Janeiro 2018 ~ Económico-Financeiro

15-11-2019
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Os trabalhadores e os esquerdistas dizem que é má gestão. 

Uma empresa é um processo que acrescenta valor.

Assim, a empresa compra matérias primas (e produtos em curso) que, com capital, trabalho e gestão, transforma em "produto final" que tem mais valor que as matérias primas. A diferença chama-se "valor acrescentado".

O problema está na divisão do valor acrescentado.

Os esquerdistas dizem que todo o valor acrescentado deve ir para salários porque são os trabalhadores que acrescentam valor e, para isso, sobem o Salário Mínimo Compulsivo. Também dizem que o Capital e a Gestão não precisam ser remuneradas porque em nada contribuem para o valor acrescentado.

Mas, final, quem é responsáveis pela falência das empresas?

Como podem, no final, os trabalhadores e esquerdistas virem dizer que as empresas falham por má gestão e obsolescência do capital se, quando têm sucesso, é o trabalhador o responsável pela criação do valor?

Não me parece fazer qualquer sentido mas essa falta de sentido é uma característica das esquerdas.
Sendo assim, o melhor é acabar-se com essas coisas de empresas privadas, proibir o investimento e gestores, e passar tudo ao Estado.
Vamos fazer uma Venezuela, terra de oportunidades e bem estar esquerdista, na Europa.

O problema está no Salário Mínimo.

Desde 1995, nos mandatos socialistas, o salário mínimo subiu uma média de 4,4%/ano enquanto que o crescimento nominal da produtividade se ficou nos 3,4% (dados do Banco Mundial) o que traduz que, cada ano socialista, os custos do trabalho aumentaram 1%.

Os sectores têxtil e vestuário, porque estão muito sujeitos à concorrência internacional, têm a maioria dos trabalhadores a ganhar salário mínimo e não aguentam o constante aumento dos custos do trabalho.

Com a previsão de mais anos de esquerdismo no Governo, estas empresas tornam-se de elevado risco (ninguém quer financiá-las) e não há quem queira compra-las em caso de dificuldades.

O que vai acontecer?

Se os esquerdistas querem continuar a aumentar o salário mínimo compulsivo, têm que ficar contentes quando estas empresas fecham.

Não podem, por um lado, querer maiores salários e, por outro lado, chorar quando  falham as empresas que não os podem pagar.

Agora, os clientes destas empresas vão arranjar fornecedores, dentro da UE, na Bulgária ou Roménia e fora da UE, na China, Índia, Vietname ou Indonésia.

Fig. 1 - Sou eu que faço esta roupinha, na Triumph Indonésia, onde ganho 120€/mês.

Os investimentos da Google e da Amazon.

É a deslocalização que, por um lado, leva as nossas empresas têxteis e vestuário e, por outro, traz estas empresas (e já trouxe as de automóveis).

Mas não é investimento porque o processo produtivo destas empresas não tem capital.

Arrendam umas instalações, instalam uns computadores e uns telefones em leasing, recebem uns subsídios e uns incentivos fiscais e, depois, se a coisa corre mal, fazem como a Qimonda, desaparecem de um dia para o outra. 

Fica o turismo?

Motivado pelos problemas no Norte de África, Turquia e Catalunha, o nosso turismo tem crescido enormemente principalmente nas grandes cidades.

Este turismo é muito bom porque é durante todo o ano e usa capital que existe (as casas servem como hosteis).

O problema que tem é que, por um lado, depende de voos baratos e, por outro lado, se a situação no Norte de África melhora, pode acabar.

Esperemos que não.

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Os trabalhadores e os esquerdistas dizem que é má gestão. 

Uma empresa é um processo que acrescenta valor.

Assim, a empresa compra matérias primas (e produtos em curso) que, com capital, trabalho e gestão, transforma em "produto final" que tem mais valor que as matérias primas. A diferença chama-se "valor acrescentado".

O problema está na divisão do valor acrescentado.

Os esquerdistas dizem que todo o valor acrescentado deve ir para salários porque são os trabalhadores que acrescentam valor e, para isso, sobem o Salário Mínimo Compulsivo. Também dizem que o Capital e a Gestão não precisam ser remuneradas porque em nada contribuem para o valor acrescentado.

Mas, final, quem é responsáveis pela falência das empresas?

Como podem, no final, os trabalhadores e esquerdistas virem dizer que as empresas falham por má gestão e obsolescência do capital se, quando têm sucesso, é o trabalhador o responsável pela criação do valor?

Não me parece fazer qualquer sentido mas essa falta de sentido é uma característica das esquerdas.
Sendo assim, o melhor é acabar-se com essas coisas de empresas privadas, proibir o investimento e gestores, e passar tudo ao Estado.
Vamos fazer uma Venezuela, terra de oportunidades e bem estar esquerdista, na Europa.

O problema está no Salário Mínimo.

Desde 1995, nos mandatos socialistas, o salário mínimo subiu uma média de 4,4%/ano enquanto que o crescimento nominal da produtividade se ficou nos 3,4% (dados do Banco Mundial) o que traduz que, cada ano socialista, os custos do trabalho aumentaram 1%.

Os sectores têxtil e vestuário, porque estão muito sujeitos à concorrência internacional, têm a maioria dos trabalhadores a ganhar salário mínimo e não aguentam o constante aumento dos custos do trabalho.

Com a previsão de mais anos de esquerdismo no Governo, estas empresas tornam-se de elevado risco (ninguém quer financiá-las) e não há quem queira compra-las em caso de dificuldades.

O que vai acontecer?

Se os esquerdistas querem continuar a aumentar o salário mínimo compulsivo, têm que ficar contentes quando estas empresas fecham.

Não podem, por um lado, querer maiores salários e, por outro lado, chorar quando  falham as empresas que não os podem pagar.

Agora, os clientes destas empresas vão arranjar fornecedores, dentro da UE, na Bulgária ou Roménia e fora da UE, na China, Índia, Vietname ou Indonésia.

Fig. 1 - Sou eu que faço esta roupinha, na Triumph Indonésia, onde ganho 120€/mês.

Os investimentos da Google e da Amazon.

É a deslocalização que, por um lado, leva as nossas empresas têxteis e vestuário e, por outro, traz estas empresas (e já trouxe as de automóveis).

Mas não é investimento porque o processo produtivo destas empresas não tem capital.

Arrendam umas instalações, instalam uns computadores e uns telefones em leasing, recebem uns subsídios e uns incentivos fiscais e, depois, se a coisa corre mal, fazem como a Qimonda, desaparecem de um dia para o outra. 

Fica o turismo?

Motivado pelos problemas no Norte de África, Turquia e Catalunha, o nosso turismo tem crescido enormemente principalmente nas grandes cidades.

Este turismo é muito bom porque é durante todo o ano e usa capital que existe (as casas servem como hosteis).

O problema que tem é que, por um lado, depende de voos baratos e, por outro lado, se a situação no Norte de África melhora, pode acabar.

Esperemos que não.

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