comunicações com
a torre de controlo para pedir comida e explicar que tinham acabado de colocar
explosivos em várias partes do aparelho. Nessa altura, libertaram sete
auxiliares de voo, o que deu a entender que estavam dispostos a cumprir as suas
ameaças. Depois nada mais se soube, a não ser que o sequestro tinha terminado e
que os assaltantes estavam detidos, enquanto os últimos nove reféns se
encontravam sãos e salvos. Segundo as autoridades iranianas, os assaltantes
tinham solicitado a presença de trabalhadores da limpeza. Agentes de segurança
iraniana, que estavam preparados, entraram disfarçados às 20h15 TMG e lograram
dominar os assaltantes «tomando as medidas necessárias para reagir à oposição
armada dos assaltantes», segundo a agência iraniana IRNA. Segundo outras
informações, foram escutados alguns tiros e, ao que parece, um dos assaltantes
ficou ferido no decorrer da operação de salvamento. Ao conhecer-se o desfecho
do episódio, o governo do Kuwait difundiu um comunicado onde agradece ao Irão a
ação levada a cabo.” [6]       

Sexta-feira,
7, “as grandes opções do plano para 1985 preveem um crescimento de 3 % e uma
inflação de 22 %. (…). O défice da balança de transações correntes subirá para
menos de 1055 milhões de dólares e a formação bruta do capital fixo crescerá em
volume 3 %, propõe o documento governamental. Para atingir aqueles resultados,
o governo considera três condicionantes: a balança de pagamentos, o setor
público alargado e os salários reais, «que em 1985 não se considera desejável
continuem a descer». O governo afirma também que em 1985 serão tomadas medidas
de disciplina financeira durante a execução orçamental. Sobre a evolução da
economia em 1984, o governo afirma que «o ritmo da queda da procura interna
deverá ter-se cifrado em cerca de 7,4 % em termos reais». «A componente da
procura interna que mais reflete este comportamento é a formação do capital
fixo (investimento), cuja taxa de evolução deverá andar próxima de menos de 20
%». O documento acrescenta que o consumo privado deverá ter uma taxa de
evolução próxima ou ligeiramente inferior a menos 3 %. «Esta previsão traduz
fundamentalmente a quebra do poder de compra dos trabalhadores por conta de
outrem». O texto refere também que «o índice de preços ao consumidor deverá
atingir a média anual de 30 %». «A produção agrícola deverá ter uma evolução
positiva real por via das condições climatéricas», acrescenta. Quanto à
produção industrial, o texto diz que esta «indica uma quebra de 4 a 5 % aquém
do valor atingido em 1983». Nas relações externas, o executivo afirma que se
verificou uma redução do défice da balança de transações correntes, a
diminuição das importações e o aumento das exportações «com uma taxa anual de
12 a 13 %». As remessas dos emigrantes têm evoluído a uma taxa negativa da
ordem dos 5 %, dada a subida do dólar em relação às restantes moedas, em
particular as europeias, refere o documento. O documento governamental diz
ainda que o Produto Interno Bruto diminuiu em 1984 em volume 2 %.”       

____________________

[1] Como Vítor
Correia, também a sra. Peel viu tudo. No episódio 16, da 5.ª
temporada, chamado “Who’s Who???”, da série “The
Avengers” (Os vingadores). Emma: “Agora, já vi tudo.” (O agente Hooper fora
morto e colocado, de chapéu de coco e guarda-chuva, sentado numa pilha alta de
caixotes, com umas longas andas, vestidas com umas longas calças), Steed: “O
Hooper.”, Emma: “O quê?”, Steed: “O Hooper. É um dos nossos melhores agentes,
um tipo muito reto.”, Emma: “Muito.”, Steed: “Bom, vamos ver mais de perto.”,
Emma: “Deve ter sido morto com isto (mostra a pistola). (Cheira o botão de rosa
que estava enfiado no cano). É uma Gloria Carmesim, ganhou o primeiro prémio,
na exposição de flores de Chelsea.”, Steed: “É também o nome de código do
Hooper: uma rosa. Ideia do major B. Detesta a ideia de os nossos rapazes serem
um monte de espiões, prefere um ramo de agentes.”

[2] Os
comentadores acagaçaram-se, trocaram o clube por uns patacos, mas a massa
associativa, felizmente, ruge de corpo, alma e espírito leoninos. “Um discurso
inflamado de vitória de Bruno de Carvalho, pedindo um boicote aos jornais e às
televisões portuguesas, levou alguns sócios do Sporting a saírem da assembleia
geral deste sábado [17/02/2018] e agredirem jornalistas que estavam junto ao
Pavilhão João Rocha. Os sócios saltaram as grades que serviam de vedação para
insultarem e pontapearem os repórteres e as câmaras. Valeu a intervenção da
PSP, que fez um cordão para proteger os profissionais da comunicação social,
evitando que o incidente atingisse maiores proporções. Os jornalistas foram
escoltados até aos carros.” em Correio da Manhã, 18/02/2018.

[3] “Eduardo
González Arenas, Carlos de los Ríos, Rafael Javier Bueno Huertas e Antonio
Gutiérrez Rodríguez são os quatro dirigentes do grupo Edelweiss detidos em
Lisboa, e sobre os quais foi solicitada a extradição pelas autoridades
espanholas. Um inexplicável descuido das autoridades portuguesas e espanholas
proporcionou à revista Interviú parte da documentação do grupo Edelweiss. Os
serviços prisionais portugueses investigam em que circunstâncias os detidos
puderam contactar o exterior e, em particular, enviar uma declaração escrita de
González Arenas. Os pedidos de visitas feitos através dos canais competentes
foram recusados pelas autoridades portuguesas, alegando existência de
convenções internacionais que protegem indivíduos em prisão preventiva, a suspeita
de suborno de algum funcionário motivou a abertura de um processo disciplinar.
O dono da Pensão Ouriço, em Lisboa, onde estavam hospedados os três
companheiros de González Arenas, no momento da sua detenção na capital
portuguesa, a 4 de dezembro, confirmou que foi no dia 18, pela noite, quando
apareceram os indivíduos, «aparentemente um espanhol e um português», que
afirmaram que tinham sido encarregados pelos três espanhóis para recuperar a
bagagem que tinham deixado no quarto. Francisco Rodrigues, satisfeito por
alguém se oferecer para pagar a conta – «de 19 467$50 escudos (19 500
pesetas)» – não ofereceu qualquer resistência a entregar «duas malas, tamanho
pequeno, uma maleta e dois ou três sacos com roupa e alguns objetos que tinham
ficado no quarto», sem sequer ter o cuidado de pedir a identificação dos
visitantes, segundo a versão dos factos. Tinham passado duas semanas desde a
detenção, e a polícia que prendeu González Arenas à porta da Pensão Ouriço, e
posteriormente interrogou o seu proprietário, «não subiu ao quarto» nem pediu
que fosse entregue a bagagem (a). A existência da bagagem era conhecida do
consulado de Espanha em Lisboa, uma vez que o chanceler que visitou González
Arenas e Carlos de los Ríos nos calabouços da Zona Prisional anexa à Polícia
Judiciária disse a esta correspondente [Nicole Guardiola] que o primeiro lhe
deu a direção da pensão onde estava instalado para que fosse recolher os
objetos pessoais que ficaram no quarto. O funcionário diplomático recusou
satisfazer este pedido alegando que o caso pertencia à jurisdição da polícia
portuguesa.”

___

(a) Ou outra versão: “González Arenas e três dos seus
lugar-tenentes - Carlos de los Ríos, Rafael Bueno e Antonio Gutiérrez foram
detidos a 4 de dezembro de 1984 quando jantavam num restaurante na avenida
Visconde de Valbom, em Lisboa.”

[4] «O líder do
Edelweiss, condenado a 168 anos de prisão por 28 crimes de corrupção de
menores». Esta parangona do El País de 23 de outubro de 1991 apoiava-se numa
foto de Eduardo González Arenas, mais conhecido por Eddie, um homem de 44 anos,
sério, cabisbaixo, com fato azul e camisa branca de colarinho duro. O juiz
acabava de mandá-lo para a prisão por uma larga temporada, depois de considerar
provado que ele, junto com os seus lugar-tenentes Carlos de los Ríos, Ignacio
de Miguel, e mais outros sete homens, tinham organizado um grupo de montanhismo
com o intuito de abusar sexualmente de rapazes entre os 11 e 14 anos. A
organização chamava-se Edelweiss, que é o nome de uma flor que cresce no alto das
montanhas. Até então, sob pretexto de fomentar o desporto e o contacto com a natureza,
levaram as crianças com autorização dos pais. Ninguém suspeitou que desde a
primavera de 1983 até ao mês de novembro de 1984 esses rapazes foram obrigados
a manter relações homossexuais. Muitos chegaram a ser sodomizados. Todos
guardaram o segredo. Só assim poderiam ser escolhidos por Eddie para alcançar o
planeta Delhais e livrar-se do cataclismo nuclear que, com toda a certeza,
destruiria a Terra em 1992. (…).

Eddie era na
verdade o príncipe Alain, enviado por forças extraterrestres para levá-los para
o Planeta dos Rapazes, um lugar para além das estrelas, onde só os eleitos
poderiam entrar. Só eles eram chamados a conhecer o verdadeiro sentido da
liberdade, do amor e da justiça. Havia também outro segredo. Revelou-o Eddie e
todos acreditaram: «A mulher é uma imperfeição, um símbolo do mal, aí tendes o
exemplo de Eva». (…). Às vezes, a Edelweiss procurava o alibi da igreja ou da
ecologia. O primeiro lugar que a organização usou para reunir os seus jovens
montanhistas pertencia à paróquia do Sagrado Corazón, na Plaza del Perú. Depois
mudou-se para um quiosque situado perto do Palácio de Cristal del Retiro, a que
todos se referiam como La Cabaña. Desde o início dos anos 70 até ao dia de
novembro de 1984, quando a polícia desmantelou a Edelweiss e prendeu os seus
dirigentes, todos os grupos de montanhismo organizados por Eduardo González
Arenas se apoiaram em três das suas obsessões: homens, planetas e fardas (b).
(…). A sentença que condenou Eddie a 168 anos de cadeia coloca ênfase especial
na sigla A.P., um dos códigos secretos que usavam os membros da organização:
«Os réus tinham ensinado aos menores que, perante a presença de estranhos,
falariam com termos que não pudessem decifrar o seu verdadeiro significado,
assim, quando falavam em jogar xadrez, referiam-se a manter todo o tipo de
contactos homossexuais; se falavam do seu A.P., queriam referir-se à sua
Amizade Particular, uma relação semelhante àquela conhecida como noivado. (…). O
julgamento realizou-se no mês de setembro de 1991. (…). Meninos que tinham
estado em tratamento psiquiátrico durante anos para esquecer o pesadelo,
viram-se obrigados, de uma forma brutal, a relatar cada gota da sua
experiência. (…). Nenhum, no entanto, recusou a ocasião para contar o seu
violento despertar para as relações sexuais: «Coitos anais com ejaculação,
tentativas de coitos anais, ejaculação entre as pernas, masturbações
reciprocas, caricias em zonas erógenas, beijos…».”    

___

(b) «Matei-o e ponto final». Juan Martín
García, Juanito, de 20 anos, contou ontem [28/06/1999] com precisão como
assassinou o líder da seita Edelweiss, Eduardo González Arenas, alcunhado
Eddie, de 51 anos, a 1 de setembro de 1998 na esplanada de uma gelataria da
zona turística de Santa Eulalia del Riu, na ilha de Ibiza. «Lentamente
cortei-o. Fiz-lhe um golpe no pescoço», confessou o acusado diante de um júri,
na secção do julgamento que começou ontem na Audiência de Palma de Maiorca.
Oito horas após o crime, García foi detido. O procurador pede 17 anos de cadeia
pelo assassinato, enquanto a defesa reclama absolvição porque alega que cometeu
o homicídio afetado por transtornos mentais – esquizofrenia – e atitudes
antissociais. A vítima, Eddie, vivia com a mãe em Ibiza – onde geria um bar –
desde 1996. Estava em liberdade condicional, depois de ter sido condenado em
1991 a uma pena de 168 anos de cadeia, como autor de 28 crimes de abuso de
menores, num escândalo que teve grande ressonância pública. Fez amizade com um
gangue de jovens relacionado com o assassino confesso. Um ano antes do crime, García
apresentou uma queixa contra González por supostos abusos sexuais de menores a
quem oferecia dinheiro e roupas de marca.”

“O jovem de
Ibiza confessou o crime imediatamente depois de ser detido num bar na cidade
velha de Santa Eulalia. Em estado de grande excitação, ofereceu-se para
acompanhar os polícias ao lugar onde tinha atirado a faca, o canal de um rio
seco da cidade. Juan M. G. era muito conhecido em Ibiza pelas suas atividade
criminosas «de pouca monta», segundo a polícia, e as suas incursões no mundo da
prostituição masculina. Durante algum tempo viveu em Can Capellà, na casa do
padre de Santa Eulalia, que dava abrigo a rapazes com problemas de drogas e
adaptação social. «Era um jovem encantador e muito educado, conhecia o Eddie
porque frequentava o bar Sa Gabiá (A Jaula)», explicou o presidente da Câmara
de Santa Eulalia, Vicente Guasch.”

“O Tribunal
Superior de Justiça das ilhas Baleares condenou ontem [08/07/1999] Juan Martín
García a 17 anos de cadeia pelo assassinato de Eduardo González Arenas, Eddie,
líder de la seita Edelweiss, depois de um júri o considerar culpado. A sentença
estabelece também que o acusado deve indemnizar a mãe da vítima com 20 milhões
de pesetas.”

[5] “Um juiz
federal condenou ontem [22/01/2002] o Irão a pagar 42 milhões de dólares à
família do funcionário da Agência para o Desenvolvimento Internacional (AID) executado
por militantes do Hezbollah durante o sequestro de um avião das Kuwait Airways em
1984. Foi o mais recente de uma série de vereditos contra o governo iraniano
relacionados com o seu apoio ao terrorismo. O juiz distrital Henry H. Kennedy
Jr. concedeu à família de Charles Hegna, um auditor da AID, danos decorrentes do
desvio do voo 221 das Kuwait Airways, a 4 de dezembro de 1984. (…). Os
terroristas forçaram o avião a aterrar em Teerão. Organizaram uma busca aos
passaportes dos passageiros e, quando concluíram que Hegna, 50 anos, era
americano, arrancaram o residente de Sterling, Virginia, do seu assento. Foi
ameaçado, agredido e baleado no estômago. Foi então empurrado da porta do
avião, caindo no asfalto.”

[6] “Mustafa
Badreddine, um convencido fabricante de bombas libanês, e um dos arquitetos do
terrorismo islâmico, foi enterrado sexta-feira [13/05/2016]. Ele era o
principal comandante militar do Hezbollah e, junto com o seu cunhado Imad
Mughniyah, que morreu em 2008, planeou uma das mais longas ofensivas de
violência – atentados à bomba, raptos, assassinatos e desvios de aviões – no
Médio Oriente. Badreddine, que tinha 55 anos, foi morto numa misteriosa
explosão na Síria, onde ele comandava pelo menos seis mil combatentes do
Hezbollah que estão apoiando o presidente Bashar Assad. Há alguns meses, ele
jurou: «Não regressei da Síria a menos que seja um mártir ou um portador da
bandeira da vitória». Regressou num caixão. «Juntamente com Imad Mughniyah e
alguns outros, Badreddine iniciou a era de terror moderno em que ainda
vivemos», disse Ryan Crocker, antigo embaixador no Líbano. «Não poderia estar
mais feliz que alguém matasse o filho da puta». Badreddine ganhou fama por
desenvolver uma sofisticada técnica de uso de gás para aumentar o poder dos
explosivos plásticos. Foi usada no atentado suicida de 1983 ao complexo dos U.S.
Marines em Beirute, a maior perda de pessoal americano num único incidente
desde Iwo Jima, em 1945. O seu nome não apareceu publicamente até dois meses
depois, quando um camião carregado com 45 cilindros grandes de gás ligados a
explosivos atravessou os portões da embaixada americana no Kuwait. O anexo da
embaixada ruiu, ondas de choque partiram janelas e portas por vários
quarteirões, incluindo as do Hotel Hilton do outro lado da rua. Contudo, o
condutor bateu no prédio errado, falhando a chancelaria principal, e apenas um
quarto dos cilindros explodiu. (…).

Nas próximas
horas, outras cinco bombas explodiram na cidade de Kuwait, incluindo uma na
embaixada francesa. O impacto soltou um grande lustre de cristal por cima da
secretária do embaixador falhando a sua cabeça por centímetros. Bombistas
suicidas também atingiram a torre de controlo do aeroporto do Kuwait, os
alojamentos dos funcionários americanos da Raytheon, a maior refinaria de
petróleo kwaitiana e a sua principal central elétrica. É atribuída a Badreddine
a ideia de atacar múltiplos locais ao mesmo tempo – uma tática adotada pela Al
Qaeda, o Estado Islâmico e outros. (…). Badreddine não se safou com os
atentados do Kuwait. Ele e mais vinte foram capturados, e dezassete foram
condenados. Um tribunal kuwaitiano condenou-o à morte, mas a sentença não foi
executada, e ele provou ser tão perigoso na prisão como fora dela.  Badreddine, um xiita libanês, trabalhava de
perto com Mughniyah, que era seu primo e também cunhado, (Mughniyah casou-se
com Saada, irmã de Badreddine). Eles treinaram no princípio na Fatah, a ala de Yasser
Arafat da Organização de Libertação da Palestina. Eles estavam entre os
primeiros recrutas para um novo movimento xiita promovido pela Guarda
Revolucionária do Irão, depois da invasão israelita do Líbano em 1982. Após a
condenação de Badreddine, Mughniyah lançou uma série de ataques para pressionar
o Kuwait a libertá-lo. Eles incluíram pelo menos três sequestros de voos
comerciais. A captura do voo 221 das Kuwait Airways, que se arrastou durante
seis dias em 1984. Dois passageiros, funcionários de Agência para o
Desenvolvimento Internacional, foram baleados, os corpos atirados no asfalto em
Teerão. Em 1985, o sequestro do voo 847 da TWA durou duas semanas. Robert Dean
Stethem, um mergulhador dos Seabee da marinha dos EUA, foi baleado e o corpo
atirado no asfalto em Beirute. E a provação do voo 422 das Kuwait Airways, em
1988, demorou dezasseis dias. Dois kuwaitianos foram baleados e os corpos
deixados no asfalto em Lárnaca, Chipre. Em cada episódio, a exigência principal
era a libertação dos Kuwait 17, como Badreddine e os seus companheiros presos ficaram
conhecidos. Como essa tática falhou a libertação de Badreddine, a célula de
Mughniyah começou a apanhar americanos nas ruas de Beirute, lançando uma onda
de tragédias de reféns que continuou por sete anos. (…). No final, Badreddine
foi libertado quando as tropas de Saddam Hussein invadiram o Kuwait, em 1990.
Fosse intencional ou acidente, as prisões foram esvaziadas. Badreddine logo
regressou a Beirute.”

na sala de cinema

“Just Before Dawn” (1981),
real. Jeff Lieberman, c/ George Kennedy,
Mike Kellin, Chris Lemmon … sob o título local “Madrugada alucinante” estreado
sexta-feira, 22 de outubro de 1982 no cinema Roma. Na semana seguinte,
sexta-feira, 29 de outubro também em exibição no Cinestúdio na Amadora. “Dois homens, Ty (Mike
Kellin) e Vachel (Charles Bartlett) estão a caçar na floresta e deparam-se com
uma igreja abandonada que vão explorar. Depois de Ty bater com o camião numa
árvore, Vachel é esfaqueado com um machete serrilhado, por um atacante soltando
risadas, que então veste o chapéu e blusão de Vachel. Ty, vendo o assassino
sair da igreja, foge sorrateiramente para a floresta. Entretanto, o guarda
florestal Roy McLean (George Kennedy) está em casa, onde chega uma carrinha de
cinco jovens adultos dirigindo-se para a propriedade rural que um deles herdara.
Apesar da sua insistência para não se aventurarem na montanha, os cinco
continuam. São eles: Warren (Gregg Henry), a sua namorada Constance (Deborah
Benson), Jonathan (Chris Lemmon), e a sua namorada Megan (Jamie Rose) e Daniel,
o irmão de Jonathan (Ralph Seymour)”. Factos:
“Jeff
Lieberman foi contratado para realizar um slasher
religioso chamado «The Last Ritual», mas só aceitou se se tivesse a
possibilidade de fazer alterações no argumento que, segundo o próprio diretor,
não prestava. Lieberman já tinha comprovado seu talento com as duas
longas-metragens anteriores, «Squirm» (1976) [sob o titulo local «A noite do
terror rastejante» estreado sexta-feira, 14 de julho de 1978 no Apolo] e «Blue
Sunshine» (1977), era visto naquele período como uma espécie de auteur do género, portanto, os
produtores não pensaram duas vezes e deixaram o homem fazer as mudanças que bem
entendesse desde que não fugisse das fórmulas do slasher movie, tão em voga naquela altura. Inspirado em «Deliverance»
(1972), de John Boorman, [sob o título local «Fim de semana alucinante»,
estreado sexta-feira, 16 de março de 1973 no Roma], Lieberman criou um horror
rural de primeira linha e cortou tudo relacionado a religião, não teria mais
ritual algum na história, o título original não fazia mais sentido. «The Last
Ritual» acabou tornando-se «Just Before Dawn».” “O realizador Jeff Lieberman
disse que inúmeros estranhos apareceram no local de filmagem no dia em que a
cena de Jamie Rose [1]
nadando de tetas de fora foi filmada. Lieberman disse que a notícia desta
filmagem, aparentemente, tinha sido divulgada entre os guardas florestais.” “Firefox” (1982), real. Clint Eastwood, c/ Clint
Eastwood, Freddie Jones, David Huffman … estreado quinta-feira, 4 de novembro
de 1982 no Império e no Politeama. “Uma conspiração conjunta anglo-americana é
planeada para roubar um caça soviético altamente avançado (MiG-31, código da NATO,
‘Firefox’) que é capaz de atingir mach 6, é invisível aos radares e carrega
armas controladas pelo pensamento. O antigo major da Força Aérea dos EUA,
Mitchell Gant, veterano do Vietname e ex-prisioneiro de guerra, infiltra-se na
União Soviética, ajudado pela sua capacidade de falar russo, (devido a ter tido
mãe russa), e uma rede de dissidentes soviéticos, três dos quais são cientistas-chave
a trabalhar no próprio caça. O seu objetivo é roubar o Firefox e levá-lo para
território amigo para análise.” Factos: “As imagens do submarino Mother
One quebrando a superfície são recicladas de «Ice Station Zebra» (1968), sob o
título «Missão no Ártico» estreado quinta-feira, 15 de janeiro de 1970 no
Condes e no Roma.”
“A sequência do helicóptero perseguindo Gant é adaptada do Aérospatiale Gazelle
usado na filmagem de «Blue Thunder» (1983), sob o título local «Operação Thor»,
estreado sexta-feira, 11
de novembro de 1983 no Imperio e Politeama.” “O plano original era usar um caça
a jato sueco JA 37 Viggen
como a aeronave soviética, mas o governo sueco recusou a autorização.” “A
história é vagamente baseada num evento verdadeiro em que um piloto de caças
soviético (Viktor Belenko) desertou para o Japão a 6 de setembro de 1976. Belenko estava colocado na base
aérea de Chuguyevka, na província Krai do
Litoral, URSS, de onde levou um MiG-25 para Hakodate no Japão – juntamente, ele
trouxe o manual de piloto a partir do qual a Força Aérea dos EUA avaliou e
testou a nave. A Força Aérea determinou que o MiG-25 era mais um intercetor que
um caça-bombardeiro (que o F-15 Eagle era superior, mais tarde demonstrado pela
Força Aérea Israelita que os usou no combate contra os MiGs sírios - também tinham o MiG-25
- sem perdas. Porém, o MiG-25 usado pelos sírios teria sido o modelo de «exportação»
- as versões de aviões militares que a maioria das principais nações vendem são
de desempenho inferior aos modelos domésticos). O MiG capturado foi mais tarde
desmantelado pelos técnicos japoneses e devolvido à União Soviética.” “Uma nova
técnica de efeitos especiais para a filmagem de sequências de voo, chamada fotografia reverse bluescreen, foi
desenvolvida por John Dykstra para este filme. A Wikipédia afirma que o
processo envolvia «revestir o modelo com tinta fosforescente e fotografando-o
primeiro com iluminação intensa contra um fundo preto e depois com luz
ultravioleta para criar os cache / contre-cache
necessários para separar o modelo em primeiro plano da imagem de fundo. Isto
permite fotografar o modelo preto brilhante voando num céu azul e neve branca
reluzente; comparar isso com a técnica bluescreen
tradicional usada em «O império contra ataca» (1980), estreado sexta, 19 de
dezembro de 1980 no Condes, Império e Satélite.” “Imi Hageneralit” (1979), real.
Joel Silberg, c/ Zachi Noy, o gordo
de “Gelado de limão” … sob o título local “Minha mãe… a generala” estreado quinta-feira,
29 de outubro de 1981 no Castil. “Uma mãe vai à base do filho para o manter
gordinho.” “Me olvidé de vivir” (1980), real. Orlando Jiménez Leal, c/ Julio
Iglesias, Isa Lorenz, Carol Lynley … sob o título local “Esqueci-me de viver”
estreado sexta-feira, 4 de dezembro de 1981 no Odéon [2].
“Julio Iglesias, cantor mundialmente conhecido, termina em Paris a sua tournée
pela Europa e, antes de começar a próxima pelos Estados Unidos, decide tirar
uns dias de folga na pacata ilha Contadora, no Panamá. Aí conhece Claudia, uma
estudante alemã de arqueologia, para quem o mundo do cantor é totalmente
desconhecido.” [3]
“Long xiong hu di” (1972),
real. Chia Wen Sun, c/ Chin-Ku Lu, Charlie Chin, Ingrid
Yin-Yin Hu … sob o
título local “Falcões em duelo” estreado quinta-feira, 2 de julho de 1981 no
Politeama. “Os mais arrebatadores e vibrantes duelos entre chinos e japoneses!
Um elenco de categoria.”
“Okada, líder das forças invasoras japoneses, domina uma das províncias do
norte da China. Aquele que não obedecer será executado. Ele também quer forçar
a família Tang a vender-lhe as terras. Mas os Tang defendem-se, não se deixam
intimidar por sequestro e assassinato, pelo contrário, o filho Kwan Fu assume a
luta contra Okada.”
“Licensed to Love and Kill” (1979),
real. Lindsay Shonteff, c/ Gareth Hunt,
Nick Tate, Fiona Curzon … sob o título “Agente n.º 1… o maior” estreado quinta-feira,
13 de novembro de 1980 no Politeama. “O agente secreto Charles Bind é chamado
para investigar o desaparecimento lorde Dangerfield, um diplomata britânico. A
pista conduz Bind à filha de Dangerfield, Charlota Muff-Dangerfield, chamada «Lotta Muff», a um
ambíguo senador americano chamado Lucifer Orchid e ao correspondente a Bind nas
forças do mal, o Ultra One.” “N.º 1 of the Secret
Service” (1977),
real. Lindsay Shonteff, c/ Nicky Henson, Richard Todd, Aimi MacDonald … sob o
título local “N.º1 do serviço secreto” estreado terça-feira, 11 de maio de 1982
no cinema Águia [4]
no Porto. “O excêntrico Arthur Loveday decide fazer a sua parte pela paz
mundial mandando assassinar influentes financeiros. Com as agências de
segurança normais impotentes para evitar as mortes, o governo de sua majestade
envia o seu principal agente, Charles Bind, que tem licença para matar. Loveday
concretiza as suas façanhas através de uma organização de mercenários chamada K.R.A.S.H.
(Killing, Rape, Arson, Slaughter and Hit). Bind enfrenta-os com o seu par de
pistolas modelo 66 Smith & Wesson calibre .357 Magnum, e uma metralhadora Browning
M2 calibre .50 para ajuntamentos.”

