Covid-19. Vacinação em Portugal começa em janeiro. Conheça os grupos prioritários

21-12-2020
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O Governo apresentou esta quinta-feira o plano nacional de vacinação contra a covid-19. O Executivo estima que o montante global gasto nas vacinas contra a Covid-19 pode chegar aos 200 milhões de euros em Portugal. Em relação às doses, podem ser necessárias mais de 22 milhões.

"É mais um passo de um trabalho que começou há muitos meses atrás", afirmou a ministra Marta Temido esta quinta-feira, na apresentação do plano nacional de vacinação, lembrando que Portugal está desde junho a acompanhar o processo conduzido pela União Europeia de desenvolvimento de vacinas.

Depois de uma breve introdução feita por Marta Temido, falou Rui Ivo, presidente do Infarmed, para explicar como tem sido feito o processo de aquisição e avaliação das vacinas. O processo é resultado de uma estratégia coordenada no âmbito da União Europeia, sobre o qual foram criados dois pilares de ação: garantir a quantidade necessária de vacinas, através de vários acórdãos de aquisição, e a adaptação das regras de avaliação.

Rui Ivo avançou ainda que existem seis acórdãos concluídos pela Comissão Europeia, lembrando que o primeiro foi feito com a Astrazeneca, a 14 de agosto, em que 6,9 milhões de doses serão para Portugal. Nota ainda para as 4,5 milhões de doses da vacina da Johnson & Johnson destinadas a Portugal, aos 4,5 milhões da vacina da Pfizer e das 1,8 milhões de doses da vacina da Moderna.

Sobre a avaliação das vacinas, o presidente do Infarmed revela que foi feita de uma forma diferente do habitual, o chamado aconselhamento científico, em que havia interação entre as autoridades - neste caso, da Agência Europeia do Medicamento - e as empresas que estão a desenvolver a vacina. Isto foi feito com o objetivo de ganhar tempo, não esperando pela conclusão dos estudos, mas começando a receber dados intercalares ao longo dos ensaios.

"Estamos a aplicar padrões normais", afirmou Rui Ivo, que assegurou também que a administração da vacina em Portugal será monitorizada.

Grupos prioritários

A vacina tem como objetivo reduzir a mortalidade e os internamentos em cuidados intensivos, bem como controlar surtos e minimizar o impacto no sistema de saúde e na economia, avançou o coordenador da task force para o plano de vacinação, Francisco Ramos.

No primeiro grupo prioritário, constam as pessoas com 50 ou mais anos com patologias graves, como a doença coronária, a insuficiência renal, insuficiência cardíaca ou doença respiratória, e profissionais de saúde, mais genericamente, profissionais de serviços críticos - podem incluir-se as Forças Armadas. Os residentes de lares e em cuidados continuados, também incluídos na primeira fase, serão vacinados nas instituições.

Nesta primeira fase, serão vacinadas 950 mil pessoas entre janeiro e abril, no pior dos cenários - caso a vacina não chegue dentro do calendário esperado.

Na segunda fase, serão vacinadas pessoas com mais de 65 anos sem qualquer patologia e pessoas dos 50 aos 64 anos com um vasto leque de doenças pré-existentes, desde diabates, à hipertensão e até obesidade. Nesta fase serão vacinadas 1,8 milhões de pessoas.

Haverá ainda uma terceira fase, que englobará "o resto da população".

Onde será feita a vacinação?

A vacinação será feita em mais de 1.200 centros de saúde, mas também nos lares e em unidades de cuidados continuados - nestes dois casos a vacina será administrada pelas equipas de enfermagem.

Os lares com equipas de enfermagem, também poderão administrá-las na instituição.

"Temos mesmo uma luz ao fundo do túnel"

O primeiro-ministro, António Costa, que esteve a acompanhar a apresentação do plano de vacinação pela task force, encerrou a cerimónia com palavras de agradecimento.

