l o n g i t u d e s: "landays" de sayd bahodine majrouh

14-12-2019
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Ontem à noite estive com o meu amadouma noite de amor que não se repetirá.Como um guizo, com todas as minhas jóiastini em seus braços até ao fundo da noite.Meu amor, para lá das montanhas, contempla a luae verás que te espero, de pé, sobre o telhado.Dá-me a tua mão, amor, vamos para os campospara nos amarmos ou cairmos juntos apunhalados.Pousa a tua boca na minhamas deixa a minha língua livre para te falar de amor.Amanhã os famintos do meu amor serão satisfeitosporque quero atravessar a aldeia com o rosto descoberto e os cabelos ao vento.Os poemas (landays) foram recolhidos por Sayd Bahodine Majrouh, poeta afegão e traduzidos por Ana Hatherly. O livro se chama O Suicídio e o Canto (A Voz Secreta das Mulheres Afegãs), publicado pela Cavalo de Ferro. Ousados, curtíssimos e brutais, permitem traçar o perfil da mulher afegã, que apesar dos riscos, canta o desespero, a paixão, o despeito, num canto puro e belo.


Ontem à noite estive com o meu amadouma noite de amor que não se repetirá.Como um guizo, com todas as minhas jóiastini em seus braços até ao fundo da noite.Meu amor, para lá das montanhas, contempla a luae verás que te espero, de pé, sobre o telhado.Dá-me a tua mão, amor, vamos para os campospara nos amarmos ou cairmos juntos apunhalados.Pousa a tua boca na minhamas deixa a minha língua livre para te falar de amor.Amanhã os famintos do meu amor serão satisfeitosporque quero atravessar a aldeia com o rosto descoberto e os cabelos ao vento.Os poemas (landays) foram recolhidos por Sayd Bahodine Majrouh, poeta afegão e traduzidos por Ana Hatherly. O livro se chama O Suicídio e o Canto (A Voz Secreta das Mulheres Afegãs), publicado pela Cavalo de Ferro. Ousados, curtíssimos e brutais, permitem traçar o perfil da mulher afegã, que apesar dos riscos, canta o desespero, a paixão, o despeito, num canto puro e belo.

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