____________________

[1] Jamie Rose, 1,70 m, 50 kg, 86-56-91, olhos
verdes, cabelo ruivo, nascida a 26 de novembro de 1959 em Nova Iorque. “O meu
primeiro trabalho profissional foi em 1967. Saltei e abanei ao lado do Bugs
Bunny num anúncio da Kool-Aid chamado «Kool-Aid A Go Go!» (sou o diabrete de cabelo
encaracolado, minissaia e botas pequenas). Fiz mais alguns anúncios em criança:
cachorros-quentes Armour, cereais Life, episódios das séries «Family Affair» e
«Green Acres». Aos 19 anos tinha três anúncios nacionais no ar, interpretei um
papel principal no filme de culto «Just Before Dawn», e fui selecionada para o
elenco de «Falcon Crest» (no papel de Vickie Gioberti), um programa que estava destinado
a tornar-se numa telenovela emblemática dos anos oitenta.”  

[2] “Me olvidé de vivir” é a versão
castelhana da canção “J'ai
oublié de vivre” (1977), de Johnny Hallyday; a
versão alemã, “Und
das nannte er Leben” (1978), esteve a cargo do cantor germano-sul-africano Howard Carpendale;
a brasileira, “Me
esqueci de viver” (1979), cantou-a José Augusto; e, como não podia deixar de ser, não se
esqueceu Tony
Carreira, no seu
álbum de 2014, “Nos Fiançailles, France / Portugal”.

[3] O cantor romântico configura o mais
violento atentado contra as mulheres, contra a mulieris dignitatem, contra
a sua corporeidade, contra a sua liberdade e é a origem histórica de todo o
assédio. A voz delicodoce, os gestos suaves, as palavras maviosas insinuantes
de uma falsa felicidade grudada ao seu amor, para sempre pop-ups de coraçõezinhos flutuantes, abriram a buceta de Pandora: olhares,
apalpões, beliscões, piropos, palmadas, beijos não consensuais, coitos, afortunadamente,
denunciados na Era #MeToo (tradução
literal em português: as cabras de Hollywood tiveram de abrir as pernas para
subir na vida - suspiro - ai, ai, que peninha o mundo tem). As coristas /
bailarinas de apoio do cantante espanhol são exemplo da opressão, humilhação,
subjugação, predação que as mulheres suportam, obrigando-as a movimentos incómodos, dolorosos,
contranaturos, estranhos ao corpo feminino; e com o cantante fígaro assediando:
“Si tuviera 30 años… ¡No
puedo ni cantar!”, e insultando a mulher com ofensivo gesto benza-o Deus (Julio benze-se
olhando para a bailarina). A pobre vítima deste rebaixamento em palco - que não
se repetirá no pós-#MeToo - é a desditosa Carolina Gonzalez.

Carolina
Gonzalez Betancourt. “Foi um passo de salsa, a mesma salsa que dançava com desenvoltura aos 11
anos nas festas do seu bairro, em Cali, que lhe outorgou o seu novo título:
bailarina do cantor espanhol Julio Iglesias. Nervosa, mas sobretudo cansada,
pois o seu trabalho como empregada de mesa na pizaria Archie’s em Miami
deixava-a exausta, Carolina chegou há quatro anos a Atlantic City para se
apresentar numa audição para o cobiçado posto. «Começou a toca ‘La gota fría’ e Julio disse-me que acompanhasse
a coreógrafa. Era um passo fácil, de salsa, e imitei-o. Cinco minutos depois
disse-me: ‘Bem-vinda, és a nova bailarina do grupo’. Eu não entendia nada, só
via que todos sorriam para mim», conta Carolina.” “O seu início profissional está
ligado ao mundo da passerelle, do qual confessa uma situação relacionada com os
começos: «Com 18 anos, não tinha experiência nenhuma e participei num dos
eventos mais prestigiosos do meu país, Colombiamoda. Estava muito nervosa! Ao
começar a pisar a passarela, enredou-se o vestido… a passarela ficou
interminável… finalmente, agi com naturalidade e ninguém me disse nada».
Carolina define-se como uma pessoa muito dedicada à família e tremendamente
apaixonada pelos seus pais, que deseja, a cada instante, ser feliz e realizar
todos os seus projetos de vida junto dos seus. Esta jovem colombiana, que move
as ancas ao ritmo de
«Baila morena»,
«La gota fría» ou «El bacalao» em todos os espetáculos, começou a
trabalhar com Julio Iglesias após realizar uma audição, na qual o espanhol mais
internacionalizado ficou cativado pela sua dança, mistura de expressividade e
fluidez, que é ao mesmo tempo exigência, disciplina e precisão de movimentos
elegantes.”

As famosas coristas de Julio: Liliana Núñez (República Dominicana); Alina
Korniiets (Ucrânia); Sílvia
Morais (Brasil); Anastasia Makarova (Rússia); Larissa Villalba (Paraguai); Carolina Gonzalez
(Colômbia); Alona Berry (Ucrânia); Wendy Moten (Estados Unidos); Jessica Oliveira
(Venezuela); Patricia Motta... Em 1978, Julio contratou as trigémeas, Las
Trillizas de Oro, María Emilia, María Eugenia e
María Laura Fernández Rousse. Em 2018, elas falaram desses tempos. “María
Eugenia: «Hoje, Julio Iglesias estaria de cana, porque, não só elas se
aproximavam dele, ou ele se aproximava das raparigas, como lhes tocava. Hoje
estaria em tribunal e dar-lhe-iam prisão perpétua». Dito isso, opinou: «Era
muito carinhoso e afetuoso». «Dava beijos na boca a todas, estaria em prisão
perpétua», sublinhou, enquanto María Laura acrescentou: «As fãs, doidas por
ele, faziam bicha». Sem revelar nomes, Emilia contou: «Batiam à porta e
perguntavam: ‘Acabaste? É a minha vez!’». (…). María Laura assegurou que umas
«subiam por uma escada» e as outras «desciam por um elevador». «Saía uma do
quarto e entrava outra, e não se cruzavam», detalhou. Quando lhes perguntaram
se nalgum momento o sedutor Julio
Iglesias tentou engodá-las, as três coincidiram em negar que algo assim tivesse
alguma vez sucedido. «Nunca pôde, estávamos rodeadas da mamã e do papá, o nosso
agente, não podia nem olhar para nós. Além disso, ele tinha 37 anos e nós, 18,
não éramos fanáticas, o que ajuda a ser compincha. Ele tratava-nos como as suas
meninas, mas meninas, como diz a palavra».”  

A cultura de
impunidade era tal que, antes do #MeToo, numa só canção, “El bacalao” (no programa “Susana Giménez” da TV argentina, em 2007), Julio
dava-se ao luxo de menoscabar não uma mas duas mulheres, Jessica Oliveira e Liliana
Núñez, um estado de coisas que hoje nos envergonha.

[4] “O Café Águia D’Ouro abriu as suas
portas no primeiro mês de 1839, por lá passaram algumas figuras ilustres
portuguesas como Camilo Castelo Branco e Antero de Quental [Camilo Castelo Branco no tempo em
que morava no Porto, na Rua de S. Lázaro, ia quase todas as tardes para o
antigo e afamado botequim da Águia d’Ouro jogar o dominó, quando não ia para o
café das Hortas].
No teatro, com entrada lateral ao café, também passaram inúmeros artistas. Em
1908 esta velha casa, abre-se também ao cinema. A novidade era o Cronomegaphone,
considerado «o mais moderno aperfeiçoamento do cinematógrafo falante», não
sendo cinema sonoro, já que este só apareceu 20 anos mais tarde. Ainda em agosto
de 1907, chegara a estrear o «Cynematographo Edison» sendo o espetáculo
dividido em três partes e visto com um só bilhete, os preços para a altura eram
bastante económicos; cadeiras 100 réis e galerias a 50 réis. Em 15 de setembro
de 1930 viria a inaugurar-se o cinema sonoro com o filme «Jazz Singer» com Al Jolson
[estreado na quarta-feira, 27 de fevereiro de 1929, no Odéon, como filme mudo,
por não haver ainda aparelhagem sonora em Portugal] (a). O Águia seria então uma das
melhores salas do Porto.” (b)

___

(a) Sábado, 5 de abril de 1930. Royal
Cine ∙ rua da Graça, 100 – Telefone N. 6791 ∙ Hoje – às 21,30 horas ∙ Estreia
em Portugal do CINEMA SONORO, em aparelhos da Western Electric Co. os mais
aperfeiçoados do mundo, com o sensacional filme da Metro Goldwyn Mayer.
«Sombras Brancas» [«White
Shadows in the South Seas» (1928), real. W.S. Van Dyke, Robert J. Flaherty, c/ Monte
Blue, Raquel Torres, Robert Anderson] ∙ assombrosa interpretação de Raquel
Torres e Monte Blue ∙ Completam o programa um DIÁRIO SONORO e algumas das mais
célebres canções de George Washington, Odette Myrtill e The Revellers. ∙
Marcam-se e vendem-se bilhetes para os primeiros dias no ROYAL CINE e no ROCIO,
110. ∙ DIAS ÚTEIS – Matinées às 16 horas, soirée às 21,30 ∙ DOMINGOS – Matinées
às 14 e 17,30 horas e soirée às 21 horas. 

(b) «Nessa época (primeiro quartel séc.
XIX) iam as famílias do Porto ao teatro de mantilha pela cabeça, e nos dias de
chuva não faziam reparo em as sacudir para a plateia, estendendo-as depois pelo
camarote abaixo. Um alguidar de arroz, com um galo espetado no meio,
acompanhava sempre o rancho, que se estabelecia comodamente à roda do petisco,
conservando os ouvidos apurados para os chistes das comédias, e os olhos
prontos para manifestar as impressões causadas pelas infelicidades do drama. Cada
um descansava o seu corpo numas cadeirinhas de pinho, alugadas por 10 reis, à
entrada, mas consta-me que se estava perfeitamente no teatro. Oh! Nos bons
tempos tudo era mais forte! A ceia ia, porque se representavam 10 atos de cada
vez. Quando a peça não os tinha, faziam-se dando espetáculo de tarde e à noite
e muita gente ficava nos seus lugares para assistir a ambos, e até penso que
havia algumas famílias que ficavam para o dia seguinte, indo já prevenidas com
travesseiros. Este uso do ator não falar para a plateia, nem os espectadores
para a cena, ainda não existia. O espectador quando se distraía, pedia ao
artista que lhe repetisse o dito, e o homem, se não estava para isso, dizia-o
com toda a franqueza, lembrando ao curioso que o fosse ouvir pra outra vez. Nos
bons tempos, não era a moda que levava ao teatro: era o puro amor da arte! O
sentimento da compaixão, que faz com que atualmente o público, às vezes esteja
ouvindo com todo o sossego o artista enfermo, era proibido. Quando, diante dos
nossos avós, alguém aparecia constipado em cena, um osso arremessado da quarta
ordem, mandava logo esse alguém para a cama, isto é, lembrava-lhe o lugar dos
enfermos». In O Tripeiro, Volume I, por Agostinho Albano em 1871.”

no aparelho de televisão

“Malice Aforethought” (1979), c/ Hywel Bennett, Cheryl Campbell, Belinda
Carroll … série inglesa, sob o título local “Premeditação maldosa”, transmitida
na RTP 2, pelas 22h00, às segundas-feiras, de 29 de junho / 20 de julho de
1981. “O drama policial de época «Premeditação maliciosa» leva-nos à década de
1930, em que o doutor Bickleigh envenena a sua irritante esposa quando esta
descobre que ele tem um caso, contudo, os eventos começam a ficar fora de
controlo quando a sua conquista, Madeleine Cranmere, resolve casar-se com outra
pessoa e Bickleigh decide limpar o sebo também ao marido dela.” [1] “Kid Creole and the
Coconuts - In the Jungle” (1982), real. David Liddiment, c/
August Darnell, Andy Hernandez, Adriana Kaegi, Cheryl Poirier, Taryn Hagey,
Tony Wilson … programa musical inglês transmitido na rubrica “Aplauso”, da RTP
1, pelas 21h10, segunda-feira, 11 de fevereiro de 1985. Um espetáculo
e entrevista
do popular artista do Bronx August Darnell cujos ritmos espalharam os trópicos
pelos anos oitenta. “Formado por August Darnell, Kid Creole era um extravagante
grupo de cantores e artistas de palco, influenciado pelas bandas dos anos
trinta e quarenta, tal como a Cab Calloway Orchestra. August incorporou várias
influências na personagem de palco do grupo, incluindo disco, funk e estilos
musicais latinos. August Darnell nasceu no Bronx, Nova Iorque, em 1950. A mãe
veio da Carolina do Sul e o pai de Savannah, Georgia. O primeiro grupo de
August chamava-se The In-Laws, com ele e o seu irmão Stony, formado em 1965.
Quando a banda se separou, August enveredou pela carreira de professor de
inglês. Em 1974, novamente com o irmão, formou os Dr.
Buzzard's Original Savannah Band. O álbum foi um êxito e nomeado para um
Grammy. Os Dr. Buzzard's lançaram quatro álbuns entre 1976 e 1984, a saber: «Dr.
Buzzard's Original Savannah Band» (em 1976, apresentando «Sunshower»),
«Meets King Pennett» (1978), «James Monroe Presents Dr. Buzzard's Original
Savannah Band» (em 1979, incluindo «Call
Me») e «Calling all Beatniks» (1984). August começou então uma série de
produções com outros artistas, como Don
Armando’s Second Avenue Rhumba Band e Gichy
Dan’s Beachwood No.9. Ele decidiu adotar um novo nome artístico e
intitulou-se Kid Creole, um nome vagamente baseado no filme de Elvis Presley,
«King Creole». Indo mais longe na influência de Cab Calloway, August optou pelo
visual zoot suit para embelezar a sua
personagem de palco. Os Kid Creole and the Coconuts foram finalmente formados
por August e Andy Hernandez (t.c.c. Coati Mundi – ex-Dr. Buzzard). (…). O coro,
as Coconuts, era originalmente composto pela (esposa de August na época)
Adriana ‘Addy’ Kaegi, Cheryl Poirier e Lori Eastside. A composição das Coconuts
mudaria ao longo dos anos.”
[2] “Secret Army” (1977/1979),
c/ Bernard Hepton, Angela Richards, Clifford Rose … série produzia pela estação
de televisão inglesa BBC e pela belga BRT, sob o título
local “O exército secreto”, transmitida na RTP 2, pelas 22h00, às
quintas-feiras, de 15 de outubro de 1981 / 18 de fevereiro de 1982. “A série
narra a história de um movimento de resistência belga fictício, durante a
Segunda Guerra Mundial, dedicado a devolver aviadores aliados, geralmente
abatidos pela Luftwaffe, ao Reino Unido. (…). Lisa Colbert (Jan Francis) dirige
a Lifeline, uma organização de resistência sediada em Bruxelas, (vagamente baseada
na réseau
Comète), que ajuda tripulações aliadas evitarem a captura e regressar a
Inglaterra via a neutral Suíça ou Espanha. Ela é ajudada por Albert Foiret
(Bernard Hepton), proprietário do Café Candide, a amante dele, Monique Duchamps
(Angela Richards) e a empregada de mesa Natalie Chantrens (Juliet
Hammond-Hill). As suas operações são postas sob pressão quando um fervoroso
nazi, o Sturmbannführer da Gestapo Ludwig Kessler (Clifford Rose) é designado
para trabalhar com o major da Luftwaffe Erwin Brandt (Michael Culver) e fecha a
rota de evasão.”
[3] “Doctor
Simon Locke” (1971/1975),
c/
Sam Groom,
Larry D. Mann, Len Birman … série canadiana, sob o título local “Polícia
cirurgião”, transmitida na RTP 2, pelas 20h00, aos sábados, de 2 de janeiro /
27 de março de 1982. “A premissa original da série era simples: um
médico jovem e espertalhaço lê um anúncio numa revista médica e aceita um
emprego em Dixon Mills, uma pequena cidade de província habitada sobretudo por
fazendeiros, como assistente de um médico velho, que percebe que o vasto
território que a sua prática clínica deve cobrir está a ficar um pouco difícil
de gerir. (Há referências de Dixon Mills ficar no Canadá, mas é pretendido ser
uma típica cidade americana de província, talvez no norte de Nova Inglaterra ou
no norte de Nova Iorque). O hospital mais próximo, Hargrove (ou Hearkness, muda
de argumento para argumento), fica a tantos quilómetros que os doentes graves
são normalmente levados pelo helicóptero da polícia. O jovem médico tem grandes
ideias sobre trazer a moderna medicina a este cu de judas e imediatamente choca
com o médico mais velho, que sabe que os doentes do campo estão habituados a um
estilo velho médico de família, e não a um jovem finório com ideias radicais. A
ideia seria explorar tanto os métodos novos do dr. Locke e os velhos do dr.
Sellers (Jack Albertson) e ver se o novo, o velho, ou uma combinação dos dois
será o melhor.” “Em 1972,
Albertson abandonou a série, que foi rebatizada «Police Surgeon», na qual o dr.
Locke regressou à cidade e trabalhava para a unidade de emergência da polícia,
onde auxiliava a bófia na resolução de crimes que requerem pesquisa médica.” “Pedro e
Paulina” (1982), c/ Florbela Queiroz, Armando Cortez, Pedro
Cortez … série portuguesa, transmitida na RTP 1, pelas 22h00, aos sábados, de
31 de julho / 23 de outubro de 1982. «Pedro e
Paulina» animou as noites de sábado da RTP 1, em 1982. Desde então, a série não
voltou a ser vista nos nossos ecrãs. Lamentavelmente, a RTP já não a tem no seu
arquivo, o que torna inviável uma reposição. «Pedro e
Paulina» era o que se podia chamar de uma série familiar. Eram várias as
relações de parentesco entre os integrantes do elenco: Manuela Maria, esposa de
Armando Cortez, interpretava o papel de uma atriz, vizinha e amiga de Paulina. Paulo
e Maria, os filhos de Pedro e Paulina, foram interpretados por filhos de atores
da série: Pedro Cortez (filho do próprio Armando Cortez e de Manuela Maria) e
Patrícia Poeira (filha de Leonor Poeira). Norberto de Sousa, marido de Florbela
Queiroz, fazia o papel de seu irmão. Henrique Manuel Feist, no 7.º episódio,
contracenou com o seu irmão, Nuno Luís Feist, e cantaram em dueto. Os dois
rapazes tinham já feito a sua primeira aparição no programa «O Passeio dos
Alegres», apresentado por Júlio Isidro. Manuela Paulino, a mãe de Henrique e
Nuno, que fora locutora da RTP durante 11 anos, apareceu no 8.º episódio
fazendo precisamente o papel de uma locutora de televisão. Norberto de
Sousa cantou a música do genérico, da autoria de Carlos Paião. Este tema foi
lançado em single.” [4]

____________________

[1] Uma atriz
capaz de instigar as mesmas paixões violentas. Cassie Laine, 1,57 m, 43 kg, 81-58-86, sapatos 37, olhos e cabelos
castanhos, nascida a 23 de outubro de 1992, em Los Angeles, t.c.c. Cassie.
“Cassie Laine é uma intrépida meia-leca abençoada com um corpo de arrasar. Não
só as suas curvas estão nos lugares certos, assim como a sua mente porca,
também. A fantasia principal desta beldade é fazer sexo numa roda-gigante da
feira popular. Quem não gostaria de tornar isso realidade?” Sites: {The
Nude} {Indexxx} {iafd} {Porn
Teen Girl} {Coed Cherry} {Erotic
Beauties} {Elite Babes} {Eros Berry} {Kindgirls} {Nude
Gals} {FTV Girls} {VIP Area} {Reality
Kings} {Babes} {PornHub} {Thumbzilla} {Web Young} {Nubiles} {Nubiles Films} {Define
Babe} {Alba
Gals} {ATK Galleries} {ATK Petites} {amkingdon} {Adult
DVD Empire} {Bangbros} {WildonCam} {The Women of Holly Randall} {X-Art} {Twistys} {Naughty
America} {pimpyporn} {Sex Art} {Karups} {Pmate Hunter} {XErotica} {Sexy
and Funny}. Obra fotográfica: {fotos1} {fotos2} {fotos3} {fotos4} {fotos5} {fotos6} {fotos7} {fotos8} {fotos9} {fotos10} {fotos11} {fotos12} {fotos13} {fotos14} {fotos15} {fotos16} {fotos17} {fotos18} {fotos19} {fotos20} {fotos21} {fotos22} {fotos23} {fotos24} {fotos25}. Obra
cinematográfica: {“FTV
Girls1”} ѽ {“FTV
Girls2”} ѽ {“FTV
Girls3”} ѽ {“FTV
Girls4”} ѽ {“FTV
Girls5”} ѽ {“FTV
Girls6”} ѽ {“FTV
Girls7”} ѽ {“FTV
Girls8” + Chloe Lynn} ѽ {“New
Friends At Play” + Chloe} ѽ
{“Feet
In The Air”} ѽ {“Waiting
Just For You”} ѽ {Booty Text” + Lizz
Tayler} ѽ {“My Love”} ѽ {“Pussy Preferred” + Riley
Reid} ѽ {Hometown
Amateurs”} ѽ {Hometown
Amateurs”} ѽ {“Under Cover”} ѽ {“Getting Dressed” + Tiffany
Fox}
ѽ {“Girl
Talk” +
Lia Lor +
Shyla Jennings} ѽ {“Again” + Shyla Jennings}
ѽ {“In Her Groove” + Shyla
Jennings} ѽ {“Girl Time” + Shyla
Jennings ѽ {“Suprise
Encounter Part
1” + Natasha Malkova} ѽ {“Suprise Encounter Part
2” + Natasha Malkova} ѽ {“Pussy Pleasure” + Sara
Luvv} ѽ {“Penthouse Book
Of Sex 4” + Elaina Raye} ѽ {“Pigtails”} ѽ {“Cassie
Lane Masturbates on a Chair”} ѽ {“WildonCam”}
ѽ {“Cheer
Squadovers Episode 3” + Chloe
Lynn + Syren De Mer} ѽ {“MILFs
Loving The Pussy” + Tanya
Tate + Zoey Holloway} ѽ {“Secret
Life Of A Lesbian” + Aidra
Fox}
ѽ {“Best Friends #2” + Cali
Hayes} ѽ {“My
Mom Stole My Girlfriend Vol.
2” + Candy Manson} ѽ {“Comfort
Of A Friend” + Lola
Foxx} ѽ {“Tasting You” + Bella
Bends}
ѽ {“Little
Mutt Cassie Laine and Alaina
Fox Part 1”} ѽ {“Little
Mutt Cassie Laine and Alaina
Fox Part 2”} ѽ {“Sweet Rimming” + Odette
Delacroix} ѽ {“Cassie
Gets Her Way” + Odette Delacroix} ѽ {First
Time Lesbians” + Mercedes
Lynn + Alena Smile} ѽ {“A
Porn Star Threesome” + Mercedes
Lynn + Holly Michaels} ѽ {“Skinny Girl” + Sara
Luvv} ѽ {“Ravishing Gaze”} ѽ {“Digital
Desire Presents
Cassie Laine”} ѽ {“Digital
Desire Presents Cassie Laine”} ѽ {“V-Twin Magazine”} ѽ {“Soft And Sexy” + Brett
Rossi + Elisa} ѽ {“Bang Me Forever” + Kiera
Winters} ѽ {“Pair Of Pussy” + Alyssa
Reece} ѽ {“Too
Cute”} ѽ {“Making A Splash” + Marica
Hase} ѽ {“ATK
Premium - With a Toy”} ѽ {“ATK
Premium - Watersports”} ѽ {“Awakening the Senses”} ѽ {“Pink Dynasty”} ѽ {“Boudoir
Bunny”} ѽ {“Two Goddesses” + Teal
Conrad}.

[2] Os Kid
Creole tiveram uma participação inesquecível com “My Male Curiosity” no filme “Against All Odds” real. Taylor
Hackford c/ Rachel Ward, Jeff Bridges, James Woods … sob o título local “Vidas
em jogo” estreado a 28 de junho de 1984 no cinema São Jorge sala 1. E o melhor
filme musical para TV de sempre “There's Something Wrong in Paradise” (1984), real.
David Liddiment, c/ August Darnell (Kid Creole / Argyle Kneft), Karen Black
(Gina Gina), Oscar James (President Nignat), Peter Straker (Major Po-Paul),
Pauline Black (Mimi), Andy Hernandez (Coati Mundi), Adriana Kaegi, Cheryl
Poirier, Taryn Hagey (The Coconuts), The Three Degrees (The Jim Jam Trio /
Black Coconuts), Philip Bliss, Vivienne McKone, Paul Medford (The Teenagers),
Tommy Eytle, Alfred Fagon, Joseph Iles (The Judges), Ruddy L. Davis (Lorry
Driver), Donald Eccles (Duke), Barbara Yu-Ling (Madame Oo), Count Prince Miller
(Announcer), Bryan Strachan (Veronica), Abraham Browne, Tyrone Huggins, Jim
Lakeson, Stan Finni (The Guards).

[3] Duas
mulheres de armas tiveram azar, não casaram com um conde, não foram
condecoradas pela rainha, nem decorada a peitaça com medalhas, a sua obra foi baralhada
na cibernáutica, uma, nem o nome é conhecido, apesar do génio artístico, a
outra, n.º 87 na lista
Ranker das estrelas adolescentes dos anos 80 definhou na
barriga da besta americana. A editora dinamarquesa Color Climax Corporation publicou a trepidante
fotonovela, «Holiday
Fun», na revista «Teenage Schoolgirls 22» de outubro
de 1989: “Denise demorou quase um mês a persuadir os seus pais para a deixarem
passar as férias em Nice sozinha. Mas o esforço foi bem e verdadeiramente
compensado! Nas primeiras vinte e quatro horas após chegar ao paraíso francês,
ela encontrou um par de namorados atraentes e bem abonados, que estavam mais do
que dispostos a «tratar dela»! Uma manhã, depois de um passeio de mota de água
ela sentia-se cheia de tesão…” “… coisa que não passou despercebida a Tod e
Henry. Ou se calhar foi a forma como ela disse: «Toda esta agitação fez-me
ficar excitada como o caraças! Porque não voltamos para casa e damos uma boa foda…?» “Quando
iam para a vivenda de Tod, Denise agarrou as pichotas dos rapazes. Ela estava
doida para ser fodida, e a sua cona já estava encharcada quando Tod lhe baixou
as cuecas…” «Regra
geral, prefiro qualidade à quantidade! Mas parece que tenho o melhor de dois
mundos aqui!», Denise gemeu voluptuosamente, enquanto se preparava para chupar
os inchados e pulsantes instrumentos deles…” “Denise estava no céu. Ela sonhava frequentemente
em ter duas pichotas para brincar – e, agora, o sonho realizara-se! E a
realidade era um milhão de vezes melhor que a fantasia!” “Tod foi
o primeiro a enterrar o pau na suculenta racha de Denise. E ela cavalgou-o, ao
mesmo tempo que agarrava firme a pichota do amigo dele…” “Eles foderam até à noite, e Denise perdeu a conta
de quantos orgasmos teve durante a orgia…” “No
final, Denise estava totalmente satisfeita… «Não aguento mais seus belos
sacanas!», gemeu numa voz débil. «Deem-me o vosso leite, sufoquem-me em
esperma!», suplicou-lhes. A próxima coisa que a lasciva adolescente sentiu, foi
a esperma deles explodindo sobre as suas bochechas escaldantes, e que escorria
para as suas firmes e bem torneadas tetas como um rio pegajoso…”

A revista «Lesbian
Love 25» de dezembro de 1988 sumarizava outra tocante
fotonovela com Denise: “A bonita asiática Solange Lecarrio e as suas amantes,
Dana Plato (Denise) e Aline, conversam à beira da piscina. Em breve
começam a beijar-se, deixando as mãos explorar os seus corpos com caricias sensuais. Elas fazem
amor à beira da piscina sem nenhuma preocupação no mundo.” “Quando
Solange Yi-lon humedeceu com saliva os lábios escaldantes da cona da sua amiga,
relembrou-se da época em que se enfiavam debaixo dos lençóis à noite para
brincar aos doutores.” “O resultado
da orgia foi um orgasmo a três, mas Denise queria mais: «Fode-me… fode-me!»,
implorava ela à sua lúbrica cúmplice. Momentos depois, o pepino trouxe-a ao seu
segundo clímax do dia…” Solange
Lecarrio está referenciada, é uma talentosa atriz, 1,70 m, 81-56-86, nascida a
30 de novembro de 1966, t.c.c. Solange Kho-Lin, Gyn Seng, Solange Lacarrio,
Solange Nam, Solange van Hop, Solange Xuan van Hop, Solange Nguyen Xuan Hop,
Solange Reichter, Solange Yi Lon, Gigi. Sites:
{EGAFD} {iafd} {Asian
Pornstars} {European Pornstars} {Pornstar
Sex Magazines} {Vintage
Pornstars}. Obra fotográfica: {fotos1} {fotos2}. Obra
cinematográfica: {“Parisienne” (1989) +
Karin Schubert}.