"Temos mesmo uma luz ao fundo do túnel, mas o túnel é ainda muito comprido e bastante penoso", alertou o primeiro-ministro.

Sublinhou ainda as 22 milhões de doses que Portugal irá adquirir não vão chegar no primeiro dia e que os critérios hoje apresentados são claros e transparentes.

Primeira tranche da vacina da Pfizer em Portugal deve servir 300 mil pessoas

A vacina da Pfizer contra a Covid-19 deverá chegar a Portugal nos primeiros dias de janeiro. A primeira tranche poderá servir para vacinar 300 mil pessoas.

No proximo dia 29 de dezembro, a comercialização condicional da vacina da farmacêutica deverá ser aprovada. O laboratório prometeu pôr a vacina em Portugal cerca de dois a três dias depois para todos os paises ao mesmo tempo.

À chegada a Portugal, deverá ficar armazenada em Coimbra, local que o Governo indicou para o armazenamento geral de todas as vacinas contra a covid. A sua distribuição pelo pais deverá ser feita por via terrestre no continente e via aérea para as regiões da Madeira e Açores.

De acordo com o contrato realizado com a União Europeia, os estados membros irão receber 25 milhões de vacinas numa primiera tranche que poderá ir até aos 200 milhões.

Farmácias disponíveis para integrarem plano de vacinação

As organizações representativas das farmácias manifestaram a sua disponibilidade para contribuírem para a vacinação dos portugueses contra a covid-19, considerando que cabe ao Ministério da Saúde "fazer esta opção".

Segundo o comunicado conjunto, os farmacêuticos estão "cientificamente preparados para vacinar" e administram, anualmente, mais de "um milhão de vacinas e injetáveis" no país.

De acordo com as três entidades, estes profissionais "lideram com absoluta competência" o processo de distribuição e armazenamento de medicamentos, que, no caso da vacinação covid-19, implica "condições especiais de frio e segurança, bem como uma infraestrutura adequada para garantir a administração, em alguns casos de duas doses, num curto espaço de tempo".

O Governo apresentou esta quinta-feira o plano nacional de vacinação contra a covid-19. O Executivo estima que o montante global gasto nas vacinas contra a Covid-19 pode chegar aos 200 milhões de euros em Portugal. Em relação às doses, podem ser necessárias mais de 22 milhões.

"É mais um passo de um trabalho que começou há muitos meses atrás", afirmou a ministra Marta Temido esta quinta-feira, na apresentação do plano nacional de vacinação, lembrando que Portugal está desde junho a acompanhar o processo conduzido pela União Europeia de desenvolvimento de vacinas.

Depois de uma breve introdução feita por Marta Temido, falou Rui Ivo, presidente do Infarmed, para explicar como tem sido feito o processo de aquisição e avaliação das vacinas. O processo é resultado de uma estratégia coordenada no âmbito da União Europeia, sobre o qual foram criados dois pilares de ação: garantir a quantidade necessária de vacinas, através de vários acórdãos de aquisição, e a adaptação das regras de avaliação.

Rui Ivo avançou ainda que existem seis acórdãos concluídos pela Comissão Europeia, lembrando que o primeiro foi feito com a Astrazeneca, a 14 de agosto, em que 6,9 milhões de doses serão para Portugal. Nota ainda para as 4,5 milhões de doses da vacina da Johnson & Johnson destinadas a Portugal, aos 4,5 milhões da vacina da Pfizer e das 1,8 milhões de doses da vacina da Moderna.

Sobre a avaliação das vacinas, o presidente do Infarmed revela que foi feita de uma forma diferente do habitual, o chamado aconselhamento científico, em que havia interação entre as autoridades - neste caso, da Agência Europeia do Medicamento - e as empresas que estão a desenvolver a vacina. Isto foi feito com o objetivo de ganhar tempo, não esperando pela conclusão dos estudos, mas começando a receber dados intercalares ao longo dos ensaios.