Por
seu lado, Denise, sendo uma assombrosa atriz do método, não foi identificada,
medida, caracterizada, biografada, e para cúmulo da indignidade a cibernaútica
confundiu-a com Dana Plato. No cinema desempenhou o dramático papel de uma
candidata a datilógrafa, Sharon, na obra “English Spanking Classic #33 - Bad Girls
Don't Cry” – “Filme clássico
inglês, banda sonora, a composição espanhola «Romance anónimo». Sharon, enviada
pelo Instituto do Emprego e Formação Profissional, para o cargo de datilógrafa no
escritório de Mr. Mark, dono da revista Kane, não sabe datilografar e comete
muitos erros ortográficos. Em vez do desemprego, como é dona de um belo rabo arredondado,
é-lhe oferecido um trabalho de modelo para a capa do n.º 46 da revista, líder de
mercado no segmento punição corporal. «É estranho. Consigo ganhar dinheiro
suficiente para me aguentar uma semana?» «Mais do que ganhas como secretária».
«Tens a certeza?» «Sim». O seu jovem e macio traseiro passa por um casting para
verificar o processo de enrubescimento. Primeiro, Racey, a secretária, aquece-o
à palmada e com o martinete. «Au! Quanto mais disto tens de fazer?» «Apenas um
pouco». «Com certeza que é suficiente, não é?» «Não. Há ainda outras coisas
para experimentar». «Como o quê?» «Temos coisas em cima da mesa». «Como o quê?!
Não te podes despachar com isso, está a doer como o caralho». Depois, Oscar, o ditatorial
gerente alemão, aplica-lhe o martinete, o chinelo e a mão pesada, até atingir o perfeito
vermelho fotogénico. No final, Sharon realiza o sonho de todas as jovens,
consegue emprego e, traquina, deita a língua de fora nas costas de Oscar. Quatro
dias depois… a outra candidata, enviada pelo Instituto do Emprego e Formação
Profissional, também inabilitada no uso da máquina de escrever, tendo
conhecimento do sucesso de Sharon, logo diz: «Se ela consegue fazê-lo, eu
consigo. Não me importo que me espanquem o rabo». «Sabes o que um espancamento
significa?» «Não». Na ausência de Oscar, Racey submete-a ao casting do chinelo,
do martinete e da palmada até avermelhar-lhe as nalgas. «Au! Au! Au! Au! Tens
que me bater com tanta força, Racey?» «Sim». Com o traseiro dorido vai para a
sala ao lado onde troca impressões com Sharon. «Estou completamente danada com
o que aquela cabra me fez. Olha para isto, uma audição, disse ela». Recebe
dicas profissionais da já conceituada modelo que fez a audição há quatro dias e
todos os dias tem o rabo espancado, «Todos os dias?», espanta-se a novata,
Sharon massaja-a com um bálsamo milagroso, engraçam, e fazem amor apaixonado. Oscar
não está satisfeito com o desempenho de Racey e aplica-lhe a palmada e o martinete
nas nádegas em frente das modelos. «Isto é o que fazemos a todas as secretárias
que não fazem o seu trabalho convenientemente». «Au!» Além de Oscar não gostar
de lésbicas, as modelos também são castigadas com martinete e palmadas por todo
o papel e fita da máquina de escrever que desperdiçaram. Para grand finale, os três traseiros são fustigados com a cana, a imagem de
marca da revista.”

Dana Plato, 1,57 m, 51
kg, 86-64-89, sapatos 37 ½, olhos azuis, cabelo loiro, nascida Dana Michelle
Strain sábado 7 de novembro de 1964 em Huntington
Park, Califórnia / falecida sábado 8 de maio de 1999 em Moore, Oklahoma. Factos: “1. Dana era
adotada. Linda Strain, a sua mãe biológica, teve-a aos 16 anos. Solteira, sem
dinheiro e já com uma criança de 18 meses, entregou-a para adoção em junho de
1965. 2. Desde muito cedo, Dana começou a participar em audições com a mãe e, a
partir dos sete anos, começou a aparecer em anúncios de televisão; teria
aparecido em mais de 100 anúncios para empresas tão diversas como Kentucky
Fried Chicken, Dole e Atlantic Richfield. Estreou-se no cinema com 13 anos no
filme de terror «Return to Boggy Creek» (1977). Entrou também em
«Exorcist II: The Heretic» (1977) e «California Suite» (1978). 3. Ela ganhou o
papel de Violet no filme «Pretty
Baby» (1978), sob o título local «Menina bonita» estreado sexta-feira, 2 de
novembro de 1979 no Apolo, mas recusou-o para que não fosse estereotipada neste
tipo de papéis. Brooke Shields acabou interpretando a personagem. 4. Desde muito
cedo Dana consumia drogas e álcool, tendo até uma overdose de Valium aos 14
anos. Posteriormente, ela mesma admitiu que usava drogas e álcool como
recreação nos anos em que trabalhou na série «Diff'rent Strokes». 5. Dana foi
descoberta por um produtor de TV enquanto se apresentava no «The Gong Show», um
programa de concurso de talentos amadores, promovido na época pela Sony
Pictures Television. 6. Dana era uma talentosa patinadora artística; a
determinada altura treinou para um possível lugar na equipa olímpica; a sua mãe
adotiva, Kay Plato, decidiu que ela deveria abandonar a patinagem para se
concentrar somente na sua personagem Kimberly Drummond. 7. Dana
declarou que ganhava 100 mil dólares por episódio, entretanto, algumas fontes
informaram que o valor verdadeiro era 22 mil dólares por episódio. 8. Dana saiu
da série em 1984, quando engravidou do então guitarrista rock Lanny Lambert. A gravidez não era algo que se adaptaria bem à
sua personagem, segundo os produtores. 9. No mesmo ano de 1984, ela casou-se. 10. Após a
saída da série, Dana colocou silicone nos seios e pousou para a Playboy, mesmo
assim a sua carreira parecia entrar em declínio. 11. Em 1992, Dana foi uma das
primeiras celebridades a estrelar num videojogo. O jogo, «Night Trap», não foi
um grande sucesso, (a maior parte do conteúdo vídeo do jogo foi filmado em
1987, depois arquivado), mas é considerado um título histórico, porque é o
primeiro a usar atores, especificamente uma figura bem conhecida. Foi um dos
primeiros videojogos a ter conteúdo adulto e atraiu controvérsia devido à
exibição de violência (*). 12. Dana entrou na comédia «Bikini
Beach Race» (1992) e
fez papéis em filmes eróticos, entre eles estão: «Prime Suspect» (1988),
«Compelling Evidence» (1995) e «Different
Strokes: The Story of Jack and Jill… and
Jill» (1998). 13. Em 1988, Kay, a mãe adotiva de Dana
morre de esclerodermia. Logo depois a relação com o marido começa a ficar
vazia, separaram-se. Tudo se torna oficial na década de 90 com o seu marido
ganhando a guarda do filho e ela apenas com direito a visitas regulares. 14. Já sem
nenhum emprego, morando em Las Vegas, Dana começa a
trabalhar numa lavandaria e, a 28 de fevereiro de 1991, entrou num videoclube,
mostrou uma pressão de ar e exigiu o dinheiro da caixa registadora. O empregado
ligou para o 112 dizendo: «Acabo de ser assaltado pela rapariga que interpretou
a Kimberly no ‘Diff'rent Strokes’». Aproximadamente quinze minutos depois ela regressou
à cena do crime e é presa imediatamente. O roubo rendeu-lhe 164 dólares. É
solta após 5 dias, o artista de Las Vegas, Wayne Newton, paga a sua fiança de
13 mil dólares. Porém, ficando ainda 5 anos em liberdade condicional. É
novamente presa por falsificar uma receita de Valium, ficando 30 dias presa por
violar a condicional. 15. Em 1998, Dana posou para a capa da revista
Girlfriends,
uma publicação lésbica e confessou gostar de cricas durante uma entrevista.
Mais tarde negou-o e insistiu que era heterossexual. 16. Após alguns
anos quando tudo parecia bem, já com 34 anos de idade Dana tem uma overdose de
Vanadom e Vicodin. A sua morte foi considerada suicídio tendo em conta a
quantidade de pílulas ingeridas. Quase 11 anos depois, com 25 anos, o seu filho
Tyler Lambert comete suicídio com um tiro de espingarda.”

___

(*) “Night Trap, o primeiro jogo Control-Vision, envolvia
vampiros invadindo uma casa em busca de sangue. Como a Hasbro estava no mercado
do comércio para crianças, estavam preocupados com o jogo que apresentava «violência
reprodutível», disse James Riley, o diretor do jogo. Assim, os vampiros
tornaram-se «Augers», saltitantes aspirantes a vampiros desdentados que usam
dispositivos chamados «trocars» para perfurar os pescoços das suas vítimas,
porque não conseguem morder. Após várias raparigas adolescentes desaparecerem,
a polícia chama a Special Control Attack Team, que descobre e pirateia uma
série de armadilhas e um sistema de vigilância em toda a casa. Juntamente com a
agente adolescente à paisana Kelli, interpretada por Dana Plato, o jogador
infiltra-se na propriedade e assume controlo das câmaras e armadilhas. Mas
ninguém esperava a controvérsia. Em dezembro de 1993, os senadores Joe
Lieberman e Herb Kohl lideraram uma audiência do Comité do Senado sobre violência
nos videojogos que se concentrou principalmente em «Mortal Kombat» e «Night
Trap», chamando ao último «lixo» equivalente a abuso de crianças. «Em vez de
enriquecer a mente da criança», disse Lieberman, «estes jogos ensinam a criança
a ter prazer em infligir tortura». O comité declarou que «Night Trap»
apresentava violência gratuita, sangrenta, sexualizada, contra as mulheres às
mãos do jogador, nenhuma das quais estava no jogo, e tudo isso tornou óbvio que
nenhum deles tinha realmente investigado por si mesmos.”  

[4] “Florbela
Queiroz, de 69 anos, acusa a nora, Marília Barros, de violência doméstica. A atriz
revela que o último caso aconteceu anteontem [23/10/2017] - dia em que se
deslocou à esquadra da PSP da Parede - e confessa sentir-se muito
«traumatizada». «O meu filho [Manuel] e a minha nora foram morar comigo em junho
e foi depois disso que tudo começou», conta a atriz ao CM. «As coisas
aconteceram porque querem ficar com 50 % da casa», esclarece, acrescentando que
se sente «desesperada com a situação». «Até já me tentei suicidar. A meio de junho
tentei matar-me e cheguei mesmo a estar internada no Hospital São Francisco
Xavier», diz, sem esconder que vive «um pesadelo». «Para mim, o meu filho
morreu. Já não é meu filho. Tenho um senhor lá em casa que já não conheço»,
lamenta a atriz, apesar de sublinhar que Manuel nunca lhe bateu. «É sempre ela
[Marília Barros] que me bate. Ele nunca me bateu, mas não faz nada para me
ajudar», diz. «Vivo praticamente fechada na minha sala. A polícia vai a minha
casa quase todos os dias, mas ela acaba sempre por dizer que não sou boa da
cabeça e faz-se de boazinha», acusa Florbela, garantindo que tudo o que
mais quer é a sua vida «de volta».” “Aos 75
anos, a atriz Florbela Queiroz revela ter feito um testamento inusitado e
singular. «Fiz um testamento onde proíbo o meu filho de me ir visitar ao
hospital, de ir ao meu funeral e de saber o que é que eu resolvo fazer da minha
vida quando partir, se quero ser cremada, se quero ser enterrada. Está
proibido!», revela a antiga estrela do teatro de revista ao falar sobre «a pessoa»
que «mais amava nesta vida», mas que, para si, «morreu», acrescenta. A pisar os
palcos de norte a sul de Portugal com os números da revista teatral «Que Grande
Caldeirada!», a atriz conta, sem pruridos, ter vivido há quatro anos um drama
familiar que não apaga da sua memória. Segundo a artista, terá sido vítima de
violência doméstica e obrigada a abandonar a moradia onde vivia na linha de
Cascais, imputando ao filho e à nora a responsabilidade por essa expulsão
forçada. «Fui morar para casa de uma empregada minha, fiquei sem casa e de um
mês para o outro tinha uma casa igual à que tinha anteriormente só mais moderna
e completamente arranjada», desvenda.”

na aparelhagem stereo

Quando a
mulher casa bem tudo corre sobre rodas, sorteada com um bom lar, livra-se da
violência, do assédio, da discriminação, e todos os males que ainda estão por
descobrir. “A piloto portuguesa Carina Lima (Instagram) tem
acelerado pelas ruas do Mónaco ao volante de um Koenigsegg. Trata-se
de uma ‘bomba’ avaliada em 5,5 milhões de euros, que vai dos 0 aos 300 km/h em
11,9 segundos. Só foram fabricados sete carros destes no Mundo, e a portuguesa é
dona do nº 1. Nascida em Angola, em 1979, Carina tem 38
anos, é piloto de corridas pela Lamborghini e casou-se com o dono de uma
empresa de construção civil angolana. Apaixonada
por carros de luxo, tem uma garagem, em Lisboa, com máquinas avaliadas em 30
milhões de euros.” “Conhecida
dentro das pistas pelo seu estilo combativo e fora das pistas pela sua
excentricidade, Carina Lima acaba de
adquirir o primeiro Koenigsegg One:1 do mundo.
Trata-se do chassis #106 – o primeiro de uma produção limitada a sete unidades
– aquele que terá servido para os engenheiros da marca sueca levarem a cabo os
testes de desenvolvimento do One:1. Foi também a unidade que a Koenigsegg expôs na
edição 2014 do Salão de Genebra. Recordamos,
o Koenigsegg One:1 de Carina Lima é um carro
de produção (muito limitada), construído à mão, limitado a 7 unidades e
equipado com um poderoso motor V8 biturbo 5.0 de 1360 cv. Peso do One:1?
Exatamente 1360 kg. Daí o seu nome One:1, uma alusão à relação peso-potência do
bólide sueco: um cavalo por cada quilograma de peso. Um carro cheio de história
e particularidades que terá sido adquirido, alegadamente, por cerca de 5.5
milhões de euros. Será que vamos ver este Koenigsegg One:1 a circular
pelas estradas nacionais? É possível. Mas para já Carina Lima passeia o
seu mais recente brinquedo pelas ruas Mónaco onde tem feito furor por onde
passa. Atualmente Carina Lima compete no
Lamborghini Super Trofeo Europe, pela equipa Imperiale Racing, partilhando um
Lamborghini Huracan com Andrea
Palma, piloto de testes da Pagani.” Entrevista: “Comecei a
correr apenas em 2012, quando tive uma pequena participação no Campeonato
Nacional de Velocidade em Portugal conduzindo um Ferrari 430. Em 2014, entrei
pela primeira vez na Lamborghini Super Trofeo, mas devido a problemas
relacionados com a equipa, acabei não competindo na temporada, tendo feito
apenas três corridas do campeonato. Na última temporada, continuei na
Lamborghini Super Trofeo, na qual consegui ter um desempenho mais estável,
acabando por ganhar a categoria Gallardo AM, onde eu, e o copiloto que partilha
o carro comigo, também, alcançámos o título de campeões europeus.” [1]   

Para tudo
correr bem na vida de um homem basta este ter um líder, peito forte,
porta-bandeira, acelerador de partículas. “José Manuel dos Santos defende na
sua crónica na Ação Socialista que a polémica das possíveis sanções foi «Uma
mudança radical, fundadora e coperniciana de atitude política que
restituiu a Portugal a verticalidade do corpo e a horizontalidade do olhar».
António Costa é, segundo o mesmo, o herói desta história. Criticando todos os
que foram «pessimistas», o militante ‘rosa’ considera que nesta história houve
duas partes da moeda. Num dos lados estavam os moralistas, «os que coçam onde
os outros têm comichão» e os profetas, «os pessimistas». «Assim
aconteceu nestes meses de suspense e de suspeita. Os moralistas diziam que
merecíamos o pior. E os profetas acrescentavam que iríamos ter o pior que
merecíamos», escreve, considerando que sem as aguardadas sanções «os profetas e
os moralistas ficaram desiludidos e desautorizados». Para o
antigo assessor dos presidentes da República Ramalho Eanes, Mário Soares e
Jorge Sampaio, a história das sanções foi «uma história psicológica de
determinação, perseverança, constância, pertinácia, firmeza, insistência,
resistência, resiliência», em que «Portugal passou à posição de pé, à cabeça
erguida, ao olhar de frente, à voz sonora e audível».” [2]

Vozes
sonoras nos anos 80:

█ “Under The Ice”
(1984), p/ Topo & Roby. “Neste projeto
de disco italiano, «Roby» era
representada pela vocalista Simona Zanini e «Topo» era um robot. Na verdade, a
música foi produzida e tocada por Aldo
Martinelli e Fabrizio Gatto, com os vocais de Zanini e precursão de Franco Di
Trani. Outras colaborações Martinelli-Gatto-Zanini incluíram Martinelli, Doctor's
Cat e Raggio
Di Luna.” “Simona Zanini,
cantora ítalo-americana, nasceu nos EUA e mudou-se em criança para Itália com a
família nos anos 70. No final da adolescência, após ser escolhida num casting
nacional orientado pelos La Bionda Brothers, foi contratada pela CBS Records, e
trabalhou com os mais importantes músicos italianos da época. Em 1983,
procurando um artista de língua materna inglesa para cantar e escrever letras
para as suas canções, Aldo conheceu Simona, e trabalharam juntos em «Feel
the Drive», dos Doctor’s Cat. O seu talento vocal combinado com
o facto de a língua materna dela ser o inglês, tornou a sua voz verosímil para
exportação. (…). Efetivamente, aquela primeira canção abriu caminho a uma bem-sucedida
série de produções de dance music, em que Simona era a letrista e
vocalista, e Aldo tocava todos os instrumentos, fazia os arranjos, era muitas
vezes vocalista masculino, e o coprodutor. (…). Para assegurarem os múltiplos
lançamentos do prolífico duo num período de tempo relativamente curto, as
gravações eram publicadas sob diferentes nomes – mas sempre com a mesma voz
principal feminina e o mesmo artista instrumental. Por esta razão, várias
modelos foram contratadas para aparecerem na televisão e fazer playback em
discotecas ou espetáculos de música. Entre os nomes artísticos: Doctor's Cat, o
duo Martinelli, Topo & Roby e Moon Ray, com o êxito mundial «Comanchero».” [3] █ “Son
of My Father” (1986), p/ Casco. “Nome
verdadeiro Salvatore Cusato, DJ e produtor italiano, falecido a 30 de janeiro
de 2011, conhecido como DJ Discoking, Casco, Dr. Acid,
Interstellar ou Light. A sua carreira de produtor começou com Casco, «Cybernetic
Love», produzido em 1983 e atualmente considerada uma
canção de culto do ítalo-disco electro
e uma das mais procuradas e futuristas canções da década de 80 [4]. Nos anos 90, Cusato alcançou o top 10 no Reino
Unido, sob o nome Cusato, nas tabelas oficiais do Euromix Record Mirror, com a
sua produção «The
Captain of her Heart» (etiqueta original Disco Magic lançada mundialmente
pela Zyx-Vogue-Epic), uma compilação de sucesso em todo o planeta e êxito no
Japão, seguido por outro êxito dos anos 80 na Ásia, a produção de «Monkey
Monkey», pela Flo Astaire (Avex Japan), para a lendária
etiqueta italiana Memory Records. E também a sua mistura bem-sucedida de «Tu» cantada
por Umberto Tozzi (CGD Italy). DJ Cusato dez um longa tournée na Alemanha
apresentando-se na «La notte italiana».”

█ “Everything
You Love” (1988), p/ Chip
Chip. “Um dos
membros foi Elena Ferretti, cantora italiana de eurobeat e disco, mais
conhecida como Sophie ou Rose, nascida em
San Donato Milanese, Itália, em 1960. É amiga de Alessandra Mirka Gatti (Domino) desde a
escola e, na década de oitenta, amiga de Alberto
Carpani (Albert
One). A sua primeira contribuição foi para o grupo Firefly no álbum «Firefly
3» de 1982. Em 1983, participou no projeto Torias no único single «Ayo-o
Mexico». Ela atuou e gravou para muitas etiquetas, sob
muitos nomes artísticos. A sua música foi produzida por vários produtores
italianos bem conhecidos, a saber: Giacomo Maiolini, Mauro Farina, Sergio
Dall'Ora e Giancarlo Pasquini (casado com Alessandra
Gatti, o filho deles, Federico Pasquini, sob o nome Freddy Rogers, editou em
2015 «R U Ready» e «Dance To The Music»).
Colaborou muitas vezes com Clara Moroni, que escreveu muitas das suas
composições. Clara também fez a maior parte dos coros nas canções de Elena para
a Time Records. Juntamente com Clara, foi membro do duo Gipsy
& Queen. Em 2011, gravou e lançou uma canção folk italiana chamada «Io libera». Entre
os seus êxitos mais conhecidos está a canção «My
World» (como Sophie). Em 1984, como Veronique, ela lançou o
seu single de estreia «Dream
On Violin». O seu single
mais recente é «Bye
Bye Japan», uma versão da canção de Vanessa de 1996 (cantada
por Emanuela Gubinelli), que foi editado em novembro de 2010 (como Alexis). Sob
o pseudónimo Sophie gravou três álbuns: «My World» (1989), «The Only Reason»
(1991) e «Stop The Music» (1995), que contém versões de «Rapture» dos
Blondie e «The
Promise You Made» dos Cock Robin.” █ “Isole
Vergini” (1987), p/ Kiki
Gaida. Único single de Kiki Gaida com uma versão em
italiano e outra em inglês, “Virginal Mystery”, produzido
por Oscar Prudente. Possivelmente, pela contracapa, a
virgindade tivesse ido logo ao ar. «Eu não gostava daquilo. Era nova e não
fazia noção», Kiki Gaida não tem uma boa recordação daquela época. Hoje
Frederica – donde Kiki é um diminutivo popular – prefere de longe a natureza e
a simplicidade. Em 1987, Frederica lançou uma canção que fez o circuito
europeu. No italo-disco, Kiki é um
caso à parte: foi ela que preferiu ser esquecida.” [5] █ “Disco
Future” (1985) ♫
“Modern” (1986), p/
Fresh Color. “Grupo suíço formado por volta de
1978 em Aarau pelo guitarrista / teclista Gutze Gautschi. Começaram como uma
banda punk com Dieter Meier, contudo,
Meier saiu após dois singles «Cry
For Fame» (editado como Dieter Meier) e «No
Chance» (editado como Fresh Color). Meier prosseguiu
formando os Yello. Os Fresh
Color lançaram mais singles no estilo
punk. No início dos anos 80, Gutze
Gautschi reuniu uma nova banda, incluindo o baterista Danny Amsler e mudou-se
para a new wave. Os Fresh
Color começaram a incluir sintetizadores e desenvolveram um
característico estilo de produção dub. O nome
Frische Farbe foi criado para editar canções em alemão: o longa-duração de
estreia, «Die
Stärke im Minimum» (1982), foi creditado aos Frische Farbe. Em 1984, os
Fresh Color encolheram para um duo com Gutze Gautschi e Danny Amsler. Nos singles «Disco Nature» e «Get
On Up», a dupla fundiu o seu passado new wave com disco e electro. Quando o compositor e vocalista Humphrey Robertson se
juntou ao grupo, tiveram o seu maior sucesso com «Disco Future» e lançaram o
segundo álbum, «Nightdreams», in 1985.”

___________________

[1] Gémeas
combativas expressam-se através da arte, não descurando a formação superior, um
elevador social para um bom casamento e happy
end. Twins, Zita e Gita, 1,67 m, 50 kg, 82-69-85, sapatos 37,
nascidas a 1 de dezembro de 1985 em Moscovo. “As raparigas combinam almas puras
e gentis e looks eróticos. Ao
conhecerem Galitsin, zonas encobertas das suas almas foram descobertas. As
gémeas nunca imaginaram que posariam nuas, mas isso ajudou-as a ver de maneira
diferente o mundo à sua volta, a mudarem a perceção dos seus corpos. Galitsin
chamou às gémeas Zita e Gita como no popular filme indiano «Seeta Aur Geeta» (1972). As
raparigas estudam na faculdade local de Medicina, no primeiro ano e serão
pediatras. Na verdade, ainda não decidiram o que fazer no futuro, mas elas
gostam muito de crianças. Além disso, ambas gostam de ajudar as pessoas. Elas
são muito afáveis e tolerantes com os contratempos das pessoas. Durante as
sessões, as raparigas tentaram ser uma como a outra, normalmente faziam os mesmos
gestos. (…). Zita e Gila são parecidas: os seus estilos de vida e perspetivas
são os mesmos. E têm uma caraterística muito interessante: elas esquecem-se
sempre da equipa no estúdio. O que sucede é que elas contam sempre uma com a
outra.” Sites: {The Nude} {Which Pornstar} {Index}. Entrevista: P: “Quais
pensam que são os vossos melhores atributos?”, “Gostamos dos nossos corpos
perfeitos, especialmente das pernas.” P: “Cor favorita?”, “Zita é verde, Gita é
cor-de-rosa.” P: “Programas de TV favoritos, lista de nomes”, “Ambas gostam de
ver «Quem quer ser milionário?». Porque é um programa muito interessante,
surpreendente e intelectual.” P: “Livros favoritos, lista de títulos”,
“Alquimia, escrito por Paulo Coelho e O mestre e Margarida, por Bulgakov.”
P: “Filmes favoritos, lista de títulos”, “Kill Bill e Pretty Woman.” P:
“Revistas favoritas, lista de nomes”, “Cosmopolitan e Penthouse.” P: “Música
favorita, lista de títulos”, “Gostamos de música pop, especialmente Madonna, Cher e Britney Spears.” P: “Altura
favorita do dia, porquê?”, “A noite, porque podemos sair com os nossos amigos,
apenas para relaxar e, normalmente, estamos muito animadas nessa altura.” P:
“Qual é a vossa formação? Curso?”, “Estamos a estudar na faculdade de Medicina
e vamos ser pediatras.” P: “Falam outras línguas? Se assim for, digam-me algo
nessa língua”, “Falamos inglês e um pouco de francês.”, P: “Lugar favorito para
viajar, relaxar ou visitar”, “Gostamos da praia, Moscovo, Europa, gostamos
muito de viajar.” P: “Quais foram os locais que visitaram?”, “França, Alemanha
e um número razoável de cidades no nosso país.” P: “Qual é o vosso feriado
preferido? (Natal, dia dos namorados, dia de ação de graças, etc.)”, “O ano
novo, e o nosso aniversário, claro.” P: “Comida favorita, lanches, doces”,
“Gostamos de fast food, saladas e gelado.” P: “Qual é o
vosso carro de sonho?”, “Ambas gostaríamos de conduzir Jaguares pretos.” P:
“Qual é o vosso emprego de sonho?”, “Como dissemos queremos ser médicas e
gostaríamos de ter uma clinica privada.” P: “Descrevam o vosso lugar favorito
para fazer compras”, “Gostamos muito de fazer compras e normalmente gastamos o
nosso dinheiro em grandes centros comerciais. Gostamos da loja United Colors of
Benetton, porque as suas coisas são muito coloridas e bonitas… e gostamos de lojas
de lingerie.” P: “Assistem a desporto, se sim, quais são as vossas equipas
favoritas?”, “Gostamos muito de desporto, mas, infelizmente, não temos tido
muito tempo nos últimos meses, porque estamos ocupadas com os estudos. Mas
gostamos de futebol, voleibol e patinagem artística.” P: “Quais são os vossos
passatempos?”, “Estamos a fazer coleções de selos e moedas. E a nossa coleção é
grande e interessante. Podemos estar realmente orgulhosas das nossas coleções,
porque têm espécimenes diferentes e raros.” P: “Preferência de bebidas,
alcoólicas e não alcoólicas”, “Não bebemos qualquer tipo de álcool, preferimos
beber leite e Coca-Cola.” P: “Ocupação?”, “Vamos ser pediatras.” P: “Têm algum
animal de estimação?”, “Sim, gostamos muito de animais e temos o nosso maravilhoso
cão, é um dálmata. É tão engraçado e gosta de dormir connosco.” P: “Estado
civil?”, “Não somos casadas.” P: “O nosso pior hábito é…”, “Fumar!” P: “A única
coisa que não suportamos é…”, “A mentira. Odiamos mesmo.” P: “Que animal melhor
descreve a vossa personalidade e porquê?”, Zita: “Acho que sou como um gato, às
vezes sou amável e doce, mas às vezes sou manhosa e mal-humorada.” Gita: “Sou
como um crocodilo, muito linda e mágica.” P: “As pessoas que nos conheceram no
liceu pensavam que éramos…”, “Engraçadas e fixes. Somos inesquecíveis, sabes.”
P: “Como é que descontraem ou passam o vosso tempo livre?”, “Gostamos de ir a
discotecas, sair de Volgograd com os nossos amigos.” P: “Qual foi o momento
mais feliz da vossa vida?”, “Quando entramos na universidade. Foi mesmo uma
sorte para nós! Sabes, é realmente difícil entrar na faculdade de Medicina. Mas
preparámo-nos bem e fomos bem-sucedidas.” P: “Quais são as vossas esperanças e
sonhos”, “Queremos ser médicas e ajudar as pessoas.” P: “O melhor conselho que
já vos deram foi…”, “Não lamentem o passado.” P: “O pior conselho que vos
deram…”, Zita: “Fumar erva”, Gita: “Ahaha.” P: “Que tipo de cuecas usam, se
algumas”, “Normalmente, usamos biquíni, mas às vezes calções.” P: “O tamanho
importa? Qual é a vossa medida ideal?”, Zita: “Sou virgem, lamento. Não tenho
opinião.”, Gita: “Importa, mas quando se ama mesmo uma pessoa, não. Sentimo-nos
apenas bem e livres. É maravilhoso estar apaixonada! P: “Descreve a tua
primeira vez (pormenores, local, pensamentos, satisfação, etc.)”, Gita: “Foi
tão romântico! Estávamos na casa dele, bebemos um Martini… Ele preparou um
jantar maravilhoso: frango com maçã, boas saladas. Não me lembro de mais nada.
Apenas sei que eu flutuava… foi maravilhoso.” P: “O que te excita?”, “Óleos
aromáticos, cheiros agradáveis, os lábios dele, os seus musculados braços. E
quando alguém está a comer um gelado ou uma banana.” P: “O que te desliga?”, “Mau
cheiro, gajos insistentes.” P: “O que te faz sentir mais desejada?”, “Os olhos
gentis dele, palavras sobre o amor.” P: “Melhor maneira de te dar um orgasmo”,
Gita: “Realmente não sei, não sou experiente nessa matéria.” P: “Masturbam-se?
Com que frequência? (dedo, brinquedos ou ambos)”, Ambas: “Não!! Nunca!” P:
“Qual foi o vosso primeiro fetiche, se algum?”, “Curtíamos coisas de crianças,
t-shirts de morangos e cuecas.” P: “Qual é o lugar mais exótico ou invulgar em
que fizeste sexo? Ou onde gostarias que fosse?”, Gita: “Num carro.” P: “Posição
sexual favorita, porquê?”, Gita: “Quando estou por baixo dele… Na verdade, não
me importo com a posição sexual, o principal é sentir-se relaxada e bem.” P:
“Descrevam um dia típico na vossa vida”, “Levantamo-nos sempre à 7h00, tomamos
banho, o pequeno-almoço e vamos para a universidade. Às 15h00 geralmente as aulas
terminam. Podemos ir a qualquer lado com os nossos amigos.” P: “Têm alguma curiosidade
sexual que gostassem de explorar ou tivessem explorado? Por favor, descrevam
com pormenores (rapariga / rapariga, voyeurismo, etc.)”, “Agora, desculpa,
simplesmente gostamos de homens.” P: “Descrevam em detalhe a vossa fantasia sexual
favorita”, “Fazer sexo num grupo de quatro: nós e dois belos pretos. E queremos
muito creme por todo o lado.” P: “Contem-nos a vossa ideia de um encontro de
fantasia”, “Queremos que seja romântico.” P: “Se pudessem ser fotografadas de
qualquer forma, em qualquer cenário, qual escolhiam? O que vos faria sentir
mais desejadas, mais sensuais?), Queremos tirar fotos juntas, na praia, ao
amanhecer.” Obra fotográfica: {fotos1} {fotos2}
{fotos3}
{fotos4}
{fotos5} {fotos6}
{fotos7} {fotos8}
{fotos9}.
Obra cinematográfica: {“Banana”}
ѽ {“Twin
Dinner” + Valentina} ѽ {“Interview
1” + Katia}.

[2] Ameaça de
sanções a Portugal por défice excessivo no ano de 2015. A responsável pelo
défice, Maria Luís Albuquerque, logo arremessou: “Se o governo anterior tivesse
continuado em funções, se eu ainda fosse ministra das Finanças, esta
questão não se estaria a colocar para Portugal neste momento.” (02/07/2016). Ela
apostola, ela bitola, ela é uma madame com currículo. “Foi professora de Passos
Coelho antes de ser sua ministra. Mexe-se bem, e até dispensou o motorista. A
devoção que o marido lhe tem dá-lhe para ameaçar jornalistas. Nasceu em Braga e
chegou a viver em Moçambique. O pai trabalhou na barragem de Cahora Bassa. Foi
de adolescente atinada e um pouco gordinha a mulher que está sempre nos sítios
e com os dossiers certos nas mãos. (…). É que Pedro,
antes de ser o primeiro-ministro Passos Coelho, foi aluno da dra. Maria Luís.
Deu-lhe ‘gandas notas’: no ano letivo de 1999/2000, em Microeconomia I, 15
valores; no ano de 2000/2001, em Macroeconomia II, 15 valores. Em 2001/2002, a
Economia Financeira ficou pelos 13 valores, mas Pedro limpou a Matemática
Financeira, no letivo seguinte, com 17 valores, que não se esquecem facilmente.”

O ídolo alemão
da dra. Maria Luís dançava com as regras. “A decisão da Comissão Europeia de
dar mais um ano a Portugal e Espanha para reduzirem o défice «não contribuiu
para ajudar à confiança» na Europa, defende Wolfgang Schäuble. O ministro das
Finanças da Alemanha critica Bruxelas pela decisão tomada em meados de maio e
que será reavaliada em julho. Citado pela Bloomberg, Wolfgang Schäuble
mostrou-se muito crítico da decisão tomada pelos comissários europeus. O
raciocínio do responsável alemão é que o facto de não ter havido sanções concretas
leva os investidores e os responsáveis políticos a questionarem a validade das
regras que existem na União Europeia em matéria orçamental. A decisão «enfraquece
o grau de confiança que se pode ter» nas regras europeias, afirmou Schäuble,
que acrescenta que o Banco Central Europeu (BCE) também criticou a Comissão
Europeia por ter «violado as regras».”

Já, entre
rapazes da Escola de Quadros do CDS, em Peniche, o nosso belo rapagão na
Europa, Nuno Melo, ensinou: “Quebrou-se compromissos europeus porque, para
satisfazer a ambição de um só homem, que perdeu nas urnas, o Partido Socialista
decidiu abrir as portas a uma extrema, esquerda, que conseguiu dar eficácia
legislativa àquilo que até hoje não era mais do que uma manifestação de
protesto. (…). E por isso quando eu vejo o governo, que não paga, não honra a
dívida do Estado, não devolve o IRS aos cidadãos. (…). Acumulando divida, possa
dar o exemplo, e principalmente possa, consiga fazer melhor às contas públicas.
(…). Em Portugal começa-se a conjugar uma fórmula para o desastre. (…). E a
pior das sanções que poderíamos ter era que pela 4.ª vez na história deste
país, pela mão dos socialistas, voltássemos a ter um resgate em Portugal, e
isso é um risco, e é um risco q’ eu ehh gostava bem não acontecesse, porque
além do mais significaria que mais uma vez, quando voltássemos a ser chamados
pro governo, seria p’a pagar as contas. (…). Acreditem todos, se hoje não há
sanções aplicadas a Portugal, não é certamente por mérito ou esforço do dr.
António Costa. O dr. António Costa em pouco mais de seis meses tem feito p’a
justificar sanções.” (01/09/2016).

[3] Na busca remuneradora
do êxito, o grupo pop dinamarquês
Infernal cometeu um erro de cálculo, perspetivando a participação da Seleção
inglesa no Campeonato do Mundo de Futebol da FIFA de 2006, realizado na
Alemanha, alterou o título da sua canção “From Paris to Berlin” (2005) para
“From London to Berlin”: “From
London to Berlin, /And every game that England win, / We’re gonna win the world
cup, / Win the world cup.” Porém, os ingleses canhestros nem se classificaram e
a canção foi retirada para não traumatizar o povo cada vez mais frágil desde o
aparecimento das redes sociais. Para a versão da mesma canção, a cantora malaia,
Shi Xin Hui, radicada em Singapura, foi mais modesta na viagem, “From Taipei to Beijing”.

[4] A marcha do
futuro. O maior contributo da Revolução Francesa à humanidade, à democracia,
foi a guilhotina, progressos tecnológicos, globalizações, roupas Christian Dior,
não mudaram nada. “O linchamento de uma mulher na sequência de um boato
publicado na rede social Facebook está a chocar o Brasil e o mundo. O caso
ocorreu no Guarujá, uma cidade a cerca de 100 quilómetros de São Paulo, há
menos de uma semana [maio de 2014]. Situação parece saída de um conto
medieval. Fabiane
de Jesus, uma dona de casa de 33 anos, fazia o caminho da
igreja para o apartamento quando foi atacada por 10 homens que a espancaram
durante duas horas levando à sua morte, momentos depois no hospital da cidade
do litoral paulista. Mas este foi apenas o último de uma sucessão de
acontecimentos tão assustadores quanto absurdos. Fabiane, casada e mãe de duas
filhas, foi confundida numa página de Facebook do jornal local Guarujá Alerta
com uma mulher que sequestrava crianças para fazer rituais de magia negra. Alguém
juntou um retrato falado de uma mulher acusada do mesmo crime há dois anos no
Rio de Janeiro, a mais de 400 quilómetros do local, e que não tinha nada a ver
com o caso em questão. A seguir, outra pessoa anexou uma foto sem ligação nem
ao caso do Guarujá, nem ao do Rio. Anexadas as duas fotos, alguém, de entre os
3000 utilizadores do jornal, viu na rua Fabiane a voltar da igreja, encontrou
semelhanças e alertou os outros para a possibilidade de ser ela a
sequestradora. Parte do espancamento foi gravado em vídeo. (…). A polícia,
entretanto, prendeu um suspeito, Valmir Barbosa. «O pessoal dizia ‘Bate, pega
ela, pega ela’. E eu matei, estou arrependido, mas agora isso vale do quê?»,
afirmou Valmir, antes de contar que estava sob o efeito de drogas na altura do
linchamento. Outro acusado, Jonas Tiago, reagiu acusando: «A culpa não é da
comunidade, é da internet, ou será que agora querem prender todo o
mundo?». O autor do jornal digital defende que, em nenhum momento, incitou à
violência ou divulgou fotos ou retratos.”

[5] Mais ou
menos esquecido. “Stefan Zweig morreu no Brasil a 22 de fevereiro de 1942 num
pacto suicida com Lotte, a sua segunda mulher. Nas biografias de Zweig
encontramos geralmente um homem mundano, abençoado com a riqueza herdada, uma
imensidão de amigos, talento e a imensa popularidade dos seus livros. Como
tantos outros da sua geração de escritores de língua alemã, ele foi desenrizado
pelas catástrofes crescentes dos meados do século XX. Nascido em 1881, Zweig
passou a vida a viajar: para França, Alemanha, Bélgica, Itália, Espanha,
Holanda, Argélia, Índia e Indochina, América do Norte e do Sul, Suíça, Europa
de Leste e Rússia, Escócia e Inglaterra. Os seus contemporâneos chamavam-lhe o salzburguês voador. (…). De 1919 até
1934, Zweig viveu em grande estilo com Friderike, a sua primeira mulher, no
Kapuzinerberg em Salzburgo. Ameaçado pelo nazismo – ele tinha-se sentido
momentaneamente atraído pelo seu brilho, apesar de ser judeu, e iria ser
criticado por não condenar o regime de forma mais veemente – procurou exilio em
Inglaterra, onde se casou com Charlotte Altmann em 1939. Eles compraram uma
casa em Rosemount Lane na Lyncombe Hill em Bath. Mas, apesar de terem obtido
cidadania britânica, logo partiram novamente para a América. (…).

No n.º 34 da
rua Gonçalves Dias, em Petrópolis, num cenário de selva de sons da noite,
flores e riachos e intensa vida doméstica, entramos na casa onde Stefan e Lotte
viveram. Zweig tinha sido um colecionador de manuscritos preciosos e partituras
musicais, o orgulhoso proprietário de uma madeixa de cabelo de Goethe, de uma
casa de campo do século XVII, da secretária de Beethoven; diz-se que ele queria
comprar um carro mas, em vez disso, adquiriu a secretária. (…). No final da
vida, longe do seu lar austríaco e do seu universo cultural, sem o seu editor e
os seus bens, Zweig perdeu a sua orientação e mais notoriamente, ao que parece,
perdeu a paciência. Numa carta de suicídio para os amigos, ele desejou-lhes o
bem – desejou-lhes a sobrevivência e um novo amanhecer – porque «exausto por
longos anos de errância sem lar. Eu, demasiado impaciente, parto primeiro». Ele
não estava sozinho, uma vez que Lotte tinha escolhido acompanhá-lo. Mas era
assim que se apresentava, a navegar rumo a mares desconhecidos ao estilo de
Magalhães. (…). Na sua maior parte, as personagens escolhidas por Zweig são
gloriosa ou tragicamente egocêntricos, determinados ou exaltados. Elas andam
num amoque (uma palavra de eleição – Amok é o título de uma das suas coletâneas
de contos). Muitas vezes, o arrebatamento demoníaco agarra os seus leitores
pela garganta. 

Mas seria Zweig
assim? Segundo a maioria dos relatos, ele era um pacifista altruísta, um
humanista calmo, um cético que declarou a sua oposição a todos os nacionalismos
e alguém que reverenciava os livros e o silêncio. Um pouco narcisista, talvez;
passivo, um voyeur, estranho, mas cativante. Mesmo não gostando de gatos (uma
queixa do seu amigo Romain Rolland), ele era, de acordo com Klaus Mann, sedutor
e seduzível. Prochnik vê-o da seguinte maneira: «A sexualidade de Zweig, às vezes,
apresenta-se tão cuidadosamente disfarçada que parece operar no reino da
espionagem mais do que no erótico. Ele entrou e saiu da cama de um razoável
número de jovens mulheres e, possivelmente, também de alguns jovens rapazes»,
mas as suas tendências eram «mais desejo do que concretização». Friderike
pensava que ele era um «galanteador ligeiro», não era certamente «nenhum Don
Juan». Mas ela pode não ter sido suficientemente desconfiada. Enquanto eles
estava hospedados no sul de França, ela descobriu-o na cama com a secretária –
Lotte. (…). Friderike manteve-se a seu lado após o divórcio, em 1938. Na sua
carta de suicídio para ela, mencionou novamente a impaciência e garantiu que,
desde que tinha tomado esta decisão final, «você não pode imaginar como me sinto
bem». E, como disse o seu amigo Hermann Kesten, estava curioso sobre o que se
seguiria. (…).

O autor
mostra-nos, por exemplo que a generosidade lendária de Zweig tinha os seus
limites, como quando se vê sufocado pelos pedidos dos «parasitas» - como rotulou
os seus companheiros refugiados menos afortunados financeiramente - em Nova
Iorque. Prochnik observa como o tom com que Zweig se refere a eles se tornou
desagradável, revelando-o como uma pessoa mesquinha e snobe. Prochnik mostra
Zweig como alguém que temia envelhecer e tentou uma série de injeções de
hormonas para rejuvenescer, alguém que não conseguia «apreender» a América nem
sequer verdadeiramente a Inglaterra; alguém que não conseguia traduzir o seu
cosmopolitismo para o exilio em lugares não-europeus, o que fez dele uma «alma
torturada». As suas liberdades interiores estavam sob cerco; os seus segredos
eróticos poderiam ser descobertos; o anonimato foi penoso para ele; os seus
amigos podem ter sido os seus inimigos; algumas pessoas amavam os seus livros,
mas outras nem lhes tocavam. Ele era atormentado pela insónia. O antissemitismo
estava em ascensão, mesmo no Brasil. Era demasiado. Finalmente,
impacientemente, como muitos que se suicidam, Stefan Zweig nada mais queria do
que ir dormir e não voltar a acordar. Só podemos supor que pelo seu próprio
caminho e como um ato de supremo companheirismo, Lotte chegou à mesma
conclusão.” em Diário de Notícias n.º 53 020.

Os
portugueses, nos últimos dias, têm vivido com alguma ansiedade as incertezas da
situação política e do seu próprio futuro (tl;dr)

Não há cultura sem dinheiro, quanto mais dinheiro,
mais cultura há, por isso, nos povos áridos, desertos de Artifício e Literatura,
nos povos com gajos que apenas escrevem cenas, o filão mignon, os mastros intelectuais, bacharelam-se nas escolas de
futebol. O sistema pivotante (ou axial lusíada) é, sem sombra (ou sol) de
dúvida, o filho de Dona Dolores, sintetizador desta praia, na interlocução com
o jogador do Atlético de Madrid, Koke. Este chutou-lhe: “Maricón!” Cristiano
Ronaldo num rasgo de génio bicicletou: “Maricón, sí, pero lleno de pasta,
cabrón!” (20/11/2016). O árbitro Vítor Correia (falecido em 2006) já anunciado
esta Idade de Oiro: “Ó meu amigo, eu desde que vi um porco a andar de
bicicleta no circo, já não me admiro de nada neste país.” [1]

O esférico
no campo dos novos agentes de produção artística: Bruno de Carvalho: «És um
labrego, trolha e aldrabão! Já não te consigo aturar! Vai mandar no G15 e
aproveita e vai... Idiota, aldrabão... Adoras ser o Presidente do benfica b... Agora
faz mais um comunicado...» As afirmações de Bruno de Carvalho surgem depois de
um comunicado do SC Braga em que os minhotos abordam o pagamento de uma dívida
por parte do Sporting relativa à transferência de Rodrigo Battaglia. Os
‘guerreiros’ afirmam que o valor transferido não é o correto.” (27/03/2018).
António Salvador, presidente do Braga: “E eu até vou citar uma coisa que, dum
escritor, um romancista irlandês, que em 1925 ganhou o prémio Nobel da Paz ehh
da Literatura, Bernard Shaw, ele dizia: Nunca lutes com um porco, porque, em
primeiro lugar, ficas sujo e, em segundo, o porco gosta que lutes com ele.”
(31/03/2018). Nuno Saraiva, diretor de comunicação do Sporting: “Por mais que
Salvador cite George Bernard Shaw, porque lhe disseram que lhe dava um ar polido
e culto, a ele o que se aplica mesmo muito bem, é o provérbio popular: Quem
nasceu para lagartixa nunca chega a jacaré.” (01/04/2018).

De todo o
plantel, Bruno de Carvalho é aquele que tem melhor balneário: “Mas qual timing?
Eu não tenho timing, ele são 4 da manhã e não durmo com olho aberto, graças a
Deus, quando durmo, estão os três fechados, mas muitas vezes são 4 da manhã
‘tou a trabalhar, 5 da manhã, 6 da manhã, estou a trabalhar.” (05/02/2018). Bruno
de Carvalho: “Não comprem mais jornais, não vejam televisão portuguesa sem ser
a Sporting TV, e os comentadores abandonem de imediato aquela vergonha de
cartilheiros e paineleiros.” (17/02/2018). Infelizmente, os comentadores vendem
o leão ao tostão e esfarrapam desculpas para não cumprir as ordens do seu líder,
o dinheiro é mais pesado que a camisola. Rui Pina (TVI): “Sou eu que decido os
programas em que participo ou não ahhhh e eu não sou, não sou funcionário do
clube, percebo, em função do clube, isso é outra coisa, é outro patamar, não
sou funcionário do clube. Eu só passo recibos verdes. A minha consciência é a
minha liberdade.” Manuel Fernandes (SIC): “Vai ser unicamente uma decisão
minha. Eu, naturalmente que vou ouvir o presidente do Sporting. Vou ver as
razões dele:” Augusto Inácio (RTP): “Que isto seja claro, não sou comentador do
Sporting. Eu sou um comentador desportivo, sou um comentador independente, sou
um comentador livre.” [2] 

1984.
Dezembro. Quarta-feira, 5, “culminando duas semanas de conversações entre o PS
e o PSD, o gabinete do primeiro-ministro anunciou para esta noite uma
comunicação de Mário Soares ao país, a qual será transmitida às 20h30 pela
televisão. O mesmo gabinete recusou comentar o conteúdo desta comunicação,
decidida despois de no último fim de semana o socialista Almeida Santos e o
social-democrata Rui Machete terem elaborado um documento síntese das
exigências apresentadas pelos dois partidos, o qual, segundo declarações dos
dois negociadores, seria «positivo». Alguns aspetos daquele documento
ofereceriam no entanto, segundo afirmou Machete, aspeto «duvidoso» pelo que a
sua aprovação ficaria dependente de um encontro entre Mário Soares e Mota
Pinto, previsto para hoje após o regresso do vice-primeiro-ministro e ministro
da Defesa de uma reunião da NATO, que decorreu em Bruxelas. A marcação da
comunicação ao país de Mário Soares foi, contudo, feita antes da chegada a
Lisboa do presidente do PSD e do encontro deste com o líder do PS. (…) esta
antecipação deve-se ao facto de Mário Soares dar o acordo com o PSD como facto
assente, independentemente do encontro que terá com Mota Pinto. Neste sentido,
aponta-se para um discurso «moderado e estabilizador» de Mário Soares, antecipando
a continuidade da coligação e eventualmente referindo algumas das medidas
acordadas com o PSD e a implementar no próximo ano.”   

Quarta-feira,
5, RTP 1, 20h30, Mário Soares: “Os portugueses, nos últimos dias, têm vivido
com alguma ansiedade as incertezas da situação política e do seu próprio
futuro. Como primeiro-ministro, estou aqui para dar resposta à opinião pública,
indo ao encontro das questões imediatas mas também de algumas preocupações de
fundo. É esse o meu dever de principal responsável pelo governo. Por força das
circunstâncias, tenho sido obrigado a falar muito de crise. Importa,
agora, conseguida uma certa recuperação financeira externa, introduzir um fator
ponderado de confiança. Os portugueses têm de saber que as dificuldades de
Portugal não são insuperáveis: têm solução. Se houver estabilidade política,
paz social e se puder contar-se com a vontade e a capacidade de trabalho do
maior número. A atuação do governo é aí importante mas não pode considerar-se
suficiente. Num sistema aberto, pluralista e participado, o impulso decisivo de
renovação tem de vir dos cidadãos e dos múltiplos organismos e associações em
que se inserem. É na vontade no bom senso dos portugueses que deve residir a
principal razão de esperança. A crise portuguesa tem causas nacionais
próprias, que vêm de longe. Mas tem, também, uma dimensão internacional, que
não pode ser subestimada. Portugal viveu cinco séculos fora das suas
fronteiras naturais e, em grande parte, de riquezas alheias.
Terminado o ciclo imperial, terá agora de se habituar a viver dos seus próprios
recursos, materiais e humanos. E só deles. É uma transformação abissal, que
deve ser compreendida por todos. Depois, com a liberdade, veio a explosão
reivindicativa, como se tudo fosse possível imediatamente, e vierem as chamadas
«conquistas revolucionárias», algumas delas inspiradas por uma falsa mitologia,
que o povo rejeitou nas urnas. A economia desregulou-se. Perdeu a aparência de racionalidade
que meio século de ditadura artificialmente lhe conferira e que a crise
internacional, alterando a partir de 1973 os pressupostos em que assentava, em
qualquer caso lhe retiraria.

O mundo hoje
está em profundíssima e acelerada transformação. Não são só os sucessivos
choques do petróleo, os aumentos do dólar e das taxas de juros, que afetam as
sociedades mais desenvolvidas e obrigam a dramáticas reconversões industriais.
É a dívida externa dos países menos desenvolvidos, com os juros a crescer todos
os anos em progressão explosiva. O desemprego aumenta, e conta-se por milhões,
mesmo nos países mais ricos. A inflação chega a atingir taxas de 4000 % ao ano
e mais. Os próprios valores se alteram, bem como as conceções ou referências
ideológicas. O Estado, providencia e as sociedades de consumo, baseadas na
crença de um progresso ilimitado, são mitos que pertencem ao passado.
É cada vez mais difícil encontrar recursos suficientes, que cheguem para pagar
as exigências, sempre crescentes, da segurança social, da saúde pública, do
ensino, das novas realidades ecológicas. Por outro lado, o fosso entre países
ricos e países pobres alarga-se todos os anos. Sob os nossos olhos, a batalha
das novas tecnologias, que se prossegue no espaço, a revolução da informática,
as novas técnicas audiovisuais, modificam os dados da realidade e continuam a
ficar definitivamente à margem dos países que não saibam inserir-se nessa
dinâmica de transformação. Tudo isto se repercute em Portugal, que não é mais
um país isolado do resto do mundo. Insere-se num determinado espaço económico e
geopolítico de que não pode fazer abstração. Pelo contrário, deve saber tirar
vantagem da sua posição estratégica, do prestígio internacional que readquiriu com
o 25 de Abril e dos trunfos que ainda lhe confere uma experiência histórica
riquíssima de contactos com povos de diferentes raças, culturas e regiões. (…).
Em relação aos países europeus mais avançados somos um país com atrasos sérios,
que urge remover. Mas não somos um país do Terceiro Mundo nem sequer, em termos
mundiais, um país pobre. As dificuldades por que estamos a passar, embora não
sejam simples, são superáveis. Umas, são conjunturais e têm sobretudo a ver com
condicionalismos externos de que podemos defender-nos mas não, em absoluto,
evitar. Outras, estruturais, residem em vícios, erros e atrasos, que vêm de
longe, e que nos obrigam agora a reformas no sentido da modernização, que não
podem ser adiadas. Com o 25 de Abril criou-se a ilusão de que era possível,
imediatamente, redistribuir melhor a riqueza, sem afetar a produção, e melhorar
as condições de vida dos portugueses, sem criar riqueza. Não era. (…). Mas as
classes com menor poder reivindicativo, os reformados, os menos apetrechados
profissionalmente, que vivem ao redor das grandes cidades em condições
infra-humanas, foram e são os mais sacrificados. Por outro lado, a fatura da
demagogia, do eleitoralismo e da inconsciência, quanto aos gastos públicos
improdutivos e as benesses distribuídas, é muito grande e estamos, principalmente
agora, a pagá-la.  