"Estamos a aplicar padrões normais", afirmou Rui Ivo, que assegurou também que a administração da vacina em Portugal será monitorizada.

Grupos prioritários

A vacina tem como objetivo reduzir a mortalidade e os internamentos em cuidados intensivos, bem como controlar surtos e minimizar o impacto no sistema de saúde e na economia, avançou o coordenador da task force para o plano de vacinação, Francisco Ramos.

No primeiro grupo prioritário, constam as pessoas com 50 ou mais anos com patologias graves, como a doença coronária, a insuficiência renal, insuficiência cardíaca ou doença respiratória, e profissionais de saúde, mais genericamente, profissionais de serviços críticos - podem incluir-se as Forças Armadas. Os residentes de lares e em cuidados continuados, também incluídos na primeira fase, serão vacinados nas instituições.

Nesta primeira fase, serão vacinadas 950 mil pessoas entre janeiro e abril, no pior dos cenários - caso a vacina não chegue dentro do calendário esperado.

Na segunda fase, serão vacinadas pessoas com mais de 65 anos sem qualquer patologia e pessoas dos 50 aos 64 anos com um vasto leque de doenças pré-existentes, desde diabates, à hipertensão e até obesidade. Nesta fase serão vacinadas 1,8 milhões de pessoas.

Haverá ainda uma terceira fase, que englobará "o resto da população".

Onde será feita a vacinação?

A vacinação será feita em mais de 1.200 centros de saúde, mas também nos lares e em unidades de cuidados continuados - nestes dois casos a vacina será administrada pelas equipas de enfermagem.

Os lares com equipas de enfermagem, também poderão administrá-las na instituição.

"Temos mesmo uma luz ao fundo do túnel"

O primeiro-ministro, António Costa, que esteve a acompanhar a apresentação do plano de vacinação pela task force, encerrou a cerimónia com palavras de agradecimento.

"Temos mesmo uma luz ao fundo do túnel, mas o túnel é ainda muito comprido e bastante penoso", alertou o primeiro-ministro.

Sublinhou ainda as 22 milhões de doses que Portugal irá adquirir não vão chegar no primeiro dia e que os critérios hoje apresentados são claros e transparentes.

Primeira tranche da vacina da Pfizer em Portugal deve servir 300 mil pessoas

A vacina da Pfizer contra a Covid-19 deverá chegar a Portugal nos primeiros dias de janeiro. A primeira tranche poderá servir para vacinar 300 mil pessoas.

No proximo dia 29 de dezembro, a comercialização condicional da vacina da farmacêutica deverá ser aprovada. O laboratório prometeu pôr a vacina em Portugal cerca de dois a três dias depois para todos os paises ao mesmo tempo.

À chegada a Portugal, deverá ficar armazenada em Coimbra, local que o Governo indicou para o armazenamento geral de todas as vacinas contra a covid. A sua distribuição pelo pais deverá ser feita por via terrestre no continente e via aérea para as regiões da Madeira e Açores.

De acordo com o contrato realizado com a União Europeia, os estados membros irão receber 25 milhões de vacinas numa primiera tranche que poderá ir até aos 200 milhões.

Farmácias disponíveis para integrarem plano de vacinação

As organizações representativas das farmácias manifestaram a sua disponibilidade para contribuírem para a vacinação dos portugueses contra a covid-19, considerando que cabe ao Ministério da Saúde "fazer esta opção".

Segundo o comunicado conjunto, os farmacêuticos estão "cientificamente preparados para vacinar" e administram, anualmente, mais de "um milhão de vacinas e injetáveis" no país.

De acordo com as três entidades, estes profissionais "lideram com absoluta competência" o processo de distribuição e armazenamento de medicamentos, que, no caso da vacinação covid-19, implica "condições especiais de frio e segurança, bem como uma infraestrutura adequada para garantir a administração, em alguns casos de duas doses, num curto espaço de tempo".

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