Sabemos hoje
que para os portugueses terem um horizonte de esperança havemos de ser capazes
de aumentar a produção, de fomentar a todos os níveis a criação de riqueza.
Para isso, importa racionalizar melhor os nossos recursos, disciplinar o
trabalho, modernizar o aparelho produtivo, atrair investimento. Não podemos
também perder – temo-lo dito – a batalha das novas tecnologias. Temos de
saber investir na massa cinzenta dos nossos cientistas. De nos empenhar a
fundo na formação técnico-profissional. Urge criar melhores condições às
universidades, estimular a investigação científica, dotar os laboratórios e
centros de pesquisa, em coordenação estreita com as empresas, públicas e
privadas, e com as necessidades das regiões. Só com o trabalho, com
persistência (o que implica tempo) e com estabilidade – num clima de liberdade,
de concertação social e de tolerância cívica – podemos criar as condições de
base indispensáveis a um futuro melhor para todos. Não há outro caminho.”
  

Terça-feira,
11, “Mário Soares e Mota Pinto assinam esta tarde, na presença das delegações
socialista e social-democrata que conduziram uma longa maratona de negociações,
o texto das cláusulas de desenvolvimento do acordo político parlamentar e de
governo entre PS e PSD. Finalmente! Depois de um ror de avanços e recuos,
jogadas subterrâneas destinadas a amedrontar o parceiro, PS e PSD optaram pelo
inevitável: a assinatura de um acordo que remete para o verão do próximo ano
o enterro de um cadáver chamado Bloco Central. (…). Finalmente, ontem, a
classe política dirigente do PSD sentiu que não podia esticar mais a corda: o
PS começava a dar provas de saturação, mostrava-se disposto a responsabilizar o
PSD perante o país do mal que viesse a acontecer. Mota Pinto que da parte da
manhã ainda mostrava relutância em assinar um acordo que não lhe dava
suficiente espaço de manobra na questão das presidenciais e amarrava o PSD a
calendários e posições de princípio quanto ao perfil do candidato
social-democrata, decidia à tarde, dar luz verde à assinatura do acordo. (…).
Resolvida a questão das presidenciais, ficava de fora um dos sonhos acalentados
pelo PSD durante a maratona de negociações: levar o PS a aceitar uma revisão
antecipada da Constituição. Sonho que alguns dirigentes do PSD defenderam até à
última. Foi, o caso de Ângelo Correia que, ontem, na reunião da Comissão
Permanente, dos sociais-democratas, tudo fez para que a sua linha de
pensamento predominasse: temos que aproveitar a ocasião para obrigar o PS a
antecipar a revisão da Constituição, terá afirmado. Cientes de que «não se
podia exagerar», os pares de Ângelo Correia optaram pelo realismo em detrimento
do sonho. Contrariamente a Ângelo Correia, eles não estão inclinados para a
rutura.”     

Quarta-feira,
5, “a PJ confirmou hoje à ANOP a detenção, em Lisboa, na passada segunda-feira,
de quatro espanhóis acusados de pertencerem ao grupo Edelweiss, que se dedicava
à prostituição infantil [3]. Os cidadãos
espanhóis, detidos na avenida Visconde Valmor, irão ser ouvidos pelo Tribunal
da Relação de Lisboa com vista à sua extradição, pedida entretanto pelas
autoridades policiais espanholas. De acordo com relatos da imprensa espanhola,
nomeadamente os jornais Ya e Diário 16, de Madrid, os quatro detidos pertenciam
ao grupo de extrema-direita Edelweiss, que escondia uma rede de prostituição
infantil masculina. Os jornais indicam que entre os detidos figura o chefe do
grupo, Eduardo González Arenas, de 38 anos, mais conhecido por Eddie, e Carlos de
los Ríos, Rafael Javier Bueno e Antonio Gutiérrez. As investigações da imprensa
espanhola conseguiram apurar que as atividades do grupo, centrado na zona
madrilena de Retiro, era alegadamente dedicada ao montanhismo, mas escondiam
uma rede de prostituição. De acordo com o El País, alguns pais denunciaram
casos de prostituição dos seus filhos, transferidos a pontos tão distantes como
Vigo, ilhas Canárias e Marrocos. Por outro lado, segundo declararam fontes
próximas da investigação, na última residência de González Arenas foram
encontrados ficheiros com dados relativos a crianças e suas famílias.” [4]     

Quinta-feira,
6, “dois reféns do avião das linhas aéreas do Kuwait desviado para Teerão foram
hoje mortos pelos piratas do ar quando tentavam escapar do aparelho, anunciaram
funcionários iranianos. Um outro refém de nacionalidade paquistanesa conseguiu
fugir sem aparentemente ter sido molestado, acrescentaram. Os cinco piratas do
ar, que possuem 98 reféns a bordo do Airbus desviado segunda-feira à noite
quando efetuava um voo entre o Kuwait e a cidade paquistanesa de Carachi, com
escala no Dubai, mataram anteriormente outro refém, aparentemente um diplomata
norte-americano. Este último incidente sangrento no interior do avião ocorreu
depois de uma delegação do Kuwait, dirigida por um funcionário superior dos
Negócios Estrangeiros, ter iniciado negociações com os cinco piratas do ar às
primeiras horas de hoje. A chegada da delegação do Kuwait seguiu-se a uma
exigência feita pelos piratas do ar para um encontro com o primeiro-ministro e
príncipe herdeiro daquele país, xeque Al-Abdullah Al-Sabah. Os piratas do ar
ameaçaram explodir o aparelho ou principiar a executar passageiros britânicos e
norte-americanos se não forem libertados das prisões do Kuwait 14 presos
condenados por atentados bombistas. Com as duas vítimas de hoje eleva-se a três
os reféns mortos pelos cinco piratas do ar. Estes ameaçam ainda matar mais dois
reféns, um cidadão do Kuwait e um diplomata norte-americano. Testemunhas
ouviram a possível vítima do Kuwait a gritar dentro do avião «eu sou muçulmano,
eu sou muçulmano». Os três mortos são um norte-americano abatido terça-feira e
dois cidadãos de Kuwait mortos, hoje, aparentemente durante uma luta a bordo em
que um paquistanês aproveitou para escapar. Os piratas permitiram que os dois
corpos fossem fotografados através das portas do avião. «Não me deixaram entrar
a bordo. Só vi as cabeças e os corpos dos mortos», disse um fotógrafo não
identificado à rádio de Teerão. «Vi dois piratas do ar. Um tinha um revólver na
mão e o outro uma granada. Falavam árabe e inglês», acrescentou.”        

Domingo, 9,“ao
fim de seis dias, terminou o sequestro do avião das linhas aéreas do Kuwait,
que se iniciou no Dubai e terminou na noite de domingo no aeroporto de Teerão.
A entrada de um grupo de agentes das forças de segurança iranianas, disfarçados
de trabalhadores da limpeza, às 20h30 TMG, permitiu que os quatro assaltantes
do avião fossem dominados e libertados os nove reféns que ainda se encontravam
no interior do aparelho. De acordo com a informação oficial iraniana, os
últimos nove reféns que permaneciam a bordo do avião, entre os quais o
comandante, de nacionalidade britânica, saíram ilesos da operação de
salvamento. Pouco antes do início da operação, os sequestradores tinham
libertado sete tripulantes, e tudo parecia indicar que nessa ocasião os
sequestradores iriam levar a cabo as suas ameaças. Os piratas do ar mataram os
diplomatas norte-americanos, Charles Hegna e William Stanford, funcionários da
Agência para o Desenvolvimento Internacional [5].
Os dois cidadãos do Kuwait, que os assaltantes diziam ter assassinado,
encontravam-se afinal no último grupo de reféns libertados. A meio da tarde de
domingo, os sequestradores, após uma longa conversa com as autoridades
iranianas da torre de controlo, leram o seu testamento e cortaram a
comunicação, recusando, ao mesmo tempo, quaisquer alimentos. Na altura,
disseram que estavam a iniciar as suas últimas orações e que iriam fazer
explodir o aparelho, uma vez que o governo do Kuwait tinha recusado as suas
exigências. Uma hora depois, mudaram de ideias e principiam as comunicações com
a torre de controlo para pedir comida e explicar que tinham acabado de colocar
explosivos em várias partes do aparelho. Nessa altura, libertaram sete
auxiliares de voo, o que deu a entender que estavam dispostos a cumprir as suas
ameaças. Depois nada mais se soube, a não ser que o sequestro tinha terminado e
que os assaltantes estavam detidos, enquanto os últimos nove reféns se
encontravam sãos e salvos. Segundo as autoridades iranianas, os assaltantes
tinham solicitado a presença de trabalhadores da limpeza. Agentes de segurança
iraniana, que estavam preparados, entraram disfarçados às 20h15 TMG e lograram
dominar os assaltantes «tomando as medidas necessárias para reagir à oposição
armada dos assaltantes», segundo a agência iraniana IRNA. Segundo outras
informações, foram escutados alguns tiros e, ao que parece, um dos assaltantes
ficou ferido no decorrer da operação de salvamento. Ao conhecer-se o desfecho
do episódio, o governo do Kuwait difundiu um comunicado onde agradece ao Irão a
ação levada a cabo.” [6]       

Sexta-feira,
7, “as grandes opções do plano para 1985 preveem um crescimento de 3 % e uma
inflação de 22 %. (…). O défice da balança de transações correntes subirá para
menos de 1055 milhões de dólares e a formação bruta do capital fixo crescerá em
volume 3 %, propõe o documento governamental. Para atingir aqueles resultados,
o governo considera três condicionantes: a balança de pagamentos, o setor
público alargado e os salários reais, «que em 1985 não se considera desejável
continuem a descer». O governo afirma também que em 1985 serão tomadas medidas
de disciplina financeira durante a execução orçamental. Sobre a evolução da
economia em 1984, o governo afirma que «o ritmo da queda da procura interna
deverá ter-se cifrado em cerca de 7,4 % em termos reais». «A componente da
procura interna que mais reflete este comportamento é a formação do capital
fixo (investimento), cuja taxa de evolução deverá andar próxima de menos de 20
%». O documento acrescenta que o consumo privado deverá ter uma taxa de
evolução próxima ou ligeiramente inferior a menos 3 %. «Esta previsão traduz
fundamentalmente a quebra do poder de compra dos trabalhadores por conta de
outrem». O texto refere também que «o índice de preços ao consumidor deverá
atingir a média anual de 30 %». «A produção agrícola deverá ter uma evolução
positiva real por via das condições climatéricas», acrescenta. Quanto à
produção industrial, o texto diz que esta «indica uma quebra de 4 a 5 % aquém
do valor atingido em 1983». Nas relações externas, o executivo afirma que se
verificou uma redução do défice da balança de transações correntes, a
diminuição das importações e o aumento das exportações «com uma taxa anual de
12 a 13 %». As remessas dos emigrantes têm evoluído a uma taxa negativa da
ordem dos 5 %, dada a subida do dólar em relação às restantes moedas, em
particular as europeias, refere o documento. O documento governamental diz
ainda que o Produto Interno Bruto diminuiu em 1984 em volume 2 %.”       

____________________

[1] Como Vítor
Correia, também a sra. Peel viu tudo. No episódio 16, da 5.ª
temporada, chamado “Who’s Who???”, da série “The
Avengers” (Os vingadores). Emma: “Agora, já vi tudo.” (O agente Hooper fora
morto e colocado, de chapéu de coco e guarda-chuva, sentado numa pilha alta de
caixotes, com umas longas andas, vestidas com umas longas calças), Steed: “O
Hooper.”, Emma: “O quê?”, Steed: “O Hooper. É um dos nossos melhores agentes,
um tipo muito reto.”, Emma: “Muito.”, Steed: “Bom, vamos ver mais de perto.”,
Emma: “Deve ter sido morto com isto (mostra a pistola). (Cheira o botão de rosa
que estava enfiado no cano). É uma Gloria Carmesim, ganhou o primeiro prémio,
na exposição de flores de Chelsea.”, Steed: “É também o nome de código do
Hooper: uma rosa. Ideia do major B. Detesta a ideia de os nossos rapazes serem
um monte de espiões, prefere um ramo de agentes.”

[2] Os
comentadores acagaçaram-se, trocaram o clube por uns patacos, mas a massa
associativa, felizmente, ruge de corpo, alma e espírito leoninos. “Um discurso
inflamado de vitória de Bruno de Carvalho, pedindo um boicote aos jornais e às
televisões portuguesas, levou alguns sócios do Sporting a saírem da assembleia
geral deste sábado [17/02/2018] e agredirem jornalistas que estavam junto ao
Pavilhão João Rocha. Os sócios saltaram as grades que serviam de vedação para
insultarem e pontapearem os repórteres e as câmaras. Valeu a intervenção da
PSP, que fez um cordão para proteger os profissionais da comunicação social,
evitando que o incidente atingisse maiores proporções. Os jornalistas foram
escoltados até aos carros.” em Correio da Manhã, 18/02/2018.

[3] “Eduardo
González Arenas, Carlos de los Ríos, Rafael Javier Bueno Huertas e Antonio
Gutiérrez Rodríguez são os quatro dirigentes do grupo Edelweiss detidos em
Lisboa, e sobre os quais foi solicitada a extradição pelas autoridades
espanholas. Um inexplicável descuido das autoridades portuguesas e espanholas
proporcionou à revista Interviú parte da documentação do grupo Edelweiss. Os
serviços prisionais portugueses investigam em que circunstâncias os detidos
puderam contactar o exterior e, em particular, enviar uma declaração escrita de
González Arenas. Os pedidos de visitas feitos através dos canais competentes
foram recusados pelas autoridades portuguesas, alegando existência de
convenções internacionais que protegem indivíduos em prisão preventiva, a suspeita
de suborno de algum funcionário motivou a abertura de um processo disciplinar.
O dono da Pensão Ouriço, em Lisboa, onde estavam hospedados os três
companheiros de González Arenas, no momento da sua detenção na capital
portuguesa, a 4 de dezembro, confirmou que foi no dia 18, pela noite, quando
apareceram os indivíduos, «aparentemente um espanhol e um português», que
afirmaram que tinham sido encarregados pelos três espanhóis para recuperar a
bagagem que tinham deixado no quarto. Francisco Rodrigues, satisfeito por
alguém se oferecer para pagar a conta – «de 19 467$50 escudos (19 500
pesetas)» – não ofereceu qualquer resistência a entregar «duas malas, tamanho
pequeno, uma maleta e dois ou três sacos com roupa e alguns objetos que tinham
ficado no quarto», sem sequer ter o cuidado de pedir a identificação dos
visitantes, segundo a versão dos factos. Tinham passado duas semanas desde a
detenção, e a polícia que prendeu González Arenas à porta da Pensão Ouriço, e
posteriormente interrogou o seu proprietário, «não subiu ao quarto» nem pediu
que fosse entregue a bagagem (a). A existência da bagagem era conhecida do
consulado de Espanha em Lisboa, uma vez que o chanceler que visitou González
Arenas e Carlos de los Ríos nos calabouços da Zona Prisional anexa à Polícia
Judiciária disse a esta correspondente [Nicole Guardiola] que o primeiro lhe
deu a direção da pensão onde estava instalado para que fosse recolher os
objetos pessoais que ficaram no quarto. O funcionário diplomático recusou
satisfazer este pedido alegando que o caso pertencia à jurisdição da polícia
portuguesa.”

___

(a) Ou outra versão: “González Arenas e três dos seus
lugar-tenentes - Carlos de los Ríos, Rafael Bueno e Antonio Gutiérrez foram
detidos a 4 de dezembro de 1984 quando jantavam num restaurante na avenida
Visconde de Valbom, em Lisboa.”

[4] «O líder do
Edelweiss, condenado a 168 anos de prisão por 28 crimes de corrupção de
menores». Esta parangona do El País de 23 de outubro de 1991 apoiava-se numa
foto de Eduardo González Arenas, mais conhecido por Eddie, um homem de 44 anos,
sério, cabisbaixo, com fato azul e camisa branca de colarinho duro. O juiz
acabava de mandá-lo para a prisão por uma larga temporada, depois de considerar
provado que ele, junto com os seus lugar-tenentes Carlos de los Ríos, Ignacio
de Miguel, e mais outros sete homens, tinham organizado um grupo de montanhismo
com o intuito de abusar sexualmente de rapazes entre os 11 e 14 anos. A
organização chamava-se Edelweiss, que é o nome de uma flor que cresce no alto das
montanhas. Até então, sob pretexto de fomentar o desporto e o contacto com a natureza,
levaram as crianças com autorização dos pais. Ninguém suspeitou que desde a
primavera de 1983 até ao mês de novembro de 1984 esses rapazes foram obrigados
a manter relações homossexuais. Muitos chegaram a ser sodomizados. Todos
guardaram o segredo. Só assim poderiam ser escolhidos por Eddie para alcançar o
planeta Delhais e livrar-se do cataclismo nuclear que, com toda a certeza,
destruiria a Terra em 1992. (…).

Eddie era na
verdade o príncipe Alain, enviado por forças extraterrestres para levá-los para
o Planeta dos Rapazes, um lugar para além das estrelas, onde só os eleitos
poderiam entrar. Só eles eram chamados a conhecer o verdadeiro sentido da
liberdade, do amor e da justiça. Havia também outro segredo. Revelou-o Eddie e
todos acreditaram: «A mulher é uma imperfeição, um símbolo do mal, aí tendes o
exemplo de Eva». (…). Às vezes, a Edelweiss procurava o alibi da igreja ou da
ecologia. O primeiro lugar que a organização usou para reunir os seus jovens
montanhistas pertencia à paróquia do Sagrado Corazón, na Plaza del Perú. Depois
mudou-se para um quiosque situado perto do Palácio de Cristal del Retiro, a que
todos se referiam como La Cabaña. Desde o início dos anos 70 até ao dia de
novembro de 1984, quando a polícia desmantelou a Edelweiss e prendeu os seus
dirigentes, todos os grupos de montanhismo organizados por Eduardo González
Arenas se apoiaram em três das suas obsessões: homens, planetas e fardas (b).
(…). A sentença que condenou Eddie a 168 anos de cadeia coloca ênfase especial
na sigla A.P., um dos códigos secretos que usavam os membros da organização:
«Os réus tinham ensinado aos menores que, perante a presença de estranhos,
falariam com termos que não pudessem decifrar o seu verdadeiro significado,
assim, quando falavam em jogar xadrez, referiam-se a manter todo o tipo de
contactos homossexuais; se falavam do seu A.P., queriam referir-se à sua
Amizade Particular, uma relação semelhante àquela conhecida como noivado. (…). O
julgamento realizou-se no mês de setembro de 1991. (…). Meninos que tinham
estado em tratamento psiquiátrico durante anos para esquecer o pesadelo,
viram-se obrigados, de uma forma brutal, a relatar cada gota da sua
experiência. (…). Nenhum, no entanto, recusou a ocasião para contar o seu
violento despertar para as relações sexuais: «Coitos anais com ejaculação,
tentativas de coitos anais, ejaculação entre as pernas, masturbações
reciprocas, caricias em zonas erógenas, beijos…».”    

___

(b) «Matei-o e ponto final». Juan Martín
García, Juanito, de 20 anos, contou ontem [28/06/1999] com precisão como
assassinou o líder da seita Edelweiss, Eduardo González Arenas, alcunhado
Eddie, de 51 anos, a 1 de setembro de 1998 na esplanada de uma gelataria da
zona turística de Santa Eulalia del Riu, na ilha de Ibiza. «Lentamente
cortei-o. Fiz-lhe um golpe no pescoço», confessou o acusado diante de um júri,
na secção do julgamento que começou ontem na Audiência de Palma de Maiorca.
Oito horas após o crime, García foi detido. O procurador pede 17 anos de cadeia
pelo assassinato, enquanto a defesa reclama absolvição porque alega que cometeu
o homicídio afetado por transtornos mentais – esquizofrenia – e atitudes
antissociais. A vítima, Eddie, vivia com a mãe em Ibiza – onde geria um bar –
desde 1996. Estava em liberdade condicional, depois de ter sido condenado em
1991 a uma pena de 168 anos de cadeia, como autor de 28 crimes de abuso de
menores, num escândalo que teve grande ressonância pública. Fez amizade com um
gangue de jovens relacionado com o assassino confesso. Um ano antes do crime, García
apresentou uma queixa contra González por supostos abusos sexuais de menores a
quem oferecia dinheiro e roupas de marca.”

“O jovem de
Ibiza confessou o crime imediatamente depois de ser detido num bar na cidade
velha de Santa Eulalia. Em estado de grande excitação, ofereceu-se para
acompanhar os polícias ao lugar onde tinha atirado a faca, o canal de um rio
seco da cidade. Juan M. G. era muito conhecido em Ibiza pelas suas atividade
criminosas «de pouca monta», segundo a polícia, e as suas incursões no mundo da
prostituição masculina. Durante algum tempo viveu em Can Capellà, na casa do
padre de Santa Eulalia, que dava abrigo a rapazes com problemas de drogas e
adaptação social. «Era um jovem encantador e muito educado, conhecia o Eddie
porque frequentava o bar Sa Gabiá (A Jaula)», explicou o presidente da Câmara
de Santa Eulalia, Vicente Guasch.”

“O Tribunal
Superior de Justiça das ilhas Baleares condenou ontem [08/07/1999] Juan Martín
García a 17 anos de cadeia pelo assassinato de Eduardo González Arenas, Eddie,
líder de la seita Edelweiss, depois de um júri o considerar culpado. A sentença
estabelece também que o acusado deve indemnizar a mãe da vítima com 20 milhões
de pesetas.”

[5] “Um juiz
federal condenou ontem [22/01/2002] o Irão a pagar 42 milhões de dólares à
família do funcionário da Agência para o Desenvolvimento Internacional (AID) executado
por militantes do Hezbollah durante o sequestro de um avião das Kuwait Airways em
1984. Foi o mais recente de uma série de vereditos contra o governo iraniano
relacionados com o seu apoio ao terrorismo. O juiz distrital Henry H. Kennedy
Jr. concedeu à família de Charles Hegna, um auditor da AID, danos decorrentes do
desvio do voo 221 das Kuwait Airways, a 4 de dezembro de 1984. (…). Os
terroristas forçaram o avião a aterrar em Teerão. Organizaram uma busca aos
passaportes dos passageiros e, quando concluíram que Hegna, 50 anos, era
americano, arrancaram o residente de Sterling, Virginia, do seu assento. Foi
ameaçado, agredido e baleado no estômago. Foi então empurrado da porta do
avião, caindo no asfalto.”

[6] “Mustafa
Badreddine, um convencido fabricante de bombas libanês, e um dos arquitetos do
terrorismo islâmico, foi enterrado sexta-feira [13/05/2016]. Ele era o
principal comandante militar do Hezbollah e, junto com o seu cunhado Imad
Mughniyah, que morreu em 2008, planeou uma das mais longas ofensivas de
violência – atentados à bomba, raptos, assassinatos e desvios de aviões – no
Médio Oriente. Badreddine, que tinha 55 anos, foi morto numa misteriosa
explosão na Síria, onde ele comandava pelo menos seis mil combatentes do
Hezbollah que estão apoiando o presidente Bashar Assad. Há alguns meses, ele
jurou: «Não regressei da Síria a menos que seja um mártir ou um portador da
bandeira da vitória». Regressou num caixão. «Juntamente com Imad Mughniyah e
alguns outros, Badreddine iniciou a era de terror moderno em que ainda
vivemos», disse Ryan Crocker, antigo embaixador no Líbano. «Não poderia estar
mais feliz que alguém matasse o filho da puta». Badreddine ganhou fama por
desenvolver uma sofisticada técnica de uso de gás para aumentar o poder dos
explosivos plásticos. Foi usada no atentado suicida de 1983 ao complexo dos U.S.
Marines em Beirute, a maior perda de pessoal americano num único incidente
desde Iwo Jima, em 1945. O seu nome não apareceu publicamente até dois meses
depois, quando um camião carregado com 45 cilindros grandes de gás ligados a
explosivos atravessou os portões da embaixada americana no Kuwait. O anexo da
embaixada ruiu, ondas de choque partiram janelas e portas por vários
quarteirões, incluindo as do Hotel Hilton do outro lado da rua. Contudo, o
condutor bateu no prédio errado, falhando a chancelaria principal, e apenas um
quarto dos cilindros explodiu. (…).

Nas próximas
horas, outras cinco bombas explodiram na cidade de Kuwait, incluindo uma na
embaixada francesa. O impacto soltou um grande lustre de cristal por cima da
secretária do embaixador falhando a sua cabeça por centímetros. Bombistas
suicidas também atingiram a torre de controlo do aeroporto do Kuwait, os
alojamentos dos funcionários americanos da Raytheon, a maior refinaria de
petróleo kwaitiana e a sua principal central elétrica. É atribuída a Badreddine
a ideia de atacar múltiplos locais ao mesmo tempo – uma tática adotada pela Al
Qaeda, o Estado Islâmico e outros. (…). Badreddine não se safou com os
atentados do Kuwait. Ele e mais vinte foram capturados, e dezassete foram
condenados. Um tribunal kuwaitiano condenou-o à morte, mas a sentença não foi
executada, e ele provou ser tão perigoso na prisão como fora dela.  Badreddine, um xiita libanês, trabalhava de
perto com Mughniyah, que era seu primo e também cunhado, (Mughniyah casou-se
com Saada, irmã de Badreddine). Eles treinaram no princípio na Fatah, a ala de Yasser
Arafat da Organização de Libertação da Palestina. Eles estavam entre os
primeiros recrutas para um novo movimento xiita promovido pela Guarda
Revolucionária do Irão, depois da invasão israelita do Líbano em 1982. Após a
condenação de Badreddine, Mughniyah lançou uma série de ataques para pressionar
o Kuwait a libertá-lo. Eles incluíram pelo menos três sequestros de voos
comerciais. A captura do voo 221 das Kuwait Airways, que se arrastou durante
seis dias em 1984. Dois passageiros, funcionários de Agência para o
Desenvolvimento Internacional, foram baleados, os corpos atirados no asfalto em
Teerão. Em 1985, o sequestro do voo 847 da TWA durou duas semanas. Robert Dean
Stethem, um mergulhador dos Seabee da marinha dos EUA, foi baleado e o corpo
atirado no asfalto em Beirute. E a provação do voo 422 das Kuwait Airways, em
1988, demorou dezasseis dias. Dois kuwaitianos foram baleados e os corpos
deixados no asfalto em Lárnaca, Chipre. Em cada episódio, a exigência principal
era a libertação dos Kuwait 17, como Badreddine e os seus companheiros presos ficaram
conhecidos. Como essa tática falhou a libertação de Badreddine, a célula de
Mughniyah começou a apanhar americanos nas ruas de Beirute, lançando uma onda
de tragédias de reféns que continuou por sete anos. (…). No final, Badreddine
foi libertado quando as tropas de Saddam Hussein invadiram o Kuwait, em 1990.
Fosse intencional ou acidente, as prisões foram esvaziadas. Badreddine logo
regressou a Beirute.”

na sala de cinema

“Just Before Dawn” (1981),
real. Jeff Lieberman, c/ George Kennedy,
Mike Kellin, Chris Lemmon … sob o título local “Madrugada alucinante” estreado
sexta-feira, 22 de outubro de 1982 no cinema Roma. Na semana seguinte,
sexta-feira, 29 de outubro também em exibição no Cinestúdio na Amadora. “Dois homens, Ty (Mike
Kellin) e Vachel (Charles Bartlett) estão a caçar na floresta e deparam-se com
uma igreja abandonada que vão explorar. Depois de Ty bater com o camião numa
árvore, Vachel é esfaqueado com um machete serrilhado, por um atacante soltando
risadas, que então veste o chapéu e blusão de Vachel. Ty, vendo o assassino
sair da igreja, foge sorrateiramente para a floresta. Entretanto, o guarda
florestal Roy McLean (George Kennedy) está em casa, onde chega uma carrinha de
cinco jovens adultos dirigindo-se para a propriedade rural que um deles herdara.
Apesar da sua insistência para não se aventurarem na montanha, os cinco
continuam. São eles: Warren (Gregg Henry), a sua namorada Constance (Deborah
Benson), Jonathan (Chris Lemmon), e a sua namorada Megan (Jamie Rose) e Daniel,
o irmão de Jonathan (Ralph Seymour)”. Factos:
“Jeff
Lieberman foi contratado para realizar um slasher
religioso chamado «The Last Ritual», mas só aceitou se se tivesse a
possibilidade de fazer alterações no argumento que, segundo o próprio diretor,
não prestava. Lieberman já tinha comprovado seu talento com as duas
longas-metragens anteriores, «Squirm» (1976) [sob o titulo local «A noite do
terror rastejante» estreado sexta-feira, 14 de julho de 1978 no Apolo] e «Blue
Sunshine» (1977), era visto naquele período como uma espécie de auteur do género, portanto, os
produtores não pensaram duas vezes e deixaram o homem fazer as mudanças que bem
entendesse desde que não fugisse das fórmulas do slasher movie, tão em voga naquela altura. Inspirado em «Deliverance»
(1972), de John Boorman, [sob o título local «Fim de semana alucinante»,
estreado sexta-feira, 16 de março de 1973 no Roma], Lieberman criou um horror
rural de primeira linha e cortou tudo relacionado a religião, não teria mais
ritual algum na história, o título original não fazia mais sentido. «The Last
Ritual» acabou tornando-se «Just Before Dawn».” “O realizador Jeff Lieberman
disse que inúmeros estranhos apareceram no local de filmagem no dia em que a
cena de Jamie Rose [1]
nadando de tetas de fora foi filmada. Lieberman disse que a notícia desta
filmagem, aparentemente, tinha sido divulgada entre os guardas florestais.” “Firefox” (1982), real. Clint Eastwood, c/ Clint
Eastwood, Freddie Jones, David Huffman … estreado quinta-feira, 4 de novembro
de 1982 no Império e no Politeama. “Uma conspiração conjunta anglo-americana é
planeada para roubar um caça soviético altamente avançado (MiG-31, código da NATO,
‘Firefox’) que é capaz de atingir mach 6, é invisível aos radares e carrega
armas controladas pelo pensamento. O antigo major da Força Aérea dos EUA,
Mitchell Gant, veterano do Vietname e ex-prisioneiro de guerra, infiltra-se na
União Soviética, ajudado pela sua capacidade de falar russo, (devido a ter tido
mãe russa), e uma rede de dissidentes soviéticos, três dos quais são cientistas-chave
a trabalhar no próprio caça. O seu objetivo é roubar o Firefox e levá-lo para
território amigo para análise.” Factos: “As imagens do submarino Mother
One quebrando a superfície são recicladas de «Ice Station Zebra» (1968), sob o
título «Missão no Ártico» estreado quinta-feira, 15 de janeiro de 1970 no
Condes e no Roma.”
“A sequência do helicóptero perseguindo Gant é adaptada do Aérospatiale Gazelle
usado na filmagem de «Blue Thunder» (1983), sob o título local «Operação Thor»,
estreado sexta-feira, 11
de novembro de 1983 no Imperio e Politeama.” “O plano original era usar um caça
a jato sueco JA 37 Viggen
como a aeronave soviética, mas o governo sueco recusou a autorização.” “A
história é vagamente baseada num evento verdadeiro em que um piloto de caças
soviético (Viktor Belenko) desertou para o Japão a 6 de setembro de 1976. Belenko estava colocado na base
aérea de Chuguyevka, na província Krai do
Litoral, URSS, de onde levou um MiG-25 para Hakodate no Japão – juntamente, ele
trouxe o manual de piloto a partir do qual a Força Aérea dos EUA avaliou e
testou a nave. A Força Aérea determinou que o MiG-25 era mais um intercetor que
um caça-bombardeiro (que o F-15 Eagle era superior, mais tarde demonstrado pela
Força Aérea Israelita que os usou no combate contra os MiGs sírios - também tinham o MiG-25
- sem perdas. Porém, o MiG-25 usado pelos sírios teria sido o modelo de «exportação»
- as versões de aviões militares que a maioria das principais nações vendem são
de desempenho inferior aos modelos domésticos). O MiG capturado foi mais tarde
desmantelado pelos técnicos japoneses e devolvido à União Soviética.” “Uma nova
técnica de efeitos especiais para a filmagem de sequências de voo, chamada fotografia reverse bluescreen, foi
desenvolvida por John Dykstra para este filme. A Wikipédia afirma que o
processo envolvia «revestir o modelo com tinta fosforescente e fotografando-o
primeiro com iluminação intensa contra um fundo preto e depois com luz
ultravioleta para criar os cache / contre-cache
necessários para separar o modelo em primeiro plano da imagem de fundo. Isto
permite fotografar o modelo preto brilhante voando num céu azul e neve branca
reluzente; comparar isso com a técnica bluescreen
tradicional usada em «O império contra ataca» (1980), estreado sexta, 19 de
dezembro de 1980 no Condes, Império e Satélite.” “Imi Hageneralit” (1979), real.
Joel Silberg, c/ Zachi Noy, o gordo
de “Gelado de limão” … sob o título local “Minha mãe… a generala” estreado quinta-feira,
29 de outubro de 1981 no Castil. “Uma mãe vai à base do filho para o manter
gordinho.” “Me olvidé de vivir” (1980), real. Orlando Jiménez Leal, c/ Julio
Iglesias, Isa Lorenz, Carol Lynley … sob o título local “Esqueci-me de viver”
estreado sexta-feira, 4 de dezembro de 1981 no Odéon [2].
“Julio Iglesias, cantor mundialmente conhecido, termina em Paris a sua tournée
pela Europa e, antes de começar a próxima pelos Estados Unidos, decide tirar
uns dias de folga na pacata ilha Contadora, no Panamá. Aí conhece Claudia, uma
estudante alemã de arqueologia, para quem o mundo do cantor é totalmente
desconhecido.” [3]
“Long xiong hu di” (1972),
real. Chia Wen Sun, c/ Chin-Ku Lu, Charlie Chin, Ingrid
Yin-Yin Hu … sob o
título local “Falcões em duelo” estreado quinta-feira, 2 de julho de 1981 no
Politeama. “Os mais arrebatadores e vibrantes duelos entre chinos e japoneses!
Um elenco de categoria.”
“Okada, líder das forças invasoras japoneses, domina uma das províncias do
norte da China. Aquele que não obedecer será executado. Ele também quer forçar
a família Tang a vender-lhe as terras. Mas os Tang defendem-se, não se deixam
intimidar por sequestro e assassinato, pelo contrário, o filho Kwan Fu assume a
luta contra Okada.”
“Licensed to Love and Kill” (1979),
real. Lindsay Shonteff, c/ Gareth Hunt,
Nick Tate, Fiona Curzon … sob o título “Agente n.º 1… o maior” estreado quinta-feira,
13 de novembro de 1980 no Politeama. “O agente secreto Charles Bind é chamado
para investigar o desaparecimento lorde Dangerfield, um diplomata britânico. A
pista conduz Bind à filha de Dangerfield, Charlota Muff-Dangerfield, chamada «Lotta Muff», a um
ambíguo senador americano chamado Lucifer Orchid e ao correspondente a Bind nas
forças do mal, o Ultra One.” “N.º 1 of the Secret
Service” (1977),
real. Lindsay Shonteff, c/ Nicky Henson, Richard Todd, Aimi MacDonald … sob o
título local “N.º1 do serviço secreto” estreado terça-feira, 11 de maio de 1982
no cinema Águia [4]
no Porto. “O excêntrico Arthur Loveday decide fazer a sua parte pela paz
mundial mandando assassinar influentes financeiros. Com as agências de
segurança normais impotentes para evitar as mortes, o governo de sua majestade
envia o seu principal agente, Charles Bind, que tem licença para matar. Loveday
concretiza as suas façanhas através de uma organização de mercenários chamada K.R.A.S.H.
(Killing, Rape, Arson, Slaughter and Hit). Bind enfrenta-os com o seu par de
pistolas modelo 66 Smith & Wesson calibre .357 Magnum, e uma metralhadora Browning
M2 calibre .50 para ajuntamentos.”

____________________

[1] Jamie Rose, 1,70 m, 50 kg, 86-56-91, olhos
verdes, cabelo ruivo, nascida a 26 de novembro de 1959 em Nova Iorque. “O meu
primeiro trabalho profissional foi em 1967. Saltei e abanei ao lado do Bugs
Bunny num anúncio da Kool-Aid chamado «Kool-Aid A Go Go!» (sou o diabrete de cabelo
encaracolado, minissaia e botas pequenas). Fiz mais alguns anúncios em criança:
cachorros-quentes Armour, cereais Life, episódios das séries «Family Affair» e
«Green Acres». Aos 19 anos tinha três anúncios nacionais no ar, interpretei um
papel principal no filme de culto «Just Before Dawn», e fui selecionada para o
elenco de «Falcon Crest» (no papel de Vickie Gioberti), um programa que estava destinado
a tornar-se numa telenovela emblemática dos anos oitenta.”  

[2] “Me olvidé de vivir” é a versão
castelhana da canção “J'ai
oublié de vivre” (1977), de Johnny Hallyday; a
versão alemã, “Und
das nannte er Leben” (1978), esteve a cargo do cantor germano-sul-africano Howard Carpendale;
a brasileira, “Me
esqueci de viver” (1979), cantou-a José Augusto; e, como não podia deixar de ser, não se
esqueceu Tony
Carreira, no seu
álbum de 2014, “Nos Fiançailles, France / Portugal”.

[3] O cantor romântico configura o mais
violento atentado contra as mulheres, contra a mulieris dignitatem, contra
a sua corporeidade, contra a sua liberdade e é a origem histórica de todo o
assédio. A voz delicodoce, os gestos suaves, as palavras maviosas insinuantes
de uma falsa felicidade grudada ao seu amor, para sempre pop-ups de coraçõezinhos flutuantes, abriram a buceta de Pandora: olhares,
apalpões, beliscões, piropos, palmadas, beijos não consensuais, coitos, afortunadamente,
denunciados na Era #MeToo (tradução
literal em português: as cabras de Hollywood tiveram de abrir as pernas para
subir na vida - suspiro - ai, ai, que peninha o mundo tem). As coristas /
bailarinas de apoio do cantante espanhol são exemplo da opressão, humilhação,
subjugação, predação que as mulheres suportam, obrigando-as a movimentos incómodos, dolorosos,
contranaturos, estranhos ao corpo feminino; e com o cantante fígaro assediando:
“Si tuviera 30 años… ¡No
puedo ni cantar!”, e insultando a mulher com ofensivo gesto benza-o Deus (Julio benze-se
olhando para a bailarina). A pobre vítima deste rebaixamento em palco - que não
se repetirá no pós-#MeToo - é a desditosa Carolina Gonzalez.

Carolina
Gonzalez Betancourt. “Foi um passo de salsa, a mesma salsa que dançava com desenvoltura aos 11
anos nas festas do seu bairro, em Cali, que lhe outorgou o seu novo título:
bailarina do cantor espanhol Julio Iglesias. Nervosa, mas sobretudo cansada,
pois o seu trabalho como empregada de mesa na pizaria Archie’s em Miami
deixava-a exausta, Carolina chegou há quatro anos a Atlantic City para se
apresentar numa audição para o cobiçado posto. «Começou a toca ‘La gota fría’ e Julio disse-me que acompanhasse
a coreógrafa. Era um passo fácil, de salsa, e imitei-o. Cinco minutos depois
disse-me: ‘Bem-vinda, és a nova bailarina do grupo’. Eu não entendia nada, só
via que todos sorriam para mim», conta Carolina.” “O seu início profissional está
ligado ao mundo da passerelle, do qual confessa uma situação relacionada com os
começos: «Com 18 anos, não tinha experiência nenhuma e participei num dos
eventos mais prestigiosos do meu país, Colombiamoda. Estava muito nervosa! Ao
começar a pisar a passarela, enredou-se o vestido… a passarela ficou
interminável… finalmente, agi com naturalidade e ninguém me disse nada».
Carolina define-se como uma pessoa muito dedicada à família e tremendamente
apaixonada pelos seus pais, que deseja, a cada instante, ser feliz e realizar
todos os seus projetos de vida junto dos seus. Esta jovem colombiana, que move
as ancas ao ritmo de
«Baila morena»,
«La gota fría» ou «El bacalao» em todos os espetáculos, começou a
trabalhar com Julio Iglesias após realizar uma audição, na qual o espanhol mais
internacionalizado ficou cativado pela sua dança, mistura de expressividade e
fluidez, que é ao mesmo tempo exigência, disciplina e precisão de movimentos
elegantes.”

As famosas coristas de Julio: Liliana Núñez (República Dominicana); Alina
Korniiets (Ucrânia); Sílvia
Morais (Brasil); Anastasia Makarova (Rússia); Larissa Villalba (Paraguai); Carolina Gonzalez
(Colômbia); Alona Berry (Ucrânia); Wendy Moten (Estados Unidos); Jessica Oliveira
(Venezuela); Patricia Motta... Em 1978, Julio contratou as trigémeas, Las
Trillizas de Oro, María Emilia, María Eugenia e
María Laura Fernández Rousse. Em 2018, elas falaram desses tempos. “María
Eugenia: «Hoje, Julio Iglesias estaria de cana, porque, não só elas se
aproximavam dele, ou ele se aproximava das raparigas, como lhes tocava. Hoje
estaria em tribunal e dar-lhe-iam prisão perpétua». Dito isso, opinou: «Era
muito carinhoso e afetuoso». «Dava beijos na boca a todas, estaria em prisão
perpétua», sublinhou, enquanto María Laura acrescentou: «As fãs, doidas por
ele, faziam bicha». Sem revelar nomes, Emilia contou: «Batiam à porta e
perguntavam: ‘Acabaste? É a minha vez!’». (…). María Laura assegurou que umas
«subiam por uma escada» e as outras «desciam por um elevador». «Saía uma do
quarto e entrava outra, e não se cruzavam», detalhou. Quando lhes perguntaram
se nalgum momento o sedutor Julio
Iglesias tentou engodá-las, as três coincidiram em negar que algo assim tivesse
alguma vez sucedido. «Nunca pôde, estávamos rodeadas da mamã e do papá, o nosso
agente, não podia nem olhar para nós. Além disso, ele tinha 37 anos e nós, 18,
não éramos fanáticas, o que ajuda a ser compincha. Ele tratava-nos como as suas
meninas, mas meninas, como diz a palavra».”  

A cultura de
impunidade era tal que, antes do #MeToo, numa só canção, “El bacalao” (no programa “Susana Giménez” da TV argentina, em 2007), Julio
dava-se ao luxo de menoscabar não uma mas duas mulheres, Jessica Oliveira e Liliana
Núñez, um estado de coisas que hoje nos envergonha.

[4] “O Café Águia D’Ouro abriu as suas
portas no primeiro mês de 1839, por lá passaram algumas figuras ilustres
portuguesas como Camilo Castelo Branco e Antero de Quental [Camilo Castelo Branco no tempo em
que morava no Porto, na Rua de S. Lázaro, ia quase todas as tardes para o
antigo e afamado botequim da Águia d’Ouro jogar o dominó, quando não ia para o
café das Hortas].
No teatro, com entrada lateral ao café, também passaram inúmeros artistas. Em
1908 esta velha casa, abre-se também ao cinema. A novidade era o Cronomegaphone,
considerado «o mais moderno aperfeiçoamento do cinematógrafo falante», não
sendo cinema sonoro, já que este só apareceu 20 anos mais tarde. Ainda em agosto
de 1907, chegara a estrear o «Cynematographo Edison» sendo o espetáculo
dividido em três partes e visto com um só bilhete, os preços para a altura eram
bastante económicos; cadeiras 100 réis e galerias a 50 réis. Em 15 de setembro
de 1930 viria a inaugurar-se o cinema sonoro com o filme «Jazz Singer» com Al Jolson
[estreado na quarta-feira, 27 de fevereiro de 1929, no Odéon, como filme mudo,
por não haver ainda aparelhagem sonora em Portugal] (a). O Águia seria então uma das
melhores salas do Porto.” (b)

___

(a) Sábado, 5 de abril de 1930. Royal
Cine ∙ rua da Graça, 100 – Telefone N. 6791 ∙ Hoje – às 21,30 horas ∙ Estreia
em Portugal do CINEMA SONORO, em aparelhos da Western Electric Co. os mais
aperfeiçoados do mundo, com o sensacional filme da Metro Goldwyn Mayer.
«Sombras Brancas» [«White
Shadows in the South Seas» (1928), real. W.S. Van Dyke, Robert J. Flaherty, c/ Monte
Blue, Raquel Torres, Robert Anderson] ∙ assombrosa interpretação de Raquel
Torres e Monte Blue ∙ Completam o programa um DIÁRIO SONORO e algumas das mais
célebres canções de George Washington, Odette Myrtill e The Revellers. ∙
Marcam-se e vendem-se bilhetes para os primeiros dias no ROYAL CINE e no ROCIO,
110. ∙ DIAS ÚTEIS – Matinées às 16 horas, soirée às 21,30 ∙ DOMINGOS – Matinées
às 14 e 17,30 horas e soirée às 21 horas. 

(b) «Nessa época (primeiro quartel séc.
XIX) iam as famílias do Porto ao teatro de mantilha pela cabeça, e nos dias de
chuva não faziam reparo em as sacudir para a plateia, estendendo-as depois pelo
camarote abaixo. Um alguidar de arroz, com um galo espetado no meio,
acompanhava sempre o rancho, que se estabelecia comodamente à roda do petisco,
conservando os ouvidos apurados para os chistes das comédias, e os olhos
prontos para manifestar as impressões causadas pelas infelicidades do drama. Cada
um descansava o seu corpo numas cadeirinhas de pinho, alugadas por 10 reis, à
entrada, mas consta-me que se estava perfeitamente no teatro. Oh! Nos bons
tempos tudo era mais forte! A ceia ia, porque se representavam 10 atos de cada
vez. Quando a peça não os tinha, faziam-se dando espetáculo de tarde e à noite
e muita gente ficava nos seus lugares para assistir a ambos, e até penso que
havia algumas famílias que ficavam para o dia seguinte, indo já prevenidas com
travesseiros. Este uso do ator não falar para a plateia, nem os espectadores
para a cena, ainda não existia. O espectador quando se distraía, pedia ao
artista que lhe repetisse o dito, e o homem, se não estava para isso, dizia-o
com toda a franqueza, lembrando ao curioso que o fosse ouvir pra outra vez. Nos
bons tempos, não era a moda que levava ao teatro: era o puro amor da arte! O
sentimento da compaixão, que faz com que atualmente o público, às vezes esteja
ouvindo com todo o sossego o artista enfermo, era proibido. Quando, diante dos
nossos avós, alguém aparecia constipado em cena, um osso arremessado da quarta
ordem, mandava logo esse alguém para a cama, isto é, lembrava-lhe o lugar dos
enfermos». In O Tripeiro, Volume I, por Agostinho Albano em 1871.”

no aparelho de televisão

“Malice Aforethought” (1979), c/ Hywel Bennett, Cheryl Campbell, Belinda
Carroll … série inglesa, sob o título local “Premeditação maldosa”, transmitida
na RTP 2, pelas 22h00, às segundas-feiras, de 29 de junho / 20 de julho de
1981. “O drama policial de época «Premeditação maliciosa» leva-nos à década de
1930, em que o doutor Bickleigh envenena a sua irritante esposa quando esta
descobre que ele tem um caso, contudo, os eventos começam a ficar fora de
controlo quando a sua conquista, Madeleine Cranmere, resolve casar-se com outra
pessoa e Bickleigh decide limpar o sebo também ao marido dela.” [1] “Kid Creole and the
Coconuts - In the Jungle” (1982), real. David Liddiment, c/
August Darnell, Andy Hernandez, Adriana Kaegi, Cheryl Poirier, Taryn Hagey,
Tony Wilson … programa musical inglês transmitido na rubrica “Aplauso”, da RTP
1, pelas 21h10, segunda-feira, 11 de fevereiro de 1985. Um espetáculo
e entrevista
do popular artista do Bronx August Darnell cujos ritmos espalharam os trópicos
pelos anos oitenta. “Formado por August Darnell, Kid Creole era um extravagante
grupo de cantores e artistas de palco, influenciado pelas bandas dos anos
trinta e quarenta, tal como a Cab Calloway Orchestra. August incorporou várias
influências na personagem de palco do grupo, incluindo disco, funk e estilos
musicais latinos. August Darnell nasceu no Bronx, Nova Iorque, em 1950. A mãe
veio da Carolina do Sul e o pai de Savannah, Georgia. O primeiro grupo de
August chamava-se The In-Laws, com ele e o seu irmão Stony, formado em 1965.
Quando a banda se separou, August enveredou pela carreira de professor de
inglês. Em 1974, novamente com o irmão, formou os Dr.
Buzzard's Original Savannah Band. O álbum foi um êxito e nomeado para um
Grammy. Os Dr. Buzzard's lançaram quatro álbuns entre 1976 e 1984, a saber: «Dr.
Buzzard's Original Savannah Band» (em 1976, apresentando «Sunshower»),
«Meets King Pennett» (1978), «James Monroe Presents Dr. Buzzard's Original
Savannah Band» (em 1979, incluindo «Call
Me») e «Calling all Beatniks» (1984). August começou então uma série de
produções com outros artistas, como Don
Armando’s Second Avenue Rhumba Band e Gichy
Dan’s Beachwood No.9. Ele decidiu adotar um novo nome artístico e
intitulou-se Kid Creole, um nome vagamente baseado no filme de Elvis Presley,
«King Creole». Indo mais longe na influência de Cab Calloway, August optou pelo
visual zoot suit para embelezar a sua
personagem de palco. Os Kid Creole and the Coconuts foram finalmente formados
por August e Andy Hernandez (t.c.c. Coati Mundi – ex-Dr. Buzzard). (…). O coro,
as Coconuts, era originalmente composto pela (esposa de August na época)
Adriana ‘Addy’ Kaegi, Cheryl Poirier e Lori Eastside. A composição das Coconuts
mudaria ao longo dos anos.”
[2] “Secret Army” (1977/1979),
c/ Bernard Hepton, Angela Richards, Clifford Rose … série produzia pela estação
de televisão inglesa BBC e pela belga BRT, sob o título
local “O exército secreto”, transmitida na RTP 2, pelas 22h00, às
quintas-feiras, de 15 de outubro de 1981 / 18 de fevereiro de 1982. “A série
narra a história de um movimento de resistência belga fictício, durante a
Segunda Guerra Mundial, dedicado a devolver aviadores aliados, geralmente
abatidos pela Luftwaffe, ao Reino Unido. (…). Lisa Colbert (Jan Francis) dirige
a Lifeline, uma organização de resistência sediada em Bruxelas, (vagamente baseada
na réseau
Comète), que ajuda tripulações aliadas evitarem a captura e regressar a
Inglaterra via a neutral Suíça ou Espanha. Ela é ajudada por Albert Foiret
(Bernard Hepton), proprietário do Café Candide, a amante dele, Monique Duchamps
(Angela Richards) e a empregada de mesa Natalie Chantrens (Juliet
Hammond-Hill). As suas operações são postas sob pressão quando um fervoroso
nazi, o Sturmbannführer da Gestapo Ludwig Kessler (Clifford Rose) é designado
para trabalhar com o major da Luftwaffe Erwin Brandt (Michael Culver) e fecha a
rota de evasão.”
[3] “Doctor
Simon Locke” (1971/1975),
c/
Sam Groom,
Larry D. Mann, Len Birman … série canadiana, sob o título local “Polícia
cirurgião”, transmitida na RTP 2, pelas 20h00, aos sábados, de 2 de janeiro /
27 de março de 1982. “A premissa original da série era simples: um
médico jovem e espertalhaço lê um anúncio numa revista médica e aceita um
emprego em Dixon Mills, uma pequena cidade de província habitada sobretudo por
fazendeiros, como assistente de um médico velho, que percebe que o vasto
território que a sua prática clínica deve cobrir está a ficar um pouco difícil
de gerir. (Há referências de Dixon Mills ficar no Canadá, mas é pretendido ser
uma típica cidade americana de província, talvez no norte de Nova Inglaterra ou
no norte de Nova Iorque). O hospital mais próximo, Hargrove (ou Hearkness, muda
de argumento para argumento), fica a tantos quilómetros que os doentes graves
são normalmente levados pelo helicóptero da polícia. O jovem médico tem grandes
ideias sobre trazer a moderna medicina a este cu de judas e imediatamente choca
com o médico mais velho, que sabe que os doentes do campo estão habituados a um
estilo velho médico de família, e não a um jovem finório com ideias radicais. A
ideia seria explorar tanto os métodos novos do dr. Locke e os velhos do dr.
Sellers (Jack Albertson) e ver se o novo, o velho, ou uma combinação dos dois
será o melhor.” “Em 1972,
Albertson abandonou a série, que foi rebatizada «Police Surgeon», na qual o dr.
Locke regressou à cidade e trabalhava para a unidade de emergência da polícia,
onde auxiliava a bófia na resolução de crimes que requerem pesquisa médica.” “Pedro e
Paulina” (1982), c/ Florbela Queiroz, Armando Cortez, Pedro
Cortez … série portuguesa, transmitida na RTP 1, pelas 22h00, aos sábados, de
31 de julho / 23 de outubro de 1982. «Pedro e
Paulina» animou as noites de sábado da RTP 1, em 1982. Desde então, a série não
voltou a ser vista nos nossos ecrãs. Lamentavelmente, a RTP já não a tem no seu
arquivo, o que torna inviável uma reposição. «Pedro e
Paulina» era o que se podia chamar de uma série familiar. Eram várias as
relações de parentesco entre os integrantes do elenco: Manuela Maria, esposa de
Armando Cortez, interpretava o papel de uma atriz, vizinha e amiga de Paulina. Paulo
e Maria, os filhos de Pedro e Paulina, foram interpretados por filhos de atores
da série: Pedro Cortez (filho do próprio Armando Cortez e de Manuela Maria) e
Patrícia Poeira (filha de Leonor Poeira). Norberto de Sousa, marido de Florbela
Queiroz, fazia o papel de seu irmão. Henrique Manuel Feist, no 7.º episódio,
contracenou com o seu irmão, Nuno Luís Feist, e cantaram em dueto. Os dois
rapazes tinham já feito a sua primeira aparição no programa «O Passeio dos
Alegres», apresentado por Júlio Isidro. Manuela Paulino, a mãe de Henrique e
Nuno, que fora locutora da RTP durante 11 anos, apareceu no 8.º episódio
fazendo precisamente o papel de uma locutora de televisão. Norberto de
Sousa cantou a música do genérico, da autoria de Carlos Paião. Este tema foi
lançado em single.” [4]

____________________

[1] Uma atriz
capaz de instigar as mesmas paixões violentas. Cassie Laine, 1,57 m, 43 kg, 81-58-86, sapatos 37, olhos e cabelos
castanhos, nascida a 23 de outubro de 1992, em Los Angeles, t.c.c. Cassie.
“Cassie Laine é uma intrépida meia-leca abençoada com um corpo de arrasar. Não
só as suas curvas estão nos lugares certos, assim como a sua mente porca,
também. A fantasia principal desta beldade é fazer sexo numa roda-gigante da
feira popular. Quem não gostaria de tornar isso realidade?” Sites: {The
Nude} {Indexxx} {iafd} {Porn
Teen Girl} {Coed Cherry} {Erotic
Beauties} {Elite Babes} {Eros Berry} {Kindgirls} {Nude
Gals} {FTV Girls} {VIP Area} {Reality
Kings} {Babes} {PornHub} {Thumbzilla} {Web Young} {Nubiles} {Nubiles Films} {Define
Babe} {Alba
Gals} {ATK Galleries} {ATK Petites} {amkingdon} {Adult
DVD Empire} {Bangbros} {WildonCam} {The Women of Holly Randall} {X-Art} {Twistys} {Naughty
America} {pimpyporn} {Sex Art} {Karups} {Pmate Hunter} {XErotica} {Sexy
and Funny}. Obra fotográfica: {fotos1} {fotos2} {fotos3} {fotos4} {fotos5} {fotos6} {fotos7} {fotos8} {fotos9} {fotos10} {fotos11} {fotos12} {fotos13} {fotos14} {fotos15} {fotos16} {fotos17} {fotos18} {fotos19} {fotos20} {fotos21} {fotos22} {fotos23} {fotos24} {fotos25}. Obra
cinematográfica: {“FTV
Girls1”} ѽ {“FTV
Girls2”} ѽ {“FTV
Girls3”} ѽ {“FTV
Girls4”} ѽ {“FTV
Girls5”} ѽ {“FTV
Girls6”} ѽ {“FTV
Girls7”} ѽ {“FTV
Girls8” + Chloe Lynn} ѽ {“New
Friends At Play” + Chloe} ѽ
{“Feet
In The Air”} ѽ {“Waiting
Just For You”} ѽ {Booty Text” + Lizz
Tayler} ѽ {“My Love”} ѽ {“Pussy Preferred” + Riley
Reid} ѽ {Hometown
Amateurs”} ѽ {Hometown
Amateurs”} ѽ {“Under Cover”} ѽ {“Getting Dressed” + Tiffany
Fox}
ѽ {“Girl
Talk” +
Lia Lor +
Shyla Jennings} ѽ {“Again” + Shyla Jennings}
ѽ {“In Her Groove” + Shyla
Jennings} ѽ {“Girl Time” + Shyla
Jennings ѽ {“Suprise
Encounter Part
1” + Natasha Malkova} ѽ {“Suprise Encounter Part
2” + Natasha Malkova} ѽ {“Pussy Pleasure” + Sara
Luvv} ѽ {“Penthouse Book
Of Sex 4” + Elaina Raye} ѽ {“Pigtails”} ѽ {“Cassie
Lane Masturbates on a Chair”} ѽ {“WildonCam”}
ѽ {“Cheer
Squadovers Episode 3” + Chloe
Lynn + Syren De Mer} ѽ {“MILFs
Loving The Pussy” + Tanya
Tate + Zoey Holloway} ѽ {“Secret
Life Of A Lesbian” + Aidra
Fox}
ѽ {“Best Friends #2” + Cali
Hayes} ѽ {“My
Mom Stole My Girlfriend Vol.
2” + Candy Manson} ѽ {“Comfort
Of A Friend” + Lola
Foxx} ѽ {“Tasting You” + Bella
Bends}
ѽ {“Little
Mutt Cassie Laine and Alaina
Fox Part 1”} ѽ {“Little
Mutt Cassie Laine and Alaina
Fox Part 2”} ѽ {“Sweet Rimming” + Odette
Delacroix} ѽ {“Cassie
Gets Her Way” + Odette Delacroix} ѽ {First
Time Lesbians” + Mercedes
Lynn + Alena Smile} ѽ {“A
Porn Star Threesome” + Mercedes
Lynn + Holly Michaels} ѽ {“Skinny Girl” + Sara
Luvv} ѽ {“Ravishing Gaze”} ѽ {“Digital
Desire Presents
Cassie Laine”} ѽ {“Digital
Desire Presents Cassie Laine”} ѽ {“V-Twin Magazine”} ѽ {“Soft And Sexy” + Brett
Rossi + Elisa} ѽ {“Bang Me Forever” + Kiera
Winters} ѽ {“Pair Of Pussy” + Alyssa
Reece} ѽ {“Too
Cute”} ѽ {“Making A Splash” + Marica
Hase} ѽ {“ATK
Premium - With a Toy”} ѽ {“ATK
Premium - Watersports”} ѽ {“Awakening the Senses”} ѽ {“Pink Dynasty”} ѽ {“Boudoir
Bunny”} ѽ {“Two Goddesses” + Teal
Conrad}.

[2] Os Kid
Creole tiveram uma participação inesquecível com “My Male Curiosity” no filme “Against All Odds” real. Taylor
Hackford c/ Rachel Ward, Jeff Bridges, James Woods … sob o título local “Vidas
em jogo” estreado a 28 de junho de 1984 no cinema São Jorge sala 1. E o melhor
filme musical para TV de sempre “There's Something Wrong in Paradise” (1984), real.
David Liddiment, c/ August Darnell (Kid Creole / Argyle Kneft), Karen Black
(Gina Gina), Oscar James (President Nignat), Peter Straker (Major Po-Paul),
Pauline Black (Mimi), Andy Hernandez (Coati Mundi), Adriana Kaegi, Cheryl
Poirier, Taryn Hagey (The Coconuts), The Three Degrees (The Jim Jam Trio /
Black Coconuts), Philip Bliss, Vivienne McKone, Paul Medford (The Teenagers),
Tommy Eytle, Alfred Fagon, Joseph Iles (The Judges), Ruddy L. Davis (Lorry
Driver), Donald Eccles (Duke), Barbara Yu-Ling (Madame Oo), Count Prince Miller
(Announcer), Bryan Strachan (Veronica), Abraham Browne, Tyrone Huggins, Jim
Lakeson, Stan Finni (The Guards).

[3] Duas
mulheres de armas tiveram azar, não casaram com um conde, não foram
condecoradas pela rainha, nem decorada a peitaça com medalhas, a sua obra foi baralhada
na cibernáutica, uma, nem o nome é conhecido, apesar do génio artístico, a
outra, n.º 87 na lista
Ranker das estrelas adolescentes dos anos 80 definhou na
barriga da besta americana. A editora dinamarquesa Color Climax Corporation publicou a trepidante
fotonovela, «Holiday
Fun», na revista «Teenage Schoolgirls 22» de outubro
de 1989: “Denise demorou quase um mês a persuadir os seus pais para a deixarem
passar as férias em Nice sozinha. Mas o esforço foi bem e verdadeiramente
compensado! Nas primeiras vinte e quatro horas após chegar ao paraíso francês,
ela encontrou um par de namorados atraentes e bem abonados, que estavam mais do
que dispostos a «tratar dela»! Uma manhã, depois de um passeio de mota de água
ela sentia-se cheia de tesão…” “… coisa que não passou despercebida a Tod e
Henry. Ou se calhar foi a forma como ela disse: «Toda esta agitação fez-me
ficar excitada como o caraças! Porque não voltamos para casa e damos uma boa foda…?» “Quando
iam para a vivenda de Tod, Denise agarrou as pichotas dos rapazes. Ela estava
doida para ser fodida, e a sua cona já estava encharcada quando Tod lhe baixou
as cuecas…” «Regra
geral, prefiro qualidade à quantidade! Mas parece que tenho o melhor de dois
mundos aqui!», Denise gemeu voluptuosamente, enquanto se preparava para chupar
os inchados e pulsantes instrumentos deles…” “Denise estava no céu. Ela sonhava frequentemente
em ter duas pichotas para brincar – e, agora, o sonho realizara-se! E a
realidade era um milhão de vezes melhor que a fantasia!” “Tod foi
o primeiro a enterrar o pau na suculenta racha de Denise. E ela cavalgou-o, ao
mesmo tempo que agarrava firme a pichota do amigo dele…” “Eles foderam até à noite, e Denise perdeu a conta
de quantos orgasmos teve durante a orgia…” “No
final, Denise estava totalmente satisfeita… «Não aguento mais seus belos
sacanas!», gemeu numa voz débil. «Deem-me o vosso leite, sufoquem-me em
esperma!», suplicou-lhes. A próxima coisa que a lasciva adolescente sentiu, foi
a esperma deles explodindo sobre as suas bochechas escaldantes, e que escorria
para as suas firmes e bem torneadas tetas como um rio pegajoso…”

A revista «Lesbian
Love 25» de dezembro de 1988 sumarizava outra tocante
fotonovela com Denise: “A bonita asiática Solange Lecarrio e as suas amantes,
Dana Plato (Denise) e Aline, conversam à beira da piscina. Em breve
começam a beijar-se, deixando as mãos explorar os seus corpos com caricias sensuais. Elas fazem
amor à beira da piscina sem nenhuma preocupação no mundo.” “Quando
Solange Yi-lon humedeceu com saliva os lábios escaldantes da cona da sua amiga,
relembrou-se da época em que se enfiavam debaixo dos lençóis à noite para
brincar aos doutores.” “O resultado
da orgia foi um orgasmo a três, mas Denise queria mais: «Fode-me… fode-me!»,
implorava ela à sua lúbrica cúmplice. Momentos depois, o pepino trouxe-a ao seu
segundo clímax do dia…” Solange
Lecarrio está referenciada, é uma talentosa atriz, 1,70 m, 81-56-86, nascida a
30 de novembro de 1966, t.c.c. Solange Kho-Lin, Gyn Seng, Solange Lacarrio,
Solange Nam, Solange van Hop, Solange Xuan van Hop, Solange Nguyen Xuan Hop,
Solange Reichter, Solange Yi Lon, Gigi. Sites:
{EGAFD} {iafd} {Asian
Pornstars} {European Pornstars} {Pornstar
Sex Magazines} {Vintage
Pornstars}. Obra fotográfica: {fotos1} {fotos2}. Obra
cinematográfica: {“Parisienne” (1989) +
Karin Schubert}.

Por
seu lado, Denise, sendo uma assombrosa atriz do método, não foi identificada,
medida, caracterizada, biografada, e para cúmulo da indignidade a cibernaútica
confundiu-a com Dana Plato. No cinema desempenhou o dramático papel de uma
candidata a datilógrafa, Sharon, na obra “English Spanking Classic #33 - Bad Girls
Don't Cry” – “Filme clássico
inglês, banda sonora, a composição espanhola «Romance anónimo». Sharon, enviada
pelo Instituto do Emprego e Formação Profissional, para o cargo de datilógrafa no
escritório de Mr. Mark, dono da revista Kane, não sabe datilografar e comete
muitos erros ortográficos. Em vez do desemprego, como é dona de um belo rabo arredondado,
é-lhe oferecido um trabalho de modelo para a capa do n.º 46 da revista, líder de
mercado no segmento punição corporal. «É estranho. Consigo ganhar dinheiro
suficiente para me aguentar uma semana?» «Mais do que ganhas como secretária».
«Tens a certeza?» «Sim». O seu jovem e macio traseiro passa por um casting para
verificar o processo de enrubescimento. Primeiro, Racey, a secretária, aquece-o
à palmada e com o martinete. «Au! Quanto mais disto tens de fazer?» «Apenas um
pouco». «Com certeza que é suficiente, não é?» «Não. Há ainda outras coisas
para experimentar». «Como o quê?» «Temos coisas em cima da mesa». «Como o quê?!
Não te podes despachar com isso, está a doer como o caralho». Depois, Oscar, o ditatorial
gerente alemão, aplica-lhe o martinete, o chinelo e a mão pesada, até atingir o perfeito
vermelho fotogénico. No final, Sharon realiza o sonho de todas as jovens,
consegue emprego e, traquina, deita a língua de fora nas costas de Oscar. Quatro
dias depois… a outra candidata, enviada pelo Instituto do Emprego e Formação
Profissional, também inabilitada no uso da máquina de escrever, tendo
conhecimento do sucesso de Sharon, logo diz: «Se ela consegue fazê-lo, eu
consigo. Não me importo que me espanquem o rabo». «Sabes o que um espancamento
significa?» «Não». Na ausência de Oscar, Racey submete-a ao casting do chinelo,
do martinete e da palmada até avermelhar-lhe as nalgas. «Au! Au! Au! Au! Tens
que me bater com tanta força, Racey?» «Sim». Com o traseiro dorido vai para a
sala ao lado onde troca impressões com Sharon. «Estou completamente danada com
o que aquela cabra me fez. Olha para isto, uma audição, disse ela». Recebe
dicas profissionais da já conceituada modelo que fez a audição há quatro dias e
todos os dias tem o rabo espancado, «Todos os dias?», espanta-se a novata,
Sharon massaja-a com um bálsamo milagroso, engraçam, e fazem amor apaixonado. Oscar
não está satisfeito com o desempenho de Racey e aplica-lhe a palmada e o martinete
nas nádegas em frente das modelos. «Isto é o que fazemos a todas as secretárias
que não fazem o seu trabalho convenientemente». «Au!» Além de Oscar não gostar
de lésbicas, as modelos também são castigadas com martinete e palmadas por todo
o papel e fita da máquina de escrever que desperdiçaram. Para grand finale, os três traseiros são fustigados com a cana, a imagem de
marca da revista.”

Dana Plato, 1,57 m, 51
kg, 86-64-89, sapatos 37 ½, olhos azuis, cabelo loiro, nascida Dana Michelle
Strain sábado 7 de novembro de 1964 em Huntington
Park, Califórnia / falecida sábado 8 de maio de 1999 em Moore, Oklahoma. Factos: “1. Dana era
adotada. Linda Strain, a sua mãe biológica, teve-a aos 16 anos. Solteira, sem
dinheiro e já com uma criança de 18 meses, entregou-a para adoção em junho de
1965. 2. Desde muito cedo, Dana começou a participar em audições com a mãe e, a
partir dos sete anos, começou a aparecer em anúncios de televisão; teria
aparecido em mais de 100 anúncios para empresas tão diversas como Kentucky
Fried Chicken, Dole e Atlantic Richfield. Estreou-se no cinema com 13 anos no
filme de terror «Return to Boggy Creek» (1977). Entrou também em
«Exorcist II: The Heretic» (1977) e «California Suite» (1978). 3. Ela ganhou o
papel de Violet no filme «Pretty
Baby» (1978), sob o título local «Menina bonita» estreado sexta-feira, 2 de
novembro de 1979 no Apolo, mas recusou-o para que não fosse estereotipada neste
tipo de papéis. Brooke Shields acabou interpretando a personagem. 4. Desde muito
cedo Dana consumia drogas e álcool, tendo até uma overdose de Valium aos 14
anos. Posteriormente, ela mesma admitiu que usava drogas e álcool como
recreação nos anos em que trabalhou na série «Diff'rent Strokes». 5. Dana foi
descoberta por um produtor de TV enquanto se apresentava no «The Gong Show», um
programa de concurso de talentos amadores, promovido na época pela Sony
Pictures Television. 6. Dana era uma talentosa patinadora artística; a
determinada altura treinou para um possível lugar na equipa olímpica; a sua mãe
adotiva, Kay Plato, decidiu que ela deveria abandonar a patinagem para se
concentrar somente na sua personagem Kimberly Drummond. 7. Dana
declarou que ganhava 100 mil dólares por episódio, entretanto, algumas fontes
informaram que o valor verdadeiro era 22 mil dólares por episódio. 8. Dana saiu
da série em 1984, quando engravidou do então guitarrista rock Lanny Lambert. A gravidez não era algo que se adaptaria bem à
sua personagem, segundo os produtores. 9. No mesmo ano de 1984, ela casou-se. 10. Após a
saída da série, Dana colocou silicone nos seios e pousou para a Playboy, mesmo
assim a sua carreira parecia entrar em declínio. 11. Em 1992, Dana foi uma das
primeiras celebridades a estrelar num videojogo. O jogo, «Night Trap», não foi
um grande sucesso, (a maior parte do conteúdo vídeo do jogo foi filmado em
1987, depois arquivado), mas é considerado um título histórico, porque é o
primeiro a usar atores, especificamente uma figura bem conhecida. Foi um dos
primeiros videojogos a ter conteúdo adulto e atraiu controvérsia devido à
exibição de violência (*). 12. Dana entrou na comédia «Bikini
Beach Race» (1992) e
fez papéis em filmes eróticos, entre eles estão: «Prime Suspect» (1988),
«Compelling Evidence» (1995) e «Different
Strokes: The Story of Jack and Jill… and
Jill» (1998). 13. Em 1988, Kay, a mãe adotiva de Dana
morre de esclerodermia. Logo depois a relação com o marido começa a ficar
vazia, separaram-se. Tudo se torna oficial na década de 90 com o seu marido
ganhando a guarda do filho e ela apenas com direito a visitas regulares. 14. Já sem
nenhum emprego, morando em Las Vegas, Dana começa a
trabalhar numa lavandaria e, a 28 de fevereiro de 1991, entrou num videoclube,
mostrou uma pressão de ar e exigiu o dinheiro da caixa registadora. O empregado
ligou para o 112 dizendo: «Acabo de ser assaltado pela rapariga que interpretou
a Kimberly no ‘Diff'rent Strokes’». Aproximadamente quinze minutos depois ela regressou
à cena do crime e é presa imediatamente. O roubo rendeu-lhe 164 dólares. É
solta após 5 dias, o artista de Las Vegas, Wayne Newton, paga a sua fiança de
13 mil dólares. Porém, ficando ainda 5 anos em liberdade condicional. É
novamente presa por falsificar uma receita de Valium, ficando 30 dias presa por
violar a condicional. 15. Em 1998, Dana posou para a capa da revista
Girlfriends,
uma publicação lésbica e confessou gostar de cricas durante uma entrevista.
Mais tarde negou-o e insistiu que era heterossexual. 16. Após alguns
anos quando tudo parecia bem, já com 34 anos de idade Dana tem uma overdose de
Vanadom e Vicodin. A sua morte foi considerada suicídio tendo em conta a
quantidade de pílulas ingeridas. Quase 11 anos depois, com 25 anos, o seu filho
Tyler Lambert comete suicídio com um tiro de espingarda.”

___

(*) “Night Trap, o primeiro jogo Control-Vision, envolvia
vampiros invadindo uma casa em busca de sangue. Como a Hasbro estava no mercado
do comércio para crianças, estavam preocupados com o jogo que apresentava «violência
reprodutível», disse James Riley, o diretor do jogo. Assim, os vampiros
tornaram-se «Augers», saltitantes aspirantes a vampiros desdentados que usam
dispositivos chamados «trocars» para perfurar os pescoços das suas vítimas,
porque não conseguem morder. Após várias raparigas adolescentes desaparecerem,
a polícia chama a Special Control Attack Team, que descobre e pirateia uma
série de armadilhas e um sistema de vigilância em toda a casa. Juntamente com a
agente adolescente à paisana Kelli, interpretada por Dana Plato, o jogador
infiltra-se na propriedade e assume controlo das câmaras e armadilhas. Mas
ninguém esperava a controvérsia. Em dezembro de 1993, os senadores Joe
Lieberman e Herb Kohl lideraram uma audiência do Comité do Senado sobre violência
nos videojogos que se concentrou principalmente em «Mortal Kombat» e «Night
Trap», chamando ao último «lixo» equivalente a abuso de crianças. «Em vez de
enriquecer a mente da criança», disse Lieberman, «estes jogos ensinam a criança
a ter prazer em infligir tortura». O comité declarou que «Night Trap»
apresentava violência gratuita, sangrenta, sexualizada, contra as mulheres às
mãos do jogador, nenhuma das quais estava no jogo, e tudo isso tornou óbvio que
nenhum deles tinha realmente investigado por si mesmos.”  

[4] “Florbela
Queiroz, de 69 anos, acusa a nora, Marília Barros, de violência doméstica. A atriz
revela que o último caso aconteceu anteontem [23/10/2017] - dia em que se
deslocou à esquadra da PSP da Parede - e confessa sentir-se muito
«traumatizada». «O meu filho [Manuel] e a minha nora foram morar comigo em junho
e foi depois disso que tudo começou», conta a atriz ao CM. «As coisas
aconteceram porque querem ficar com 50 % da casa», esclarece, acrescentando que
se sente «desesperada com a situação». «Até já me tentei suicidar. A meio de junho
tentei matar-me e cheguei mesmo a estar internada no Hospital São Francisco
Xavier», diz, sem esconder que vive «um pesadelo». «Para mim, o meu filho
morreu. Já não é meu filho. Tenho um senhor lá em casa que já não conheço»,
lamenta a atriz, apesar de sublinhar que Manuel nunca lhe bateu. «É sempre ela
[Marília Barros] que me bate. Ele nunca me bateu, mas não faz nada para me
ajudar», diz. «Vivo praticamente fechada na minha sala. A polícia vai a minha
casa quase todos os dias, mas ela acaba sempre por dizer que não sou boa da
cabeça e faz-se de boazinha», acusa Florbela, garantindo que tudo o que
mais quer é a sua vida «de volta».” “Aos 75
anos, a atriz Florbela Queiroz revela ter feito um testamento inusitado e
singular. «Fiz um testamento onde proíbo o meu filho de me ir visitar ao
hospital, de ir ao meu funeral e de saber o que é que eu resolvo fazer da minha
vida quando partir, se quero ser cremada, se quero ser enterrada. Está
proibido!», revela a antiga estrela do teatro de revista ao falar sobre «a pessoa»
que «mais amava nesta vida», mas que, para si, «morreu», acrescenta. A pisar os
palcos de norte a sul de Portugal com os números da revista teatral «Que Grande
Caldeirada!», a atriz conta, sem pruridos, ter vivido há quatro anos um drama
familiar que não apaga da sua memória. Segundo a artista, terá sido vítima de
violência doméstica e obrigada a abandonar a moradia onde vivia na linha de
Cascais, imputando ao filho e à nora a responsabilidade por essa expulsão
forçada. «Fui morar para casa de uma empregada minha, fiquei sem casa e de um
mês para o outro tinha uma casa igual à que tinha anteriormente só mais moderna
e completamente arranjada», desvenda.”

na aparelhagem stereo

Quando a
mulher casa bem tudo corre sobre rodas, sorteada com um bom lar, livra-se da
violência, do assédio, da discriminação, e todos os males que ainda estão por
descobrir. “A piloto portuguesa Carina Lima (Instagram) tem
acelerado pelas ruas do Mónaco ao volante de um Koenigsegg. Trata-se
de uma ‘bomba’ avaliada em 5,5 milhões de euros, que vai dos 0 aos 300 km/h em
11,9 segundos. Só foram fabricados sete carros destes no Mundo, e a portuguesa é
dona do nº 1. Nascida em Angola, em 1979, Carina tem 38
anos, é piloto de corridas pela Lamborghini e casou-se com o dono de uma
empresa de construção civil angolana. Apaixonada
por carros de luxo, tem uma garagem, em Lisboa, com máquinas avaliadas em 30
milhões de euros.” “Conhecida
dentro das pistas pelo seu estilo combativo e fora das pistas pela sua
excentricidade, Carina Lima acaba de
adquirir o primeiro Koenigsegg One:1 do mundo.
Trata-se do chassis #106 – o primeiro de uma produção limitada a sete unidades
– aquele que terá servido para os engenheiros da marca sueca levarem a cabo os
testes de desenvolvimento do One:1. Foi também a unidade que a Koenigsegg expôs na
edição 2014 do Salão de Genebra. Recordamos,
o Koenigsegg One:1 de Carina Lima é um carro
de produção (muito limitada), construído à mão, limitado a 7 unidades e
equipado com um poderoso motor V8 biturbo 5.0 de 1360 cv. Peso do One:1?
Exatamente 1360 kg. Daí o seu nome One:1, uma alusão à relação peso-potência do
bólide sueco: um cavalo por cada quilograma de peso. Um carro cheio de história
e particularidades que terá sido adquirido, alegadamente, por cerca de 5.5
milhões de euros. Será que vamos ver este Koenigsegg One:1 a circular
pelas estradas nacionais? É possível. Mas para já Carina Lima passeia o
seu mais recente brinquedo pelas ruas Mónaco onde tem feito furor por onde
passa. Atualmente Carina Lima compete no
Lamborghini Super Trofeo Europe, pela equipa Imperiale Racing, partilhando um
Lamborghini Huracan com Andrea
Palma, piloto de testes da Pagani.” Entrevista: “Comecei a
correr apenas em 2012, quando tive uma pequena participação no Campeonato
Nacional de Velocidade em Portugal conduzindo um Ferrari 430. Em 2014, entrei
pela primeira vez na Lamborghini Super Trofeo, mas devido a problemas
relacionados com a equipa, acabei não competindo na temporada, tendo feito
apenas três corridas do campeonato. Na última temporada, continuei na
Lamborghini Super Trofeo, na qual consegui ter um desempenho mais estável,
acabando por ganhar a categoria Gallardo AM, onde eu, e o copiloto que partilha
o carro comigo, também, alcançámos o título de campeões europeus.” [1]   

Para tudo
correr bem na vida de um homem basta este ter um líder, peito forte,
porta-bandeira, acelerador de partículas. “José Manuel dos Santos defende na
sua crónica na Ação Socialista que a polémica das possíveis sanções foi «Uma
mudança radical, fundadora e coperniciana de atitude política que
restituiu a Portugal a verticalidade do corpo e a horizontalidade do olhar».
António Costa é, segundo o mesmo, o herói desta história. Criticando todos os
que foram «pessimistas», o militante ‘rosa’ considera que nesta história houve
duas partes da moeda. Num dos lados estavam os moralistas, «os que coçam onde
os outros têm comichão» e os profetas, «os pessimistas». «Assim
aconteceu nestes meses de suspense e de suspeita. Os moralistas diziam que
merecíamos o pior. E os profetas acrescentavam que iríamos ter o pior que
merecíamos», escreve, considerando que sem as aguardadas sanções «os profetas e
os moralistas ficaram desiludidos e desautorizados». Para o
antigo assessor dos presidentes da República Ramalho Eanes, Mário Soares e
Jorge Sampaio, a história das sanções foi «uma história psicológica de
determinação, perseverança, constância, pertinácia, firmeza, insistência,
resistência, resiliência», em que «Portugal passou à posição de pé, à cabeça
erguida, ao olhar de frente, à voz sonora e audível».” [2]

Vozes
sonoras nos anos 80:

█ “Under The Ice”
(1984), p/ Topo & Roby. “Neste projeto
de disco italiano, «Roby» era
representada pela vocalista Simona Zanini e «Topo» era um robot. Na verdade, a
música foi produzida e tocada por Aldo
Martinelli e Fabrizio Gatto, com os vocais de Zanini e precursão de Franco Di
Trani. Outras colaborações Martinelli-Gatto-Zanini incluíram Martinelli, Doctor's
Cat e Raggio
Di Luna.” “Simona Zanini,
cantora ítalo-americana, nasceu nos EUA e mudou-se em criança para Itália com a
família nos anos 70. No final da adolescência, após ser escolhida num casting
nacional orientado pelos La Bionda Brothers, foi contratada pela CBS Records, e
trabalhou com os mais importantes músicos italianos da época. Em 1983,
procurando um artista de língua materna inglesa para cantar e escrever letras
para as suas canções, Aldo conheceu Simona, e trabalharam juntos em «Feel
the Drive», dos Doctor’s Cat. O seu talento vocal combinado com
o facto de a língua materna dela ser o inglês, tornou a sua voz verosímil para
exportação. (…). Efetivamente, aquela primeira canção abriu caminho a uma bem-sucedida
série de produções de dance music, em que Simona era a letrista e
vocalista, e Aldo tocava todos os instrumentos, fazia os arranjos, era muitas
vezes vocalista masculino, e o coprodutor. (…). Para assegurarem os múltiplos
lançamentos do prolífico duo num período de tempo relativamente curto, as
gravações eram publicadas sob diferentes nomes – mas sempre com a mesma voz
principal feminina e o mesmo artista instrumental. Por esta razão, várias
modelos foram contratadas para aparecerem na televisão e fazer playback em
discotecas ou espetáculos de música. Entre os nomes artísticos: Doctor's Cat, o
duo Martinelli, Topo & Roby e Moon Ray, com o êxito mundial «Comanchero».” [3] █ “Son
of My Father” (1986), p/ Casco. “Nome
verdadeiro Salvatore Cusato, DJ e produtor italiano, falecido a 30 de janeiro
de 2011, conhecido como DJ Discoking, Casco, Dr. Acid,
Interstellar ou Light. A sua carreira de produtor começou com Casco, «Cybernetic
Love», produzido em 1983 e atualmente considerada uma
canção de culto do ítalo-disco electro
e uma das mais procuradas e futuristas canções da década de 80 [4]. Nos anos 90, Cusato alcançou o top 10 no Reino
Unido, sob o nome Cusato, nas tabelas oficiais do Euromix Record Mirror, com a
sua produção «The
Captain of her Heart» (etiqueta original Disco Magic lançada mundialmente
pela Zyx-Vogue-Epic), uma compilação de sucesso em todo o planeta e êxito no
Japão, seguido por outro êxito dos anos 80 na Ásia, a produção de «Monkey
Monkey», pela Flo Astaire (Avex Japan), para a lendária
etiqueta italiana Memory Records. E também a sua mistura bem-sucedida de «Tu» cantada
por Umberto Tozzi (CGD Italy). DJ Cusato dez um longa tournée na Alemanha
apresentando-se na «La notte italiana».”

█ “Everything
You Love” (1988), p/ Chip
Chip. “Um dos
membros foi Elena Ferretti, cantora italiana de eurobeat e disco, mais
conhecida como Sophie ou Rose, nascida em
San Donato Milanese, Itália, em 1960. É amiga de Alessandra Mirka Gatti (Domino) desde a
escola e, na década de oitenta, amiga de Alberto
Carpani (Albert
One). A sua primeira contribuição foi para o grupo Firefly no álbum «Firefly
3» de 1982. Em 1983, participou no projeto Torias no único single «Ayo-o
Mexico». Ela atuou e gravou para muitas etiquetas, sob
muitos nomes artísticos. A sua música foi produzida por vários produtores
italianos bem conhecidos, a saber: Giacomo Maiolini, Mauro Farina, Sergio
Dall'Ora e Giancarlo Pasquini (casado com Alessandra
Gatti, o filho deles, Federico Pasquini, sob o nome Freddy Rogers, editou em
2015 «R U Ready» e «Dance To The Music»).
Colaborou muitas vezes com Clara Moroni, que escreveu muitas das suas
composições. Clara também fez a maior parte dos coros nas canções de Elena para
a Time Records. Juntamente com Clara, foi membro do duo Gipsy
& Queen. Em 2011, gravou e lançou uma canção folk italiana chamada «Io libera». Entre
os seus êxitos mais conhecidos está a canção «My
World» (como Sophie). Em 1984, como Veronique, ela lançou o
seu single de estreia «Dream
On Violin». O seu single
mais recente é «Bye
Bye Japan», uma versão da canção de Vanessa de 1996 (cantada
por Emanuela Gubinelli), que foi editado em novembro de 2010 (como Alexis). Sob
o pseudónimo Sophie gravou três álbuns: «My World» (1989), «The Only Reason»
(1991) e «Stop The Music» (1995), que contém versões de «Rapture» dos
Blondie e «The
Promise You Made» dos Cock Robin.” █ “Isole
Vergini” (1987), p/ Kiki
Gaida. Único single de Kiki Gaida com uma versão em
italiano e outra em inglês, “Virginal Mystery”, produzido
por Oscar Prudente. Possivelmente, pela contracapa, a
virgindade tivesse ido logo ao ar. «Eu não gostava daquilo. Era nova e não
fazia noção», Kiki Gaida não tem uma boa recordação daquela época. Hoje
Frederica – donde Kiki é um diminutivo popular – prefere de longe a natureza e
a simplicidade. Em 1987, Frederica lançou uma canção que fez o circuito
europeu. No italo-disco, Kiki é um
caso à parte: foi ela que preferiu ser esquecida.” [5] █ “Disco
Future” (1985) ♫
“Modern” (1986), p/
Fresh Color. “Grupo suíço formado por volta de
1978 em Aarau pelo guitarrista / teclista Gutze Gautschi. Começaram como uma
banda punk com Dieter Meier, contudo,
Meier saiu após dois singles «Cry
For Fame» (editado como Dieter Meier) e «No
Chance» (editado como Fresh Color). Meier prosseguiu
formando os Yello. Os Fresh
Color lançaram mais singles no estilo
punk. No início dos anos 80, Gutze
Gautschi reuniu uma nova banda, incluindo o baterista Danny Amsler e mudou-se
para a new wave. Os Fresh
Color começaram a incluir sintetizadores e desenvolveram um
característico estilo de produção dub. O nome
Frische Farbe foi criado para editar canções em alemão: o longa-duração de
estreia, «Die
Stärke im Minimum» (1982), foi creditado aos Frische Farbe. Em 1984, os
Fresh Color encolheram para um duo com Gutze Gautschi e Danny Amsler. Nos singles «Disco Nature» e «Get
On Up», a dupla fundiu o seu passado new wave com disco e electro. Quando o compositor e vocalista Humphrey Robertson se
juntou ao grupo, tiveram o seu maior sucesso com «Disco Future» e lançaram o
segundo álbum, «Nightdreams», in 1985.”

___________________

[1] Gémeas
combativas expressam-se através da arte, não descurando a formação superior, um
elevador social para um bom casamento e happy
end. Twins, Zita e Gita, 1,67 m, 50 kg, 82-69-85, sapatos 37,
nascidas a 1 de dezembro de 1985 em Moscovo. “As raparigas combinam almas puras
e gentis e looks eróticos. Ao
conhecerem Galitsin, zonas encobertas das suas almas foram descobertas. As
gémeas nunca imaginaram que posariam nuas, mas isso ajudou-as a ver de maneira
diferente o mundo à sua volta, a mudarem a perceção dos seus corpos. Galitsin
chamou às gémeas Zita e Gita como no popular filme indiano «Seeta Aur Geeta» (1972). As
raparigas estudam na faculdade local de Medicina, no primeiro ano e serão
pediatras. Na verdade, ainda não decidiram o que fazer no futuro, mas elas
gostam muito de crianças. Além disso, ambas gostam de ajudar as pessoas. Elas
são muito afáveis e tolerantes com os contratempos das pessoas. Durante as
sessões, as raparigas tentaram ser uma como a outra, normalmente faziam os mesmos
gestos. (…). Zita e Gila são parecidas: os seus estilos de vida e perspetivas
são os mesmos. E têm uma caraterística muito interessante: elas esquecem-se
sempre da equipa no estúdio. O que sucede é que elas contam sempre uma com a
outra.” Sites: {The Nude} {Which Pornstar} {Index}. Entrevista: P: “Quais
pensam que são os vossos melhores atributos?”, “Gostamos dos nossos corpos
perfeitos, especialmente das pernas.” P: “Cor favorita?”, “Zita é verde, Gita é
cor-de-rosa.” P: “Programas de TV favoritos, lista de nomes”, “Ambas gostam de
ver «Quem quer ser milionário?». Porque é um programa muito interessante,
surpreendente e intelectual.” P: “Livros favoritos, lista de títulos”,
“Alquimia, escrito por Paulo Coelho e O mestre e Margarida, por Bulgakov.”
P: “Filmes favoritos, lista de títulos”, “Kill Bill e Pretty Woman.” P:
“Revistas favoritas, lista de nomes”, “Cosmopolitan e Penthouse.” P: “Música
favorita, lista de títulos”, “Gostamos de música pop, especialmente Madonna, Cher e Britney Spears.” P: “Altura
favorita do dia, porquê?”, “A noite, porque podemos sair com os nossos amigos,
apenas para relaxar e, normalmente, estamos muito animadas nessa altura.” P:
“Qual é a vossa formação? Curso?”, “Estamos a estudar na faculdade de Medicina
e vamos ser pediatras.” P: “Falam outras línguas? Se assim for, digam-me algo
nessa língua”, “Falamos inglês e um pouco de francês.”, P: “Lugar favorito para
viajar, relaxar ou visitar”, “Gostamos da praia, Moscovo, Europa, gostamos
muito de viajar.” P: “Quais foram os locais que visitaram?”, “França, Alemanha
e um número razoável de cidades no nosso país.” P: “Qual é o vosso feriado
preferido? (Natal, dia dos namorados, dia de ação de graças, etc.)”, “O ano
novo, e o nosso aniversário, claro.” P: “Comida favorita, lanches, doces”,
“Gostamos de fast food, saladas e gelado.” P: “Qual é o
vosso carro de sonho?”, “Ambas gostaríamos de conduzir Jaguares pretos.” P:
“Qual é o vosso emprego de sonho?”, “Como dissemos queremos ser médicas e
gostaríamos de ter uma clinica privada.” P: “Descrevam o vosso lugar favorito
para fazer compras”, “Gostamos muito de fazer compras e normalmente gastamos o
nosso dinheiro em grandes centros comerciais. Gostamos da loja United Colors of
Benetton, porque as suas coisas são muito coloridas e bonitas… e gostamos de lojas
de lingerie.” P: “Assistem a desporto, se sim, quais são as vossas equipas
favoritas?”, “Gostamos muito de desporto, mas, infelizmente, não temos tido
muito tempo nos últimos meses, porque estamos ocupadas com os estudos. Mas
gostamos de futebol, voleibol e patinagem artística.” P: “Quais são os vossos
passatempos?”, “Estamos a fazer coleções de selos e moedas. E a nossa coleção é
grande e interessante. Podemos estar realmente orgulhosas das nossas coleções,
porque têm espécimenes diferentes e raros.” P: “Preferência de bebidas,
alcoólicas e não alcoólicas”, “Não bebemos qualquer tipo de álcool, preferimos
beber leite e Coca-Cola.” P: “Ocupação?”, “Vamos ser pediatras.” P: “Têm algum
animal de estimação?”, “Sim, gostamos muito de animais e temos o nosso maravilhoso
cão, é um dálmata. É tão engraçado e gosta de dormir connosco.” P: “Estado
civil?”, “Não somos casadas.” P: “O nosso pior hábito é…”, “Fumar!” P: “A única
coisa que não suportamos é…”, “A mentira. Odiamos mesmo.” P: “Que animal melhor
descreve a vossa personalidade e porquê?”, Zita: “Acho que sou como um gato, às
vezes sou amável e doce, mas às vezes sou manhosa e mal-humorada.” Gita: “Sou
como um crocodilo, muito linda e mágica.” P: “As pessoas que nos conheceram no
liceu pensavam que éramos…”, “Engraçadas e fixes. Somos inesquecíveis, sabes.”
P: “Como é que descontraem ou passam o vosso tempo livre?”, “Gostamos de ir a
discotecas, sair de Volgograd com os nossos amigos.” P: “Qual foi o momento
mais feliz da vossa vida?”, “Quando entramos na universidade. Foi mesmo uma
sorte para nós! Sabes, é realmente difícil entrar na faculdade de Medicina. Mas
preparámo-nos bem e fomos bem-sucedidas.” P: “Quais são as vossas esperanças e
sonhos”, “Queremos ser médicas e ajudar as pessoas.” P: “O melhor conselho que
já vos deram foi…”, “Não lamentem o passado.” P: “O pior conselho que vos
deram…”, Zita: “Fumar erva”, Gita: “Ahaha.” P: “Que tipo de cuecas usam, se
algumas”, “Normalmente, usamos biquíni, mas às vezes calções.” P: “O tamanho
importa? Qual é a vossa medida ideal?”, Zita: “Sou virgem, lamento. Não tenho
opinião.”, Gita: “Importa, mas quando se ama mesmo uma pessoa, não. Sentimo-nos
apenas bem e livres. É maravilhoso estar apaixonada! P: “Descreve a tua
primeira vez (pormenores, local, pensamentos, satisfação, etc.)”, Gita: “Foi
tão romântico! Estávamos na casa dele, bebemos um Martini… Ele preparou um
jantar maravilhoso: frango com maçã, boas saladas. Não me lembro de mais nada.
Apenas sei que eu flutuava… foi maravilhoso.” P: “O que te excita?”, “Óleos
aromáticos, cheiros agradáveis, os lábios dele, os seus musculados braços. E
quando alguém está a comer um gelado ou uma banana.” P: “O que te desliga?”, “Mau
cheiro, gajos insistentes.” P: “O que te faz sentir mais desejada?”, “Os olhos
gentis dele, palavras sobre o amor.” P: “Melhor maneira de te dar um orgasmo”,
Gita: “Realmente não sei, não sou experiente nessa matéria.” P: “Masturbam-se?
Com que frequência? (dedo, brinquedos ou ambos)”, Ambas: “Não!! Nunca!” P:
“Qual foi o vosso primeiro fetiche, se algum?”, “Curtíamos coisas de crianças,
t-shirts de morangos e cuecas.” P: “Qual é o lugar mais exótico ou invulgar em
que fizeste sexo? Ou onde gostarias que fosse?”, Gita: “Num carro.” P: “Posição
sexual favorita, porquê?”, Gita: “Quando estou por baixo dele… Na verdade, não
me importo com a posição sexual, o principal é sentir-se relaxada e bem.” P:
“Descrevam um dia típico na vossa vida”, “Levantamo-nos sempre à 7h00, tomamos
banho, o pequeno-almoço e vamos para a universidade. Às 15h00 geralmente as aulas
terminam. Podemos ir a qualquer lado com os nossos amigos.” P: “Têm alguma curiosidade
sexual que gostassem de explorar ou tivessem explorado? Por favor, descrevam
com pormenores (rapariga / rapariga, voyeurismo, etc.)”, “Agora, desculpa,
simplesmente gostamos de homens.” P: “Descrevam em detalhe a vossa fantasia sexual
favorita”, “Fazer sexo num grupo de quatro: nós e dois belos pretos. E queremos
muito creme por todo o lado.” P: “Contem-nos a vossa ideia de um encontro de
fantasia”, “Queremos que seja romântico.” P: “Se pudessem ser fotografadas de
qualquer forma, em qualquer cenário, qual escolhiam? O que vos faria sentir
mais desejadas, mais sensuais?), Queremos tirar fotos juntas, na praia, ao
amanhecer.” Obra fotográfica: {fotos1} {fotos2}
{fotos3}
{fotos4}
{fotos5} {fotos6}
{fotos7} {fotos8}
{fotos9}.
Obra cinematográfica: {“Banana”}
ѽ {“Twin
Dinner” + Valentina} ѽ {“Interview
1” + Katia}.

[2] Ameaça de
sanções a Portugal por défice excessivo no ano de 2015. A responsável pelo
défice, Maria Luís Albuquerque, logo arremessou: “Se o governo anterior tivesse
continuado em funções, se eu ainda fosse ministra das Finanças, esta
questão não se estaria a colocar para Portugal neste momento.” (02/07/2016). Ela
apostola, ela bitola, ela é uma madame com currículo. “Foi professora de Passos
Coelho antes de ser sua ministra. Mexe-se bem, e até dispensou o motorista. A
devoção que o marido lhe tem dá-lhe para ameaçar jornalistas. Nasceu em Braga e
chegou a viver em Moçambique. O pai trabalhou na barragem de Cahora Bassa. Foi
de adolescente atinada e um pouco gordinha a mulher que está sempre nos sítios
e com os dossiers certos nas mãos. (…). É que Pedro,
antes de ser o primeiro-ministro Passos Coelho, foi aluno da dra. Maria Luís.
Deu-lhe ‘gandas notas’: no ano letivo de 1999/2000, em Microeconomia I, 15
valores; no ano de 2000/2001, em Macroeconomia II, 15 valores. Em 2001/2002, a
Economia Financeira ficou pelos 13 valores, mas Pedro limpou a Matemática
Financeira, no letivo seguinte, com 17 valores, que não se esquecem facilmente.”

O ídolo alemão
da dra. Maria Luís dançava com as regras. “A decisão da Comissão Europeia de
dar mais um ano a Portugal e Espanha para reduzirem o défice «não contribuiu
para ajudar à confiança» na Europa, defende Wolfgang Schäuble. O ministro das
Finanças da Alemanha critica Bruxelas pela decisão tomada em meados de maio e
que será reavaliada em julho. Citado pela Bloomberg, Wolfgang Schäuble
mostrou-se muito crítico da decisão tomada pelos comissários europeus. O
raciocínio do responsável alemão é que o facto de não ter havido sanções concretas
leva os investidores e os responsáveis políticos a questionarem a validade das
regras que existem na União Europeia em matéria orçamental. A decisão «enfraquece
o grau de confiança que se pode ter» nas regras europeias, afirmou Schäuble,
que acrescenta que o Banco Central Europeu (BCE) também criticou a Comissão
Europeia por ter «violado as regras».”

Já, entre
rapazes da Escola de Quadros do CDS, em Peniche, o nosso belo rapagão na
Europa, Nuno Melo, ensinou: “Quebrou-se compromissos europeus porque, para
satisfazer a ambição de um só homem, que perdeu nas urnas, o Partido Socialista
decidiu abrir as portas a uma extrema, esquerda, que conseguiu dar eficácia
legislativa àquilo que até hoje não era mais do que uma manifestação de
protesto. (…). E por isso quando eu vejo o governo, que não paga, não honra a
dívida do Estado, não devolve o IRS aos cidadãos. (…). Acumulando divida, possa
dar o exemplo, e principalmente possa, consiga fazer melhor às contas públicas.
(…). Em Portugal começa-se a conjugar uma fórmula para o desastre. (…). E a
pior das sanções que poderíamos ter era que pela 4.ª vez na história deste
país, pela mão dos socialistas, voltássemos a ter um resgate em Portugal, e
isso é um risco, e é um risco q’ eu ehh gostava bem não acontecesse, porque
além do mais significaria que mais uma vez, quando voltássemos a ser chamados
pro governo, seria p’a pagar as contas. (…). Acreditem todos, se hoje não há
sanções aplicadas a Portugal, não é certamente por mérito ou esforço do dr.
António Costa. O dr. António Costa em pouco mais de seis meses tem feito p’a
justificar sanções.” (01/09/2016).

[3] Na busca remuneradora
do êxito, o grupo pop dinamarquês
Infernal cometeu um erro de cálculo, perspetivando a participação da Seleção
inglesa no Campeonato do Mundo de Futebol da FIFA de 2006, realizado na
Alemanha, alterou o título da sua canção “From Paris to Berlin” (2005) para
“From London to Berlin”: “From
London to Berlin, /And every game that England win, / We’re gonna win the world
cup, / Win the world cup.” Porém, os ingleses canhestros nem se classificaram e
a canção foi retirada para não traumatizar o povo cada vez mais frágil desde o
aparecimento das redes sociais. Para a versão da mesma canção, a cantora malaia,
Shi Xin Hui, radicada em Singapura, foi mais modesta na viagem, “From Taipei to Beijing”.

[4] A marcha do
futuro. O maior contributo da Revolução Francesa à humanidade, à democracia,
foi a guilhotina, progressos tecnológicos, globalizações, roupas Christian Dior,
não mudaram nada. “O linchamento de uma mulher na sequência de um boato
publicado na rede social Facebook está a chocar o Brasil e o mundo. O caso
ocorreu no Guarujá, uma cidade a cerca de 100 quilómetros de São Paulo, há
menos de uma semana [maio de 2014]. Situação parece saída de um conto
medieval. Fabiane
de Jesus, uma dona de casa de 33 anos, fazia o caminho da
igreja para o apartamento quando foi atacada por 10 homens que a espancaram
durante duas horas levando à sua morte, momentos depois no hospital da cidade
do litoral paulista. Mas este foi apenas o último de uma sucessão de
acontecimentos tão assustadores quanto absurdos. Fabiane, casada e mãe de duas
filhas, foi confundida numa página de Facebook do jornal local Guarujá Alerta
com uma mulher que sequestrava crianças para fazer rituais de magia negra. Alguém
juntou um retrato falado de uma mulher acusada do mesmo crime há dois anos no
Rio de Janeiro, a mais de 400 quilómetros do local, e que não tinha nada a ver
com o caso em questão. A seguir, outra pessoa anexou uma foto sem ligação nem
ao caso do Guarujá, nem ao do Rio. Anexadas as duas fotos, alguém, de entre os
3000 utilizadores do jornal, viu na rua Fabiane a voltar da igreja, encontrou
semelhanças e alertou os outros para a possibilidade de ser ela a
sequestradora. Parte do espancamento foi gravado em vídeo. (…). A polícia,
entretanto, prendeu um suspeito, Valmir Barbosa. «O pessoal dizia ‘Bate, pega
ela, pega ela’. E eu matei, estou arrependido, mas agora isso vale do quê?»,
afirmou Valmir, antes de contar que estava sob o efeito de drogas na altura do
linchamento. Outro acusado, Jonas Tiago, reagiu acusando: «A culpa não é da
comunidade, é da internet, ou será que agora querem prender todo o
mundo?». O autor do jornal digital defende que, em nenhum momento, incitou à
violência ou divulgou fotos ou retratos.”

[5] Mais ou
menos esquecido. “Stefan Zweig morreu no Brasil a 22 de fevereiro de 1942 num
pacto suicida com Lotte, a sua segunda mulher. Nas biografias de Zweig
encontramos geralmente um homem mundano, abençoado com a riqueza herdada, uma
imensidão de amigos, talento e a imensa popularidade dos seus livros. Como
tantos outros da sua geração de escritores de língua alemã, ele foi desenrizado
pelas catástrofes crescentes dos meados do século XX. Nascido em 1881, Zweig
passou a vida a viajar: para França, Alemanha, Bélgica, Itália, Espanha,
Holanda, Argélia, Índia e Indochina, América do Norte e do Sul, Suíça, Europa
de Leste e Rússia, Escócia e Inglaterra. Os seus contemporâneos chamavam-lhe o salzburguês voador. (…). De 1919 até
1934, Zweig viveu em grande estilo com Friderike, a sua primeira mulher, no
Kapuzinerberg em Salzburgo. Ameaçado pelo nazismo – ele tinha-se sentido
momentaneamente atraído pelo seu brilho, apesar de ser judeu, e iria ser
criticado por não condenar o regime de forma mais veemente – procurou exilio em
Inglaterra, onde se casou com Charlotte Altmann em 1939. Eles compraram uma
casa em Rosemount Lane na Lyncombe Hill em Bath. Mas, apesar de terem obtido
cidadania britânica, logo partiram novamente para a América. (…).

No n.º 34 da
rua Gonçalves Dias, em Petrópolis, num cenário de selva de sons da noite,
flores e riachos e intensa vida doméstica, entramos na casa onde Stefan e Lotte
viveram. Zweig tinha sido um colecionador de manuscritos preciosos e partituras
musicais, o orgulhoso proprietário de uma madeixa de cabelo de Goethe, de uma
casa de campo do século XVII, da secretária de Beethoven; diz-se que ele queria
comprar um carro mas, em vez disso, adquiriu a secretária. (…). No final da
vida, longe do seu lar austríaco e do seu universo cultural, sem o seu editor e
os seus bens, Zweig perdeu a sua orientação e mais notoriamente, ao que parece,
perdeu a paciência. Numa carta de suicídio para os amigos, ele desejou-lhes o
bem – desejou-lhes a sobrevivência e um novo amanhecer – porque «exausto por
longos anos de errância sem lar. Eu, demasiado impaciente, parto primeiro». Ele
não estava sozinho, uma vez que Lotte tinha escolhido acompanhá-lo. Mas era
assim que se apresentava, a navegar rumo a mares desconhecidos ao estilo de
Magalhães. (…). Na sua maior parte, as personagens escolhidas por Zweig são
gloriosa ou tragicamente egocêntricos, determinados ou exaltados. Elas andam
num amoque (uma palavra de eleição – Amok é o título de uma das suas coletâneas
de contos). Muitas vezes, o arrebatamento demoníaco agarra os seus leitores
pela garganta. 

Mas seria Zweig
assim? Segundo a maioria dos relatos, ele era um pacifista altruísta, um
humanista calmo, um cético que declarou a sua oposição a todos os nacionalismos
e alguém que reverenciava os livros e o silêncio. Um pouco narcisista, talvez;
passivo, um voyeur, estranho, mas cativante. Mesmo não gostando de gatos (uma
queixa do seu amigo Romain Rolland), ele era, de acordo com Klaus Mann, sedutor
e seduzível. Prochnik vê-o da seguinte maneira: «A sexualidade de Zweig, às vezes,
apresenta-se tão cuidadosamente disfarçada que parece operar no reino da
espionagem mais do que no erótico. Ele entrou e saiu da cama de um razoável
número de jovens mulheres e, possivelmente, também de alguns jovens rapazes»,
mas as suas tendências eram «mais desejo do que concretização». Friderike
pensava que ele era um «galanteador ligeiro», não era certamente «nenhum Don
Juan». Mas ela pode não ter sido suficientemente desconfiada. Enquanto eles
estava hospedados no sul de França, ela descobriu-o na cama com a secretária –
Lotte. (…). Friderike manteve-se a seu lado após o divórcio, em 1938. Na sua
carta de suicídio para ela, mencionou novamente a impaciência e garantiu que,
desde que tinha tomado esta decisão final, «você não pode imaginar como me sinto
bem». E, como disse o seu amigo Hermann Kesten, estava curioso sobre o que se
seguiria. (…).

O autor
mostra-nos, por exemplo que a generosidade lendária de Zweig tinha os seus
limites, como quando se vê sufocado pelos pedidos dos «parasitas» - como rotulou
os seus companheiros refugiados menos afortunados financeiramente - em Nova
Iorque. Prochnik observa como o tom com que Zweig se refere a eles se tornou
desagradável, revelando-o como uma pessoa mesquinha e snobe. Prochnik mostra
Zweig como alguém que temia envelhecer e tentou uma série de injeções de
hormonas para rejuvenescer, alguém que não conseguia «apreender» a América nem
sequer verdadeiramente a Inglaterra; alguém que não conseguia traduzir o seu
cosmopolitismo para o exilio em lugares não-europeus, o que fez dele uma «alma
torturada». As suas liberdades interiores estavam sob cerco; os seus segredos
eróticos poderiam ser descobertos; o anonimato foi penoso para ele; os seus
amigos podem ter sido os seus inimigos; algumas pessoas amavam os seus livros,
mas outras nem lhes tocavam. Ele era atormentado pela insónia. O antissemitismo
estava em ascensão, mesmo no Brasil. Era demasiado. Finalmente,
impacientemente, como muitos que se suicidam, Stefan Zweig nada mais queria do
que ir dormir e não voltar a acordar. Só podemos supor que pelo seu próprio
caminho e como um ato de supremo companheirismo, Lotte chegou à mesma
conclusão.” em Diário de Notícias n.º 53 020.

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